Programação cultural 2024 da Assembleia Legislativa é encerrada com pré-estreia de dois curtas-metragens goianos
Lidiane 20 de dezembro de 2024 0 COMMENTS
A exibição dos filmes “Até Amanhã”, da cineasta Patrícia Silva, e “Goela Abaixo”, de Milena Anaquiri e Alexandre Augusto, teve, ainda, debate com as equipes de direção, produção e elenco, nesta quinta-feira, 19. A sessão de cinema foi o último evento realizado pela Assessoria Adjunta de Atividades Culturais do Parlamento goiano em 2024. O ano foi marcado por ampla programação que contemplou manifestações artísticas diversas.
O público, que lotou o auditório 01 do Palácio Maguito Vilela, pôde conferir, em primeira mão, dois filmes produzidos e filmados em Goiânia, com quase a totalidade dos atores também da Capital e ambos dirigidos por mulheres.
Em abordagens diferentes, os dois curtas-metragens discutem questões de gênero, sendo que o filme “Até Amanhã” trata o tema pelo recorte da violência contra a mulher e “Goela abaixo”, pelo viés da homoafetividade.
Segundo Patrícia Silva, o curta que ela dirige aborda o aspecto psicológico de uma mulher que sofre violência doméstica e chama a atenção para o início do ciclo de agressividade, que, na maioria das vezes, não se dá pela violência física. “O que ele traz de mensagem é que nem sempre a violência começa com uma pancada, com um soco. Começa de maneira sutil. É uma obra que acontece em looping temporal, representando essa prisão que a mulher se encontra nesse ciclo de violência”.
Já para Rafael Gustavo, da equipe de produção de “Goela Abaixo”, o fato de duas mulheres assinarem a direção das obras é um marco para o cinema goiano. Ele destaca o simbolismo da pré-estreia dos filmes acontecer na sede do Poder Legislativo. “É algo muito importante. Desde o começo da produção, lá em 2023, nós tivemos o apoio da Casa”.
Balanço do ano
Antes do evento, a gestora da Assessoria Adjunta de Atividades Culturais da Casa, Emiliana Pereira dos Santos, classificou a programação cultural da Assembleia Legislativa do Estado de Goiáis (Alego), em 2024, como extremamente produtiva. Ela lembrou que foram diversos eventos realizados, das mais diversas manifestações: shows musicais, lançamento de livros, exposições de telas, de esculturas e sessões de cinema, entre outros. “A gente percebe que esse espaço tem tido reconhecimento pela sociedade civil e uma participação mais efetiva. Além de adesão por parte dos parlamentares, que sempre estão indicando pessoas para estarem aqui. Hoje, a gente conta com o saguão, com os blocos, com os auditórios, e foram realizadas diversas atividades”.
Ainda de acordo com a gestora, o interesse dos artistas tem sido tão grande que o tempo das exposições tiveram que ser reduzidos, para se conseguir atender toda a demanda.
Para o ano que vem, ela revela que a agenda de exposições, principalmente no saguão, que é o espaço preferido dos artistas, já está preenchida até o mês de maio. Outra grande procura é pelas apresentações musicais no Almoço Cultural, que também já tem muitos artistas confirmados. Emiliana recomenda aos interessados em utilizar os espaços do palácio para se apressarem. “Basta nos procurar na Assessoria de Cultura e trazer o talento, que o palco já está aqui. E o interessante é que a Casa dispõe de toda a estrutura para atender o artista”.
Sinopses dos filmes
“Até Amanhã” – A trama acompanha Juliana, uma mulher que recebe café da manhã na cama pelo seu companheiro. O que poderia parecer um gesto carinhoso, torna-se inquietante quando ela percebe estar presa em algo muito mais sombrio e que está vivendo o mesmo domingo pela milésima vez. Sem cenas explícitas de violência, o filme explora, de forma sensível, a violência psicológica, utilizando uma narrativa circular para evidenciar a dificuldade que muitas mulheres enfrentam ao tentar romper com relacionamentos abusivos.
“Goela Abaixo” – De forma divertida, o curta explora a realidade de transformações sociais, políticas e promove a reflexão sobre questões como o gênero e a polarização política no cerne das famílias brasileiras. A obra se destaca, ainda, por promover a diversidade em sua equipe e por ter o elenco majoritariamente formado por pessoas indígenas. Além da própria diretora do curta-metragem, Mirna Anaquiri, o elenco conta ainda com Evelin Tupinambá, Lucas Bororo, F.E. Kokocht, Maria Cristina Magalhães e Thiago Moura. A produção também recebeu incentivos culturais, como a Lei Paulo Gustavo.
Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás
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