17 de novembro de 2025
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Levantamento do AtlasIntel realizado às vésperas do 1º turno mostra candidato da direita com 49%, diante de 39% da oponente de esquerda

Os eleitores chilenos definiram neste domingo (16.nov.2025) que o 2º turno das eleições presidenciais do Chile, marcado para 14 de dezembro. José Antonio Kast (Partido Republicano, direita) vai enfrentar a governista Jeannette Jara (Partido Comunista, esquerda).

Kast ficou atrás de Jara (24% contra 26%). Mas tem vantagem na simulação de votação final. Segundo um levantamento realizado de 10 a 14 de novembro com 3.118 eleitores pela AtlasIntel, o político do Partido Republicano tem 49% e está 10 pontos percentuais à frente da política do Partido Comunista, que tem 39%.

A projeção mais favorável para o candidato de direita em um 2º turno é reflexo das dificuldades do atual presidente, Gabriel Boric (Frente Ampla, esquerda) em cumprir as promessas de seu mandato, como a reforma da Constituição, que continua a mesma desde a ditadura de Augusto Pinochet (1915-2006), que governou o país de 1973 a 1990.

O mandato presidencial no Chile é de 4 anos e não há reeleição. A posse do sucessor de Boric será em 11 de março.

Conheça os candidatos e suas propostas de governo:

José Antonio Kast nasceu em Santiago, em uma família de imigrantes alemães, e se formou advogado pela Universidade Católica do Chile. É candidato a presidente pela 3ª vez –tentou antes em 2017 e 2021. Foi deputado por 4 mandatos consecutivos, de 2002 a 2018. Em 2016, deixou o partido União Democrática Independente e, em 2019, fundou o Partido Republicano do Chile.

Kast foi um dos principais opositores à 1ª proposta de reforma da Constituição, em 2022, que foi capitaneada por partidos de esquerda. Depois, também foi contra a 2ª tentativa, mesmo com seu partido tendo sido majoritário na constituinte.

Os principais pontos de sua campanha são a segurança pública e a imigração. Em seu programa de governo, Kast defende o combate ao crime organizado e o controle da migração para aumentar a segurança. As medidas incluem fechar as fronteiras para imigrantes sem documentação, criminalizar a migração irregular, construir muros e expandir prisões.

O político também propõe reduzir impostos para grandes e médias empresas, reformar a previdência, cortar gastos públicos e formar parcerias público-privadas para áreas da saúde, educação e moradia.

Jeannette Jara nasceu em 1974 na comuna de Conchalí, na região metropolitana de Santiago.  Ingressou na Juventude Comunista, ala jovem do Partido Comunista, aos 14 anos, e se filiou à legenda aos 25, em 1999. Formada em administração pública e direito pela Universidade de Santiago e pela Universidade Central do Chile, respectivamente, foi a 1ª pessoa de sua família a concluir o ensino superior.

Jara foi subsecretária da Previdência Social (2016-2018), durante o 2º governo de Michelle Bachelet (2014-2018), e ministra do Trabalho de 2022 a abril de 2025, no governo Boric. Nesse período, Jara viabilizou o aumento gradual do salário mínimo e a redução da jornada de trabalho de 45 para 40 horas semanais. 

Os principais temas de sua campanha são: crescimento econômico, problemas sociais e segurança pública. Em seu programa de governo, a candidata planeja introduzir um salário mínimo de 750 mil pesos por mês, impulsionar empregos e elevar a exploração de lítio por meio da criação da Empresa Nacional de Lítio. Para controlar a dívida pública, Jara planeja fortalecer a arrecadação tributária e adotar medidas contra a sonegação. 

Os planos para segurança envolvem modernização da polícia, construção de novas prisões, aumento da capacidade prisional, mobilização das Forças Armadas para proteger as fronteiras e suspensão do sigilo bancário para investigar transações suspeitas. Na saúde, defende o estabelecimento de um preço máximo para medicamentos essenciais e a formação de convênios entre prestadores públicos e privados.



Autor Poder360 ·

Lidiane

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