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16 de abril de 2025
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Um estudo inovador conduzido por pesquisadores maranhenses revelou uma conexão entre doenças cardíacas em mulheres na menopausa e a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV).

O estudo, intitulado “Envolvimento do HPV na doença arterial coronariana em mulheres climatéricas: atenção à saúde no Maranhão”, liderado pelo professor doutor Rui Miguel Gil da Costa, do Departamento de Morfologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), identificou uma correlação significativa entre a presença do HPV e o aumento do risco de desenvolvimento de doenças coronárias em mulheres na menopausa.

Durante a pesquisa, foram avaliadas 71 pacientes, das quais 36,6% estavam infectadas pelo HPV, sendo essa infecção significativamente associada à presença de doença coronariana.

Além disso, foram observadas tendências específicas relacionadas à gravidade das doenças cardíacas e à presença de determinados tipos de HPV.

Microvesículas circulantes do soro sanguíneo dessas pacientes foram isoladas e analisadas, corroborando a associação entre o HPV e as doenças do coração, sugerindo uma possível relação causal.

Essa descoberta representa um avanço significativo no entendimento da saúde cardiovascular feminina durante a menopausa.

O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), Nordman Wall, destacou a importância do apoio à pesquisa científica e o compromisso do governo do Estado do Maranhão em promover inovação na área da saúde.

O estudo foi um dos 19 projetos selecionados no edital ‘Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS)’, e seus resultados foram apresentados durante um seminário de avaliação em São Luís.

A partir dessas descobertas, novas políticas de saúde podem ser formuladas, incluindo estratégias de prevenção e rastreamento direcionadas a mulheres na menopausa, visando à detecção precoce e intervenções mais eficazes.

O professor Rui Gil da Costa enfatizou a importância dessa descoberta no contexto das políticas de saúde, destacando a necessidade de uma abordagem mais abrangente e personalizada no tratamento das doenças cardíacas em mulheres na menopausa.

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Cerca de 17 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo de útero no Brasil anualmente, conforme dados do Ministério da Saúde. Esse tipo de câncer, que ocupa o quarto lugar entre os mais comuns em mulheres brasileiras, resulta em aproximadamente 6.500 óbitos por ano no país, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em Goiás, a taxa de mortalidade é estimada em 4,47 casos para cada 100 mil mulheres.

Para reduzir esses números, a campanha do Março Lilás se dedica a conscientizar e prevenir o câncer de colo de útero, educando as pessoas sobre fatores de risco, sintomas, métodos de detecção precoce e opções de tratamento disponíveis para essa forma de câncer. A campanha também busca reduzir o estigma associado à doença e promover o acesso igualitário aos serviços de saúde relacionados ao seu diagnóstico e tratamento.

O que é o câncer de colo de útero?

O câncer de colo de útero é uma condição maligna que afeta a região situada entre a vagina e o útero, principalmente devido à infecção pelo vírus HPV. Apesar de ser uma doença que pode ser prevenida, ela é uma das principais causas de morte por câncer em mulheres em todo o mundo, atrás do câncer de mama, do câncer de cólon e reto e do câncer de pulmão. As principais vítimas são mulheres negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

A biomédica e professora dos cursos de Ciências da Saúde da Faculdade Una – que integra a Ânima Educação –, Allana Souza, explica que o câncer do colo de útero está intimamente relacionado com a infecção do vírus HPV, dependendo sempre do subtipo e da carga viral na infecção. “A vacinação permite que se diminua os níveis de infecção pelo HPV, reduzindo o principal fator de risco para o desenvolvimento desse câncer. É observado que a vacinação em meninas de 9 a 14 anos sem início de vida sexual se mostra eficaz na proteção da saúde delas”.

Além da infecção pelo HPV, existem outros fatores de risco, geralmente associados à comportamentos que comprometem a imunidade ou dizem respeito ao desenvolvimento sexual. “Alguns deles são a iniciação sexual precoce, a prática sexual com múltiplos parceiros, o uso de contraceptivos orais e o tabagismo”, elenca a professora.

Diagnóstico precoce e tratamento

O câncer de colo de útero pode ser silencioso no seu estágio inicial, tornando o diagnóstico precoce fundamental. Souza alerta que a doença possui um desenvolvimento de velocidade baixa, podendo passar despercebida no início, e que os sintomas surgem com a evolução do câncer: “são observados, principalmente, sangramento vaginal ao acaso ou depois da relação sexual e dor na região do útero e abdômen”.

Por esse motivo, a professora destaca a importância do diagnóstico precoce na luta contra o câncer de colo de útero. “O rastreamento inicial é muito importante. O exame preventivo, que é o Papanicolau, permite que sejam observadas alterações iniciais da doença e, consequentemente, uma efetiva inibição de sua progressão”. A docente complementa que é necessário realizar o exame com frequência, mas que, após dois anos consecutivos sem alterações observadas, a mulher pode aguardar até três anos para repetir o exame”.

Quanto aos tratamentos disponíveis para mulheres diagnosticadas com câncer de colo de útero, a biomédica ressalta a necessidade de uma abordagem individualizada. “Normalmente, é necessário realizar a retirada das lesões mais graves por eletrocirurgia e fazer radioterapia em centros especializados. Mas o tipo de tratamento dependerá sempre do tamanho do tumor, nível de desenvolvimento, idade da mulher e se ela pretende preservar a fertilidade. Ou seja, o tratamento será sempre individual, considerando os fatores pessoais e preservando ao máximo a saúde e integridade da paciente”, conclui Souza.

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