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10 de junho de 2025
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), esteve no Complexo Oncológico de Referência do Estado (Cora) nesta segunda-feira (9/6) para recepcionar os 12 primeiros pacientes pediátricos da nova ala, que inicia hoje seus atendimentos. O atendimento marca o primeiro passo rumo à inauguração oficial da primeira etapa da unidade, prevista para julho.

“Não tem nenhum hospital privado no país que dá as mesmas condições de atendimento e procedimentos que estamos dando às crianças, via SUS [Sistema Único de Saúde]. Isso é inédito”, ressaltou Caiado durante visita às instalações.

O Cora se torna o primeiro hospital público de Goiás destinado exclusivamente ao tratamento do câncer, concebido, construído e equipado segundo padrões internacionais de excelência em medicina oncológica.

“Ver esse sonho se tornando realidade me enche de orgulho. Lutamos muito para chegar até aqui. Diziam que era impossível, que levaria décadas”, escreveu Caiado em uma rede social.

Com investimento estadual de R$ 192,7 milhões em obras e R$ 63,2 milhões em equipamentos, a nova ala dispõe de 60 leitos (48 de internação e 12 de observação), quatro centros cirúrgicos, ambulatórios, radiologia, pronto-socorro e UTIs.

“Sobrou crédito de receita e estamos devolvendo para o Tesouro do Estado”, afirmou Henrique Prata, presidente da Fundação Pio XII, responsável pela gestão do hospital, sobre parte dos recursos investidos.

Caiado destacou a rapidez na execução: o terreno, cedido pela Embrapa, levou três anos para ser viabilizado, mas a construção e o início dos atendimentos foram concluídos em apenas dois anos e um mês.

“Demoravam em torno de 15 ou 20 anos para se construir um hospital em Goiás. Esse foi construído em dois anos e um mês depois da terraplanagem”, comentou.

A equipe multidisciplinar de 275 profissionais, treinada desde abril com especialistas de Barretos (SP), já está em operação.

“Chegar aqui e ver tudo plenamente em funcionamento nos deixa impressionados. São coisas que nem mesmo hospitais privados têm”, destacou o vice-governador Daniel Vilela.

Entre os diferenciais tecnológicos, o Cora conta com ressonância magnética de última geração (foto) equipada com inteligência artificial, que acelera exames, melhora a qualidade das imagens e aumenta a precisão nos diagnósticos.

Relatos de alívio com fim de viagens a Barretos

Entre os primeiros a chegar ao Cora está Sofia Garcez, de quatro anos, que enfrenta um neuroblastoma.

“Era muito difícil ir e voltar. Agora, ter aqui toda essa estrutura, sem ter que sair de casa, é um presente”, afirma sua mãe, Flávia Garcez.

Gael Benício Rocha, também de quatro anos, foi transferido do Hospital de Amor nesta segunda. Ele trata um coágulo na cabeça há três anos.

“Achei excelente, porque não preciso mais viajar para lá, onde não tinha ajuda nenhuma. Éramos só eu e meu marido”, conta Fabíola Rocha, mãe de Gael, residente em Aparecida de Goiânia.

Jhennifer Louise Souza Camargo, de 12 anos e natural de Goianésia, descobriu recentemente um tumor abdominal. Encaminhada da UPA local, ela fará exames no Cora antes de iniciar o tratamento.

“É um alívio conseguirmos essa vaga. Estou confiante de que vai dar tudo certo com a minha filha”, diz Naiara Pereira de Souza, mãe de Jhennifer.

Segundo o secretário adjunto de Saúde, Sergio Vencio, a admissão dos pacientes está sendo feita via regulação, conforme a unidade inicia os atendimentos. Ele ressalta que há diálogo com o Hospital de Amor para transferir progressivamente os pacientes goianos e atender novos diagnósticos de câncer localmente.

Autor Manoel Messias Rodrigues

Lidiane

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