A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (25/7) a aplicação da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para agosto. Os consumidores terão acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A medida busca equilibrar os custos diante das condições climáticas desfavoráveis. Durante os meses de bandeira vermelha, a Aneel recomenda medidas de economia, como reduzir o uso de aparelhos nos horários de pico e verificar possíveis desperdícios.
O sistema de bandeiras tarifárias, implantado em 2015, reflete os custos reais da geração de energia. Na bandeira verde não há cobrança extra. A amarela adiciona R$ 1,885 por 100 kWh. Já a vermelha tem dois níveis: R$ 4,463 (patamar 1) e R$ 7,877 (patamar 2) por 100 kWh.
“O baixo volume de chuvas reduziu a geração hidrelétrica, exigindo o uso de termelétricas mais custosas”, explicou a Aneel.
Segundo o órgão, a situação se agravou progressivamente: após meses com bandeira verde, maio teve bandeira amarela, seguida pela vermelha patamar 1 em junho e julho.
Com previsão de chuvas abaixo da média, a Aneel reforçou a necessidade de consumo consciente: “O uso racional da energia ajuda na sustentabilidade do sistema elétrico”.
Entenda o sistema de bandeiras tarifárias
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias é um mecanismo que ajusta mensalmente os valores da conta de luz conforme os custos reais de geração de energia no país. As cores sinalizam as condições de oferta e demanda no Sistema Interligado Nacional.
A bandeira verde indica condições favoráveis, sem custos adicionais. Quando acionada a bandeira amarela, há um acréscimo de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos, refletindo um cenário de atenção. Já a bandeira vermelha possui dois níveis: no patamar 1, o adicional é de R$ 4,463 por 100 kWh; no patamar 2, sobe para R$ 7,877 por 100 kWh, indicando condições críticas no sistema.
Essas variações ocorrem porque o Brasil depende principalmente das hidrelétricas. Quando os reservatórios estão baixos por falta de chuvas, é necessário acionar termelétricas – fontes mais caras e poluentes. O sistema de bandeiras foi criado justamente para tornar claro esse custo extra aos consumidores, incentivando o uso consciente e garantindo o equilíbrio financeiro do setor elétrico.
A cor da bandeira é definida mensalmente com base em três fatores principais: o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, as previsões climáticas e o custo de operação das termelétricas. Na conta de luz, o valor aparece discriminado como “adicional de bandeira tarifária”, separado do custo normal da energia consumida.
Morte de influencer após procedimento estético: dona de clínica prescrevia remédios com nomes errados e usava caneta vermelha em receita | Goiás
Lidiane 6 de julho de 2024
Grazielly da Silva Barbosa, presa após influenciadora fazer um procedimento com ela e morrer, escreveu nomes de medicamentos de forma errada e fez prescrições incorretas, segundo a médica Eny Aires – veja receita acima. A profissional denunciou Grazielly após descobrir que a clínica usou indevidamente o número de registro e nome dela no carimbo usado na receita dada à influenciadora.
Aline Ferreira pagou R$ 3 mil para realizar o procedimento com Grazielly da Silva Barbosa em Goiânia. A mulher, que é dona de uma clínica, foi presa suspeita de lesão corporal seguida de morte, exercício ilegal da medicina, execução de serviço de alta periculosidade e crime contra a relação de consumo.
Veja como nomes de remédios estavam escritos e a grafia correta:
- Amoxilina (incorreto) – Amoxicilina (correto)
- Xarelton (incorreto) – Xarelto (correto)
- Nebacetim (incorreto) – Nebacetin (correto)
O advogado Thiago Hauscar afirmou que a defesa de Grazielly Barbosa estuda o processo para decidir os próximos passos em relação aos pedidos de oitivas. Além disso, o advogado expressou solidariedade à família de Aline.
Grazielly Barbosa foi presa pela Policia Civil na quarta-feira (3). Na quinta-feira (4), a Justiça homologou o flagrante e decretou a prisão preventiva dela. A polícia informou que, ao todo, deveriam ter sido realizadas três sessões de aplicação do polimetilmetacrilato (PMMA), mas Aline morreu após a primeira sessão.
Eny Aires reforçou que não conhecia a vítima ou a suspeita do crime e que a dona da clínica alterou os dados do nome e número do registro. A médica registrou um boletim de ocorrência na sexta-feira (5) por falsificação de documento particular – veja abaixo carimbo da médica e receita dada por dona da clínica.
“Os remédios estavam prescritos de forma errada. Não tem um mínimo de princípio. Primeiro que não se escreve com caneta vermelha. Tudo [estava] horrível, toda a prescrição dela estava errada. Era para matar mesmo, porque não tem nenhum princípio da medicina”, disse a médica.
Além dos nomes de remédios escritos errados e o uso de canetas vermelhas, a médica também disse que as prescrições estão incorretas. “Toragesic não está com a indicação de miligramas. Amoxicilina seria de 500 mg de 8 em 8 horas e não é um bom antibiótico para esse tipo de procedimento. Nenhum bom médico prescreveria essa medicação para isso, eu imagino”, explicou a profissional.
A delegada Debora Melo informou que a dona da clínica se apresentava como biomédica. No entanto, a mulher nunca cursou Biomedicina e não apresentou nenhum diploma de curso superior.
Segundo a polícia, Grazielly informou ter feito cursos livres na área da estética e cursado três semestres de medicina no Paraguai. No entanto, nenhum certificado, diploma ou forma de comprovação foram apresentados.
Em relação à clínica, a Vigilância Sanitária identificou que o local não possuía alvará sanitário nem profissional com habilitação técnica responsável. Além disso, a delegada contou que não foram encontrados prontuários de pacientes atendidos pela clínica no local.
“Lá não tinha prontuário de paciente nenhum. A pessoa pagava, fazia o procedimento e ia embora. Não eram requisitados exames prévios e não tinha contrato de prestação de serviço formalizando a relação entre o prestador e o consumidor”, explicou Débora Melo.
À Polícia Civil, o marido de Aline contou que a influenciadora morreu em 2 de julho, em um hospital particular de Brasília, onde estava internada desde 29 de junho. O procedimento foi realizado em 23 de junho, quase uma semana antes, na clínica de estética de Grazielly em Goiânia.
O marido da influenciadora afirmou que a cirurgia foi rápida e que eles retornaram para Brasília no mesmo dia, com Aline aparentando estar bem. No entanto, no dia seguinte, ela começou a ter febre.
Ele detalhou ter entrado em contato com a clínica, que justificou que a reação “era normal” e que Aline “deveria tomar um remédio para febre”. Mesmo medicada, a influenciadora continuou com febre, e na quarta-feira (26), começou a sentir dores na barriga.
Segundo o marido, na quinta-feira (27), Aline piorou e desmaiou. Ele a levou ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde ficou por um dia. Depois, Aline foi transferida para um hospital particular da Asa Sul, onde morreu.
Dona de clínica de estética é presa após morte de influencer
Segundo apurado pelo g1 DF, no procedimento ao qual Aline foi submetida, foi aplicado 30ml de PMMA em cada glúteo. PMMA é a sigla para polimetilmetacrilato, uma substância plástica com diversas aplicações na área da saúde e em outros setores produtivos.
Atualmente, o PMMA tem sido utilizado para preenchimentos em tratamentos estéticos faciais e corporais, especialmente para aumentar os glúteos. A composição do PMMA pode provocar reações inflamatórias que, por sua vez, podem resultar em deformidades e necrose nos tecidos onde a substância foi aplicada.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica o PMMA como de risco máximo e, por isso, recomenda que seja administrado apenas por profissionais médicos capacitados. Além disso, de acordo com a Anvisa, o produto possui uma aplicação muito específica, que é a correção de pequenas deformidades corporais após tratamentos como AIDS ou poliomielite.
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