Empresária que denuncia ter sido presa por engano em aeroporto de Londres diz que passou mal na cela: ‘Estado de choque’ | Goiás
Lidiane 16 de julho de 2024 0 COMMENTS
Brasileira denuncia ter sido presa por engano na frente da família no aeroporto de Londres
A empresária goiana Alline Fernandes Dutra, de 36 anos, viveu momentos de pânico após ser presa no aeroporto de Londres. Ao g1, ela denunciou que foi detida por engano e ficou por cerca de 30 horas em uma cela, onde chegou a passar mal por ansiedade. A mulher contou que foi algemada na frente dos filhos e do marido ao ser confundida com uma mulher de nome parecido que dirigiu bêbada.
“Entrei em desespero total, crise de choro, eu não conseguia contentar, não conseguia falar. Chegou um momento que eles me tiraram da cela, veio uma enfermeira me examinar, porque eu estava em estado de choque, em crise constante de desespero, de choro”, relembrou Alline.
A prisão aconteceu no dia 13 de junho deste ano quando Alline e a família estavam a caminho da Itália. Ela foi solta no fim da tarde do dia seguinte. No período que ficou presa, a empresária disse que teve que implorar por remédios para dor e ficou com fome.
“Eu tive que esmurrar a porta da cela para pedir remédio, eles não queriam me dar. Eu estava com fome, eu não tinha jantado, eles me deram uma refeição durante todo o dia, no segundo dia que fiquei presa”, desabafou.
Ao despachar as malas, três policiais abordaram a goiana perguntando se ela era a “Alinne Fernandes”. A brasileira respondeu que se chama “Alline Fernandes Dutra”. O nome das duas se diferencia no último sobrenome e na grafia, um tem dois “L’s” e o outro tem dois “N’s”.
- Suspeita do crime: Alinne Fernandes
- Goiana: Alline Fernandes Dutra
“Sou mãe de 2 filhos pequenos, trabalho honestamente no Reino Unido. E o que está acontecendo não pode ficar por isso mesmo. Fui tratada como uma criminosa o tempo todo, mesmo que claramente não tinham certeza se eu era a pessoa certa”, desabafou Alline.
Alline ficou presa das 11h do dia 13/06 às 17h do dia seguinte, quando foi à corte passar por uma audiência. Durante o julgamento, a foto da suspeita do crime não estava no processo, informações da incompatibilidade das digitais foram omitidas e o nome da brasileira foi adicionado ao documento da prisão da verdadeira culpada, segundo Alline.
“Após verem o vídeo da ‘Alinne Fernandes’ sendo presa em 2022, eles afirmaram que não era eu, e por isso fui solta em liberdade condicional com data marcada para retornar. Eu e minha família retornamos à corte no dia 28 para mais uma audiência, e para a minha defesa esclarecer de uma vez por todas o erro que a polícia britânica cometeu ao me prender indevidamente”, explicou.
Agora, a goiana deve andar com um documento que comprova sua inocência, em caso de abordagem policial, até que a verdadeira acusada do crime seja presa. Alline nasceu em Goiânia, mora no Reino Unido há 15 anos, e tem dupla nacionalidade, a brasileira e a italiana, por conta do avô.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral em Londres,informou que acompanha o caso e presta a assistência consular cabível à nacional brasileira. O g1 pediu informações à Polícia de Londres, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
No momento da prisão, Alline estava com o marido Joel Winston Petrie, cidadão inglês, e seus dois filhos de 3 e 1 ano, nascidos em Londres. Durante a abordagem, os policiais explicaram que o crime de “Alinne Fernandes” aconteceu em 16 de janeiro de 2022.
“Falei que não sei dirigir, não tenho carteira de motorista, e não estava nas redondezas onde a outra pessoa foi presa. Durante a minha prisão no aeroporto, a polícia se recusava a mostrar os dados que eles anotaram da suspeita presa em 2022, como data de nascimento, endereço, qual carro ela estava dirigindo ou onde ela foi presa”, relembrou Alline.
Segundo a empresária, até a foto tirada durante a prisão da verdadeira acusada, chamada de mugshot, era diferente dela. “A foto claramente não era eu! Quando meu marido questionou a polícia sobre a foto, eles disseram que era irrelevante o fato de que não era eu”, desabafou Alline.
Após alguns minutos de conversa, a goiana foi algemada na frente dos filhos. Ao g1, Alline contou que se machucou durante a prisão, mostrando o pé inchado e marcas nos punhos.
A brasileira foi levada algemada no camburão até uma cela e suas digitais foram colhidas. Alline disse que foi informada que se a impressão digital ficasse vermelha, indicaria que ela não era a pessoa que cometeu o crime em 2022.
“Após a minha impressão digital ter voltado vermelha, eles ainda me mantiveram presa e não me explicaram mais nada”, pontuou.
No dia 14/06, diante do juiz, Alline percebeu que a foto da verdadeira acusada não estava no processo e a polícia omitiu a informação da impressão digital, conforme contou a brasileira ao g1. Alline descobriu também que os dados que os policiais tinham em mãos não eram iguais aos dela.
“Percebi que a polícia havia editado o documento da prisão em 2022 adicionando o meu nome completo e endereço, deixando tudo mais confuso no sistema para parecer que eu tinha algo a ver com o crime”, completou.
O juiz só percebeu que algo estava errado quando o vídeo que mostrava a prisão da verdadeira acusada foi exibido na corte. Em seguida, ela foi solta em liberdade condicional com uma audiência marcada para retornar.
No dia 28/06, durante a última audiência na Barkingside Magistrates Court, em Londres, a Justiça reconheceu que Alline era inocente. No entanto, ela explicou que precisa andar com um documento que comprova o fato, até que a verdadeira culpada seja presa.
VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
RELATED ARTICLES
Posts recentes
- José Machado propõe prioridade para idosos em matrículas na EJA
- 1ª sessão da Câmara de Aparecida é marcada por debates
- Google lucra US$ 30,972 bi no 4º tri de 2024 e cresce 31%
- CCJ vai analisar medida de José Machado que dispõe sobre a doação do excedente da merenda escolar
- Câmara de Goiânia abre ano legislativo com presença de Mabel
Comentários
Arquivos
- fevereiro 2025
- janeiro 2025
- dezembro 2024
- novembro 2024
- setembro 2024
- agosto 2024
- julho 2024
- junho 2024
- maio 2024
- abril 2024
- março 2024
- fevereiro 2024
- dezembro 2023
- novembro 2023
- outubro 2023
- setembro 2023
- agosto 2023
- julho 2023
- junho 2023
- maio 2023
- abril 2023
- janeiro 2023
- outubro 2022
- setembro 2022
- julho 2022
- junho 2022
- maio 2022
- março 2022
- janeiro 2022
- dezembro 2021
- novembro 2021
- outubro 2021
- setembro 2021
- agosto 2021
- julho 2021
- junho 2021
- maio 2021
- agosto 2020
- julho 2020
- junho 2020
- maio 2020
- abril 2020
- fevereiro 2020
- janeiro 2020
- dezembro 2019
- novembro 2019
- outubro 2019
- setembro 2019
- agosto 2019
- julho 2019
- junho 2019
- maio 2019
- abril 2019
- março 2019
- fevereiro 2019
- janeiro 2019
- dezembro 2018
- novembro 2018
- outubro 2018
- setembro 2018
- agosto 2018
- julho 2018
- junho 2018