A jovem que mora com a mãe em uma unidade do McDonald’s no Leblon, na zona sul do Rio, disse não ver como problema o que elas estão fazendo e que se assustou com toda a repercussão do caso. Pela primeira vez, Bruna Muratori, de 31 anos, falou sobre o assunto, mas sem dar detalhes sobre as circunstâncias da situação.
“Não era pra ter acontecido isso, essa repercussão, essas matérias, histórias. A gente estava, simplesmente, resolvendo uma situação que não via como problema. É bem comum em outros países isso acontecer, na Europa, Estados Unidos. O pessoal faz isso. Pela sua questão e motivo, entende?”, disse.
Em entrevista ao podcast Fala, Guerreiro!, que foi ao ar na quinta-feira, 2, ela contou como é a rotina desde que passou a viver no restaurante. Segundo ela, os funcionários não se incomodam com a presença delas, e a gerente até já ofereceu um emprego após ouvi-la conversar em inglês com um turista. Bruna esclareceu que não está há três meses no lugar, conforme tem sido noticiado.
“É uma questão de sobrevivência. Não é aquele tempo que falam. É, no máximo, um mês e uma semana. Até porque eu estava trabalhando, estava em outro lugar. Isso é fora da realidade [viver no local por três meses]. Impossível”, comentou Bruna.
Ela explicou ainda que não é ruim viver no lugar e que só se tornou um problema após o caso ser noticiado. “A gente vai resolver aqui… Talvez em umas semanas, mas resolver virar a página e acabou isso. Só que não acabou e virou uma sensação”, apontou.
Bruna esclareceu que o pai as ajuda financeiramente, está trabalhando, mas que, devido à situação dela, pediu para ser afastada. “Cheguei a trabalhar estando ali, mas não dava certo, era cansativo”, explicou.
Em relação a higiene pessoal, a jovem disse que está contando com a ajuda de uma amiga que mora na região para tomar banho atualmente. “É melhor do que ficar pagando. A minha mãe também vai na casa dessa minha amiga ou na [casa] da amiga dela”, disse.
Sobre o lugar onde ficam, um outro ponto que chamou atenção, ela explicou que escolheram um ponto estratégico para não atrapalhar o local de entrada e saída. Bruna relatou também que as duas aguardam o restaurante reabrir após o encerramento do expediente às 5h da manhã. “Já ficamos em outros lugares, mas não é perigoso, pelo menos para a gente”.
Fonte: Redação Terra
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