23 de outubro de 2025
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A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta quarta-feira (22/10) a Operação Cerrado, com o objetivo de cumprir 10 mandados de prisão e oito de busca e apreensão. A ação ocorre simultaneamente em quatro cidades: Goiânia, Trindade, Guapó e Araguaína, no Tocantins. O alvo são integrantes de uma organização criminosa com atuação no bairro Jardins do Cerrado, na capital goiana.

A operação da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios tem como foco investigar o assassinato de um comerciante local ocorrido no dia 29 de julho deste ano, no Setor Aeroviário de Goiânia. Segundo as investigações, a vítima era um informante da polícia e repassava dados sobre o tráfico de drogas na região.

“A vítima, um comerciante local, repassava informações à polícia sobre o tráfico de drogas na região, o que resultava em prisões e prejudicava as atividades criminosas”, confirmou a polícia.

As apurações revelaram que o homicídio foi executado por membros de uma facção que atua no Jardins do Cerrado. Inicialmente, três pessoas foram presas em flagrante: Jefferson Pereira Santos, Sabrina Ferreira Mendes e Rycardo Ramom Cortes Milhomem. Com o aprofundamento das investigações, a Polícia Civil identificou todos os demais envolvidos na trama.

“Com o aprofundamento das apurações, a Polícia Civil identificou todos os demais envolvidos, que exerciam funções específicas na organização criminosa”, explicaram as autoridades.

A Operação Cerrado representa mais uma etapa no combate ao crime organizado na região do Jardins do Cerrado. Desde o final do ano passado, a Polícia Civil tem intensificado suas ações na área para coibir a atuação de organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas. Esses grupos são responsáveis por determinar a morte de diversos desafetos em disputas territoriais, além de usuários que estavam em dívida com as facções.

Em novembro de 2024, a Operação Hades cumpriu 21 medidas judiciais e resultou na prisão de quatro criminosos, com apreensão de armas de grosso calibre, munições e drogas. No início de dezembro, a polícia prendeu dois homens que invadiram uma residência e executaram um jovem na presença da mãe dele. Um dos autores foi preso em Cocalinho/MT, onde estava escondido. A investigação concluiu que a vítima foi morta por engano, confundida pelos faccionados.

A atuação policial continuou em junho de 2025, quando as equipes cumpriram mandado de internação de um adolescente suspeito de tentar matar dois integrantes de um grupo rival. Em setembro do mesmo ano, a Operação Hórus cumpriu sete mandados de prisão e cinco de busca e apreensão contra integrantes da facção envolvidos na morte de um jovem de 21 anos.

Foram apontados como integrantes:

  • Yuri Alexandre Sousa Andrade, vulgo Cerradão (22 anos) – mandante do crime, criminoso homiziado na favela da Rocinha/RJ, com cinco ordens prisionais em aberto e registros por homicídios, receptação e tráfico de drogas;
  • Julyo César Rodrigues Bonfim (20 anos) – articulador logístico da ação, com antecedentes por homicídio qualificado e tráfico de drogas, já preso por outro homicídio cometido no primeiro semestre;
  • Vinícius Eduardo Nascimento (24 anos) – responsável por alugar a arma utilizada no assassinato, com passagens por roubo, posse de drogas e homicídio qualificado;
  • Ana Beatriz Santana Vilaça (26 anos) – companheira de Yuri e responsável pelo apoio financeiro e lavagem de dinheiro do grupo, presa nesta data em Araguaína/TO;
  • Renan Arriel Pereira (24 anos) – auxiliar na logística operacional do crime, com registro por posse de droga para uso pessoal;
  • Luís Felipe Rodrigues Praxedes (25 anos) – encarregado de providenciar a motocicleta utilizada no assassinato, sem registros criminais anteriores;
  • Jefferson Pereira Santos (29 anos) – condutor do executor até o local do crime e responsável pela fuga, com passagens por tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo;
  • Sabrina Ferreira Mendes (27 anos) – auxiliar direta de Jefferson na execução da logística criminosa, com antecedentes por tráfico e posse de arma;
  • Rycardo Ramom Cortes Milhomem – executor do disparo fatal, já autuado em flagrante.

Entre outros investigados cujas participações ainda estão sendo mais profundamente apuradas.

Assim, até o momento foram cumpridas 50 medidas judiciais em desfavor de criminosos que atuavam no bairro Jardins do Cerrado.

A PCGO continua monitorando os demais criminosos daquela região e, em breve, realizará nova operação de grande vulto no local.

A divulgação das imagens e da identificação dos presos ocorreu em conformidade com a Lei nº 13.869/2019 e com a Portaria nº 547/2021/DGPC, conforme despacho da autoridade policial responsável pelo inquérito, fundamentada na possibilidade concreta de identificação de novas vítimas.

Autor Manoel Messias Rodrigues

Lidiane

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