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Por Gil Campos: Goiânia, 4 de dezembro de 2024 – O governo federal anunciou, nesta terça-feira (3), um pacote de investimentos de R$ 546,6 bilhões para impulsionar o setor agroindustrial brasileiro até 2029. Os recursos fazem parte da Missão 1 da Nova Indústria Brasil (NIB), uma política industrial voltada para a modernização e sustentabilidade da economia nacional.

Do total anunciado, R$ 296,3 bilhões serão aportados pelo setor privado, enquanto R$ 250,2 bilhões virão de linhas de crédito público. O programa visa fortalecer áreas estratégicas como agricultura de precisão, produção de fertilizantes e biofertilizantes, além de ampliar a capacidade tecnológica e produtiva do setor agroindustrial.


Ações e metas do programa

A Missão 1 da NIB prevê o fortalecimento das cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais, com objetivos claros de elevar a competitividade do setor. Entre as metas destacam-se:

  • Crescimento do PIB Renda Agroindústria: Aumentar o crescimento para 3% ao ano até 2026 e 6% ao ano até 2033;
  • Mecanização da agricultura familiar: Expandir o índice para 28% em 2026 e 35% em 2033 (atualmente é de 25%);
  • Tecnificação da agricultura familiar: Ampliar o uso de tecnologias agrícolas avançadas para 43% em 2026 e 66% em 2033 (hoje, o índice é de 35%).

Essas iniciativas visam não apenas o crescimento econômico, mas também a sustentabilidade ambiental e a inclusão tecnológica no campo.


Apoio à inovação e produção local

Entre os destaques anunciados, está o incentivo à produção nacional de drones para agricultura de precisão e o fortalecimento das cadeias de fertilizantes e biofertilizantes, reduzindo a dependência de insumos importados. O setor de máquinas agrícolas também será priorizado, com estímulos à fabricação de peças e componentes no Brasil.

O Banco do Brasil foi incorporado como novo agente do Plano Mais Produção (P+P), com R$ 101 bilhões destinados à política industrial, somando-se aos recursos de outras instituições como BNDES, Caixa, Finep e Banco do Nordeste.


Parcerias estratégicas

O evento também marcou a assinatura de importantes acordos entre o governo e empresas do setor privado:

  • Petrobras e Ministério da Agricultura e Pecuária: Parceria para ampliar e modernizar fábricas de fertilizantes no Brasil;
  • Banco do Nordeste e Inpasa: Financiamento de R$ 600 milhões para uma nova fábrica de etanol de milho e sorgo no Maranhão;
  • Finep e Ouro Fino Saúde Animal: Desenvolvimento da primeira vacina de dose única contra a doença de Glässer em suínos;
  • Finep e Lar Cooperativa Agroindustrial: Criação de soluções tecnológicas para alimentos e suprimentos para aves.

Esses acordos visam ampliar a produção nacional, capacitar profissionais e investir em tecnologias avançadas, promovendo o desenvolvimento sustentável e competitivo da agroindústria brasileira.


Investimentos no setor privado e além

Além da agroindústria, outros setores estratégicos também receberam destaque nos investimentos privados anunciados no âmbito da NIB, que totalizam R$ 1,831 trilhão. As áreas incluem:

  • Infraestrutura urbana: R$ 1,06 trilhão;
  • Tecnologia da Informação: R$ 100,7 bilhões;
  • Setor automotivo: R$ 130 bilhões;
  • Papel e celulose: R$ 105 bilhões;
  • Saúde: R$ 39,5 bilhões.

Análise Crítica

Os investimentos anunciados demonstram a prioridade do governo em transformar a agroindústria brasileira em um setor ainda mais robusto e sustentável. Contudo, desafios como a disseminação das novas tecnologias e a inclusão de pequenos produtores na modernização agrícola ainda exigem esforços consistentes.

A adoção de práticas inovadoras, como agricultura de precisão e maior produção de fertilizantes nacionais, é fundamental para reduzir custos, aumentar a produtividade e fortalecer a competitividade brasileira no mercado global. A presença ativa do setor privado será um diferencial para garantir que as metas sejam atingidas.

Autor # Gil Campos

Lidiane

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