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21 de setembro de 2024
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Vídeo mostra suspeito de atropelar e matar vigilante bebendo antes de acidente

Um vídeo obtido com exclusividade pela TV Serra Dourada mostra Antônio Netto, motorista suspeito de atropelar e matar o vigilante Clenilton Lemes Correa, bebendo em um bar horas antes do acidente na GO-020, em Goiânia. As imagens confrontam o depoimento apresentado pelo motorista à Polícia Militar no momento da prisão, que afirmou não ter ingerido bebida alcóolica no dia do acidente.

No início das investigações, a defesa do motorista informou que foi concedida uma liminar para revogar a prisão, impondo apenas medidas cautelares diversas, e que “estará sempre à disposição da Polícia Civil e do Poder Judiciário para contribuir para a elucidação dos fatos” (leia a íntegra no fim desta reportagem). A partir do novo vídeo, em que mostra o suspeito bebendo antes do acidente, o g1 solicitou um novo posicionamento à defesa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

As imagens divulgadas na quinta-feira (13), já foram anexadas ao inquérito policial da Polícia Civil. O acidente que matou o vigilante, aconteceu no último domingo (9). O motorista chegou a ser preso em flagrante na mesma data horas depois do acidente, no Jardim Guanabara, mas já está em liberdade.

Imagens mostram Antônio Netto bebendo antes de acidente em Goiânia — Foto: Divulgação/TV Serra Dourada

Um amigo do suspeito que o acompanhava no dia e no momento do acidente, afirmou em depoimento à Polícia Civil que, os dois passaram a noite bebendo juntos e que chegou a pedir para que Antônio socorresse à vítima após o acidente. Segundo a delegada do caso, Ana Cláudia Rodrigues, os amigos só notaram a presença da vítima após o impacto, mas não desceram do carro para prestar os primeiros socorros.

“Ele não viu o motociclista e ele acredita que o Antônio também não. Após o ponto de impacto, ele pediu muito para que o Antônio parasse, ele não conseguiu, seguiu e se dirigiu a casa dele. Ele teve acesso e a certeza de que ali existia uma vítima”, disse a delegada.

Uma testemunha ouvida pelos investigadores do caso, afirmou que passava pela rodovia no momento do acidente, acionou o socorro e que Clenilton estava vivo no momento em que o resgate chegou no local. Assim, outra versão apresentada por Antônio em depoimento entra em contradição, pois o suspeito afirmou à polícia que a vítima já estava morta.

“Em depoimento, Antônio afirmou que a vítima já estava morta. Uma pessoa que chegou logo após o fato esclareceu que a vítima ficou no local, ela teve atendimento e ela ainda estava com vida”, afirmou a delegada.

Vigilante morre após ser atropelado em rodovia de Goiás — Foto: Divulgação/PM

A delegada também informou que, com base no depoimento de testemunhas e outras evidências, como as comandas dos pedidos e câmeras de segurança, é possível afirmar que o motorista chegou ao primeiro bar por volta das 19h de sábado (8).

De lá, Antônio passou por outro bar e de lá seguiu para o posto de combustíveis próximo. Na sequência, visitou um pub e, por fim, parou para comer em uma lanchonete. O acidente aconteceu quando ele voltava para casa.

Motorista que matou vigilante atropelado foi a posto de combustíveis antes do acidente

A Polícia Civil divulgou um vídeo na última quarta-feira (12) que mostra o suspeito em um posto de combustíveis antes do crime (veja acima). Ele passa ao fundo da filmagem usando uma camiseta preta. Testemunhas e um laudo do Instituto Médico Legal (IML) atestam que ele ingeriu bebidas alcoólicas.

Clenilton Lemes Correia morreu após ser atropelado e arrastado por um carro de luxo, na GO-020, em Goiânia — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução

O vigilante Clenilton Lemes Correia foi atropelado e arrastado por mais de 200 metros, na GO-020, quando ia para o trabalho. A Polícia Científica informou que ele teve múltiplas lesões. Por conta da batida, a placa do carro se desprendeu e ficou na rodovia, o que ajudou a localizar o motorista, enquanto a placa da moto ficou presa ao para-choque do carro.

Antônia Araújo da Silva, esposa da vítima, pediu justiça ao marido. “A pessoa por irresponsabilidade tira a vida de um pai de família, não pode ficar impune”, lamentou em entrevista à TV Anhanguera.

Antonio Netto, suspeito de atropelar e matar vigilante em rodovia de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Também de acordo com a delegada, uma outra testemunha afirma ter visto o carro de Antônio momentos antes do acidente trafegando em alta velocidade. Ela também conseguiu afirmar que a moto do vigilante estava com a iluminação em perfeitas condições.

“Nós também ouvimos outra testemunha importantíssima que relata que já tinha cruzado com o veículo momentos antes em velocidade alta, de aproximadamente 100 km/h. Isso veio a esclarecer muita coisa e vai ajudar muito na própria perícia, que é o que a gente aguarda agora”, afirmou.

Agora, a polícia aguarda o resultado dos laudos periciais para que seja feita uma reconstrução ainda mais detalhada de toda a dinâmica do acidente.

Nota da defesa na íntegra

A defesa do Sr. Antônio Scelzi Netto, informa que diante da decretação da prisão preventiva em desfavor do nosso cliente, contrário a norma Processual Penal, foi impetrado ordem de Habeas Corpus perante o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e diante da análise criteriosa e estritamente legal, foi concedida a liminar requerida para revogar a prisão, impondo medidas cautelares diversas da prisão, suficientes para acautelar o resultado útil do processo.

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Autor

Lidiane

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