No Banner to display

1 de abril de 2025
  • 20:32 Governo de Goiás quer imunizar 90% do público-alvo da vacina
  • 16:46 Países do Brics dizem lamentar o colapso do cessar-fogo em Gaza
  • 13:03 Goiás poderá ter ambulatórios especializados no tratamento da dor crônica
  • 09:18 Entregadores de aplicativos cruzam os braços
  • 05:32 Mais de 4 milhões de argentinos deixam situação de pobreza


Pré-candidato a presidente em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), criticou o Governo federal por não exercer com a autoridade necessária suas funções e apontou que essa postura do Executivo contribui para deixar o país conflagrado. Ao se referir ao governo do presidente Lula (PT), Caiado cobrou independência moral e intelectual do ocupante do caro mais alto da República.

“É importante, quando se governa um país, que o presidente tenha autoridade e independência moral e intelectual para poder ocupar o cargo da presidência da república”, disse Caiado, em entrevista ao Metropoles.

O governador goiano, que lança pré-candidatura a presidente no dia 4 de abril, em Salvador, também avaliou que Lula exerce a presidência de modo não apenas fraco, mas de forma “amorfa”. Para ele, falta ação e pulso para administrar o país.

“Se hoje o Brasil está nesse nível conflagrado, é porque não se tem uma postura do presidente que saiba chamar os poderes para uma reunião, sabendo quais são as prerrogativas de cada um e quais são os limites de cada um”, pontuou

“E quando se tem um clima como esse no Brasil, é por total falta de pessoas capazes de exercer a sua função”, acrescentou o mandatário goiano, ao citar políticas de segurança pública e controle fiscal adotadas em seus dois mandatos em Goiás como exemplos para o país.

Durante participação no evento “A Necessária Modernização do Estado”, promovido pela Confederação Nacional do Comércio, em Brasília, na terça-feira (25/3), Caiado apresentou painel sobre “Contas Públicas” e destacou que não é possível existir governabilidade sem que haja uma eficiente responsabilidade fiscal.

O chefe do Executivo goiano apontou o equilíbrio fiscal como a grande coluna de sustentação de uma gestão pública, responsável em dar condições de governabilidade aos gestores.

“É preciso ter coragem de tomar medidas austeras. Não podemos tratar de forma mais ou menos esse problema que tem sido uma chaga enorme para o nosso país. Temos de ter coragem para implantar uma reforma administrativa, respeitando os servidores, mas também impondo regras, visando a rapidez e celeridade dos processos”, enfatizou.

Na palestra, o gestor goiano lembrou que, ao assumir o governo em 2019, o Estado de Goiás estava com as contas públicas em desordem, e que foi preciso um grande controle fiscal para sanar o problema.

“Caso contrário, estaríamos nos afogando diante de um volume de dívidas que hoje extrapola a capacidade de arrecadação do estado”, pontuou, ao comentar sobre a necessidade de fazer uma escolha criteriosa nas secretarias estaduais.

A falta de autoridade abre caminho para o crime’

Na quarta-feira (26/3), também em Brasília, Caiado fez duras críticas ao governo federal durante discurso no Fórum de Segurança Pública Pelo Brasil. Ele alertou sobre a falta de autoridade nacional no combate ao crime organizado e a tentativa da União de centralizar o comando das polícias estaduais, comprometendo a segurança em todo o país.

“O governador precisa exercer sua autoridade como comandante-chefe e afirmar com clareza: ‘A segurança do meu estado está sob meu comando’. Essa postura firme é essencial para proteger a população e impedir que o crime organizado avance”, declarou Caiado.

Ele também alertou para o risco de omissão do governo federal: “A falta de autoridade no Brasil abre caminho para o crime. Se não reagirmos agora, corremos o risco de nos tornar a maior nação da América Latina sob o domínio do narcotráfico”.

Caiado criticou ainda a proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pelo governo federal,que busca unificar diretrizes das polícias estaduais sob o comando de Brasília. Para ele, a União já enfrenta dificuldades na área.

“O governo federal ignora sua própria responsabilidade no enfrentamento do crime organizado. O tráfico de drogas, o contrabando de armas e os crimes financeiros são questões federais, e a União tem falhado gravemente no combate a essas ameaças”, pontuou o governador.



Autor Manoel Messias Rodrigues

Lidiane

RELATED ARTICLES
LEAVE A COMMENT