PMs acusados de matar três trabalhadores em fazenda vão a júri popular | Goiás
Lidiane 29 de julho de 2024 0 COMMENTS
Três pessoas são mortas em ação da PM em fazenda na zona rural de Cristalina
A Justiça determinou que os policiais militares envolvidos na ação que matou três trabalhadores rurais em Cristalina, no entorno do DF, sejam submetidos a júri popular. O crime aconteceu em março de 2022. Os acusados afirmaram que foram atender uma ocorrência sobre roubo em fazenda e foram recebidos com tiros. Testemunhas e familiares alegam que os trabalhadores caçavam javali.
A decisão foi publicada na sexta-feira (26). Francisco da Silva Chaves (41 anos), Nelson da Silva Cardoso (38 anos) e Aleff Nunes Souto (22 anos) foram mortos no dia 22 de novembro de 2020. Testemunhas relataram que eles tinham costume de caçar animais quase que diariamente.
Os PMs afirmaram que foram chamados para atender uma ocorrência de roubo em uma propriedade rural. Em nota divulgada em 26 de novembro de 2020, a Polícia Militar afirmou que os agentes se depararam com homens armados que dispararam contra os policiais, que agiram em legítima defesa.
O g1 tentou contato com a defesa dos acusados por telefone e por mensagem de texto, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
Procurada pela reportagem por e-mail, telefone e por mensagem de texto, a Polícia Militar não enviou posicionamento oficial recente sobre o caso até a última atualização desta matéria.
De acordo com a decisão judicial, os agentes Bruno Martins, Barros Ângelo Máximo Morais Lacerda e Reginaldo Matos Lima devem ser submetidos a júri popular. Esse tipo de julgamento é realizado quando a Justiça considera que há indicativos suficientes que, até o momento, liguem os acusados à execução das mortes. Ainda não há data mercada para o juri.
De acordo com a decisão, a Justiça ouviu testemunhas do caso nos dias 20 e 27 de maio de 2024. A defesa apresentou pedido de absolvição para Bruno Barros, alegando que o policial agiu em legítima defesa. O texto diz ainda que a defesa considerou improcedente a denúncia contra Ângelo e Reginaldo por falta de provas.
De acordo com depoimentos inclusos na decisão judicial, testemunhas relataram que os trabalhadores Francisco, Nelson e Aleff faviam saído para caçar javalis com armadilhas. A carne servia de alimento para as famílias.
Depois de mais de 1h30 da saída das vítimas para a caça, vizinhos da fazenda onde os homens foram mortos relataram ter ouvido barulhos de tiro. Os vizinhos foram até o local e encontraram as vítimas já sem vida. De acordo com testemunhos, havia muito sangue no local e dois javalis presos em armadilha.
Os depoimentos relatam ainda que a viatura da patrulha rural foi vista andando em alta velocidade com as luzes apagadas.
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