23 de outubro de 2025
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Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento é acusada por funcionários e ex-funcionários de gritar e exigir cargas horárias mais longas, diz reportagem

Dilma Rousseff, atual presidente do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, na sigla em inglês), tem sido alvo de críticas internas, acusações de assédio moral e atrasos nas metas da instituição. As informações são de reportagem da Folha de S.Paulo.

Documentos obtidos pelo jornal mostram que o NDB –ou banco dos Brics, como é popularmente chamado– está atrasado nas metas para o período de 5 anos (2022-2026). 

Um dos que apontaram os atrasos seria Prasanna Salian, diretor da Índia, que afirmou em um de seus votos que o banco cumpriu só 20% da meta de concessão de crédito do banco. Também disse que o banco não teria atingido os objetivos de operações não soberanas (10,7%, diante da meta de 30%). Apenas um projeto (4%) foi cofinanciado (a meta era 20%).

Os relatórios anuais do banco de 2023 e 2024 não foram publicados –diferente dos anos anteriores, que estão disponíveis.

ROTATIVIDADE E RELATOS DE ASSÉDIO MORAL

Os documentos também indicam que a taxa de rotatividade de funcionários é de 15,5%, o que seria 3 vezes maior do que a média em bancos multilaterais de desenvolvimento. 

Além disso, 14 funcionários brasileiros deixaram seus empregos no banco depois de 2023, quando Dilma assumiu a presidência do NDB, o que representa 46% dos brasileiros que trabalhavam lá. Os dados são de um relatório de avaliação independente do banco.

A reportagem também ouviu funcionários e ex-funcionários da instituição, que, sob anonimato, relataram que Dilma grita com eles e desrespeita a carga horária de trabalho.

“Segundo vários relatos, Dilma frequentemente grita com os funcionários, em broncas que podem ser ouvidas em outros andares da instituição. Ela chamaria os funcionários de ‘burro’ e ‘burra’, ‘ignorante’, além de dizer diz ‘você não presta para nada’, ‘você não serve para porra nenhuma’ e ‘você nunca mais vai arrumar outro emprego’ , ‘você escreve com os pés’. Ela teria dito a um funcionário chinês que ele precisava ‘lavar atrás das orelhas’”, diz a reportagem.

Além disso, Dilma negaria folgas aos funcionários, e eles seriam forçados a trabalhar das 6h às 21h todos os dias da semana.

A alta rotatividade e a presença da Rússia (em guerra com a Ucrânia) no NDB estariam prejudicando o funcionamento e a competitividade do banco.

“O volume de empréstimos do banco ficou aquém do que foi previsto na estratégia geral para 2017-2021 e desacelerou ainda mais em 2022 e 2023”, diz um relatório do Escritório de Avaliação Independente do NDB, assinado pelo diretor-geral Ashwani K. Muthoo, em 20 de maio de 2024. 

“Há espaço para melhorar a cultura organizacional, os processos de gestão e de pessoas para aumentar a eficiência do banco para poder cumprir seu mandato”.

Sob a gestão de Marcos Troyjo, juntaram-se à instituição Egito, Emirados Árabes Unidos e Bangladesh. Na gestão Dilma, não houve novas adesões.

OUTRO LADO

Ao jornal, a assessoria de imprensa do NDB negou a existência de casos de assédio moral por Dilma e disse que a concessão de folgas continua normal. “O NDB não vai comentar as alegações em relação a assédio moral, pois não há casos de assédio moral no departamento de conformidade e investigações do banco relacionados à presidente”.

Afirmou que as metas são para cinco anos, não para um ano. “Não é apropriado concluir que o NDB não atingiu as metas, pois o ciclo estratégico ainda está em andamento”, disse a assessoria. 

Também afirmou que a 1ª parte do ciclo de 2022-2026 foi dividida entre Dilma e Troyjo: “Quando a presidente Dilma chegou, em março de 2023, o banco enfrentava uma grave crise de liquidez. Ele havia passado 15 meses sem realizar uma emissão em dólares”.

Declarou que 2023 foi o único ano em que a rotatividade foi alta, de 15%. Sobre os funcionários brasileiros, a assessoria afirmou que, em 2022/2023, a taxa de rotatividade foi de 43% e que, em 2024, o número caiu para 16%.

Falou ainda que, na gestão da brasileira, o banco teve “crescimento significativo” e que o balanço no final de 2024 mostra “forte recuperação e expansão”.

O Poder360 entrou em contato com assessores do NDB para obter a íntegra da nota, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto.

SAÍDA DO CFO

O CFO (Chief Financial Officer) do NDB, Leslie Maasdorp, anunciou em 5 de abril de 2024 que deixaria o cargo em julho. Ele estava no banco desde 2015. Foi indicado pela África do Sul.

Maasdorp foi parte da equipe que fundou o banco. Começou como vice-presidente. Em 2021, foi indicado para CFO.

Como CFO, ele liderou as ações da tesouraria e do mercado de capitais do banco, criando os programas globais e nacionais para a instituição, e levantou mais de US$ 15 bilhões. Ele também conquistou a primeira classificação de crédito do banco em 2018, que estabeleceu a instituição como um banco multilateral de desenvolvimento líder em novos mercados emergentes“, disse o ministro sul-africano Enoch Godongwana, na época.

BANCO DOS BRICS

O NDB foi criado em 2015, com sede em Xangai (China). Em certa medida, a instituição de fomento multilateral compete com o Banco Mundial e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento. É uma fonte para empréstimos, financiamentos e assistências técnicas para projetos de integrantes do bloco econômico e demais países em desenvolvimento.

Rousseff assumiu a presidência da instituição financeira, também conhecida como Banco dos Brics, em março de 2023 para terminar o mandato de Marcos Troyjo, indicado por Jair Bolsonaro (PL) em 2020. Foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em fevereiro de 2023 e tomou posse em abril. 

A presidência do banco é rotativa e periódica. A cada 5 anos, cada um dos sócios-fundadores indica um presidente para o banco. O posto é ocupado por um representante dos países do Brics, enquanto membros dos demais países ficam responsáveis por indicar 4 vice-presidentes. A composição abrange um presidente, 4 vices, um conselho de diretores e um conselho de governadores.

Em 2024, a Rússia demonstrou apoio à recondução de Dilma Rousseff (PT) para um novo comando à frente do NDB (sigla em inglês para Novo Banco de Desenvolvimento) durante a reunião da Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O 1º mandato de Dilma vai até 6 de julho de 2025.

Na reunião, Putin e Rousseff defenderam a criação de uma moeda comum e a consolidação de um sistema de trocas comerciais em moedas nacionais para reduzir a dependência do dólar. Segundo Putin, a prática ajuda a diminuir os custos de serviço da dívida, a fortalecer a independência financeira dos países do bloco e a minimizar os riscos geopolíticos.



Autor Poder360 ·


Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Jr. (PT) aparecem com mais de 80%; Tarcísio de Freitas (SP) tem 61%

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta 5ª feira (27.fev.2025) mostra a taxa de aprovação dos governos estaduais de Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) receberam os maiores índices de aprovação: ambos estão com mais de 80%. 

Também obtiveram mais de 60% de aprovação os líderes de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Os governadores de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB –em negociação com o PSD), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), aparecem com 51% e 42%, respectivamente. 

O levantamento foi contratado pela Genial Investimentos e realizado de 19 a 23 de fevereiro com brasileiros de 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95% para uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos em São Paulo e de 3 nos demais Estados. Eis a íntegra (PDF – 9 MB).

Eis a quantidade de pessoas entrevistadas em cada Estado e a margem de erro:

  • Bahia: 1.200 e 3 pontos percentuais;
  • Goiás: 1.104 e 3 pontos percentuais;
  • Minas Gerais: 1.482 e 3 pontos percentuais;
  • Paraná: 1.104 e 3 pontos percentuais;
  • Pernambuco: 1.104 e 3 pontos percentuais;
  • Rio de Janeiro: 1.400 e 3 pontos percentuais;
  • Rio Grande do Sul: 1.404 e 3 pontos percentuais;
  • São Paulo: 1.644 e 2 pontos percentuais.

Essa foi a 1ª vez que a Quaest incluiu o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul no levantamento. Nos demais 6 Estados, é possível comparar com pesquisas anteriores. 

Leia o cenário nos Estados:

São Paulo

  • aprovam – 61%;
  • desaprovam – 28%;
  • não sabem/não responderam – 11%.

Minas Gerais

  • aprovam – 62%;
  • desaprovam – 30%;
  • não sabem/não responderam – 8%.

Rio de Janeiro

  • aprovam – 48%;
  • desaprovam – 42%;
  • não sabem/não responderam – 10%.

Bahia

  • aprovam – 61%;
  • desaprovam – 31%;
  • não sabem/não responderam – 8%.

Paraná

  • aprovam – 81%;
  • desaprovam – 14%;
  • não sabem/não responderam – 5%.

Rio Grande do Sul

  • aprovam – 62%;
  • desaprovam – 33%;
  • não sabem/não responderam – 5%.

Pernambuco

  • aprovam – 51%;
  • desaprovam – 44%;
  • não sabem/não responderam – 5%.

Goiás

  • aprovam – 86%;
  • desaprovam – 9%;
  • não sabem/não responderam –5%.

Eis a avaliação do trabalho dos governadores dos 8 Estados analisados pela pesquisa Genial/Quaest:

Em publicação no X (ex-Twitter), Felipe Nunes, diretor da Quaest, avaliou os pontos fortes e negativos dos governadores. 

Em São Paulo, o forte de Tarcísio está na atração de empresas; e sua fraqueza está na segurança. Em Minas Gerais, Zema tem ótimos resultados de educação, mas falha na infraestrutura e mobilidade”, disse. “No Rio de Janeiro, o problema é segurança e o ponto forte é a atração de novos negócios”, declarou. 

Eis o cenário completo: 



Autor Poder360 ·


A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou a criação de 170 novos cargos comissionados, com um impacto anual estimado em R$ 15 milhões, segundo levantamento do jornal “O Popular”. Os cargos, que podem ser alocados na área administrativa ou nos gabinetes dos deputados, terão salários entre R$ 2,4 mil e R$ 14 mil. A ocupação de cargos comissionados não necessita de concurso, basta indicação política.

A inclusão das vagas foi feita por meio de uma emenda do deputado Amauri Ribeiro (UB), apresentada em um projeto que originalmente tratava apenas de cargos efetivos. A votação ocorreu no dia 4 de fevereiro, em menos de 20 minutos, sem ampla divulgação. A emenda só apareceu no Portal da Transparência seis dias após a aprovação.

O presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB), justificou a medida afirmando que os deputados pressionavam por mais cargos para acomodar ex-prefeitos e ex-auxiliares do interior. Ele garantiu que o aumento não ultrapassa o limite de gastos com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A falta de transparência na divulgação da emenda gerou críticas. Peixoto atribuiu o atraso na publicação à saída de servidores responsáveis pelo Portal da Transparência. No entanto, os dados sobre as votações no plenário estavam atualizados, indicando uma publicação parcial do processo.

Recentemente, a Alego também aprovou a compra de 42 SUVs, no valor de R$ 400 mil cada, para os deputados, e um auxílio de R$ 11,5 mil por parlamentar, em dezembro.

Para reforçar a fiscalização, Peixoto anunciou a implantação de um sistema de ponto eletrônico por aplicativo. Servidores de gabinetes terão que registrar a presença semanalmente, com reconhecimento facial e relatórios de produtividade. “Estamos atuando para não ter fantasma”, afirmou o presidente.

A medida busca aumentar o controle sobre os novos cargos, mas a aprovação rápida e a falta de divulgação prévia continuam a gerar questionamentos sobre a transparência do processo.

Recorde – Desde que assumiu a presidência da Alego em 2023, Bruno Peixoto o número de servidores comissionados passou de 3.711 para 5.280, enquanto o número de efetivos caiu de 342 para 334, resultando em uma proporção de 15 comissionados para cada efetivo. Além disso, sua gestão expandiu a estrutura administrativa da Alego, criando 32 novas secretarias, elevando o total para 48, e estabelecendo 23 diretorias e seis diretorias adjuntas, ampliando, assim, os postos de chefia e consolidando um recorde na expansão da máquina administrativa da Casa.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Pesquisa revela aumento no acesso à internet e posse de dispositivos móveis entre crianças brasileiras de 0 a 8 anos, com desigualdades entre classes sociais

O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) revelou que 36% das crianças brasileiras de 6 a 8 anos possuem celular próprio em 2024. O estudo também indica que 82% dessa faixa etária utiliza internet, evidenciando crescimento expressivo desde 2015. (Eis a íntegra – 524 KB).

O acesso à tecnologia apresenta disparidades socioeconômicas significativas. Nas classes AB e C, mais de 40% das crianças de 6 a 8 anos têm celular próprio, enquanto nas classes DE esse número cai para 27%.

A pesquisa identificou mudanças importantes nos padrões de uso de dispositivos digitais ao longo dos últimos 9 anos. O uso de computadores caiu de 39% para 26% entre crianças de 6 a 8 anos no período de 2015 a 2024. Em contrapartida, o acesso à internet cresceu em todas as faixas etárias: 44% das crianças de 0 a 2 anos são usuárias, enquanto nas faixas de 3 a 5 anos e 6 a 8 anos os percentuais alcançam 71% e 82%, respectivamente.

Entre as crianças mais novas, de 0 a 2 anos, 5% possuem dispositivo móvel próprio. O estudo ressalta que a participação em videochamadas ou exposição a telas nem sempre é considerada uso de tecnologia pelos pais e responsáveis que responderam à pesquisa.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que crianças até 2 anos evitem contato com telas. Para a faixa de 2 a 5 anos, o limite sugerido é de 1 hora diária, e para crianças de 6 a 10 anos, 2 horas por dia.

O levantamento foi realizado pelo Cetic.br|NIC.br em 2024, com dados coletados através de entrevistas domiciliares em todo o Brasil. A metodologia incluiu questionários respondidos por adultos responsáveis pelas crianças.



Autor Poder360 ·


No próximo mês de março, entra em vigor a Lei nº 22.977/24, que trata da transparência e da eficiência na gestão dos medicamentos nas unidades de saúde. A norma, proposta por Jamil Calife (PP), foi sancionada em setembro do ano passado pelo governador em exercício, Daniel Vilela (MDB), e tem, de acordo com sua redação, 180 dias para entrar em vigor.

A legislação estabelece que o Governo de Goiás deve publicar mensalmente informações atualizadas sobre o estoque de medicamentos disponíveis na rede estadual de saúde. Com essa medida, o deputado Calife visa a garantir maior transparência e maior eficiência na gestão dos medicamentos, prevenindo atrasos nos tratamentos e melhorando o atendimento em casos de emergência.

A iniciativa pode ser crucial para salvar vidas e assegurar que todos os pacientes tenham acesso aos medicamentos necessários. A proposta do parlamentar foi sancionada com vetos em alguns quesitos propostos pelo parlamentar. 

Em 2016, o gasto do SUS com medicamentos, abrangendo os orçamentos das três esferas de Governo, totalizou R$ 18,6 bilhões. A participação do gasto federal com medicamentos na despesa com ações e serviços públicos de saúde aumentou de 11% em 2010 para 16% em 2016. Esses números destacam a necessidade de uma gestão eficiente e transparente dos recursos destinados a medicamentos, alinhando-se perfeitamente ao objetivo da iniciativa do legislador.

“Esse projeto é um passo importante para garantir que a população tenha acesso contínuo aos medicamentos essenciais, promovendo maior transparência e confiança no sistema de saúde”, destacou o deputado.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


O primeiro mês do ano é marcado pela realização de importantes campanhas de conscientização sobre questões relacionadas à saúde. Uma delas é o Janeiro Branco, que trata dos cuidados com a saúde mental. A outra, o Janeiro Roxo, trata do combate à hanseníase, também conhecida como lepra. Por ser contagiosa, a doença costuma ser alvo de preconceitos e estigma. Mas a enfermidade tem cura e o tratamento pode ser facilmente acessado de forma gratuita nas unidades básicas de saúde da rede pública. 

A campanha tem por objetivo justamente desmistificar os preconceitos e orientar a população sobre a importância de se buscar o tratamento precoce em caso de contágio com a doença. O último domingo de janeiro foi eleito como o Dia Mundial da Hanseníase. Neste ano, a data cai neste domingo, 26.

Uma boa forma de combater a moléstia e alcançar a cura é manter a atenção no aparecimento dos primeiros sintomas. Em geral, eles envolvem a perda da sensibilidade da pele, que pode vir ou não associada à perda ou comprometimento dos movimentos. Caso não tratada a tempo, a doença pode evoluir para a amputação de membros do corpo.

Vale lembrar que a hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Mycobacterium Leprae, que afeta os nervos. O contato próximo e contínuo com o paciente não tratado é a principal forma de transmissão da infecção. 

Segundo informações da equipe de Saúde e Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, em 2019, foram diagnosticados mais de 27 mil novos casos da doença, com 5% das incidências atingindo a população abaixo de 15 anos. O Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de ocorrências, sendo também o responsável por 90% dos registros da enfermidade nas Américas.  

Na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), o deputado Antônio Gomide (PT) apresentou, na atual Legislatura, um projeto de lei propondo a concessão de pensão especial aos filhos de pessoas atingidas pela doença e submetidas a isolamento compulsório no Estado. A matéria, que tramita sob o processo de nº 173/23, recebeu a validação definitiva do Plenário da Casa, em novembro de 2023, mas foi integralmente vetada pela Governadoria. A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) aprovou relatório favorável à manutenção do veto, que aguarda, agora, a devida apreciação plenária. 

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


A noite de quinta-feira (23/1) foi marcada por dois graves acidentes em Goiânia, resultando em três mortes e um ferido. O primeiro ocorreu às 20h, na Avenida Anápolis, Vila Pedroso, na Região Leste da capital. Uma pedestre foi atropelada por uma motocicleta Honda/Biz enquanto atravessava a avenida. A vítima faleceu no local, enquanto o motociclista sofreu ferimentos leves e foi atendido pelo Corpo de Bombeiros.

A Polícia Militar registrou a ocorrência e solicitou teste de bafômetro ao condutor, que se recusou. No entanto, o exame de embriaguez realizado no IML deu positivo, levando à prisão em flagrante. A Polícia Técnico-Científica esteve no local, e um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito para apurar as circunstâncias.

O segundo acidente ocorreu às 23h30, na Rua da Divisa, Jardim Curitiba 4, na Região Noroeste. O motorista de um GM/Vectra perdeu o controle do veículo em uma curva, colidindo contra o muro de uma residência. O impacto partiu o carro ao meio, causando a morte instantânea do condutor e do passageiro, que ficaram presos nas ferragens.

O Corpo de Bombeiros e o SAMU constataram os óbitos e realizaram o desencarceramento das vítimas. A Polícia Técnico-Científica esteve no local para realizar a perícia, e um inquérito foi aberto para investigar o caso.

A Delegacia de Crimes de Trânsito segue apurando os fatos.

Autor Manoel Messias Rodrigues


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas para o estado nesta quarta-feira (15/01). Um dos deles é de “perigo potencial”, na cor amarela, e o outro é de “perigo”, em laranja. O órgão informou que as chuvas podem variar de 30 a 60 milímetros por hora ou 50 a 100 milímetros por dia, acompanhadas de ventos com velocidades entre 60 e 100 km/h.

O alerta laranja, mais severo, abrange regiões do Centro-Oeste e Nordeste do país, além de atingir áreas de outros estados do Norte e Sudeste. Em Goiás, as áreas afetadas são as regiões Centro, Leste, Sul, Norte e Noroeste. O Inmet destaca que há riscos de queda de árvores, alagamentos e descargas elétricas, devido às condições climáticas adversas.

De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), os municípios com maior nível de precipitação nesta quarta-feira incluem Aruanã, Ceres, Cristalina, Cocalzinho de Goiás, Firminópolis, Goianésia, Ipameri, Iporá, Minaçu, Montes Claros de Goiás, Palminópolis, Palmeiras de Goiás, Porangatu e São João da Paraúna.

Nessas condições, a população é orientada a tomar cuidados, como evitar se abrigar debaixo de árvores, que podem cair devido aos ventos fortes. Também é recomendado não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda, pois há risco de queda e descargas elétricas. Durante chuvas intensas, é importante evitar o uso de aparelhos elétricos e desligar o quadro geral de energia.

O Cimehgo também alerta para o risco potencial de chuvas fortes nesta quinta-feira (16/1). A combinação de calor e umidade no estado deve favorecer a formação de áreas de instabilidade, trazendo chuvas irregulares que podem ocorrer em formato de tempestades, com rajadas de vento e descargas atmosféricas. A previsão é de chuvas de 20 a 50 milímetros por hora, podendo alcançar até 70 milímetros por dia, e rajadas de vento de até 80 quilômetros por hora.

É importante lembrar que, em caso de emergência, a população pode buscar mais informações ou solicitar apoio por meio da Defesa Civil (199) ou do Corpo de Bombeiros (193).

Autor Agatha Castro


O país registra uma desaceleração de 0,1 p.p. ante 2023; contração no setor de construção contribuiu para o resultado

O PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha caiu 0,2% em 2024. Foi o 2º ano consecutivo de desaceleração da economia alemã, a maior da Europa. O resultado é 0,1 ponto percentual menor em comparação com 2023, quando o índice recuou 0,3%.

Os dados foram divulgados nesta 4ª feira (15.jan.2025) pelo Destatis (Escritório Federal de Estatística Alemão). Eis a íntegra do relatório (PDF – 210 kB, em inglês). 

Segundo o documento, a contração da economia alemã foi causada por declínios significativos nos setores de construção (-3,8%), manufatura (-3%) e formação bruta de capital fixo (-2,8%).

“Embora o setor de serviços tenha registrado um crescimento positivo geral em 2024 (+0,8%), houve variações no desempenho de diferentes ramos. Por exemplo, o setor agregado de comércio, transporte, hospedagem e serviços de alimentação estagnou”, disse o Destatis.

O escritório afirmou ainda que “pressões cíclicas e estruturais impediram um melhor desenvolvimento econômico em 2024”.

O aumento da concorrência para a indústria de exportação alemã em mercados de vendas importantes, os custos elevados de energia, o nível alto de taxa de juros e uma perspectiva econômica incerta também causaram o resultado.

ELEIÇÃO NA ALEMANHA

O país europeu realizará um novo pleito em 23 de fevereiro para decidir seu novo chanceler –cargo equivalente ao de primeiro-ministro.

A eleição foi convocada antecipadamente depois que o atual chanceler alemão, Olaf Scholz (SPD, centro-esquerda), perdeu um voto de confiança do Parlamento em dezembro e o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier (SPD, centro-esquerda), dissolveu o Legislativo.

A instabilidade política na Alemanha, que resultou na antecipação do pleito, começou com o rompimento da coalizão que governava o país. Ela era liderada pelo SPD. A baixa popularidade das políticas econômicas, crises legislativas e outras divergências contribuíram para o fim do grupo.

Os 3 partidos que lideram a corrida oficializaram seus candidatos no sábado (11.jan). Além de Scholz, pelo SPD, concorrerão ao pleito:

  • Friedrich Merz, pelo CDU (União Democrata Alemã, direita), sigla da ex-chanceler Angela Merkel;
  • Alice Weidel, pelo AfD (Alternativa para a Alemanha, direita).



Autor Poder360 ·


Investidores tiraram R$ 36,9 bilhões de títulos ligados ao programa em 2024, com destaque dos prefixados e do IPCA+

Investidores recompraram (resgataram antes do vencimento) R$ 36,9 bilhões em títulos do programa Tesouro Direto em 2024. Houve um aumento de 21,8% na retirada de dinheiro do programa na comparação com o ano anterior. Essa é a maior variação anual desde 2019, quando a alta foi de 43,3%.

Os números são do Ministério da Fazenda e estão disponíveis no Portal de Dados Abertos do governo federal. Os valores foram corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O montante nominal de resgates antecipados foi o maior registrado na série dos dados. Ultrapassou os valores de 2020, quando somaram R$ 31,3 bilhões.

Leia o histórico no infográfico abaixo:

Nos últimos anos, uma queda na quantidade de resgates foi observada em 2021. É um reflexo dos juros baixos na pandemia.

O Tesouro Direto é uma iniciativa do Tesouro Nacional em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais a pessoas físicas com rendimento baseado em indicadores, como a inflação e a Selic (taxa básica de juros).

Os resgates se dão quando os clientes querem pegar o dinheiro que investiram antes que o papel vença. Na prática, retiram o dinheiro do fundo. 

Os recursos obtidos com o Tesouro Direto são utilizados para contribuir com o pagamento da dívida pública federal.

Dentre as modalidades dos títulos com maior volume de retiradas, os prefixados têm a maior alta (39,1%) nas recompras em relação ao ano anterior. 

Os outros com maior variação nas retiradas foram o IPCA+ (22,1%) e Tesouro Selic (alta de 20,3%), como mostra o quadro abaixo:

Rafael Dadoorian, sócio-fundador da Convexa Investimentos, diz que o movimento de alta nos resgates dos títulos pré-fixados se explica por um movimento de recomposição de renda. Os usuários do programa podem ter trocado os rendimentos do programa por um CDB (Certificado de depósito bancário) de bancos, por exemplo.

“Enquanto um Tesouro prefixado pode pagar 12% ou 13% ao ano. Um CDB com prazos similares costuma pagar 14% ou 15%. A depender do emissor, até mais”, declarou o especialista ao Poder360.

O mesmo movimento foi observado com a taxa ligada à Selic. O indicador estava em processo de queda gradual até agosto. Só voltou a subir em setembro.

“Uma vez que a rentabilidade do Tesouro acompanha a Selic e, tendo ativos bancários pagando níveis de taxas mais atrativas, fica interessante diminuir a posição em Selic”, disse Rafael.

O rendimento de muitas categorias do Tesouro Direto está em baixa no acumulado em 12 meses. É o caso da maioria dos títulos ligados ao IPCA. Naturalmente, ficam menos atrativos e os recursos são retirados.

Leia a variação dos principais títulos (aqui para abrir em outra aba):

Outra hipótese é que as taxas elevadas levaram a um rendimento interessante para os investidores ao longo do tempo. Assim, teria valido a pena retirar o dinheiro mesmo antes do vencimento.

Entenda a modalidade de cada um:

  • Prefixado – com taxa de retorno fixa, definida no momento da compra. Podem variar negativamente na hora da recompra, porque há a perda na venda;
  • IPCA+ – título híbrido que combina uma taxa fixa com a variação da inflação medida pelo IPCA;
  • Selic – atrelado à taxa básica de juros do Brasil, que varia de acordo com as decisões do Banco Central.

INVESTIMENTOS EM 2024

O economista Jason Vieira, da MoneyYou, avalia que 2024 foi um ano mais atrativo para os ativos de baixo risco, como foi o caso do Tesouro Direto. Isso se dá não necessariamente porque rendiam melhor, mas porque as categorias voláteis estavam ainda mais arriscadas ao longo do ano.

“Foi um ano para se pensar em um investimento de baixo risco, sim. Porque a taxa de juros muito elevada faz isso, também o excesso de volatilidade”, afirmou.

Professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e economista-chefe do Lide Pernambuco, Ecio Costa concorda com essa análise. A maior razão para a desconfiança dos investimentos de rendimento volátil se dá por causa do temor em relação à política fiscal do Brasil.

Um dos exemplos da desconfiança fiscal é exemplificado pela B3. O capital estrangeiro teve a maior fuga da Bolsa de Valores de São Paulo em 5 anos. 

O fechamento do Ibovespa na 6ª feira (3.jan.2024) apresentou o pior resultado desde novembro de 2023, aos 118.532 pontos.

“Isso aconteceu em 2024, deve se repetir em 2025 e se não tivermos sérias mudanças na política fiscal, vai continuar assim por um bom tempo. Então é um momento muito difícil para a renda variável, para a Bolsa de Valores principalmente”.



Autor Poder360 ·