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25 de maio de 2025
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A Justiça Federal bloqueou R$ 156 mil de dinheiro público para garantir atendimento de saúde para Thaís Medeiros, que ficou sem andar e falar devido a uma forte reação alérgica que sofreu ao cheirar pimenta, em 2023. Segundo a mãe dela, Adriana Medeiros, a jovem ficou com sequelas permanentes.

“Uma vitória importante para Thaís. Estou aliviada, espero que dê certo”, disse a mãe nas redes sociais.

A recuperação de Thaís exige uma rotina de terapias, medicamentos, alimentação especial e fraldas, o que gera um custo mensal de cerca de R$ 16 mil para a família. A mãe e profissionais de saúde são fundamentais no acompanhamento e na melhora gradual da jovem.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) esclarece que a pasta está ciente da decisão em favor da paciente e que está adotando as providências pertinentes quanto à decisão.

Segundo o documento, o bloqueio da verba pública visa garantir que a jovem Thaís receba o tratamento domiciliar necessário pelo período de seis meses.

A sentença foi assinada pelo juiz Jesus Crisostomo de Almeida. A medida foi adotada devido ao descumprimento das decisões judiciais de fornecer o tratamento adequado, mesmo após o município reconhecer parcialmente a dívida e retomar alguns pagamentos.

Adriana Medeiros, mãe de Thaís, luta para retomar o atendimento de home care para a filha, que foi suspenso após seis meses. Apesar de decisão judicial determinando o retorno do serviço até dezembro de 2024, a Prefeitura de Goiânia ainda não cumpriu a ordem e informou que recorreu, alegando que Thaís não se enquadra nos critérios para o serviço.

A Prefeitura argumenta que o home care é destinado a pacientes que precisam de respirador, o que não seria o caso de Thaís. Enquanto isso, a família segue buscando alternativas para garantir o tratamento adequado à jovem, que depende de cuidados constantes.

Com doações recebidas ao longo dos últimos dois anos, Adriana conseguiu comprar uma casa para a família. Antes, Thaís morava em um apartamento sem elevador e precisou ser carregada pelas escadas após o acidente, o que dificultava ainda mais sua rotina de consultas e exames.

Adriana, que deixou o trabalho para cuidar integralmente da filha, sonha em abrir um salão de beleza em casa, no Setor Morada do Sol, em Goiânia. Cabeleireira e manicure, ela planeja retomar a profissão e seguir com seus planos para o próximo ano, mesmo diante das dificuldades.

Entenda o caso

Thaís, de Anápolis, sofreu uma reação grave após cheirar pimenta na casa do namorado. Ela desmaiou logo em seguida, foi levada ao hospital e precisou ser reanimada. Thaís ficou 20 dias internada na UTI da Santa Casa, onde os médicos constataram uma lesão cerebral irreversível que afetou seus movimentos e sua fala.

A jovem já apresentava histórico de problemas respiratórios, como bronquite e asma, que surgiram após a gravidez da filha mais velha. Antes do episódio com a pimenta, ela chegou a ficar internada por cinco dias devido a uma bactéria no pulmão, o que agravava seu quadro de saúde.

Em 2023, Thaís passou mais de 260 dias no hospital, enfrentando crises respiratórias severas e precisando de reanimação em algumas ocasiões. Mesmo assim, a família comemora que, em 2024, ela teve apenas três internações, graças aos cuidados intensivos e tratamentos constantes.

Autor Manoel Messias Rodrigues

Lidiane

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