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17 de maio de 2024
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Juliana Lopes Campos é suspeita de desviar quase R$1 milhão de empresa em Pontalina, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

A funcionária de uma confecção foi presa suspeita de desviar quase R$ 1 milhão de uma empresa em Pontalina, no sul do estado. Segundo a delegada Tereza Nabarro, Juliana Lopes Campos foi detida em Uberlândia, em Minas Gerais. Nesta reportagem, veja o que se sabe sobre o caso.

A suspeita do crime é Juliana Lopes Campos, de 30 anos.

2. Como acontecia o desvio?

Segundo a delegada Tereza Nabarro, da Polícia Civil, Juliana Lopes Campos ‘maquiava’ os desvios alterando os destinatários das movimentações. O crime aconteceu em Pontalina, no sul goiano.

“A autora realizava transações fraudulentas alterando apenas o nome do destinatário, mas os valores eram destinados à sua própria conta. Esses valores eram transferidos para ela, sempre com uma transferência maior e uma devolução menor, para mascarar ainda mais seus movimentos fraudulentos”, afirmou Nabarro.

A gerência da empresa disse à polícia que confiava em Juliana, já que ela trabalhava no local há muitos anos. Também disse que começou a desconfiar da funcionária ao perceber que estava constantemente “sem dinheiro em caixa” e ao descobrir que Juliana tinha uma dívida de mais de R$ 300 mil.

“A vítima relatou que sua funcionária Juliana trabalhava na empresa de confecção há vários anos no setor financeiro e, por isso, ela tinha total confiança desses empregadores. E começou a desconfiar após ter conhecimento de que ela possuía uma dívida de mais de R$ 300 mil na cidade”, relatou a delegada.

4. Qual o valor desviado?

Tereza Nabarro informou que devido às desconfianças, a dona da confecção decidiu conferir o balanço contábil, oportunidade em que descobriu que a suspeita estava retirando cerca de R$ 60 mil por mês e recebendo, ao todo, quase R$ 800 mil.

Segundo a Polícia Civil, a equipe analisou o histórico das transações e concluiu que os desvios foram se tornando cada vez mais frequentes e progressivos, de forma que se chegou ao montante de R$ 991.031,79. Para conferir certa naturalidade para o balanço, Juliana também realizava operações de crédito, de modo que o valor total desviado, conforme apuração da própria empresa de confecção, atinge o valor de R$ 778.082,30.

Juliana Lopes foi presa em Uberlândia, em Minas Gerais. Ao g1, a delegada informou que Juliana estava na casa de um parente quando foi presa na noite de 17 de abril deste ano. A mulher deve ser encaminhada para Goiás. À polícia, a suspeita alegou ser inimputável, segundo Tereza Nabarro.

6. O que diz a defesa da funcionária?

À TV Anhanguera, a defesa de Juliana Lopes Campos informou que ela tem vício em jogo. A advogada Judy Almeida alegou que a própria família da suspeita avisou o que estava acontecendo à empresa e a mulher está em processo de interdição.

“Somente um tempo depois, a família descobriu o que estava acontecendo e descobriu que a senhora Juliana estava com vício em jogo, que é um transtorno reconhecido pela classificação internacional de doenças, como jogo patológico”, explicou.

Juliana Lopes pode ter usado parte do dinheiro para apostar em jogos online, segundo a delegada Tereza Nabarro. A investigação ainda não confirmou se todo o dinheiro foi usado para o mesmo fim e a polícia aguarda a quebra do sigilo bancário da suspeita, segundo a delegada.

A funcionária foi a primeira colaboradora contratada na unidade, segundo o proprietário. À TV Anhanguera, Yuri Guimarães demonstrou choque ao falar sobre a suspeita do crime.

“Foi nossa primeira funcionária na cidade quando a gente migrou a empresa pra cá, todo mundo na empresa ficou extremamente assustado, ninguém esperava isso”, contou.

Tereza Nabarro disse que após as investigações, a polícia pediu à Justiça a quebra de sigilo financeiro, medidas constritivas patrimoniais em desfavor da investigada.

“A equipe da Polícia Civil tentou localizá-la, inclusive diligenciando os endereços indicados. Também entrou em contato com os advogados que sabiam a sua localização, mas preferiram não apresentá-la naquele momento. Em razão disso, foram expedidos os mandados e a sua imagem como pessoa foragida, devido ao risco concreto de fuga e também de que ela continue a ocultação de patrimônio”, finalizou a delegada.

10. Veja reportagens do caso

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Autor

Lidiane

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