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17 de maio de 2024
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Conheça queijo fabricado por família goiana premiado em campeonato mundial

Casca levemente firme e massa extremamente cremosa. Essa é a descrição do “Bem Dito”, queijo goiano premiado em um campeonato mundial. Feito em Piracanjuba, o queijo foi criado após o aprimoramento de uma receita que a avó do criador aprendeu com a mãe e avó dela. O Bem Dito é produzido com técnicas francesas, usando leite “cru” e maturado em uma câmara fria a cerca de 12 °C por até 45 dias.

“É um queijo que traz as características da região onde é feito, do gado, da pastagem do gado e do clima. Tudo isso vai proporcionar um ‘terroir’ e trazer o sabor do queijo. Além disso, tem o leite de qualidade, porque para se fazer um queijo de leite cru o leite tem que ter extrema qualidade”, explicou ao g1 Fabiano Dias Martins, criador do queijo.

O empresário explicou que até o bem-estar do gado é pensado para aprimorar a qualidade do leite. Ele detalhou que trabalha com a “cultura do gado feliz”. Neste conceito, os bezerros não são separados das vacas, os animais são acompanhados por médicos veterinários, com exames anuais, entre outros detalhes (confira no decorrer da reportagem).

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A receita atual nasceu em 2017. Desde então, coleciona premiações. Desta vez, o Bem Dito conquistou medalhas de prata e bronze no 3º Mundial do Queijo do Brasil. O evento aconteceu em São Paulo, em abril deste ano, e premiou o Bem Dito maturado em 30 dias com a medalha de prata, e o Bem Dito maturado em 45 com a de bronze.

“As premiações vêm coroar um trabalho, por trás desse queijo vem uma dedicação com o plantio do capim para o gado, da sanidade do gado, dos cuidados da ordenha, da produção e da cura. É um trabalho extenso que, quando você recebe a medalha, vê que valeu a pena , que todo o esforço está sendo recompensado”, comemorou Fabiano.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Fabiano contou que pegou a receita da família e decidiu aprimorar. Desde então, fez cursos no Brasil e no exterior para chegar à receita premiada.

“Fiz curso em Minas Gerais, fiz curso na França. Esse curso da França me deu uma nova visão sobre o mundo do queijo. Foi um divisor de águas. Lá eu percebi o potencial que o queijo de leite cru pode atingir”, detalhou Fabiano.

Fabiano Dias Martins e Brenda Martins, produtores do queijo Bem Dito, em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Com a receita quase no ponto certo, o queijo começou a agradar o paladar do público e motivou Fabiano Dias a melhorar ainda mais a textura, cor e sabor do produto. Além dos cursos, o queijeiro detalhou que também troca informações com outros produtores para aprimorar as técnicas.

O Bem Dito é fruto de uma produção familiar, segundo Fabiano Dias. O queijeiro trabalha com a filha e outros dois colaboradores, que auxiliam na produção do queijo, na ordenha, manutenção da pastagem, que é intercalada com árvores para garantir o bem-estar animal, e a água do gado.

Fabiano Dias Martins e Brenda Martins, produtores do queijo Bem Dito, em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Para o futuro, os planos são de conquistar ainda mais prêmios.

“Em 2025 a gente vai para o Mundial da França, onde também participam vários países, tem mais de 4 mil queijos participando, produtos lácteos. Em 2025, a nossa intenção é de participar desse concurso em busca de uma medalha de ouro”, disse Fabiano, inspirado.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Fabiano explicou que a maturação é feita com técnicas francesas, onde a temperatura é controlada para atingir o ponto certo. A câmara fria fica em torno de 12 °C por até 45 dias para garantir a qualidade final do produto. No entanto, a partir de 30 dias, o Bem Dito já pode ser consumido.

A ordenha é feita diariamente e, logo após finalizada, a produção do Bem Dito começa com o leite recém-ordenhado, o que é um dos diferenciais, segundo Fabiano Dias. Em outras técnicas, os queijeiros podem pasteurizar ou resfriar o leite antes da produção.

“Terminada a produção, ele passa por um período de secagem, e aí entra para a refrigeração, onde ele vai ficar por até 45 dias, dependendo do período que a gente deseja. Nesse período tem um cuidado com o queijo, onde você tem que virá-lo todo dia e sofre um tratamento que trará essa textura para ele, esse aroma, esse sabor”, explicou Fabiano.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Como mencionado por Fabiano Dias ao decorrer da reportagem, um dos focos para a qualidade do queijo, é o bem-estar do gado. Ao g1, o queijeiro explicou que começam no curral as técnicas para garantir o melhor produto final aos clientes.

“Não é só fazer o queijo, começa lá no curral, lá no pasto, o gado tem que se alimentar bem, a gente tem a cultura do gado feliz, os bezerros não são separados das vacas quando nascem, igual à maioria das propriedades leiteiras faz. O bezerro é criado com a vaca, mama, então você tem um animal feliz. A ordenha é feita com o bezerro perto, e a gente cuida muito da sanidade do gado”, explicou.

Fabiano pontuou também que há um médico veterinário que acompanha os animais. São feitos exames anuais de brucelose e tuberculose, para garantir que todos os animais estejam sadios.

Vaca que produz leite para produção de queijo em Piracanjuba, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Com o queijo pronto, é hora de servir. Para ajudar os clientes, Fabiano Dias recomenda a melhor forma de comer o Bem Dito.

“O Bem Dito é um queijo suave, isso é diferencial dele, porque agrada todos os paladares. É um queijo que você pode comer todo dia, que você não vai enjoar. É um queijo que pode ser para um café da manhã, para uma sobremesa, para tomar com vinho, com a cerveja artesanal, com a cachaça, tem várias composições que ele vai casar bem”, recomendou.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba — Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Uma nova lei de Goiás vai permitir exames de mama e ovário em mulheres com histórico familiar de câncer. O estatuto é de autoria do delegado Eduardo Prado (PL) e tem o objetivo de garantir o fácil acesso ao exame de mastectomia profilática, além de oferecer uma intervenção preventiva para as mulheres.

Com a implantação da nova medida, caso seja detectada a mutação genética por meio do exame, a paciente poderá realizar a cirurgia de mastectomia profilática e de reconstrução da mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além de assegurar acompanhamentos psicológico e multidisciplinar para a paciente.

Prado apontou que a motivação da nova lei ocorreu depois dos dados divulgados pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no qual mostrou que o câncer de mama ultrapassou o câncer de pulmão como o mais diagnosticado no mundo, em 2020.

De acordo com o parlamentar, a prevenção, associada à identificação precoce, é relevante para a minimização e o controle das taxas de mortalidade. O dispositivo foi sancionado pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e está no Diário Oficial do Estado a Lei Estadual nº 22.623, que altera a Lei 20.707/20.

Vale ressaltar que antes dos acréscimos, a Lei 20.707/20 não garantia o exame de detecção de mutação genética, assim como não garantia os acompanhamentos especializados e a opção de realização de mastectomia profilática e de reconstrução da mama por meio do SUS.

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Viatina-19 FIV Mara Móveis, vaca nelore goiana avaliada em R$ 21 milhões — Foto: Divulgação/Casa Branca Agropastoril

Viatina-19 ganhou o título em julho de 2023, após avaliada em R$ 21 milhões e vendida. O lance milionário é de criadores da Casa Branca Agropastoril, Agropecuária Napemo e Nelore HRO. Eles compraram um terço do animal, por cerca de R$ 7 milhões.

Proprietário fala sobre vaca nelore considerada a mais cara do mundo

A vaca tem pouco mais de 5 anos de idade e nasceu em Nova Iguaçu de Goiás, no norte goiano. Em nota publicada no site oficial em fevereiro deste ano, o Guinness World Records informou que foi o maior valor registrado para esse tipo de venda. Segundo a plataforma, o preço é baseado na genética da Viatina-19, considerada de alta qualidade.

O g1 buscou entender o que faz com que o animal seja considerado tão valioso. Segundo o primeiro proprietário da vaca, a chamada Viatina-19 FIV Mara Móveis “já era especial desde o nascimento”, devido a sua genética.

“Desde que ela nasceu percebemos que era um animal diferenciado, acima da média das outras bezerras nascidas naquela época”, disse Silvestre Coelho Filho.

Especialista em reprodução bovina, o médico veterinário João Carneiro contou detalhes sobre os aspectos genéticos da Viatina-19 que a tornam tão valiosa.

“A sua avó era uma barriga de ouro e aí veio. Produziu a mãe e a Viatina 19. É um animal diferenciado”, explicou.

Fabiana Marques Borrelli, diretora da Casa Branca Agropastoril, explicou que o animal simboliza o padrão de qualidade superior que buscam e “sua valorização e reconhecimento no Guiness são provas de que o investimento em excelência genética proporciona retorno, seja em produtos diferenciados, em retorno financeiro e em imagem”.

Em nota à imprensa, Fabiana detalhou ainda que o reconhecimento mundial da Viatina-19 eleva o prestígio da pecuária brasileira e “solidifica seu lugar como um ícone da genética Casa Branca de classe mundial”.

Multiplicação genética

Para garantir a continuidade da descendência do animal, o médico veterinário explica que estão sendo aplicadas técnicas e investimentos de biotecnologia para multiplicação genética dos animais.

“É uma família de Nelore diferenciada e por isso está sendo feito investimento de biotenologia de multiplicação genética com elas”, disse João.

“A gente aspirou algumas parentes, a irmã e a prima da Viatina-19 para multiplicar de maneira intensiva a genética delas, através da fertilização in vitro”, completou.

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