Ministro da Fazenda afirma que a reforma aprovada pelo Congresso traz uma “correção de privilégios” feita “para equilibrar as contas”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que seus antecessores no cargo “tentaram” aprovar a Reforma Tributária, “mas fracassaram”. O texto principal da regulamentação foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 16 de janeiro.
Segundo o chefe da equipe econômica, a alteração no sistema tributário brasileiro é uma “correção de privilégios” feita “para equilibrar as contas”. Ele deu as declarações em entrevista à RedeTV! que foi ao ar nesta 5ª feira (30.jan.2025).
“A nossa reforma que entra em vigor em 2027 por acordo com o Congresso vai permitir que uma pessoa pobre que compre no mercado tenha o valor do imposto restituído na sua conta-corrente se ele estiver no CadÚnico, se ele estiver no Bolsa Família”, disse.
O ministro defendeu ainda que há várias formas de organizar as contas públicas e “o Brasil não tem sido prodigioso em fazer o peso do ajuste recair de forma justa sobre a população”.
Como mostrou o Poder360, a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Reforma Tributária, em dezembro de 2023, e sua regulamentação, foram vitórias políticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que deixará o cargo no sábado (1º.fev).
A votação final do projeto encerrou uma etapa que se arrastava no país havia cerca de 40 anos. As regras de transição passarão a valer a partir de 2026.
Leia abaixo outros destaques da entrevista de Haddad à RedeTV!:
- deficit fiscal: “Não consigo compreender o argumento que o governo não está fazendo a sua parte. Veja bem, nós tivemos o governo [Michel] Temer [MDB] e o governo [Jair] Bolsonaro [PL] deficits fiscais muto superiores ao que sendo observado agora, havia muita retórica de cuidado com as contas públicas, mas nem [Henrique] Meirelles, nem o [Paulo] Guedes, conseguiram um superavit sustentável. E eu não tô nem colocando culpa.”;
- inflação: “Se a inflação escapou do teto, vamos tomar providências para trazer ela para um patamar considerado adequado, suportável para o conselho monetário nacional. O que esta sendo vendido tem um componente ideológico que não ajuda.”;
- taxa de juros: “A taxa de juros no Brasil já está num patamar restritivo. Já está num patamar que desacelera a economia. Estamos prevendo esse ano uma redução do crescimento da economia para algo como 2,5%, justamente para acomodar as pressos inflacionárias”;
- eleições 2026: “Eu não vejo essa perspectiva [de concorrer] porque temos uma pessoa incomum na presidência, que ganhou 3 eleições presidenciais diretas, uma pessoa que tem uma trajetória épica como nunca se viu no Brasil. O presidente Lula [PT] é muito importante para o Brasil, para o Nordeste, para os negros, para as mulheres.”
Leia mais:
Ex-presidente justificou apoio à 1ª vice-presidência e poder pautar PEC da Anistia; senador do PL lançou candidatura independente
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta 6ª feira (24.jan.2025) o ex-ministro da Ciência e Tecnologia de seu governo, senador Marcos Pontes (PL-SP), por lançar uma candidatura independente à presidência da Casa Alta. Segundo ele, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) “está eleito”.
“Não adianta um candidato aí, não vou dizer seu nome, fazer uma candidatura de protesto porque tem nome a zelar. Todos temos nome a zelar. Mas não podemos perder essa chance. Ela nos fortalece para 2026”, disse em entrevista à Revista Oeste.
Bolsonaro disse que o apoio ao senador amapaense é condicionado à 1ª vice-presidência ser ocupada por algum senador do PL, que poderia, “na ausência” de Alcolumbre, pautar temas de interesse da legenda, como o PL (projeto de lei) da anistia a envolvidos no 8 de Janeiro.
Para o ex-presidente, tentar emplacar um nome próprio acarreta exclusão do PL não só da mesa diretora, mas de presidir comissões. Disse que a estratégia, adotada em 2023 ao lançar o senador Rogério Marinho (RN) foi um “erro”.
“Nosso erro foi tentar eleger o Rogério Marinho em 2023. Só que, quando perdemos, ficamos sem mesa diretora e comissões. Se você quer convocar um ministro, como, por exemplo, a Nísia [Trindade, da Saúde] não consegue”, declarou.
Antes, ao mencionar uma eventual vitória de o amapense, que também é o nome do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comparou o pleito entre Alcolumbre e Marcos Pontes a uma partida de futebol entre o Flamengo e o CRB, de Alagoas, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro.
“Ele está eleito. É uma final de Copa do Brasil entre o Flamengo e o CRB de Alagoas. Você já sabe qual vai ser o resultado”, afirmou.
Dono da rede social comemorou nesta 4ª feira (22.jan) as métricas alcançadas pela plataforma durante o evento
A dono do X (ex-Twitter), Elon Musk, comemorou nesta 4ª feira (22.jan.2025) a marca de 673 milhões de visualizações na rede social em vídeos da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), realizada na 2ª feira (20.jan).
“Quase 5 bilhões de impressões de texto e agora se aproximando de 700 milhões de visualizações de vídeo!”, disse o bilionário na plataforma.
Os números foram compartilhados pela CEO do X, Linda Yaccarino. Segundo a executiva, as publicações relacionadas à cerimônia chegaram a 4,8 bilhões de impressões (número de vezes que um usuário viu um determinado post) e 673 milhões de visualizações.
Yaccarino afirma ainda que os números representam um crescimento de 15% em comparação à posse do ex-presidente Joe Biden (Democrata) em 2021.
A CEO não detalha quais conteúdos foram analisados e nem como chegou aos valores divulgados.

Há publicações relacionadas ao evento no perfil oficial da Casa Branca e na conta pessoal de Trump.
A transmissão realizada pelo republicano, por exemplo, teve, até as 14h desta 4ª (22.jan), 74 milhões de visualizações.
Trump havia sido banido do X, à época Twitter, depois do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, sob a alegação de “risco de prolongamento da incitação à violência”. Depois de comprar a rede social, Musk reativou a conta do republicano em novembro de 2022. 
A Casa Branca compartilhou apenas cortes do evento, que foram republicados pelos perfis oficiais do presidente e do vice presidente.
O vídeo da posse de Trump conta com 5,7 milhões de visualizações.

O de J.D. Vance tem até momento 1,2 milhão de views.

Leia as principais reportagens sobre a posse de Donald Trump:
Leia sobre as medidas assinadas ou declaradas por Trump ao assumir o governo:
Múte Egede disse que seu governo tenta marcar uma reunião com os EUA para discutir a proposta do presidente norte-americano de anexar o território
O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Bourup Egede (Partido do Povo, esquerda), disse nesta 3ª feira (21.jan.2025) que pretende se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), para discutir a proposta de anexação da ilha pelo governo norte-americano. Atualmente, a Groenlândia é território da Dinamarca.
Durante uma declaração antes da posse, Trump reforçou o desejo antigo de seu governo de anexar a Groenlândia e torná-la um território dos EUA. Na ocasião, o premiê groenlandês respondeu ao republicano afirmando que o território “não está à venda”.
Em declaração a jornalistas, Egede afirmou que se o governo norte-americano deseja “falar sobre a Groenlândia, eles têm que falar com a Groenlândia”.
A ministra das Relações Exteriores da Groenlândia, Vivian Motzfeldt, disse que uma reunião entre os 2 países para tratar do assunto pode ser realizada nos próximos dias.
Egede reiterou, porém, que a Groenlândia não se tornará um Estado norte-americano ou dinamarquês. “O povo groenlandês deve deixar claro o que quer ser. Não queremos ser dinamarqueses. Não queremos ser norte-americanos”, disse o premiê.
INTERESSE NA GROENLÂNDIA
O presidente Donald Trump reforçou na 2ª feira (20.jan), dia em que tomou posse, o desejo dos EUA em adquirir a Groenlândia para a “segurança internacional“.
“Precisamos dela para a segurança internacional. E tenho certeza de que a Dinamarca virá junto, está custando muito dinheiro para eles manterem ela”, disse Trump em declaração a jornalistas depois da posse.
O republicano disse que China e a Rússia possuem “navios de guerra por todo o lugar” e que o interesse na região estaria ligado à segurança estratégica e militar dos EUA.
Apesar da tentativa de diálogo ente as partes, Trump não descartou o uso de força militar para tomar o controle da Groenlândia. O republicano também alega que os cidadãos da ilha desejam se anexar aos EUA.
“O povo da Groenlândia não está feliz com a Dinamarca, sabe, acho que eles estão felizes conosco”, disse o republicano.
“O vilão do Brasil é quem ganha R$ 5.000 e não declara para poder sobreviver. Vocês querem mesmo que o brasileiro engula isso? […] Todo mundo vai voltar a usar dinheiro vivo. Afinal, ninguém quer trabalhar um mês inteiro para, depois, o governo vir e morder o seu salário”, disse.
Segundo o deputado, com a medida do governo, os brasileiros deixarão de usar Pix, cartões de crédito ou débito e outras formas de transações financeiras para evitar a fiscalização da Receita Federal.
“O governo quer saber como você ganha R$ 5.000 e paga R$ 10.000 de cartão, mas não quer saber como uma pessoa que ganha um salário mínimo sobrevive pagando luz, moradia, educação, compras do mês e outros gastos”, declarou.
No vídeo, Nikolas ainda declarou que o PL, seu partido, acionou o STF (Supremo Tribunal Federal) para derrubar a decisão da Receita Federal.
“É hora de entender que, se a gente não parar o Lula, o Lula vai parar o Brasil”, finalizou.
Assista ao vídeo publicado pelo deputado (4min30):
COMO SERÁ A NOVA FISCALIZAÇÃO
A Receita Federal passou a ter acesso em 2025 a novos dados para monitorar as operações financeiras realizadas no Brasil. Agora, além daqueles já fornecidos pelos bancos tradicionais, o Fisco receberá dados de operadoras de cartão de crédito e instituições de pagamento, como varejistas de grande porte, bancos digitais e carteiras eletrônicas, incluindo transações via Pix. Só movimentações acima de R$ 5.000 para pessoas físicas ou R$ 15.000 para empresas serão informadas.
A decisão quer aumentar a coleta de dados para combater a evasão fiscal e promover a transparência nas operações financeiras globais.
“Quem precisa da atenção […] é quem usa esses novos meios de pagamento para ocultar dinheiro ilícito, às vezes decorrente de atividade criminosa, de lavagem de dinheiro. O foco da Receita é para eles. Não é para você, trabalhador, pequeno empresário”, diz o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, em nota do governo. Eis a íntegra (PDF – 759 kB).
O texto reforça que as transações financeiras via Pix não serão taxadas diretamente no momento da operação. A campanha de comunicação do governo federal tem buscado disseminar a mensagem diariamente, mas não tem conseguido conter a incerteza em torno da medida.
REAÇÃO
A decisão de aumentar a fiscalização sobre transações eletrônicas tem sido criticada por partidos e políticos de oposição. Na prática, o sistema tal como foi apresentado visa a evitar a sonegação de quem usa os meios digitais de pagamento.
A rigor, não há imposto sobre o Pix. Esse meio de pagamento substituiu nos últimos anos as transações em dinheiro físico no Brasil. Antes, milhões de trabalhadores informais ficavam fora do radar da Receita Federal quando recebiam em dinheiro pelos seus serviços. Isso se manteve com o Pix. Agora, tudo fica registrado. Com o novo sistema, quem cair na faixa de renda passível de pagamento de IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física) será contatado para ser cobrado.
Uma renda de até R$ 27.110,40 por ano (ou R$ 2.259,20) está isenta de imposto, de acordo com a tabela da Receita Federal. A partir de R$ 27.110,41 e até R$ 33.919,80 (de R$ 2.259,21 a R$ 2.826,65 por mês), é necessário declarar IRPF e ficar sujeito a uma alíquota de 7,5% sobre o valor recebido.
Ocorre que os trabalhadores informais –um sorveteiro, pedreiro, eletricista, faxineiro, diarista, pintor e outros prestadores de serviço– costumavam receber sempre em dinheiro. Agora, com a popularização do uso do Pix, passam a ter toda a renda registrada e atrelada aos seus CPFs.
Isso também vai acontecer com milhões de beneficiários do Bolsa Família, que recebem o dinheiro do governo e seguem fazendo bicos de maneira informal. Caso o valor mensal supere R$ 5.000, essas pessoas serão contatadas pela Receita Federal e terão de passar a pagar impostos.
O Poder360 apurou que pesquisas reservadas já realizadas nos últimos dias mostram que a percepção geral dos chamados trabalhadores “remediados” e “batalhadores” é muito ruim.
Um exemplo possível é o de um sorveteiro que vende picolés num estádio de futebol. Durante o evento, e andando entre os torcedores na arquibancada, cobra R$ 10 por unidade. Se um grupo de torcedores compra 4, paga R$ 40 –via Pix. O dinheiro vai para a conta do vendedor, mas ele fica só com menos de R$ 20, pois o restante ele terá de repassar para quem fabricou o sorvete. No fim do mês, esse sorveteiro –totalmente informal– pode ter recebido mais de R$ 5.000 se trabalhar durante partidas com muito público. Nesse caso, será identificado pela Receita Federal e terá de declarar Imposto de Renda. A vida financeira dessa pessoa ficará mais complexa.
A pauta sobre impostos e as novas regras para fiscalização do Pix têm corroído a imagem do governo nas redes sociais e na vida real. A oposição tenta o tempo todo colar no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a pecha de “cobrador de impostos”.
Análise aponta que políticas comerciais do presidente podem impactar economia na América Latina, incluindo o Brasil
A situação fiscal dos países latino-americanos e as políticas comerciais do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), podem afetar negativamente os investimentos na região, incluindo o Brasil, de acordo com uma análise divulgada pela gestora Janus Henderson nesta 2ª feira (13.jan.2025).
Mario Aguilar, estrategista-sênior de portfólio da Janus Henderson, alerta que os déficits fiscais devem impactar as moedas locais, o que afetará os retornos dos investimentos nos países da América Latina. Ele destaca que, em muitos casos, esses investimentos estão atrelados a produtos importados cotados em dólar.
Segundo Aguilar, os déficits fiscais exigem ajustes na política macroeconômica, como o aumento das taxas de juros para controlar a inflação, o que pode prejudicar o crescimento econômico. No curto prazo, ele aponta que o Brasil pode se beneficiar de um real mais fraco, enquanto a Argentina deverá enfrentar dificuldades com uma moeda mais forte, devido à convergência da cotação oficial com a paralela.
O analista vê o Brasil e o Chile como mercados interessantes para investimentos de médio e longo prazo, mas alerta que isso depende da implementação de políticas fiscais eficazes e do respeito ao capital privado, o que poderia estimular o crescimento econômico.
Aguilar também destaca que, no momento, setores como o agronegócio e a mineração são promissores devido à desvalorização das moedas locais e ao aumento da demanda por commodities. Ele também enxerga oportunidades de investimento em infraestrutura e energia, com destaque para a necessidade de explorar novas fontes de energia, como biogás, solar e eólica, além do petróleo e gás, setores que poderão se beneficiar nos próximos anos.
Com informações da Investing.com Brasil
Saldo negativo nas contas públicas é superior ao limite permitido, que é um deficit de 0,25% do PIB
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta 3ª feira (7.jan.2025) que o deficit primário das contas públicas do governo central será próximo de 0,4% do PIB (Produto Interno Bruto).
A meta fiscal é de um resultado primário de 0%, o que significa saldo zero entre as receitas e despesas. Há uma margem de tolerância de até 0,25% do PIB, totalizando R$ 28,8 bilhões de saldo negativo. Portanto, o saldo negativo nas contas públicas será superior à meta sugerida pelo governo federal e aprovada pelo Congresso.
Mello disse que o país está no “sentido correto da recomposição fiscal” e do restabelecimento de superávits primários. O secretário declarou que, em 2024, o deficit primário será “muito próximo” de 0%. “Algo em torno de 0,4%, vai depender também do resultado do PIB”, disse. O secretário concedeu entrevista sobre o resultado primário estrutural do governo federal.
Assista (2h13min):
Mello disse que há muito trabalho a ser feito, mas que a consolidação fiscal tem avançado de forma “intensa”. Afirmou que o Brasil teve surpresas positivas nas contas públicas, como se aproximar de um resultado primário de 0% do PIB.
O governo central teve um deficit de R$ 230,5 bilhões em 2023, segundo dados do Tesouro Nacional. As projeções mais recentes dos agentes financeiros, divulgadas no Prisma Fiscal de dezembro, indicavam um saldo negativo de R$ 55,4 bilhões em 2024.
Segundo Mello, a redução do deficit primário demonstra o compromisso do governo no equilíbrio das contas públicas. “O que foi visto de ajuste fiscal em 2024, poucas vezes foi visto”, disse. “O FMI indica que o Brasil é um dos países que fez o maior esforço de consolidação fiscal em 2024. […] Nós não estamos falando que estamos na direção correta. Estamos falando da velocidade dessas direção e a intensidade desse ajuste”, disse.
DÍVIDA BRUTA
Segundo ele, o crescimento econômico e as taxas de juros são os principais fatores que determinam a trajetória do endividamento. A DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) estava a 77,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em novembro de 2024. Os gastos com juros da dívida somaram R$ 918,2 bilhões no acumulado de 12 meses até novembro, um recorde da série histórica, iniciada em 2002.
O secretário defendeu que, como a taxa básica, a Selic, e os juros futuros “variam muito”, é “muito difícil dizer qual é o resultado fiscal necessário para estabilizar a dívida”.
Presidente do PT criticou o ex-presidente após ele afirmar que o soldado investigado deveria ser sido recebido com as “devidas honras”
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), criticou nesta 2ª feira (6.jan.2025) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por sair em defesa do soldado israelense que passou a ser investigado pelo governo brasileiro por supostos crimes de guerra.
“Jair Bolsonaro, que sempre defendeu a ditadura, a tortura e torturadores, agora se junta ao governo de Benjamin Netanyahu, que deu fuga a um soldado do exército de Israel investigado por seus crimes pela justiça brasileira. Os genocidas se entendem, não é mesmo?”, declarou a deputada federal em sua conta no X (ex-Twitter).
A fala de Gleisi se dá depois de Bolsonaro dizer, na mesma rede social, no domingo (5.jan) que, se ainda fosse presidente, teria recebido o militar no Palácio do Planalto “com as devidas honras”.
“Esse ataque a Israel, país irmão, bem demonstra que Lula da Silva, que nada fez para sanar essa injustiça, sempre esteve ao lado de ditadores e terroristas do mundo todo”, disse o ex-presidente.

ENTENDA
A Justiça Federal determinou que a PF (Polícia Federal) investigue um soldado de Israel, que está no Brasil, por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza. A determinação foi emitida em 30 de dezembro de 2024, pela juíza Raquel Soares Charelli, do Distrito Federal.
Segundo o portal Metrópoles, o pedido foi apresentado pela HRF (Fundação Hind Rajab), organização que defende o direito dos palestinos. O soldado israelense está no Brasil para passar as férias. É acusado de participar de um ataque a um bairro residencial em Gaza, em novembro do ano passado.
No domingo (5.jan), o ministro de Assuntos da Diáspora de Israel, Amichai Chikli, disse que o pedido de investigação é uma “desgraça ao governo brasileiro”. Por carta, ele criticou a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a ajuda do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) para endossar a acusação.
Ex-presidente declarou que taxa de desemprego de 6,1% no trimestre é encerrado em novembro “uma mentira”
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse neste sábado (4.jan.2025) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “ataca” o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) porque tem “aversão à verdade”. Em 27 de dezembro, o ex-chefe do Executivo declarou que a taxa de desemprego divulgada pelo órgão era “uma mentira”.
“Bolsonaro ataca o IBGE e seu presidente, Marcio Pochmann, porque tem aversão à verdade”, declarou Gleisi em seu perfil no X (ex-Twitter). A taxa de desemprego do Brasil foi de 6,1% no trimestre encerrado em novembro. É o menor nível de desocupação do país na série histórica, iniciada em 2012.
A presidente do PT afirmou que a metodologia usada pelo IBGE é a mesma utilizada em todos os governos desde 2012, inclusive no período em que Bolsonaro e o então ministro da Economia Paulo Guedes levaram o desemprego a 14% –agravado pela pandemia de covid. Em 2021, a taxa de desemprego ficou em 14,6% no trimestre encerrado em maio.
Gleisi ainda lembrou do discurso do ex-presidente na abertura da 76ª edição da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em 2021. “O negacionista mentiu sobre os dados da covid e teve o desplante de falsificar, em plena Assembleia da ONU, os dados sobre desmatamento, além de atacar o INPE e as instituições científicas de maneira geral”.
A mídia internacional repercutiu a fala de Bolsonaro e afirmou que o então presidente “minimizou pandemia”. Ele falou sobre medidas de preservação ao meio ambiente e combate à pandemia tomadas por seu governo. Além da fala, veículos internacionais noticiaram a ida do presidente ao evento mesmo sem ter se vacinado contra a covid.
Deputado ironizou disposição do cantor em disputar a presidência da República em 2026, mas elogiou a sua “coragem”
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) comentou, em vídeo publicado em suas redes sociais nesta 5ª feira (2.jan.2024), a possível candidatura do cantor Gusttavo Lima à Presidência em 2026. Em tom de brincadeira, o deputado afirmou que ele pode ser uma “boa opção” para o cargo.
“Gente, que cachaça é essa que o Gusttavo Lima tomou que agora ele quer virar presidente?”, brincou o deputado. Ele também mencionou a possibilidade de uma “campanha divertida” e imaginou o cantor sertanejo criando jingles de sucesso para sua candidatura.
Apesar da ironia, o deputado elogiou a postura de Gusttavo Lima, citando a sua “coragem” de entrar na política e sua postura pública em apoio a Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022. “O Gusttavo Lima é incancelável. Ele é tipo o Neymar do sertanejo. Se o sistema não deixar Bolsonaro se candidatar, ele se mostra como uma opção viável”, afirmou Nikolas.
Gusttavo Lima, conhecido como “embaixador” no cenário sertanejo, disse, em entrevista ao portal Metrópoles, que pretende disputar o pleito de 2026. Caso Bolsonaro consiga reverter a decisão de inelegibilidade decidida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2023, os 2 poderiam concorrer no mesmo pleito. Bolsonaro já declarou a sua intenção de ser candidato. Segundo o ex-presidente, “só ele tem chance” de vencer a disputa.
O cantor foi um dos artistas sertanejos que apoiaram publicamente Bolsonaro na eleição de 2022. Na ocasião, ele chegou a visitar o ex-presidente no Palácio da Alvorada, em Brasília, ao lado de outros nomes do gênero musical, como Leonardo, Zezé Di Camargo e Chitãozinho.






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