Ibaneis diz que vai proibir hospitais públicos do DF de receber pacientes do Entorno com Covid-19 - Primeira Mão

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19 de abril de 2024
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Por Rita Yoshimine e Carolina Cruz, TV Globo e G1 DF

Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em pronunciamento — Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em pronunciamento — Foto: Renato Alves/Agência Brasília

O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou à TV Globo, na manhã desta quinta-feira (14), que vai proibir hospitais públicos do Distrito Federal de aceitarem a entrada de pacientes com Covid-19 vindos da região do Entorno. A norma deve ser formalizada em decreto, que ainda não foi publicado.

Questionado sobre a legalidade da proibição, Ibaneis citou a situação de calamidade pública decretada no DF como uma das justificativas.

“Estamos em pandemia… Com decreto de calamidade e tudo mais”, disse o governador.

Até a noite desta quarta-feira (13), o Distrito Federal contava com 3.192 casos confirmados de coronavírus. Entre eles, 188 são pessoas com residência em Goiás. A capital federal registrou 48 mortes por Covid-19 de residentes da capital e um do estado goiano.

Ibaneis afirmou que tentou manter contato com as autoridades de Saúde em Goiás mas não tem recebido respostas. Já o governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM), disse em entrevista à TV Anhanguera, no início desta tarde, que tentou fazer ligações, mas não foi atendido.

“Tentei até falar com o Ibaneis, liguei duas vezes em todos os telefones que tenho e não fui atendido. [Recebo a notícia] em primeiro lugar, com muita preocupação e tristeza”

Ainda de acordo com Caiado, “o vírus foi trazido a Brasília, porque os brasilienses tem um poder aquisitivo mais alto”.

“As pessoas [brasilienses] passaram férias na Europa, nos EUA, passou a ser um foco de contaminação. Os trabalhadores de Goiás que moram em Goiás são domésticos, de limpeza ou de outros órgãos do estado, que trabalham em Brasília e moram em Goiás. Essas pessoas se contaminaram em Brasília”, pontuou Caiado.

Já a Secretaria de Saúde do estado vizinho, afirmou à reportagem que a pasta previa a assinatura de um Termo de Cooperação com o GDF e que “causa estranheza a reação de Ibaneis”

Coronavírus nos hospitais

Leitos de UTI no Hospital Regional de Santa Maria, no DF — Foto: Iges-DF/Divulgação

Leitos de UTI no Hospital Regional de Santa Maria, no DF — Foto: Iges-DF/Divulgação

Entre os 192 internados em hospitais do DF por Covid-19, até a noite de quinta, 18 eram do estado do Goiás. Ao todo, há 90 pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTIs).

De acordo com o governo do Distrito Federal, há 232 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) reservados para pacientes com coronavírus na capital. Pelo menos até a última quarta (13), 83% deles estavam disponíveis.

  • G1 questionou a Secretaria de Saúde sobre quantos pacientes com Covid-19 nas UTIs do DF são do Entorno do DF, e quando ocupam vagas da rede pública, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

Em Goiás, um hospital de campanha construído pelo governo federal, em Águas Lindas, que deveria atender pacientes de 33 cidades do Entorno do DF, está de portas fechadas. A construção foi promovida pelo Ministério da Infraestrutura, a um custo de R$ 15 milhões.

Segundo o governo goiano, a estrutura está pronta, com previsão de ser repassada ao Estado no dia 21 de maio, mas deve ser entregue sem os 200 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) previstos. Enquanto isso, pacientes procuram por Brasília. Em GO, hospital de campanha construído pelo governo federal não tem data para abrir

O que diz a Secretaria de Saúde do Goiás?

“O Secretário de Saúde do Estado de Goiás, Ismael Alexandrino, tem mantido diálogo constante com o Secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, no sentido de assistir à população do entorno do DF, no que tange assistência em UTI e apoio diagnóstico. Inclusive, Ismael Alexandrino já havia minutado um Termo de Cooperação, que seria assinado até sexta-feira. Causa estranheza a reação de Ibaneis Rocha, pois além de falar com o secretário Francisco, falou também com o próprio governador”.

Lidiane

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