3 de dezembro de 2025
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Foram fabricadas 247.032 unidades, ante 259.613 na comparação anual; exportações cresceram 49,3% frente a agosto de 2024 e sustentaram parte da produção

A produção de veículos no Brasil foi de 247.032 unidades em agosto. O desempenho representa baixa de 4,8% na comparação anual (259.613), mas alta de 3,0% frente a julho (239.768). Eis a íntegra (PDF – 3 MB) dos dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), divulgados nesta 3ª feira (9.set.2025).

No acumulado de 2025, a produção de veículos no Brasil registrou um avanço de 6,0%, totalizando 1,743 milhão de unidades. Já os licenciamentos aumentaram 2,8%, somando 1,644 milhão de veículos.

VENDAS INTERNAS

Os emplacamentos também caíram. Em agosto, foram licenciadas 225.400 unidades, queda de 7,3% frente a julho (243.200) e retração de 5,1% em relação a agosto de 2024 (237.400).

De janeiro a agosto, o total de veículos vendidos no mercado interno foi de 1,667 milhão unidades, avanço de 2,8% ante o mesmo intervalo de 2024, quando foram registradas 1,622 milhão unidades

EXPORTAÇÕES

As exportações tiveram forte alta e sustentaram parte da produção. Em agosto, foram embarcadas 57.089 unidades, crescimento de 19,3% em relação a julho (47.900) e de 49,3% frente a agosto de 2024 (38.200).

No acumulado do ano, os envios ao exterior somaram 378.249 veículos, alta de 55,9% sobre igual período do ano passado, quando foram exportadas 242.613 unidades.

SEGMENTOS

  • Automóveis: 172.300 unidades emplacadas em agosto, queda de 5,2% frente a julho e alta de 0,8% em relação a agosto de 2024.
  • Comerciais leves: 42.400 unidades, baixa de 12,4% no mês e de 19,1% no ano.
  • Caminhões: 8.900 unidades, recuo de 15,9% em relação a julho e de 22,6% frente ao mesmo mês do ano passado.
  • Ônibus: 1.720 unidades, queda de 27,8% na comparação mensal e de 28,5% em um ano.



Autor Poder360 ·


Deputado afirmou que espera que suas ausências não tenham relação com “os desmandos do Alexandre de Moraes”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse nesta 2ª feira (8.set.2025) que aguarda resposta de um ofício enviado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para questionar o registro de suas ausências na Casa. O congressista acumula 18 ausências não justificadas em sessões deliberativas. De um total de 32 dias, só teve uma falta justificada. Ele pede para participar de forma remota. 

“Só para deixar claro: a minha licença venceu em 20 de julho e, desde o começo de agosto, eu tenho levado falta na Câmara, inclusive nas votações virtuais em que eu poderia participar. O presidente da Casa, Hugo Motta, estou tentando resolver com ele, mas, ao que parece, as minhas presenças não estão contando”, afirmou o deputado em entrevista ao Poder360. Ele vive nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025.

Eduardo comparou sua situação com a de outros congressistas que, segundo ele, mesmo no Brasil não precisaram estar fisicamente na Câmara para registrar presença. “Se eles não precisaram ir fisicamente ao Congresso, por que eu precisaria? Por que a votação deles vale e a minha não vale?”, perguntou.

Em um 1º momento, Eduardo estava licenciado por 122 dias. A licença se encerrou em 20 de julho. O deputado não participou das sessões em que o acesso remoto foi permitido. Em seu perfil no X (ex-Twitter), ele disse que está sendo “impedido de votar”. O presidente da Câmara já disse que não pretende alterar o regimento interno da Casa para autorizar que Eduardo exerça o mandato do exterior.

O deputado declarou que espera que suas ausências não façam parte de uma “compactuação com os desmandos” do ministro Alexandre de Moraes e considerou “muito estranho” não poder votar pelo celular, ferramenta implementada durante a pandemia.

Eduardo afirmou que Motta seria “mais um refém desse sistema” e direcionou mais críticas ao ministro do STF. “Acho que Alexandre de Moraes ameaça todo mundo veladamente. Ele é baixo, ele é vil e cruel, não tem compaixão. É por isso que eu digo que ele é um psicopata”, disse.


Leia mais sobre a entrevista de Eduardo ao Poder360: 


Assista à íntegra da entrevista (1h13s):



Autor Poder360 ·


Presidente critica Bolsonaro e afirma que processo no STF tem conotação política: “Afinal, é um ex-presidente”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 6ª feira (5.set.2025) que o “simples fato de solicitar anistia” mostra que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem consciência de que é culpado. Segundo o petista, “ao agir assim, ele está se autoincriminando”.

 “O cidadão cometeu todas essas barbaridades e, agora, inicia um processo para pedir anistia antes mesmo de ser julgado. Ora, o simples fato de solicitar anistia antecipadamente revela que ele tem consciência de sua culpa. Ao agir assim, está se autoincriminando, porque o papel dele, neste momento, deveria ser provar sua inocência”, disse Lula durante entrevista ao SBT News.

A declaração foi feita dias após a retomada das articulações pela votação do PL (projeto de lei) de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. A proposta ganhou força na Câmara depois que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a defender sua análise pela Casa.

PROCESSO COM CONOTAÇÃO POLÍTICA

Lula declarou que a ação contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado é um “processo eminentemente jurídico”, mas com “conotação política muito forte”. 

“Afinal de contas, é um ex-presidente da República, um homem que esteve no poder durante 4 anos, que não governou este país e destruiu muita coisa, que nós passamos 2 anos e meio recuperando”, disse.

JULGAMENTO DE BOLSONARO

A 1ª Turma do STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado. A análise do caso pode se alongar até 12 de setembro.

Integram a 1ª Turma do STF:

  • Alexandre de Moraes, relator da ação;
  • Flávio Dino;
  • Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma;
  • Cármen Lúcia;
  • Luiz Fux.

O Supremo já ouviu as sustentações orais das defesas de todos os réus.

Além de Bolsonaro, são réus:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

O núcleo 1 da tentativa de golpe foi acusado pela PGR de praticar 5 crimes: organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.



Autor Poder360 ·


Sóstenes afirma que a proposta será pautada por Motta; os 2 se encontram nesta 5ª feira (4.set) para discutir o tema

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse nesta 5ª feira (4.set.2025) que ainda não há uma data para que o projeto que anistia os envolvidos no 8 de Janeiro seja votado na Casa. Assegurou, porém, que a proposta irá a plenário.

A declaração se deu depois de reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Os 2 se encontrarão novamente na 2ª feira (8.set). Sóstenes também deve se reunir com outros líderes partidários para angariar apoio durante a próxima semana.

“Ele me pediu para voltar na 2ª feira e para eu conversar com os demais líderes, especialmente do União Brasil, PSD, Republicanos e do PP. Próxima semana serão sessões remotas e depois ele vai comunicar as decisões dele”, afirmou o líder do PL.

Ainda não há um texto fechado sobre a proposta. A oposição trabalha com 3 versões que incluem, além da anistia, a reversão da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). Sóstenes disse que a oposição não aceitará um projeto que não contemple o ex-presidente.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) já se mostrou contrário a possibilidade. Disse que apresentará um texto alternativo que não seja barrado no STF (Supremo Tribunal Federal) ou considerado inconstitucional.

Sóstenes classificou como “estranha” a declaração de Alcolumbre e afirmou que o papel do presidente da Casa Alta é pautar a proposta, não articular texto.

“Presidente de Câmara e de Senado não têm que falar de texto, deve ser um árbitro. Quem fala de texto é relator e o plenário é soberano para decidir”, afirmou o deputado.

Ainda de acordo com o líder do PL, o relator da proposta na Câmara deve ser de um partido do Centrão, como União Brasil, PP, Republicanos. Segundo ele, os nomes ainda não foram discutidos.

Sóstenes afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve voltar a Brasília para as articulações sobre a anistia na semana seguinte ao julgamento no STF.



Autor Poder360 ·


Segundo o senador, a aprovação da PEC que atrasa o pagamento de precatórios causou um “pé atrás” com parceiros da oposição

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) avalia que o projeto de lei que anistia os envolvidos no 8 de Janeiro deve passar por “um jogo mais pesado” em uma eventual tramitação no Senado Federal.

Ao Poder360, o ex-vice-presidente disse que a oposição tem o número mínimo de 41 votos –referentes ao quórum necessário para a aprovação de um PL (Projeto de Lei)– com base nas assinaturas do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em contrapartida, Mourão afirma que a aprovação da PEC 66 de 2023 (relativa ao atraso do pagamento de precatórios), na 3ª feira (2.set.2025) em 2º turno, causou “um pé atrás” com colegas da oposição.

“Ontem, naquela questão da PEC 66 e aquele ‘jabuti’ que o governo tinha enfiado na Câmara para se aproveitar do pagamento, com um espaço fiscal de R$ 12,5 bilhões, eu julguei que não iam passar aquilo ali. Nosso lado caiu no ‘conto da carochinha’ que o Jaques Wagner e o Weverton venderam ali. Então, vamos aguardar a introdução dessa anistia para ver se o resultado vai ser esse mesmo. No Senado, o jogo fica mais pesado”, disse o senador.

Na 3ª feira, o projeto da anistia voltou a ganhar força na Câmara depois que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a articular para que o texto seja votado na Casa.

Segundo o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), o clima para que a proposta avance cresceu entre os líderes partidários. Disse que o ambiente “mudou” e que agora há uma “boa vontade” por parte do Centrão. Tarcísio teria sido um dos pivôs da mudança.

Para Mourão, se acendeu uma “luz amarela” para o projeto de anistia no Congresso, muito em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF por tentativa de golpe de Estado. Os depoimentos das defesas do chamado núcleo 1 da trama golpista começaram na 2ª feira.

O senador também avalia que o desembarque da federação União Progressista (União Brasil e Progressistas) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contribuiu para o reavivamento do debate sobre o texto.

“Eu vejo que agora, nos últimos dias, começou a haver um movimento maior na Câmara, principalmente depois do desembarque do União Brasil e do PP do governo. Acho que compraram uma briga dura, porque resolveram jogar um dos principais líderes da oposição e da federação, que é o Ciro Nogueira, nesse pacote lá do PCC e da Faria Lima. Ele está revoltado. E aí tudo pode acontecer contra o governo. Ele já era um opositor. Eles estão entrando de cabeça e chamando o nosso partido também para entrar de cabeça na questão da anistia, e aí criou a maioria lá dentro da Câmara”, completou Mourão.

O senador disse ainda que o nome de Tarcísio de Freitas para o Palácio do Planalto em 2026 “salta aos olhos”, mas que ainda há muitos desenrolares políticos e jurídicos para definir favoritismos em candidaturas. 

“É óbvio que hoje todo mundo está com um holofote em cima do Tarcísio, muito pelo papel que ele desempenhou no nosso governo. E até então, o pessoal já não conhecia o Tarcísio, apesar de ele ter trabalhado com [Michel] Temer. Aí depois ele foi nosso ministro de infraestrutura, depois governador de São Paulo e deu aula, faz um governo extremamente eficiente e eficaz no Estado. Então, ele salta aos olhos dos candidatos do país, mas tem outros candidatos. A gente tem que aguardar o que vai acontecer”, concluiu.

Na última semana, Tarcísio afirmou que seu 1º ato caso fosse eleito e assumisse a Presidência da República seria o de conceder indulto a Bolsonaro. Entretanto, negou intenção de disputar o Planalto em 2026: “Eu não sou candidato à Presidência, vou deixar isso bem claro. Todo governador de São Paulo é presidenciável pelo tamanho do Estado, mas na história recente só Jânio Quadros e Washington Luís chegaram à Presidência”.


Esta reportagem foi produzida pelo estagiário de Jornalismo Davi Alencar sob supervisão da secretária de Redação adjunta, Sabrina Freire.



Autor Poder360 ·


Investigação revelou que transações via Pix não autorizadas foram processadas usando credenciais legítimas de fornecedores de TI da empresa

A Sinqia Digital informou nesta 3ª feira (2.set.2025) que avalia que o valor desviado de instituições financeiras alvo de ataque hacker no sistema Pix soma R$ 710 milhões. Segundo a empresa, parte do valor foi recuperado. As autoridades conseguiram assegurar R$ 366 milhões em um primeiro momento.

O ataque ocorreu em 29 de agosto e afetou duas instituições financeiras clientes no Brasil: o HSBC Brasil e a Artta, uma sociedade de crédito. Segundo a companhia, as transações irregulares foram realizadas por meio da exploração de credenciais legítimas de fornecedores de TI. A Sinqia afirma que encerrou o acesso dessas credenciais e que não há indícios de comprometimento de dados pessoais.

A empresa informou que suspendeu imediatamente as operações e contratou especialistas em cibersegurança para investigar o incidente. Informa também que trabalha para retomar a operação no SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro) e no Pix.

De acordo com a Sinqia, o incidente ficou restrito ao ambiente Pix da companhia e não afetou outros sistemas.

O ataque cibernético atingiu exclusivamente o ambiente Pix da empresa no Brasil. Nenhum outro sistema da companhia apresentou atividades suspeitas, conforme informado pela própria Sinqia. A empresa foi desligada do sistema de acesso do Banco Central depois da detecção das operações atípicas por volta das 15h30 daquele dia, e não há previsão de retorno ao funcionamento.

De acordo com a empresa, o volume desviado não afetou os clientes bancários, mas sim as contas reservas, que são mantidas pelas instituições financeiras junto ao BC para liquidar operações no SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro). Essas contas registram a entrada e saída de recursos das instituições autorizadas a operar e são fundamentais para o funcionamento do Pix, transações bancárias (TED) e outras operações.

A empresa trabalha para obter autorização e retomar suas operações no SPB e do Pix. A Sinqia mantém colaboração com especialistas externos para solucionar completamente o incidente. “Depois que o ambiente for reconstruído e estivermos confiantes de que está pronto para ser colocado de volta em funcionamento, o Banco Central irá revisá-lo e aprová-lo antes de colocá-lo novamente online”, informou a empresa.

Segundo a Sinqia, não há evidências de que dados pessoais tenham sido comprometidos durante o ataque. Detalhes adicionais sobre o caso estão disponíveis no Relatório sobre o Formulário 8-K arquivado pela Sinqia na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA na 2ª feira (02.set.2025).

O QUE DISSE O HSBC

O banco britânico disse que identificou transações financeiras via Pix em uma conta de um provedor do banco, mas que “nenhuma conta dos clientes ou fundos foram impactados” por elas terem ocorrido exclusivamente no sistema desse provedor.

“O banco esclarece ainda que medidas foram tomadas para bloquear essas transações no ambiente do provedor. O HSBC reafirma o compromisso com a segurança de dados e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”, disse em nota.

O QUE DISSE A ARTTA

A sociedade de crédito disse que teve reunião no domingo (31.ago.2025) com o Banco Central, a Sinqia e o HSBC para tratar do tema. Durante o encontro, foi apresentado o planejamento da Sinqia para a retomada dos serviços.

“Existe a previsão de retomada parcial ou total das operações ainda hoje. Assim que tivermos uma posição oficial ou nova atualização, comunicaremos imediatamente a todos”, disse a nota.

A Artta disse que tem compromisso com a transparência e com a segurança dos recursos dos clientes.



Autor Poder360 ·


Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (29/8), o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), alertou que a revogação da Taxa de Limpeza Pública (TLP) pode acarretar sérias sanções ao município. Entre as consequências citadas estão a suspensão de repasses federais para saneamento, impedimento de contratação de operações de crédito com BNDES e Caixa Econômica Federal, e riscos regulatórios junto à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

Mabel enfatizou que a taxa, conhecida como taxa do lixo, é exigência do Marco Legal do Saneamento Básico (Lei Federal 14.026/2020).

“A taxa não é minha. Foi implantada pela Câmara Federal, pelo governo federal. Nós só estamos cumprindo para não sermos responsabilizados”, pontuou.

O prefeito criticou a aprovação em primeira votação do projeto de revogação pela Câmara Municipal, inclusive com votos de aliados, classificando a medida como ilegal.

“Se aprovarem uma lei que tira a taxa do lixo, vão ser enquadrados na Lei de Responsabilidade Fiscal. Vai responder no CPF”, alertou Mabel, referindo-se à Lei Complementar 101/2000.

Ele explicou que a revogação configura renúncia de receita: “A Câmara votou algo que não tem condição de votar. Só se pode reduzir uma despesa se houver substituição por outra receita”.

A taxa foi inicialmente proposta em 2021 e retomou tramitação em dezembro de 2024, sendo aprovada em primeira votação. O prefeito reforçou que os serviços de manejo de resíduos sólidos são essenciais e devem ser custeados conforme determinação federal, sob risco de responsabilização individual dos vereadores e do município.

Mabel apontou os riscos que Goiânia corre caso descumpra a legislação federal, incluindo o bloqueio de contratos com instituições como Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica, além da suspensão de repasses voluntários.

“Se eu não vetasse isso aqui, o município não teria recurso pra fazer nada”, afirmou.

Prefeitura dá subsídio de 75%; estamos cobrando o mínimo’

Mabel reforçou que a Prefeitura de Goiânia concede subsídios significativos na aplicação da Taxa de Limpeza Pública (TLP).

“Estamos cobrando o mínimo. A Prefeitura está dando um subsídio de 75% e ainda tem muitos com isenção da taxa”, afirmou durante coletiva.

Mabel revelou que o custo total do serviço de limpeza urbana gira em torno de R$ 800 milhões anuais, enquanto a arrecadação com a taxa não ultrapassa R$ 150 milhões.

“A prefeitura continua subsidiando, mas não pode parar de cobrar”, pontuou, destacando que a lei federal exige a cobrança específica para esse serviço essencial.

Prefeito rebateu argumentos de que a arrecadação municipal seria suficiente para bancar o serviço sem a taxa

O prefeito rebateu argumentos de que a arrecadação municipal seria suficiente para bancar o serviço sem a taxa: “A lei permite isso? Não”.

Ele lembrou que herdou uma prefeitura com quase R$ 5 bilhões em dívidas da gestão anterior, enfatizando que o tributo é crucial para garantir a execução regular do serviço.

Mabel fundamentou sua posição no Artigo 35 do Marco Legal do Saneamento, que estabelece que a prestação dos serviços deve ser remunerada mediante taxa, tarifa ou preço público. A norma determina ainda que os municípios instituam mecanismos de arrecadação que assegurem a sustentabilidade econômico-financeira do sistema, permitindo subsídios apenas como complementação – nunca como substituição da cobrança principal.

“O subsídio que concedemos já demonstra nosso compromisso com a população, mas a lei é clara: precisamos manter a cobrança para não violar o marco legal e comprometer todo o sistema”, concluiu o prefeito.

Procurador alerta sobre consequências jurídicas

O procurador-Geral do Município, Wandir Allan, advertiu que agentes públicos podem ser responsabilizados na esfera cível, criminal e administrativa caso descumpram a legislação de saneamento. Em declaração à imprensa, explicou que os envolvidos estarão sujeitos à Lei de Responsabilidade Fiscal e a processos de improbidade administrativa.

“Vamos tomar as medidas judiciais cabíveis para assegurar que toda a tramitação da lei esteja de acordo com a legislação vigente”, afirmou Wandir, destacando que a Procuradoria monitora a situação para garantir a legalidade e continuidade das políticas públicas de saneamento.

Sandro Mabel complementou as informações detalhando as medidas de controle implementadas: “Mandei instalar câmeras em todos os caminhões. Eles têm GPS e consigo monitorar se cumpriram integralmente as rotas designadas”.

Ressaltou ainda que os vereadores têm canal direto para solicitar serviços de coleta, com uma equipe especializada disponível para atendimento imediato.

A gestão municipal também exigiu da empresa concessionária investimentos em tecnologia e fiscalização, visando à transparência e eficiência dos serviços. As declarações reforçam o compromisso da administração com a modernização do sistema de limpeza urbana, aliando inovação tecnológica ao rigor legal.

Troca de liderança na Câmara após derrotas legislativas

O prefeito Sandro Mabel confirmou durante coletiva de imprensa a saída do vereador Igor Franco (MDB) da liderança do governo na Câmara Municipal de Goiânia. O nome do substituto ainda não foi definido, segundo informou o chefe do executivo municipal.

O afastamento ocorre em meio a sucessivas derrotas do governo em votações importantes, incluindo a aprovação em primeiro turno da revogação da Taxa de Limpeza Pública e a viabilização da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Limpa Gyn – da qual Igor Franco é um dos principais articuladores. A CEI investigará o contrato da prefeitura com o consórcio privado responsável pelos serviços de limpeza urbana.

Na segunda-feira (25), Mabel já havia exonerado Diogo Franco, irmão do vereador, do cargo de secretário de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços. A demissão integrou uma série de exonerações de familiares de parlamentares, em movimento que sinaliza uma reestruturação na relação entre o executivo e o legislativo municipal.

O prefeito anunciou que nesta sexta-feira (29) se pronunciará detalhadamente sobre a legalidade da manutenção da Taxa de Limpeza Pública, tema que tem gerado intenso debate entre o governo e os vereadores. A coletiva abordará as implicações jurídicas e administrativas da possível revogação da taxa.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Projeto de lei propõe criar exame nacional de proficiência nos moldes da OAB; proposta já foi aprovada em regime de urgência na Câmara

Uma pesquisa encomendada pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) indicou que 96% dos brasileiros apoiam a criação de um exame de proficiência para médicos recém-formados.

Segundo levantamento realizado pelo Datafolha, publicado nesta 4ª feira (27.ago.2025), apenas 3% dos entrevistados acreditam que não há necessidade de algum teste antes de os novos médicos começarem a atender.

O instituto ouviu 10.524 pessoas em 254 municípios. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos.

Atualmente em tramitação, o PL n° 2294/2024 propõe a aplicação de uma prova obrigatória para os recém-formados, semelhante ao exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). O teste avaliaria individualmente as competências necessárias para obter o registro profissional em cada CRM (Conselho Regional de Medicina).

Entidades médicas, como a APM (Associação Paulista de Medicina) e a AMB (Associação Médica Brasileira), apoiam a iniciativa.

Segundo o CFM, que também apoia a instituição da prova, a medida busca responder ao aumento do número de faculdades de medicina nas últimas décadas: eram 181 em 2010 e, em 2023, já chegavam a 401.

De acordo com a pesquisa, Goiás é o Estado em que a população mais defende a realização do exame (98%), enquanto o Acre é o que menos concorda (92%).

Para 92% dos entrevistados, a aplicação da prova aumentaria a confiança no atendimento. Já 4% dizem que diminuiria, 3% não veem diferença e 1% não opinou.

Em uma pesquisa anterior do CFM, divulgada em abril, 90% dos médicos disseram ser favoráveis à criação da prova obrigatória.



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Em abril, o Conselho Federal de Medicina restringiu terapias para transição de gênero; manifestação foi enviada ao STF

O Ministério da Saúde disse não ver prejuízos por causa da publicação de resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) de abril que restringiu terapias para transição de gênero. Em ofício enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), o órgão declarou que as regras seguem “objetivos, diretrizes, princípios e normas” em consonância com o SUS (Sistema Único de Saúde) e a Constituição. 

A resolução do CFM veta o bloqueio hormonal para menores de 18 anos e aumenta de 18 para 21 anos a idade mínima para terapia hormonal cruzada (administração de hormônios para induzir características secundárias condizentes com a identidade de gênero do paciente) e cirurgias com efeito esterilizador.

A manifestação foi feita em ação movida pela Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) e pelo Ibrat (Instituto Brasileiro de Transmasculinidades). Eis a íntegra (PDF – 5 MB).

O texto inclui a manifestação da Conjur (Consultoria Jurídica). 

O Ministério da Saúde vem empreendendo esforços contínuos na análise da matéria, por meio da realização de estudos técnicos embasados em evidências científicas, abrangendo pesquisas nacionais e internacionais, bem como o exame de experiências e decisões adotados por outros países, o que objetiva assegurar que eventuais posicionamentos e medidas a serem adotados pelo Poder Público estejam devidamente alinhados às melhores práticas e à proteção integral da saúde da população envolvida”, escreveu Renata Telles Severo Flores, advogada da União e coordenadora de Assuntos Especiais em Contencioso Judicial. 

Segundo ela, o processo transexualizador no SUS é tratado em norma de 2017. A advogada citou anexos da portaria que regulamentou o processo, os quais indicam que o tratamento hormonal tem como idade mínima 18 anos, e que a cirurgia de redesignação sexual deve ser feita a partir dos 21 anos.

O documento ainda apresenta um despacho de junho do Departamento de Atenção Hospitalar Domiciliar e de Urgência, da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde.

Nele, a diretora do órgão, Aline de Oliveira Costa, diz que “não há, até o momento, mapeamento de eventuais prejuízos decorrentes da nova resolução [do CFM], uma vez que esta estabelece a idade mínima de 18 anos para o início da hormonioterapia e de 21 anos para a realização de procedimentos cirúrgicos, em consonância com os parâmetros atualmente vigentes no Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde”. 

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Declaração se deu no mesmo dia em que Teerã aceitou retomar negociações nucleares com potências europeias

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o povo iraniano resistirá às exigências dos Estados Unidos para que o país “seja obediente”. A mídia estatal divulgou a fala no domingo (24.ago.2025), mesmo dia em que Teerã aceitou retomar negociações nucleares com potências europeias.

“Eles querem que o Irã seja obediente aos Estados Unidos. A nação iraniana se posicionará com todo o seu poder contra essas expectativas tão errôneas”, disse Khamenei em um evento religioso. Ele criticou ainda defensores do diálogo direto com os EUA e afirmou que “essa questão é insolúvel”. As informações são da Al Jazeera.

O Irã e potências europeias decidiram na 6ª feira (22.ago) retomar as conversas sobre o programa nuclear, com início previsto para 3ª feira (26.ago). Teerã havia suspendido o diálogo depois que os EUA e Israel bombardearam instalações nucleares iranianas em junho.

França, Reino Unido e Alemanha ameaçam reativar sanções da ONU caso o Irã não coopere.

Em 2015, Teerã firmou acordo para reduzir atividades nucleares em troca do alívio de sanções. O presidente Donald Trump (Partido Republicano) retirou os EUA do pacto em 2018 e impôs novamente restrições.

Khamenei acusou “agentes da América e do regime sionista” de tentar semear divisão no país e pediu união contra os EUA.

As potências ocidentais dizem que o Irã busca armas nucleares. Teerã nega e afirma que o programa tem fins civis.



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