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14 de maio de 2024
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  • 20:06 Empresária que morreu após cirurgia plástica sentia dor que ‘queimava por dentro’, diz advogado da família | Goiás
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Empresária morre após fazer cirurgia plástica em Goiânia

Antes de morrer por complicações de uma cirurgia plástica, em Goiânia, a empresária Fábia Portilho reclamou de dores intensas, que causavam a sensação de queimação dentro do corpo. De acordo com o advogado da família, Pedro Gonçalves, a mulher sabia que a situação não era normal, pois conhecia o próprio corpo e já tinha feito plásticas antes. O médico e o hospital estão sendo investigados por omissão de socorro que resultou em morte.

“Fábia era muito vaidosa, já havia se submetido a outras cirurgias e estava habituada a possíveis reações, desconforto, dor, uma limitação de movimento. Mas foi surpreendida com dores muito fortes. Ela dizia que aquela dor ela nunca tinha sentido, relatava como se estivesse queimando ela por dentro”, explicou o advogado à TV Anhanguera.

Fábia passou por uma mamoplastia e uma lipoaspiração no Hospital Unique, no dia 3 de maio. Mas quatro dias depois, voltou a ser internada e morreu. Para os familiares, houve omissão de socorro por parte do hospital e do cirurgião plástico Nelson Fernandes, que não solicitaram exames ou transferiram a mulher para outra unidade de saúde, já que no local onde a cirurgia foi feita não havia unidade de terapia intensiva (UTI).

Fábia Portilho morreu após fazer cirurgia plástica em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes sociais

Em nota, o cirurgião plástico lamentou a morte da paciente e disse que os procedimentos foram realizados sem intercorrências. Além disso, afirmou que prestou toda a assistência à paciente, seguindo sempre os protocolos adequados e as práticas médicas.

O Hospital Unique também negou que houve negligência por parte da equipe médica e disse que informou a família sobre o quadro de saúde da paciente e que colabora com a investigação (leia as duas notas na íntegra ao final da reportagem).

O advogado da família afirma que complicações após cirurgias plásticas são comuns e, de certo modo, até esperadas. Por isso, os pacientes assinam termos de ciência dos riscos antes de serem operados. Mesmo assim, considera que o grande problema do caso não foi existir uma complicação, mas sim a demora e descaso no socorro à Fábia.

“Do ponto de vista médico e até jurídico, uma complicação após a cirurgia é uma coisa que pode ser esperada. O que não é normal é você ter uma complicação e não ter socorro. A família só removeu Fábia para outro hospital, porque não encontrou no Hospital Unique o socorro que precisava. Não tinha uma tomografia, não tinha UTI, ela estava chorando de dor na maca”, afirma.

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela família de Fábia, dois dias depois da cirurgia, o cirurgião plástico Nelson Fernandes deu alta para a empresária, mas ela começou a sentir dores fortes na região abdominal. Preocupada, voltou ao hospital no final da manhã do dia 7 e foi internada.

Fábia Portilho era dona de um hotel em Goianésia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Mariana Batista, prima da empresária, diz que ela gritava de dor, mas os médicos de plantão e o cirurgião plástico não a examinaram ou pediram uma tomografia. “Ela só tomou as bolsas de sangue e, quando houve a troca de plantão, outra médica viu que era uma infecção grave e disse que a Fábia precisava de UTI”, afirma a prima.

Segundo a prima, foi só nesse momento que, já no início da noite do dia 7 de maio, que os familiares descobriram que o hospital onde Fábia foi operada não contava com uma UTI. No local também não havia um aparelho para fazer a tomografia.

Os médicos pediram o encaminhamento da Fábia para outro hospital, mas a família decidiu levar a empresária para uma unidade de saúde que eles confiavam mais. “Ela chegou no hospital em choque e foi super bem atendida, porém, já estava com o pulmão comprometido por uma embolia e uma septicemia”, contou Mariana.

Fábia morreu na noite de terça-feira (7), segundo a prima, por um tromboembolismo pulmonar gorduroso e choque obstrutivo. A família denuncia falta de socorro devido, já que na data da morte da empresária houve uma demora de mais de 10 horas para que ela fosse autorizada a ser encaminhada para um hospital melhor equipado.

Polícia Civil investiga morte da empresária Fábia Portilho — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Conforme documentos obtidos pela TV Anhanguera, a morte da empresária está sendo investigada pela delegada Jane Cristina Gondim Melo, que já enviou ofício ao Hospital Unique solicitando imagens e o prontuário da vítima.

A delegada também enviou ofício ao Hospital Albert Einstein Goiânia, para onde a empresária foi levada pela família e morreu, solicitando o prontuário dela. A Polícia Civil também intimou para depor o cirurgião plástico e a equipe médica dos dois hospitais onde Fábia esteve.

O Instituto Médico Legal (IML) também participa do inquérito apresentando o resultado do laudo cadavérico feito no corpo da empresária. O exame serve para constatar a verdadeira causa da morte.

Em nota, o Hospital Albert Einstein disse que “por respeito ao sigilo e à Lei Geral de Proteção de Dados, não fornece ou comenta informações de atendimentos médicos” e, por isso, não respondeu se está colaborando com as investigações. O Hospital Unique e o médico Nelson Fernandes já informaram, em nota, que estão colaborando com as investigações.

Íntegra da nota do médico

Primeiramente, quero manifestar meus pêsames pela morte da Sra. Fábia Portilho e minha solidariedade aos familiares e amigos neste momento difícil.

Diante das indagações da imprensa, esclareço que realizei dois procedimentos cirúrgicos na Sra. Fábia, no último sábado (4), que transcorreu sem intercorrências. A paciente não manifestou queixas em sua consulta de retorno pós-operatório, e sua recuperação estava ocorrendo dentro do esperado.

Na terça-feira, no entanto, a paciente compareceu ao Hospital, apresentando queixas que passaram a ser imediatamente investigadas. Porém, apesar do quadro de instabilidade apresentado, a família optou pela transferência para outro hospital.

Ressalto que, em nenhum momento, deixei de prestar assistência à paciente, seguindo sempre os protocolos adequados e as práticas médicas recomendadas pelo Conselho Regional de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Informações detalhadas sobre o prontuário da paciente não podem ser compartilhadas publicamente, devido ao sigilo médico e à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, mas estou à disposição da família para todos os esclarecimentos.

Prezar pela saúde e recuperação dos meus pacientes é prioridade absoluta em minha atuação médica, e o falecimento da Sra. Fábia me entristece profundamente.

Íntegra da nota do hospital

Em resposta às solicitações de esclarecimento por parte da imprensa, a respeito da cirurgia realizada na Sra. Fábia Portilho, o Hospital Unique, inicialmente, expressa seu profundo pesar pelo falecimento da paciente.

​​​A instituição reconhece a gravidade da situação e está empenhada em fornecer todas as informações necessárias para esclarecer os fatos. No entanto, ressalta que ainda é cedo para tirar conclusões definitivas, pois as investigações sobre as circunstâncias do ocorrido estão em andamento e aguardam laudos técnicos e periciais.

​​​O Hospital Unique, representado por seu advogado, reitera seu compromisso com a transparência e a ética, esclarecendo que todas as medidas de segurança e protocolos médicos foram seguidos rigorosamente. Além disso, reforça que não houve qualquer negligência por parte da equipe médica e que o hospital possui toda a estrutura necessária para atender casos complexos.

​​​O hospital orientou os parentes a não realizarem a transferência para outra unidade devido à condição instável da paciente. No entanto, os familiares decidiram pela transferência, argumentando que havia um médico da família trabalhando em outra instituição. Para isso, contrataram serviços de ambulância, embora fossem dispensáveis.

O Hospital Unique, em sua recomendação médica, na prudência peculiar, avaliou os riscos envolvidos e aconselhou contra a transferência até a estabilização da paciente. A condição crítica foi comunicada aos parentes, explicando os riscos envolvidos e a necessidade de aguardar a estabilização da paciente para a realização de um exame de tomografia. Mesmo assim, os parentes decidiram prosseguir com a transferência, assumindo total responsabilidade pela decisão.

​​​O atendimento prestado pela instituição incluiu todos os esforços possíveis, como a realização de diversos exames, infusão de sangue e outras intervenções, visando a melhora do quadro clínico da paciente.

​​​O hospital irá colaborar integralmente com as autoridades competentes para apurar as circunstâncias do ocorrido. ​O Hospital Unique reforça que a segurança e o bem-estar de seus pacientes são prioridades absolutas e que continuará trabalhando incessantemente para assegurar os mais altos padrões de atendimento médico.

​​​A instituição está à disposição para prestar todo o apoio necessário à família e para fornecer quaisquer informações adicionais que se façam necessárias.

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(Foto: Reprodução)

Major foi torturado durante três dias durante um curso do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Documento do Ministério Público narra tapas no rosto, xingamentos, varadas, pauladas e açoites de corda. Militares são denunciados por tentarem matar major da PM torturado
Um major da Polícia Militar foi torturado e quase morto por policiais militares durante um curso do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Goiás, segundo um documento do Ministério Público de Goiás (MP-GO), ao qual o g1 teve acesso. De acordo com o órgão, os PMs internaram o major escondido da família e fingiram que ele estava com Covid-19.
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Em abril deste ano, o MPGO ofereceu denúncia, pediu o afastamento e o recolhimento de armas de sete policiais militares pelos crimes de tortura e tentativa de homicídio qualificado contra o major, após investigação da Corregedoria da PMGO.
Os crimes aconteceram em outubro de 2021 e são mantidos em sigilo desde então. A assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás não soube dizer se a denúncia já foi aceita pelo Poder Judiciário, justamente por conta da sigilosidade do processo.
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Em nota, a Polícia Militar de Goiás disse que o inquérito policial militar sobre o caso foi concluído e devidamente encaminhado para a Justiça Militar. “A PMGO reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e a colaboração com as autoridades judiciais”, concluiu.
Veja por quais crimes cada policial militar foi denunciado pelo Ministério Público:
Coronel Joneval Gomes de Carvalho Júnior: Comandante imediato da vítima junto ao Comando de Missões Especiais foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e tortura na modalidade de omissão;
Tenente-coronel Marcelo Duarte Veloso: Comandante do Bope e diretor do Comando de Operações Especiais (Coesp) foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e tortura na modalidade de omissão;
Coronel David de Araújo Almeida Filho: Médico do Comando de Saúde, responsável por atuar no local do curso, foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e tortura na modalidade de omissão;
Capitão Jonatan Magalhães Missel: Coordenador do curso do Bope foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e tortura;
Sargento Erivelton Pereira da Mata: Instrutor do curso do Bope foi denunciado por tortura;
Sargento Rogério Victor Pinto: Instrutor do curso do Bope foi denunciado por tortura;
Cabo Leonardo de Oliveira Cerqueira: Instrutor do curso do Bope foi denunciado por tortura;
O g1 entrou em contato com 10 dos 13 advogados de defesa que constam no processo. Akaua de Paula Santos e Caio Alcântara Pires Martins, que representam o sargento Rogério Victor e o tenente-coronel Veloso, respectivamente, disseram que não podem comentar sobre o processo, pois ele é sigiloso, e que não tiveram acesso à denúncia em questão.
Em nota, a defesa de Marcelo Veloso negou todas as acusações da denúncia e alegou que a suposta vítima teve complicações devido à participação no curso de operações especiais e recebeu assistência médica imediata dos acusados. A defesa argumentou que não há indícios de crimes e o acusado colabora com as investigações (leia nota completa no fim da reportagem).
Os outros advogados não responderam até a última atualização da reportagem.
Tortura
O documento ao qual o g1 teve acesso foi assinado por três promotores diferentes, como medida de segurança. Nele, é dito que o 12º Curso de Operações Especiais do Bope teve início no dia 13 de outubro de 2021, com uma aula de campo em uma fazenda em Hidrolândia. Lá, todos os alunos, incluindo o major, foram submetidos a um percurso de 16km em uma estrada de terra, equipados com uma mochila e fuzil.
O documento diz que, durante o trajeto, os alunos fizeram flexões, polichinelos e abdominais ao ar livre, enfrentando gás lacrimogêneo. A partir disso, começaram a ser agredidos com tapas na cara e “intensa pressão psicológica”, com xingamentos e provocações, além de afogamento dentro de um tanque com água.
Na madrugada do dia 14, todos foram levados de ônibus para a Base Aérea de Anápolis, onde começaram a ser feitas “Instruções Técnicos Individuais”, que segundo o documento, consistem em técnicas de manuseio de armas, contato tático com o terreno, combate corpo a corpo e outros.
Nas dependências, o Ministério Público afirma que o coordenador do curso, Capitão Jonatan Magalhães, e os instrutores Erivelton, Rogério e Leonardo passaram a agredir violentamente o major. O documento diz que o oficial foi torturado com tapas no rosto, pressão psicológica, varadas, pauladas e açoites de corda na região das costas, nádegas e pernas durante três dias seguidos.
As agressões aconteceram, inclusive, durante um “momento pedagógico”, que conforme a denúncia, “extrapolaram e muito os objetivos do curso”.
Major é vítima de tortura durante curso do Bope em Goiás
Persistente
O major chegou a reclamar com um colega que a equipe de instrução estava sendo “rigorosa demais com ele” e, por conta disso, ele foi levado para “um mergulho” em um lago frio à noite, sob a justificativa de que seria para amenizar suas lesões.
Depois disso, o Ministério Público narra que as agressões contra a vítima passaram a ser cada vez mais frequentes e severas. Como o major sempre foi mais persistente que outros alunos e tinha alta patente, os instrutores aumentavam o grau de tortura contra ele na expectativa de que ele desistisse do curso.
“Todos compartilhavam do mesmo objetivo: pressionar o ofendido (major) a se desligar do curso, especialmente devido à sua posição como o oficial mais graduado entre os alunos”, diz o MPGO.
Major passa mal
O documento narra que, no dia 16 de outubro, o major foi novamente submetido à longas práticas de tortura e precisou ser atendido pela equipe médica do Comando de Saúde, que tinha como médico responsável o Coronel David de Araújo.
Segundo o MPGO, o major foi atendido já bem debilitado, desidratado e com baixa frequência cardíaca. Ele foi desligado do curso por conta disso e, enquanto era conduzido para uma viatura, desmaiou. O major, então, foi levado ao Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), mas enquanto ainda estava dentro da ambulância, entrou em coma profundo.
O documento narra que o major teve lesão neurológica grave e não respondia a nenhum estímulo. Além disso, a equipe médica do Huana constatou que ele estava com rabdomiólise – uma ruptura do tecido muscular que faz com que uma proteína seja liberada no sangue e afete os rins.
‘Pacto de silêncio’
Mesmo em situação tão grave, na noite do dia 16 de outubro, os policiais decidiram transferir o major para o Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, pois a unidade é considerada de confiança dos militares. Lá, segundo o documento, o major voltou a ser atendido pelo coronel médico do curso do Bope, David de Araújo.
Segundo o documento, David disse aos médicos do Huana que eles não precisavam comunicar nada do caso à família do major, pois ele mesmo faria. Mas os familiares só foram informados sobre a situação do oficial na manhã do dia 17 de outubro.
Além do coronel médico David de Araújo, os policiais militares Jonatan Magalhães, Marcelo Duarte Veloso e Joneval Gomes de Carvalho também sabiam do estado de saúde do major, mas não fizeram nada. A denúncia descreve a situação como um “pacto de silêncio”.
“Essa conduta negligente e conivente revela a nítida intenção de ocultarem os fatos e impedirem que a família fosse devidamente informada sobre debilidade em que se encontrava o major”, diz o Ministério Público.
O documento diz que os policiais trabalharam juntos para garantir que a informação não chegasse ao conhecimento de ninguém. Por saberem que o estado de saúde do major era grave, esperavam que o oficial morresse e pretendiam alegar que ele teve uma contaminação por Covid-19.
“Certos de que o estado de saúde do major havia atingido níveis críticos e que, por certo, ele não se recuperaria, preferiram aguardar até o seu esperado falecimento, quando poderiam entregar o seu corpo em um caixão lacrado à família, alegando a contaminação pela Covid e impedindo que os fatos viessem à tona e fossem investigados”, diz o documento.
Descoberta da família
Somente na manhã do dia 17 de outubro é que a esposa do major ficou sabendo da internação do marido. O documento narra que ela tomou conhecimento de que o major estava com Covid através de um amigo de farda pessoal da vítima. A mulher, então, passou a ligar para o coordenador do curso do Bope, que não atendeu às ligações.
Quando a esposa chegou ao hospital, foi informada que só poderia saber sobre o marido pelo médico coronel David. O documento diz que ele chegou ao hospital de uniforme militar completo e arma, dizendo que o major estava com Covid-19 e 40% do pulmão comprometido.
A tomografia comprovando o comprometimento do pulmão do oficial nunca foi apresentada, segundo o Ministério Público. Além disso, uma tomografia feita horas antes no Huana não encontrou sinais de Covid.
Existem documentos médicos que demonstram que o major precisava ser submetido à hemodiálise, por causa dos rins comprometidos, mas isso não foi oferecido na internação feita pelo médico coronel.
A investigação do Ministério Público cita também que a esposa do major também percebeu que, apesar da gravidade, o marido não estava sendo assistido por nenhum médico intensivista e estava sozinho em um cômodo do hospital. O major estava em uma maca, com o corpo coberto por uma manta até o pescoço.
Hematomas no corpo de major da PM após curso do Bope, em Goiás
Reprodução/MPGO
A mulher decidiu transferir o marido para um hospital de confiança, mas segundo a denúncia, o médico coronel tentou colocar vários obstáculos, como a condição da Covid, falta de documentação e outras questões burocráticas.
Depois de muita insistência, conforme o documento, a esposa conseguiu levar o marido para o Hospital Anis Rassi, em Goiânia, onde foram constatadas lesões corporais gravíssimas e exame negativo para coronavírus.
Tentativa de ocultação
O Ministério Público evidencia que, mesmo depois da mudança de hospital, os policiais envolvidos nos crimes tentaram destruir provas. O documento narra que um informante da polícia, a mando do tenente-coronel Marcelo Duarte Veloso, tentou pegar o prontuário do major no primeiro hospital em que ele foi internado, em Anápolis, dizendo à equipe que representava a família.
Mas, por acaso, a esposa do oficial estava na unidade de saúde naquele momento e impediu a ação. A denúncia também cita outra ocasião, em que um militar, que não está entre os denunciados, foi ao hospital Anis Rassi e tentou acesso ao quarto em que a vítima estava.
“Na ocasião, a esposa da vítima foi informada e se dirigiu até a recepção para conversar com o policial militar, que se recusou a identificar-se, afirmando apenas que lá estaria por determinação do Comando”, diz o documento.
Esse militar, segundo a investigação, era um motorista do tenente-coronel Joneval, um dos denunciados pelos crimes.
Após investigação feita pela Corregedoria da Polícia Militar, o Comando da Academia da Polícia Militar reconheceu irregularidades e aceitou que o major recebesse o diploma de conclusão do curso do Bope.
Porém, segundo o Ministério Público, todos os sete policiais citados continuam trabalhando normalmente e apenas os três instrutores foram punidos com 12 horas de prestação de serviço: Leonardo, Rogério e Erivelton.
Sequelas
O major recebeu alta do hospital no dia 27 de outubro de 2021, mas acabou contraindo uma infecção pelo cateter do tempo de internação e acabou sendo internado na UTI por mais 13 dias.
Atualmente, ele faz intensa fisioterapia pulmonar e motora, mas ainda enfrenta sequelas renais, teve perda de força nos braços e pernas, também sofre com formigamento e choques no corpo.
Fora isso, segundo o Ministério Público, o major ainda lida com um grande trauma emocional causado pelo sentimento de impunidade e “desprezo” de seus companheiros de farda. O documento diz que ele “nunca mais foi o mesmo”.
Nota Marcelo Veloso
Falo na condição de advogado do TC Marcelo Veloso, que nega todas as acusações feitas na denúncia.
Jamais ocorreu tortura, e a imputação de tentativa de homicídio não tem embasamento jurídico. A suposta vítima teve complicações decorrentes da participação no curso de operações especiais; a assistência médica foi imediatamente prestada pelos acusados.
Sobre os pedidos cautelares de afastamento das atividades e entrega de armas, além de não haver aparência dos supostos crimes, falta contemporaneidade: os fatos alegados teriam ocorrido em em outubro de 2021, e de lá até hoje nenhum evento indica que o acusado tentou atrapalhar as investigações – pelo contrário, sempre adotou postura colaborativa.
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FONTE: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/05/14/militares-sao-denunciados-por-tentar-matar-major-da-pm-torturado-e-dizer-para-familia-que-ele-estava-internado-por-covid-diz-mp.ghtml

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Empresária morre após fazer cirurgia plástica em Goiânia

“Ela foi internada e fez exames de sangue. A família pediu uma tomografia, mas os médicos disseram que ela estava só com anemia e não precisava da tomografia, só bolsas de sangue”, reclama a prima da vítima, Mariana Batista.

A morte de Fábia está sendo investigada pelo delegado Breynner Vasconcelos, de Goiânia. Em nota, o Hospital Unique, onde as cirurgias foram feitas, nega que houve negligência por parte da equipe médica, disse que informou a família sobre o quadro de saúde da paciente e que vai colaborar com a investigação (leia nota na íntegra ao final da reportagem).

Também em nota, o cirurgião plástico Nelson Fernandes lamentou a morte da paciente e disse que os procedimentos foram realizados sem intercorrências. Além disso, afirmou que prestou toda a assistência à paciente, seguindo sempre os protocolos adequados e as práticas médicas (leia nota na íntegra ao final da reportagem).

Fábia Portilho era dona de um hotel em Goianésia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela família de Fábia, a cirurgia aconteceu no dia 3 de maio, no Hospital Unique, no Setor Bueno. Dois dias depois da operação, o médico da empresária, o cirurgião plástico Nelson Fernandes, a deu alta.

No dia 5 de maio, dois dias depois da cirurgia, Fábia começou a sentir dores fortes na região abdominal. Preocupada, voltou ao hospital no final da manhã do dia 7, última terça-feira, e foi internada. A prima narra que a empresária gritava de dor, mas os médicos de plantão e Nelson não a examinaram ou pediram uma tomografia.

“Ela só tomou as bolsas de sangue e, quando houve a troca de plantão, outra médica viu que era uma infecção grave e disse que a Fábia precisava de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, afirma Marina.

Fábia Portilho morreu após fazer cirurgia plástica em Goiânia — Foto: Reprodução/Redes sociais

Segundo a prima, foi só nesse momento que, já no início da noite, que os familiares descobriram que o hospital onde Fábia foi operada não contava com uma UTI. No local também não havia um aparelho para fazer a tomografia.

Os médicos pediram o encaminhamento da Fábia para outro hospital, mas a família decidiu levar a empresária para uma unidade de saúde que eles confiavam mais. “Ela chegou no hospital em choque e foi super bem atendida, porém, já estava com o pulmão comprometido por uma embolia e uma septicemia”, contou Mariana.

Fábia morreu na noite de terça-feira (7), segundo a prima, por um tromboembolismo pulmonar gorduroso e choque obstrutivo. A família denuncia negligência médica e falta de socorro devido, já que na data da morte da empresária houve uma demora de mais de 10 horas para que ela fosse autorizada a ser encaminhada para um hospital melhor equipado.

De acordo o boletim de ocorrência, a polícia pediu um exame cadavérico para descobrir a verdadeira causa da morte de Fábia. O g1 questionou a Polícia Científica sobre o resultado do exame, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Íntegra da nota do médico

Primeiramente, quero manifestar meus pêsames pela morte da Sra. Fábia Portilho e minha solidariedade aos familiares e amigos neste momento difícil.

Diante das indagações da imprensa, esclareço que realizei dois procedimentos cirúrgicos na Sra. Fábia, no último sábado (4), que transcorreu sem intercorrências. A paciente não manifestou queixas em sua consulta de retorno pós-operatório, e sua recuperação estava ocorrendo dentro do esperado.

Na terça-feira, no entanto, a paciente compareceu ao Hospital, apresentando queixas que passaram a ser imediatamente investigadas. Porém, apesar do quadro de instabilidade apresentado, a família optou pela transferência para outro hospital.

Ressalto que, em nenhum momento, deixei de prestar assistência à paciente, seguindo sempre os protocolos adequados e as práticas médicas recomendadas pelo Conselho Regional de Medicina e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Informações detalhadas sobre o prontuário da paciente não podem ser compartilhadas publicamente, devido ao sigilo médico e à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, mas estou à disposição da família para todos os esclarecimentos.

Prezar pela saúde e recuperação dos meus pacientes é prioridade absoluta em minha atuação médica, e o falecimento da Sra. Fábia me entristece profundamente.

Íntegra da nota do hospital

Em resposta às solicitações de esclarecimento por parte da imprensa, a respeito da cirurgia realizada na Sra. Fábia Portilho, o Hospital Unique, inicialmente, expressa seu profundo pesar pelo falecimento da paciente.

​​​A instituição reconhece a gravidade da situação e está empenhada em fornecer todas as informações necessárias para esclarecer os fatos. No entanto, ressalta que ainda é cedo para tirar conclusões definitivas, pois as investigações sobre as circunstâncias do ocorrido estão em andamento e aguardam laudos técnicos e periciais.

​​​O Hospital Unique, representado por seu advogado, reitera seu compromisso com a transparência e a ética, esclarecendo que todas as medidas de segurança e protocolos médicos foram seguidos rigorosamente. Além disso, reforça que não houve qualquer negligência por parte da equipe médica e que o hospital possui toda a estrutura necessária para atender casos complexos.

​​​O hospital orientou os parentes a não realizarem a transferência para outra unidade devido à condição instável da paciente. No entanto, os familiares decidiram pela transferência, argumentando que havia um médico da família trabalhando em outra instituição. Para isso, contrataram serviços de ambulância, embora fossem dispensáveis.

O Hospital Unique, em sua recomendação médica, na prudência peculiar, avaliou os riscos envolvidos e aconselhou contra a transferência até a estabilização da paciente. A condição crítica foi comunicada aos parentes, explicando os riscos envolvidos e a necessidade de aguardar a estabilização da paciente para a realização de um exame de tomografia. Mesmo assim, os parentes decidiram prosseguir com a transferência, assumindo total responsabilidade pela decisão.

​​​O atendimento prestado pela instituição incluiu todos os esforços possíveis, como a realização de diversos exames, infusão de sangue e outras intervenções, visando a melhora do quadro clínico da paciente.

​​​O hospital irá colaborar integralmente com as autoridades competentes para apurar as circunstâncias do ocorrido. ​O Hospital Unique reforça que a segurança e o bem-estar de seus pacientes são prioridades absolutas e que continuará trabalhando incessantemente para assegurar os mais altos padrões de atendimento médico.

​​​A instituição está à disposição para prestar todo o apoio necessário à família e para fornecer quaisquer informações adicionais que se façam necessárias.

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Médica Fernanda Nayara Cardoso de Melo, que morreu em acidente em Britânia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A médica Fernanda Nayara Cardoso de Melo, de 34 anos, amava estar com a família e “não pensava duas vezes antes de ajudar o próximo”, segundo o amigo dela, Luiz Guedes. Ela morreu em um acidente na GO-173, em Britânia, no oeste goiano, quando estava a caminho do trabalho.

“Fernanda sempre foi muito alegre e divertida. Percebíamos nela a vontade imensa de viver. Uma menina com um coração imenso, não pensava duas vezes em ajudar o próximo”, disse o amigo.

Luiz Guedes, que é cabeleireiro, contou que conheceu a médica há mais de 15 anos em um evento de rodeio. “Além de minha amiga há mais de 15 anos, era minha cliente. Sempre que dava, vinha de longe arrumar o cabelo, e ainda trazia a mãe e quem mais quisesse”, lembrou.

Segundo o cabeleireiro, a médica era muito próxima da família e também gostava muito de ir a eventos como pecuária e rodeios acompanhada dos amigos e dos primos. O acidente aconteceu na segunda-feira (6), no Km 138 da rodovia, quando Fernanda ia de Goiânia para Britânia.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o carro da médica saiu da pista e capotou após ela perder o controle da direção. De acordo com as informações, a médica foi arremessada para fora do veículo e morreu no local.

A Prefeitura de Britânia lamentou a morte da médica e disse que ela sempre “prestou seu trabalho com zelo, dedicação, competência e amor”, deixando um legado na comunidade.

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Maria Soares da Costa, que morreu após passar mal, em Jaraguá — Foto: Arquivo pessoal/Maria Aparecida da Costa

Uma família denunciou que a idosa de 70 anos, Maria Soares da Costa, morreu depois de a família não conseguir ligar para o Samu e o Corpo de Bombeiros para que ela fosse levada ao hospital enquanto passava mal, em Jaraguá, na região central de Goiás. Segundo a sobrinha da idosa, Maria Aparecida da Costa, de 35 anos, a família consegue ligar para vários outros números, menos para os emergenciais.

“Minha tia estava agonizando e era acamada, não tinha como levarmos ela [ao hospital]. A gente liga 192 e 193, quando atende, cai na Polícia Militar. Liga no bombeiro, cai na polícia. Emergência não está funcionando de jeito nenhum”, descreveu Maria Aparecida.

O caso com a tia aconteceu na madrugada da segunda-feira (29). Ao g1, o Procon de Jaraguá informou que está investigando a situação e informou ainda que já notificou a Oi, uma vez que a operadora é a linha base dos números de emergência da cidade. A Oi informou que enviou uma equipe técnica ao local para verificar a falha e, se for de responsabilidade da companhia, irá realizar os reparos necessários.

O g1 entrou em contato com a Anatel por e-mail às 13h06 desta quinta-feira (2) para saber se o caso está sendo apurado, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A Claro, que é a operadora que a família utilizou pra tentar acionar o socorro, informou que a “rede opera normalmente na região e que as chamadas para os números mencionados estão funcionando corretamente, sem ocorrências”.

A dona de casa Maria Aparecida contou que tanto a tia Maria Soares da Costa, que era acamada, quanto a mãe, que tem 66 anos e está com o fêmur quebrado, estavam morando com ela. No dia em que a idosa passou mal, a sobrinha estava indo para Goiânia com as filhas, que respectivamente possuem epilepsia e paralisia cerebral.

Na ocasião em que a idosa passou mal, ela estava em casa com a irmã (com o fêmur quebrado), o esposo da sobrinha (que fez as ligações para o socorro) e três filhos dele, sendo que um deles tem hidrocefalia, autismo e outros três problemas de saúde.

Maria Aparecida contou que o esposo ligou mais de 30 vezes para a emergência, já que não podia deixar o filho e a sogra sozinhos em casa. No entanto, como o estado dela parecia grave, ele deixou o filho aos cuidados da sogra com o fêmur quebrado e foi até o Samu para que a idosa fosse socorrida.

Após a morte da idosa, a irmã dela, que não consegue andar após ter passado por uma recente cirurgia depois de quebrar o fêmur, também passou mal e precisou de atendimento médico. Segundo a família, novamente não foi possível acionar o socorro. Ela foi levada ao hospital pelos bombeiros após os familiares irem até o quartel pedirem socorro. Ela recebeu alta na quarta-feira (30).

“Não tínhamos como colocar ela no carro [e levar ao hospital], porque ela sente muita dor”, explicou Maria Aparecida.

O Procon de Jaraguá informou ao g1 que, desde o ano passado, moradores reclamam de ligações que não são completadas. Desde então, a instituição analisa os diferentes casos e notifica as operadoras responsáveis em para que a falha seja solucionada e o serviço chegue à população.

“Teve um caso que a gente precisou fazer uma configuração no aparelho. Cada caso é um caso específico”, explicou a presidente do Procon em Jaraguá, Charlene Ramos.

A presidente exemplificou que, em um dos setores da cidade, moradores de um setor estavam com problemas similares em que as chamadas de determinada operadora não completavam. Após o Procon notificar empresa, a operadora instalou uma nova torre e o problema foi resolvido. No entanto, reclamações de diferentes tipos têm voltado a aparecer.

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Vídeo mostram jogador próximo a região da casa dele

O jogador de futebol Thavisson Mendes da Silva está desaparecido há mais de 20 dias, em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a família, ele foi visto pela última vez quando voltava de uma festa. Ao g1, a irmã de Thavisson contou que ele completa 27 anos nesta quarta-feira (1º).

“O mais difícil é não ter nenhuma informação dele. Estamos muito abalados e vivendo sem acreditar”, disse Ana Maria Mendes, irmã de Thavisson.

Ana conta que o jovem saiu de casa por volta de 16h30 no dia 8 de abril para ir em uma confraternização do time de futebol a três ruas da casa onde morava. Após a festa, ele passou em uma distribuidora de bebidas e, às 21h30, enviou um áudio para a esposa dizendo que iria voltar para casa.

Segundo a irmã, Thavisson não chegou em casa e, preocupada, a esposa ligou para ele, porém, o telefone estava desligado. Câmeras de segurança registraram o jogador em uma moto a duas ruas acima da casa dele. Essa é a última imagem que a família tem do jovem, disse a irmã.

A família denunciou o desaparecimento à Polícia Civil (PC) na manhã do dia 9 de abril. Ana Maria conta que vizinhos e parentes montaram um força-tarefa para tentar encontrar Thavisson. Diz ainda que a moto e a carteira dele foram vistas em uma região de mata a mais de 10 km da casa dele.

“Apareceu uma foto da moto dele nas redes sociais em um matagal, mas, quando a polícia chegou lá, não tinha nada. Um fazendeiro achou a carteira dele perto e nos devolveu. Depois disso, não tivemos mais nenhuma pista, nenhuma imagem e nada. Não temos uma notícia”, finalizou.

Thavisson Mendes da Silva desapareceu no dia 8 de abril, em Novo Gama, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Ana Maria Mendes

Quando desapareceu, Thavisson vestia uma camiseta branca, bermuda vermelha e chinelos. Segundo a irmã, atualmente, Thavisson não estava jogando por nenhum clube, apenas participava de competições esporadicamente.

Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou “que continua em diligências a fim de localizar a pessoa desaparecida. Foi utilizado inclusive o auxílio de cães farejadores no local onde a moto foi abandonada. E outras diligências sigilosas seguem em curso a fim de esclarecer o desaparecimento e localizar a vítima”.

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Conheça queijo fabricado por família goiana premiado em campeonato mundial

Casca levemente firme e massa extremamente cremosa. Essa é a descrição do “Bem Dito”, queijo goiano premiado em um campeonato mundial. Feito em Piracanjuba, o queijo foi criado após o aprimoramento de uma receita que a avó do criador aprendeu com a mãe e avó dela. O Bem Dito é produzido com técnicas francesas, usando leite “cru” e maturado em uma câmara fria a cerca de 12 °C por até 45 dias.

“É um queijo que traz as características da região onde é feito, do gado, da pastagem do gado e do clima. Tudo isso vai proporcionar um ‘terroir’ e trazer o sabor do queijo. Além disso, tem o leite de qualidade, porque para se fazer um queijo de leite cru o leite tem que ter extrema qualidade”, explicou ao g1 Fabiano Dias Martins, criador do queijo.

O empresário explicou que até o bem-estar do gado é pensado para aprimorar a qualidade do leite. Ele detalhou que trabalha com a “cultura do gado feliz”. Neste conceito, os bezerros não são separados das vacas, os animais são acompanhados por médicos veterinários, com exames anuais, entre outros detalhes (confira no decorrer da reportagem).

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

A receita atual nasceu em 2017. Desde então, coleciona premiações. Desta vez, o Bem Dito conquistou medalhas de prata e bronze no 3º Mundial do Queijo do Brasil. O evento aconteceu em São Paulo, em abril deste ano, e premiou o Bem Dito maturado em 30 dias com a medalha de prata, e o Bem Dito maturado em 45 com a de bronze.

“As premiações vêm coroar um trabalho, por trás desse queijo vem uma dedicação com o plantio do capim para o gado, da sanidade do gado, dos cuidados da ordenha, da produção e da cura. É um trabalho extenso que, quando você recebe a medalha, vê que valeu a pena , que todo o esforço está sendo recompensado”, comemorou Fabiano.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Fabiano contou que pegou a receita da família e decidiu aprimorar. Desde então, fez cursos no Brasil e no exterior para chegar à receita premiada.

“Fiz curso em Minas Gerais, fiz curso na França. Esse curso da França me deu uma nova visão sobre o mundo do queijo. Foi um divisor de águas. Lá eu percebi o potencial que o queijo de leite cru pode atingir”, detalhou Fabiano.

Fabiano Dias Martins e Brenda Martins, produtores do queijo Bem Dito, em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Com a receita quase no ponto certo, o queijo começou a agradar o paladar do público e motivou Fabiano Dias a melhorar ainda mais a textura, cor e sabor do produto. Além dos cursos, o queijeiro detalhou que também troca informações com outros produtores para aprimorar as técnicas.

O Bem Dito é fruto de uma produção familiar, segundo Fabiano Dias. O queijeiro trabalha com a filha e outros dois colaboradores, que auxiliam na produção do queijo, na ordenha, manutenção da pastagem, que é intercalada com árvores para garantir o bem-estar animal, e a água do gado.

Fabiano Dias Martins e Brenda Martins, produtores do queijo Bem Dito, em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Para o futuro, os planos são de conquistar ainda mais prêmios.

“Em 2025 a gente vai para o Mundial da França, onde também participam vários países, tem mais de 4 mil queijos participando, produtos lácteos. Em 2025, a nossa intenção é de participar desse concurso em busca de uma medalha de ouro”, disse Fabiano, inspirado.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Fabiano explicou que a maturação é feita com técnicas francesas, onde a temperatura é controlada para atingir o ponto certo. A câmara fria fica em torno de 12 °C por até 45 dias para garantir a qualidade final do produto. No entanto, a partir de 30 dias, o Bem Dito já pode ser consumido.

A ordenha é feita diariamente e, logo após finalizada, a produção do Bem Dito começa com o leite recém-ordenhado, o que é um dos diferenciais, segundo Fabiano Dias. Em outras técnicas, os queijeiros podem pasteurizar ou resfriar o leite antes da produção.

“Terminada a produção, ele passa por um período de secagem, e aí entra para a refrigeração, onde ele vai ficar por até 45 dias, dependendo do período que a gente deseja. Nesse período tem um cuidado com o queijo, onde você tem que virá-lo todo dia e sofre um tratamento que trará essa textura para ele, esse aroma, esse sabor”, explicou Fabiano.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba, Goiás — Foto: Arquivo Pessoal/Fabiano Dias

Como mencionado por Fabiano Dias ao decorrer da reportagem, um dos focos para a qualidade do queijo, é o bem-estar do gado. Ao g1, o queijeiro explicou que começam no curral as técnicas para garantir o melhor produto final aos clientes.

“Não é só fazer o queijo, começa lá no curral, lá no pasto, o gado tem que se alimentar bem, a gente tem a cultura do gado feliz, os bezerros não são separados das vacas quando nascem, igual à maioria das propriedades leiteiras faz. O bezerro é criado com a vaca, mama, então você tem um animal feliz. A ordenha é feita com o bezerro perto, e a gente cuida muito da sanidade do gado”, explicou.

Fabiano pontuou também que há um médico veterinário que acompanha os animais. São feitos exames anuais de brucelose e tuberculose, para garantir que todos os animais estejam sadios.

Vaca que produz leite para produção de queijo em Piracanjuba, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Com o queijo pronto, é hora de servir. Para ajudar os clientes, Fabiano Dias recomenda a melhor forma de comer o Bem Dito.

“O Bem Dito é um queijo suave, isso é diferencial dele, porque agrada todos os paladares. É um queijo que você pode comer todo dia, que você não vai enjoar. É um queijo que pode ser para um café da manhã, para uma sobremesa, para tomar com vinho, com a cerveja artesanal, com a cachaça, tem várias composições que ele vai casar bem”, recomendou.

Queijo Bem Dito, produzido por goianos em Piracanjuba — Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Mulher morre após ver o marido morto e passar mal, dizem amigos – Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Cleonice Coelho, esposa de Genismar Fernandes (ambos de 53 anos), que morreu horas depois de ver o marido morrer, também sofreu um infarto e pediu socorro aos filhos quando viu o marido passar mal, segundo a família. A filha do casal, Gheovanna Lowrrannyy Fernandes, relatou ao g1 que os quatro filhos estavam na casa no momento do socorro dos pais.

Segundo Gheovanna, na última quinta-feira (18), após o pai chegar de viagem, passou um tempo conversando com os três filhos que estavam na casa. Por volta das 23h30, ele e a esposa se despediram e foram dormir. Já de madrugada, por volta das 1h50, Genismar caiu da cama com uma crise de infarto, o que fez a esposa acordar. Ao ver ele infartando, a mulher também começou a passar mal e pedir ajuda aos filhos.

Prontamente, Gheovanna acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para socorrer o pai e foi orientada que os filhos levassem a mãe, pois na unidade de saúde mais próxima só tinha um motorista. Neste momento, o quarto filho chegou na casa para ajudar a levá-la.

O casal foi encaminhado ainda com vida para o Hospital Municipal Nossa Senhora da Penha, de Corumbá de Goiás, na região central do estado, onde mora a família.

Em torno de 2h30, foi constada a morte de Genismar e 30 minutos depois o de Cleonice, ambos por infarto.

Além dos quatro filhos, Cleonice e Genismar tinham quatro netos e mais um que está para nascer. Apesar da dor, Gheovanna agradeceu a Deus por todos filhos estarem juntos naquele momento: “Graças a Deus ele preparou tudo. Fez tudo certo”.

Cleonice Coelho e Genismar Fernandes junto com os quatro filhos, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução

O casal completaria 35 anos de casados um dia depois da morte dos dois. Segundo Gheovanna, o aniversário seria no último sábado (20), mas um grande almoço estava sendo preparado no domingo (21) para celebrar a união.

Ela contou que a família continua sofrendo, mas reconhecem o amor que o casal tinha um pelo outro ao ponto de nem a morte os separar.

“Ela [mãe] morreu por amor. Nem a morte os separou. História de filme”, declarou a filha.

Casal morreu na madrugada de sexta-feira (19), Goiás — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O casal morreu na madrugada de sexta-feira (19). Conhecido como Graia, Genismar era assessor da deputada federal Magda Mofatto (PRD) e participou de um evento com a parlamentar na noite anterior.

Em uma postagem, a deputada contou que Graia estava na cidade de Anápolis, na região central do estado, onde aconteceu um evento com autoridades políticas. Depois do compromisso, ele retornou para Corumbá.

Em um trecho da publicação, Magda Mofatto lamentou a perda: “Hoje perdemos mais que um chefe de gabinete. Perdemos um irmão!”

O perfil do Partido Renovação Democrática (PRD) postou uma homenagem a Genismar e Cleonice, deixando as condolências aos familiares e amigos pela perda.

A também deputada Lêda Borges (PSDB) usou as redes sociais para homenagear Genismar e Cleonice

O velório do casal aconteceu na sexta-feira (19) no Ginásio de Esportes Benedito Odilon Rocha, em Corumbá. O sepultamento ocorreu às 18h.

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Momentos de emoção e confraternização marcam o evento que promove o reencontro de familiares após anos de distância

(Foto: Reprodução)

Neste fim de semana, a comunidade de Lemes, situada no município de Davinópolis, Goiás, está sendo o local de um encontro familiar tão esperado quanto emocionante: o Primeiro Encontro da Família Cassimira. Parentes de diferentes partes do Brasil, como Minaçu, Goiânia, Anápolis, Três Ranchos e diversas outras localidades, estão se reunindo para fortalecer laços, compartilhar histórias e celebrar a união que os mantém conectados.

O evento, que teve início hoje, sábado, dia 20, e se estende até amanhã, domingo, dia 21 de abril, está sendo marcado por momentos de alegria e descontração. Um dos pontos altos da programação é o tradicional churrasco de costela Gaúcho preparado no chão.

(Foto: Reprodução)

Além disso, os presentes estão desfrutando de animados jogos de bingo, que garantem momentos de diversão e interação entre os familiares. Para encerrar o encontro em grande estilo, o cantor Eduardo César, vindo diretamente de Uberlândia–MG, anima todos os presentes, com músicas que marcam época e embalam memórias compartilhadas.

Entre os participantes, o sentimento de emoção e gratidão é evidente. Ronaldo Cassimira, um dos membros da família, expressa a felicidade de reencontrar seus parentes após tanto tempo afastados. “É uma emoção indescritível poder estar aqui hoje, reunido com pessoas que fazem parte da minha história. Este encontro vai ficar marcado em nossas memórias para sempre”, declara Ronaldo.

O Primeiro Encontro da Família Cassimira não apenas proporciona momentos de lazer e entretenimento, mas também fortalece os laços afetivos que unem os membros dessa grande família. Para muitos, é a oportunidade de conhecer parentes que até então eram apenas nomes em álbuns de fotografias, tornando esse evento ainda mais especial e significativo.

(Foto: Reprodução)




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Motociclista dorme, cai em acostamento e é encontrado 24h depois

Um motociclista de 49 anos dormiu e caiu às margens da GO-010, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, e só foi encontrado por familiares 24 horas depois, de acordo com a equipe do Corpo de Bombeiros. Um vídeo mostra o resgate (veja acima).

A queda aconteceu por volta das 22h de quarta-feira (17), e o motociclista ficou às margens da rodovia até a madrugada do dia seguinte, quinta-feira (18). Os bombeiros informaram que o homem se queixava de dor na região lombar e havia suspeita de fratura na clavícula esquerda. Ele estava consciente, mas desidratado.

Motociclista dorme, cai em acostamento e é encontrado 24h depois pela família em Luziânia, Goiás — Foto: Reprocução/Corpo de Bombeiros

Segundo o cabo do Corpo de Bombeiros Luís Carlos, ele saiu da zona rural, onde mora, em direção a Luziânia.

“Por volta das 23h, os familiares começaram a sentir a falta dele e passaram a procurá-lo. Quando o encontraram, entraram em contato com a polícia”, informou o cabo Luís ao g1.

A polícia acionou o Corpo de Bombeiros para proceder com os cuidados de primeiros socorros no local. O motociclista foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento II – José Paulo Boni, em Luziânia.

Ao g1, uma familiar do homem informou, nesta sexta-feira (19), que ele está hospitalizado e recebendo cuidados médicos.

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