19 de setembro de 2025
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Ministra diz que saída de ministros é direito do partido, mas critica sigla por sugerir possível interferência do governo Lula na inclusão de Antonio de Rueda em investigação que mira o PCC

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reagiu nesta 5ª feira (18.set.2025) às críticas do União Brasil que sugeriram possível ingerência do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na operação Carbono Oculto da PF (Polícia Federal), que agora mira o presidente da sigla, Antônio de Rueda.

Em publicação no X (ex-Twitter), a ministra afirmou que o partido tem direito de retirar seus filiados do governo federal, mas classificou como “infundadas e levianas” as acusações da sigla.

“A direção do partido tem todo direito de decidir a saída de seus membros que exercem posições no governo federal. Aliás, não é a 1ª vez que fazem isso. O que não pode é atribuir falsamente ao governo a responsabilidade por publicações que associam dirigente do partido a investigações sobre crimes”, escreveu Gleisi.

A PF incluiu Rueda na investigação que mira um esquema do PCC (Primeiro Comando da Capital) no setor de combustíveis. Um piloto de aviação executiva afirmou em depoimento que o dirigente partidário seria um dos donos de aeronaves usadas no transporte de foragidos ligados à facção criminosa.

À PF, o piloto Mauro Caputti Mattosinho afirmou ter transportado, em aviões operados pela empresa Táxi Aéreo Piracicaba, a TAP, foragidos indicados como chefes de esquema de lavagem ligado ao PCC, entre eles Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”.

Rueda negou envolvimento e classificou as menções a seu nome como “ilações irresponsáveis” e disse que ser alvo de “campanhas difamatórias”.

O União Brasil divulgou nota sugerindo que a inclusão de Rueda na operação seria uma “coincidência” poucos dias depois de o partido determinar a saída de seus filiados dos cargos federais. A sigla vê “uso político da estrutura estatal” para enfraquecer sua independência.

A operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto, é considerada a maior ação contra o crime organizado do Brasil em termos de cooperação institucional. O objetivo é desmantelar fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis controlado pelo PCC.

O episódio acirra as tensões entre o governo Lula e o União Brasil, que formalizou nesta 5ª feira (18.set) o prazo de 24 horas para que todos os filiados deixem cargos federais sob pena de expulsão partidária. A decisão afeta diretamente o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), que resiste às pressões para renunciar.

Juntas as siglas representam a maior força no Congresso, com 109 deputados e 14 senadores, além de controlar 4 ministérios, contando também com André Fufuca (PP) no comando do Esporte.

A intimação para o desembarque afeta também outras indicações estratégicas da legenda, incluindo os ministros Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) –indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).


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Autor Poder360 ·

Lidiane

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