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21 de setembro de 2024
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Clenilton Lemes Correia morreu após motorista de Mercedes bater contra moto dele e fugir — Foto: Divulgação/PM

O vigilante Clenilton Lemes Correia, que morreu após ser atingido por um carro de luxo na GO-020, em Goiânia, estava vivo no momento em que o resgate chegou no local, afirmou uma testemunha à Polícia Civil. Segundo a delegada responsável pelo caso, Ana Cláudia Rodrigues, a testemunha citada foi a responsável por acionar o socorro para Clenilton.

“Em depoimento, Antônio afirmou que a vítima já estava morta. Uma pessoa que chegou logo após o fato esclareceu que a vítima ficou no local, ela teve atendimento e ela ainda estava com vida. Então, é muito importante que, ocorrendo um acidente, a gente seja humano e preste esse atendimento que pode salvar vidas”, orientou a delegada.

O motorista chegou a ser preso em flagrante no último domingo (9), horas depois do acidente, no Jardim Guanabara, mas já está em liberdade. Em nota, a defesa dele informou que foi concedida uma liminar para revogar a prisão, impondo apenas medidas cautelares diversas, e que “estará sempre à disposição da Polícia Civil e do Poder Judiciário para contribuir para a elucidação dos fatos” (leia a íntegra no fim desta reportagem).

A delegada divulgou as falas da testemunha em uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (12). Ainda segundo a delegada, um amigo que acompanhava Antonio Netto, suspeito de atropelar e matar o vigilante, afirmou que os dois ingeriram bebidas alcóolicas antes do acidente e que perceberam a presença de Clenilton apenas após o impacto.

“Ele não viu o motociclista e ele acredita que o Antônio também não. Após o ponto de impacto, ele pediu muito para que o Antônio parasse, ele não conseguiu, seguiu e se dirigiu a casa dele. Ele teve acesso e a certeza de que ali existia uma vítima”, disse a delegada.

Ana Cláudia afirmou que a polícia segue investigando o trajeto que Antonio teria feito antes do acidente, e que, já encontraram imagens de câmeras de monitoramento que mostram o suspeito bebendo, além de terem acesso a comandas de consumação dos estabelecimentos por onde ele passou. Antônio Netto foi tipificado por lesão corporal culposa no trânsito.

A situação de Antônio perante a Justiça pode ser agravada diante de todas as provas obtidas pela investigação, afirmou a delegada. Dentro da Mercedes, que pertence ao suspeito, foram encontrados vestígios de bebida alcóolica.

Motorista que matou vigilante atropelado foi a posto de combustíveis antes do acidente

A Polícia Civil divulgou um vídeo na última quarta-feira (12) que mostra o suspeito em um posto de combustíveis antes do crime (veja acima). Ele passa ao fundo da filmagem usando uma camiseta preta. Testemunhas e um laudo do Instituto Médico Legal (IML) atestam que ele ingeriu bebidas alcoólicas.

Vigilante morre após ser atropelado em rodovia de Goiás — Foto: Divulgação/PM

A delegada também informou que, com base no depoimento de testemunhas e outras evidências, como as comandas dos pedidos e câmeras de segurança, é possível afirmar que o motorista chegou ao primeiro bar por volta das 19h de sábado (8).

De lá, Antônio passou por outro bar e de lá seguiu para o posto de combustíveis próximo. Na sequência, visitou um pub e, por fim, parou para comer em uma lanchonete. O acidente aconteceu quando ele voltava para casa.

Antonio Netto, suspeito de atropelar e matar vigilante em rodovia de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O vigilante Clenilton Lemes Correia foi atropelado e arrastado por mais de 200 metros, na GO-020, quando ia para o trabalho. A Polícia Científica informou que ele teve múltiplas lesões. Por conta da batida, a placa do carro se desprendeu e ficou na rodovia, o que ajudou a localizar o motorista, enquanto a placa da moto ficou presa ao para-choque do carro.

Antônia Araújo da Silva, esposa da vítima, pediu justiça ao marido. “A pessoa por irresponsabilidade tira a vida de um pai de família, não pode ficar impune”, lamentou em entrevista à TV Anhanguera.

Também de acordo com a delegada, uma outra testemunha afirma ter visto o carro de Antônio momentos antes do acidente trafegando em alta velocidade. Ela também conseguiu afirmar que a moto do vigilante estava com a iluminação em perfeitas condições.

“Nós também ouvimos outra testemunha importantíssima que relata que já tinha cruzado com o veículo momentos antes em velocidade alta, de aproximadamente 100 km/h. Isso veio a esclarecer muita coisa e vai ajudar muito na própria perícia, que é o que a gente aguarda agora”, afirmou.

Agora, a polícia aguarda o resultado dos laudos periciais para que seja feita uma reconstrução ainda mais detalhada de toda a dinâmica do acidente.

Nota da defesa na íntegra

A defesa do Sr. Antônio Scelzi Netto, informa que diante da decretação da prisão preventiva em desfavor do nosso cliente, contrário a norma Processual Penal, foi impetrado ordem de Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e diante da análise criteriosa e estritamente legal, foi concedida a liminar requerida para revogar a prisão, impondo medidas cautelares diversas da prisão, suficientes para acautelar o resultado útil do processo.

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Autor

Lidiane

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