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21 de setembro de 2024
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Vídeos mostram supostas extorsões cometidas por homens que foram mortos em confronto

O g1 não localizou a defesa dos dois homens presos até a última atualização da reportagem.

O delegado Rafael Borges, da Delegacia de Trindade, é um dos investigadores que têm dado apoio no inquérito. Segundo ele, os dois homens que foram presos admitiram que vendiam cigarros contrabandeados para comerciantes. Quando os cigarros passavam a ser vendidos nesses estabelecimentos, os outros três suspeitos entravam em ação.

O trio, que foi morto na ação policial, era composto por dois ex-policiais militares. Segundo o delegado, eles iam até os comércios se passando por policiais civis e diziam ter recebido uma denúncia anônima sobre a venda ilegal dos cigarros contrabandeados. A partir disso, ameaçavam os comerciantes e diziam que, para não serem presos, eles precisariam pagar valores em dinheiro.

Os comerciantes pagavam os valores solicitados, mas perdiam a carga de cigarros, que era apreendida pelo trio. Na sequência, eles devolviam a carga ao dois homens, que novamente vendiam os cigarros contrabandeados para as vítimas, dando continuidade ao ciclo. O dinheiro adquirido com o crime era dividido entre os cinco.

Vídeos mostram supostas extorsões cometidas por homens que foram mortos em confronto com a polícia em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

“Três compareciam em comércios e extorquiam as vítimas. Eles recuperavam esses cigarros contrabandeados e repassavam em consignação para esses dois indivíduos que foram presos. Esses dois deveriam vender novamente esses cigarros para o comércio. Então era um ciclo ali do dinheiro e do contrabando”, diz o delegado.

Conforme a investigação, o grupo fazia dinheiro com as cargas de cigarro contrabandeado no momento em que elas eram vendidas aos comerciantes e, depois, quando elas eram “apreendidas”, a partir da extorsão. Muitas vezes, segundo o delegado, a mercadoria que ia e voltava para as vítimas era a mesma.

Em depoimento, segundo o delegado, os dois homens presos detalharam que conheceram os dois ex-policiais militares durante uma abordagem policial, que deveria apreender a carga de contrabando.

Segundo Borges, o grupo criminoso já vinha sendo monitorado pela Delegacia de Goianira desde o dia 14 de março após comerciantes terem denunciado a prática. A Polícia Civil não descarta que mais pessoas podem ter sido vítimas da ação e incentiva que as pessoas procurem as delegacias independente da cidade.

“Acreditamos que depois dessa prisão e desse confronto novas vítimas possam vir à delegacia, do município que for, e registrar ocorrência para que esses dois indivíduos presos respondam por esses crimes”, reforçou o delegado.

Vídeo mostra tiroteio durante confronto que matou três homens; dois eram ex-PMs

O confronto aconteceu na tarde de quinta-feira (21), na GO-070, nas proximidades do setor Cora Coralina. Um veículo HB20 e um Gol G5, que eram monitorados pelas equipes de inteligência como sendo de uso do grupo, foram vistos pela equipe do Batalhão Rural trafegando pela rodovia estadual. Com isso, iniciou-se uma perseguição na tentativa de abordagem.

De acordo com a Polícia Militar, os três ocupantes do HB20 fugiram em alta velocidade pela GO-070, mas com o apoio de outros batalhões e até de um helicóptero da PMGO, os suspeitos foram cercados. Eles insistiram em desobedecer à ordem de parada e atiraram contra os policiais, que revidaram.

Os dois ocupantes do Gol, segundo a PM, conseguiram fugir em um primeiro momento. Mas eles também foram alcançados pelas equipes depois e acabaram presos em flagrante.

Durante a troca de tiros, os três ocupantes do HB20 foram mortos. O Corpo de Bombeiros foi chamado para prestar socorro, mas explicou que quando a equipe chegou ao local, o trio estava inconsciente e sem sinais vitais dentro do carro.

Três homens morrem em confronto com a Polícia Militar de Goiás, em Goianira — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os bombeiros detalham que os três suspeitos apresentavam diversas perfurações por arma de fogo. O local e os corpos ficaram sob responsabilidade da polícia, que chamou pelo Instituto Médico Legal (IML) e a perícia.

O tenente Murilo Filippsen informou ao g1 que, entre os três suspeitos mortos no confronto, estão um ex-PM, que cumpriu pena no presídio militar e tinha saído há pouco tempo com tornozeleira eletrônica, e um ex-PM da reserva.

O terceiro homem morto tem antecedentes por crimes como homicídio e latrocínio. Segundo os militares, todos o grupo foi identificado como sendo “de alta periculosidade, com extensa ficha criminal”.

Nos dois carros, a PM ainda encontrou dinheiro e caixas de cigarros contrabandeados. A carga, o dinheiro e as armas usadas pelos suspeitos foram apreendidos.

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Autor

Lidiane

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