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17 de abril de 2025
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O governador paulista afirma que Jair Bolsonaro (PL) é quem deve disputar a Presidência da República nas próximas eleições

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse no domingo (15.dez.2024) que planeja disputar a reeleição em 2026, descartando a possibilidade de se candidatar à Presidência da República.

“Qual é a minha opção, qual é o meu caminho em 2026? É continuar em São Paulo”, afirmou o governador durante entrevista ao programa “Canal Livre”, da Band. “Eu sou muito fiel àqueles que me elegeram. Eu tive um grande apreço da população de São Paulo que me acolheu, e nós temos projetos muito interessantes para entregar em 2028, em 2029, em 2030. O que me motiva a ficar em São Paulo? A entrega desses projetos”, declarou Tarcísio.

Para o governador paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente está inelegível para as eleições de 2026, é quem deve disputar a Presidência. “Nós temos uma grande liderança da direita, que é o Bolsonaro, e eu entendo que o candidato viável vai ser o próprio Bolsonaro ou aquele que ele ungir”, afirmou.

Tarcísio disse que o seu foco em seguir como governador de São Paulo não deve impedir que ele apoie o grupo político de Bolsonaro no plano federal. “Para mim, o Bolsonaro continua sendo um grande ator da direita, e vai ser na eleição de 2026, independentemente de qualquer coisa. E o que nós vamos fazer aqui? Eu vou buscar a reeleição e vou trabalhar para que o Estado de São Paulo possa entregar o máximo para esse candidato que representa o campo da centro-direita em 2026”, declarou.

O governador afirmou que a direita precisa se aproximar do centro e colher vitórias, como se deu nas eleições municipais deste ano, para evitar um isolamento político. Para Tarcísio, um dos erros do governo Bolsonaro foi adotar determinadas posturas que afastaram os eleitores de centro, como as ações relacionadas às vacinas contra a covid-19 e a tensão entre as instituições. “Talvez, se não tivesse isso, acho que teria um caminho muito pavimentado porque havia muito resultado. Houve uma quantidade de reformas brutal sendo aprovadas”, disse.



Autor Poder360 ·


Mário Frias disse que opositores não se preocupam com as mulheres nem em combater crimes de estupro

O deputado federal Mario Frias (PL-SP) chamou de “demônios” os governistas que se posicionam contra a aprovação do PL (Projeto de Lei) que determina a castração química de pessoas condenadas por crimes relacionados a abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Em publicação em seu perfil no X, disse que os opositores não se preocupam com as mulheres nem em combater os crimes de estupro. ”São demônios que almejam o sacrifício humano nos açougues abortistas”, escreveu o deputado.

CASTRAÇÃO QUÍMICA

A Câmara dos Deputados aprovou na 5ª feira (12.dez.2024) um PL que determina a castração química de pessoas condenadas por crimes de pedofilia. Com 267 votos favoráveis e 85 contrários, a votação foi motivo de divergências entre os congressistas. O texto vai ao Senado.

A medida foi incluída ao PL 3.976 de 2020, que cria um Cadastro Nacional de Pedófilos com dados que deverão ser organizados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O texto original não continha o parágrafo sobre o procedimento, que foi adicionado a partir de uma emenda do deputado Ricardo Salles (Novo-SP) e muda o Estatuto da Criança e do Adolescente. 

A emenda de Salles propõe o uso de medicamentos inibidores de libido, nos termos regulamentados pelo Ministério da Saúde. O congressista defende que o Estado tem o dever de adotar medidas “firmes e eficazes para prevenir a reincidência desses crimes”

Na discussão em plenário, congressistas da direita defenderam que a medida tem o objetivo de coibir a pedofilia. Criticaram a esquerda, que liberou seus deputados para votarem.



Autor Poder360 ·


Com o nome aventado para uma saída, o ministro declara que Lula não conversou com ele sobre críticas feitas à comunicação do governo em evento do PT

Com o nome aventado para uma possível demissão na reforma ministerial do governo, o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Paulo Pimenta, disse ao Poder360 que não se sente ameaçado em relação ao seu cargo na Esplanada.

Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conversou com ele sobre as críticas feitas à comunicação de seu governo na 6ª feira (6.dez.2024), porque “não há necessidade”. Disse ainda que a rotina de trabalho está “normal” e que sua relação com o chefe do Executivo é de “lealdade, sem melindres ou meias-palavras”.

“Não me sinto ameaçado com cargo nenhum, até porque não existe ameaça a cargos. Cargos são todos eles do presidente. Fazemos parte de um time, ele é o técnico, o presidente, ele nos escala da maneira que ele achar mais adequada e a gente cumpre as tarefas a partir da determinação dele”, declarou em entrevista ao Poder360.

Em seminário do PT na 6ª feira (6.dez.2024), o chefe do Executivo fez duras críticas à comunicação do seu governo. Afirmou que há um equívoco seu por não organizar entrevistas com jornalistas e cobrou a realização de uma licitação para a mídia digital.

Sobre a fala de Lula, Pimenta disse concordar com as “preocupações” do presidente. Afirmou que são as mesmas que as suas e que dizem respeito à dificuldade da esquerda de “fazer frente” à direita. “Naturalmente que as preocupações que ele tem são legítimas pela posição e função que ele ocupa. Mas eu concordo e tenho muita identidade com tudo o que ele falou”, disse.

Desde então, uma possível saída de Pimenta começou a ser ventilada. Um dos cotados para substituí-lo é o marqueteiro da campanha de Lula em 2022, Sidônio Palmeira. Ele, entretanto, sempre rejeitou a possibilidade por querer continuar tocando sua empresa em Salvador (BA).

Ainda assim, o profissional está constantemente em Brasília e ajuda a definir a linguagem e o conteúdo de campanhas publicitárias e pronunciamentos. Ele colaborou, por exemplo, com a produção do pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em que anunciou o pacote de revisão de gastos em 27 de novembro.

Ao jornal digital, Pimenta classificou o marqueteiro como um profissional de confiança do presidente. “O Sidônio é um excelente profissional, que o presidente confia, eu confio, que ajuda muito a construir o nosso projeto e acho que quanto mais perto ele puder estar do governo e do presidente, mas ele vai nos ajudar”, afirmou.

É possível que, diante dos apelos do presidente, Sidônio tenha um cargo na Secom ou mesmo assuma a secretaria.

Desde o início do 3º mandato de Lula, em 2023, há críticas internas de que a comunicação não tem sido eficaz. O petista lançou diversos programas sociais nos últimos 2 anos, com a liberação de recursos, mas não viu sua popularidade aumentar. Uma mudança na Secom é cogitada para o ano que vem, quando uma reforma ministerial deve ser promovida pelo presidente.



Autor Poder360 ·


Por Gil Campos: Goiânia, 3 de dezembro de 2024 – Com as eleições presidenciais de 2026 se aproximando, o cenário político brasileiro está mais polarizado do que nunca. Enquanto o governo Lula enfrenta desafios econômicos, desgastes políticos e polêmicas envolvendo a primeira-dama Janja, a direita busca consolidar seus principais líderes para a disputa. Conheça os nomes que podem representar o campo conservador na corrida pela presidência da República.

Marcelo Camargo-Agência Brasil

Os 12 líderes mais competitivos da direita

1️⃣ Jair Bolsonaro

Fábio Vasconcellos-Agência-Brasil
Fábio Vasconcellos-Agência-Brasil

Mesmo inelegível, Bolsonaro permanece como a principal liderança da direita. Para competir de igual para igual com Lula, precisará se distanciar das alas mais “intensas” e focar em propostas que unam todas as vertentes conservadoras. É importante lembrar que, assim como Lula foi “descondenado”, mudanças políticas podem reverter a situação de Bolsonaro. A possível vitória de Donald Trump em 2024 nos Estados Unidos pode fortalecer o conservadorismo global, beneficiando seu nome.

 

2️⃣ Eduardo Bolsonaro

Zeca Ribeiro-Câmara dos Deputados
Zeca Ribeiro-Câmara dos Deputados

Com forte apelo internacional e proximidade com líderes como Donald Trump, Eduardo é uma figura estratégica no bolsonarismo. No entanto, precisará moderar seu discurso e expandir sua base de apoio para além do núcleo conservador.

 

3️⃣ Michelle Bolsonaro

Isac Nóbrega-PR
Isac Nóbrega-PR

A ex-primeira-dama é uma das figuras mais promissoras no bolsonarismo. Com grande apelo entre eleitores cristãos e mulheres, sua postura leve e carismática pode atrair eleitores indecisos, consolidando sua relevância política.

 

4️⃣ Tarcísio de Freitas

Governo de São Paulo
Governo de São Paulo

Atual governador de São Paulo, Tarcísio desponta como o nome mais técnico e agregador da direita. Sua gestão eficiente e postura moderada o tornam uma das opções mais viáveis para atrair conservadores e centristas, enfrentando Lula de forma competitiva.

 

5️⃣ Flávio Bolsonaro

Jefferson Rudy-Agência Senado
Jefferson Rudy-Agência Senado

Senador e articulador político, Flávio possui experiência no Congresso, mas ainda precisa conquistar maior simpatia entre eleitores. Seu potencial de crescimento depende de ampliar sua base para além do núcleo bolsonarista.

 

6️⃣ Romeu Zema

Marcello Casal Jr - Agência Brasil
Marcello Casal Jr – Agência Brasil

O governador de Minas Gerais é reconhecido por sua gestão técnica e defesa de pautas liberais. No entanto, sua falta de carisma e projeção nacional limitam suas chances no momento.

 

7️⃣ Hamilton Mourão

Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Ex-vice-presidente e atual senador, Mourão combina experiência militar e política. Contudo, sua gestão como vice gerou críticas na direita. Uma postura mais alinhada às demandas conservadoras pode recolocá-lo como uma figura competitiva.

 

8️⃣ Sérgio Moro

Jefferson Rudy-Agência Senado
Jefferson Rudy-Agência Senado

O ex-juiz da Lava Jato perdeu força política, mas ainda é associado ao combate à corrupção e à ética. Com ajustes em sua abordagem, pode reconquistar eleitores insatisfeitos com o governo Lula.

 

9️⃣ Pablo Marçal

Leandro Torres-Campanha Pablo Marçall
Leandro Torres-Campanha Pablo Marçal

Empresário e influenciador, Marçal precisa reconstruir sua imagem após erros políticos. No entanto, sua defesa do empreendedorismo e inovação ainda o tornam um nome relevante para o público jovem.

 

🔟 Marcel van Hattem

Zeca Ribeiro-Câmara dos Deputados
Zeca Ribeiro – Câmara dos Deputados

Deputado federal, Marcel é uma figura promissora com discurso liberal-conservador. Sua habilidade de comunicação e visão de renovação política o colocam como um nome diferenciado na direita.

 

1️⃣1️⃣ Caroline de Toni

Câmara
Câmara dos Deputados

Deputada federal, Caroline é uma figura importante no bolsonarismo. Sua leveza política e defesa de pautas pró-família podem torná-la uma alternativa interessante para eleitores conservadores.

 

1️⃣2️⃣ Ronaldo Caiado

Câmara
Câmara dos Deputados

Veterano na política, Caiado enfrenta desafios devido a desgastes em Goiás e críticas de bolsonaristas por decisões controversas, como sancionar o título de cidadão goiano a Flávio Dino. Classificado como de centro-esquerda, é visto como um nome mais regional, com possibilidades de disputar o Senado em 2026.


Nikolas Ferreira: uma aposta para o futuro

Bruno Spada-Câmara dos Deputados
Bruno Spada-Câmara dos Deputados

Embora inelegível para 2026 devido à idade, Nikolas Ferreira desponta como uma das maiores promessas do conservadorismo. Seu impacto entre jovens cristãos é significativo, e ele tem grande potencial para liderar a direita em eleições futuras.


Análise Crítica

As eleições presidenciais de 2026 apresentam um cenário desafiador para a direita, com Lula no comando da máquina governamental e uma base política consolidada. No entanto, os desgastes econômicos e as polêmicas internas do governo abrem espaço para o avanço de líderes conservadores. A direita precisará apostar em discursos unificadores e éticos, evitando extremismos, para conquistar o eleitorado insatisfeito.

Autor # Gil Campos


A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA) e da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), deflagrou a operação “Periculum in Mora” na terça-feira (17/09), com o objetivo de cumprir mandados de busca, apreensão e internação provisória contra adolescentes envolvidos em uma tentativa de latrocínio contra um motorista de aplicativo.

Segundo as investigações, três adolescentes solicitaram uma corrida de transporte por aplicativo, partindo de Aparecida de Goiânia com destino ao Setor Maysa, em Trindade. Durante o trajeto, em uma área com pouca iluminação, eles teriam atacado o motorista.

Um deles supostamente puxou o freio de mão do carro, enquanto o segundo começou a enforcar a vítima até ela desmaiar. Em seguida, o terceiro envolvido desferiu socos no rosto do motorista e, com a intenção de matá-lo, pegou um pedaço de concreto e o lançou contra sua cabeça. O motorista teria sido então abandonado às margens da Avenida Tiradentes, em Goiânia. Ele sofreu politraumatismo grave, foi hospitalizado por vários dias, precisando ser intubado e sedado.

Além das agressões, os suspeitos teriam roubado pertences da vítima, incluindo cartões de crédito, que foram utilizados logo após o crime em um estabelecimento comercial no Setor Maysa, próximo à residência dos envolvidos.

No dia 16 de agosto, a polícia prendeu temporariamente os dois indivíduos que utilizaram os cartões subtraídos do homem. Conforme a apuração, eles teriam participado também do plano de ocultar o veículo roubado para vendê-lo e dividir o lucro.

Em 17 de setembro, outros dois adolescentes foram localizados e detidos. Eles confessaram o envolvimento no crime e seguem à disposição da Justiça. O terceiro jovem ainda é alvo de busca pelos policiais.

Autor Agatha Castro


Na abordagem, os sargentos teriam obrigado os adolescentes a mostrarem as partes genitais; caso aconteceu em julho de 2024

A 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria de Justiça Militar denunciou os 2 policiais militares que abordaram 4 adolescentes em Ipanema, no Rio de Janeiro, em julho de 2024. Luiz Felipe dos Santos Gomes e Sergio Regattieri Fernandes Marinho foram denunciados pelos crimes de ameaça e constrangimento ilegal.

Os 3 adolescentes negros são filhos de diplomatas do Canadá, Gabão e Burkina Faso. Rhaiana Rondon, mãe de um dos adolescentes, disse que os policiais realizaram abordagem “desproporcional, racial e criminosa”.

Um vídeo divulgado na época mostra os policiais chegando com armas em punho e colocando os adolescentes contra a parede.

De acordo com Rhaiana, os 4 foram deixar um amigo na porta de casa, quando foram abruptamente abordados por PMs “armados com fuzis e pistolas”. Segundo ela, “sem perguntar nada, encostaram os meninos no muro do condomínio.”

Segundo a denúncia, os policiais abordaram as vítimas de forma truculenta. Os jovens entravam em um prédio quando uma viatura da PM parou sobre a calçada e os policiais desceram com armas em punho.

O grupo foi obrigado a encostar na parede para revista. Segundo a denúncia, os adolescentes foram obrigados a exibir as partes genitais durante a abordagem.

A 2ª Promotoria de Tutela Coletiva da Infância e Juventude da Capital e a 3ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude ajuizaram uma ação civil pública de produção antecipada de provas. O processo está sob sigilo.


Com informações da Agência Brasil.



Autor Poder360 ·


Lula sinalizou que quer uma mulher negra à frente do Ministério dos Direitos Humanos; PT pleiteia a vaga e Macaé Evaristo é a favorita de Gleisi

O PT vai sugerir nomes ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o cargo de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania depois da demissão de Silvio Almeida por acusações de assédio sexual na 6ª feira (6.set.2024).

Lula indicou que quer uma mulher negra para o ministério como uma resposta simbólica capaz de frear a crise que assola o Planalto pelas acusações contra o ex-ministro. O Poder360 apurou que, com o perfil escolhido pelo presidente, 3 nomes ganharam força: a socióloga Vilma Reis; a secretária nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho; e a deputada estadual de Minas Gerais Macaé Evaristo (PT). 

Outros nomes também foram aventados nas horas que sucederam à demissão de Almeida, como a advogada Carol Proner, conselheira da Comissão de Ética Pública da Presidência, e de Martvs Chagas, ex-secretário no governo Lula.

Proner, que é mulher de Chico Buarque, afirmou a pessoas próximas que não tinha pretensão de assumir, enquanto o sociólogo perdeu força depois que Lula sinalizou a preferência por uma mulher. 

Integrantes do PT disseram que Macaé Evaristo é a favorita da presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR). A ida da deputada estadual à Esplanada dos Ministérios é um desejo da ala do partido em Minas Gerais, que se sente escanteada no governo. Uma das fiadoras de Macaé é a mineira Gleide Andrade, tesoureira do PT.

O Poder360 apurou que, mesmo com o favoritismo de Macaé, o PT de Minas apresentará mais duas sugestões a Lula: Edilene Lobo e Nilma Lino. 

Lobo foi a 1ª ministra negra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), enquanto Lino foi ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos durante o 2º governo de Dilma Rousseff (PT), de 2015 a 2016. 

O nome de Sheila de Carvalho é bem-visto por integrantes do Planalto. Em dezembro de 2022, a advogada e ativista do movimento antirracista foi nomeada assessora especial do então ministro da Justiça Flávio Dino. Em 1º de fevereiro deste ano, tornou-se secretária de Acesso à Justiça na gestão Lewandowski. 

Vilma Reis também é defensora do movimento negro, bem como das mulheres. Ocupou o cargo de ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia por 2 mandatos, de 2015 a 2019. 



Autor Poder360 ·


Durante evento em Goiânia, o presidente disse brigar contra o feminicídio; Silvio Almeida é acusado de assédio sexual

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 6ª feira (6.set.2024) que as mulheres são referência de dignidade no Brasil. A declaração se dá enquanto o petista decide se demitirá ou não o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, acusado de assédio sexual.

“As mulheres são referência de dignidade nesse país. Por isso que eu sou contra a violência contra a mulher, por isso que eu estou brigando contra o feminicídio porque um homem que levanta a mão para dar um tapa numa mulher não é homem, é um saco de batatas, porque mulher não foi feita para apanhar”, declarou em evento em Goiânia.

Mais cedo, Lula disse que acha não ser possível a continuidade de Almeida no cargo diante das acusações contra ele. Em entrevista, o presidente declarou que quem pratica assédio não pode seguir no governo, mas que ainda conversará com os envolvido para decidir até o fim do dia.

Entretanto, o petista afirmou que quer dar o direito a ampla defesa ao acusado.

“Nós vamos ter que apurar corretamente, mas eu acho que não é possível a continuidade no governo porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso à defesa das mulheres, inclusive dos direitos humanos, com alguém que está sendo acusado de assédio”, disse.

As acusações contra o ministro dos Direitos Humanos foram relatadas de maneira genérica em uma nota da Me Too Brasil. Ele é acusado de ter cometido assédio sexual contra várias pessoas, inclusive a sua colega de Esplanada, a titular da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Almeida repudiou as acusações de assédio sexual contra ele. Em nota, afirmou haver um grupo que quer “apagar e diminuir” sua existência e pediu uma investigação do caso ao Ministério da Justiça, à PGR (Procuradoria Geral da República) e à CGU (Controladoria Geral da União).

Segundo Lula, o assunto deve ser resolvido ainda nesta 6ª feira (6.set) depois de conversas em Brasília com a AGU (Advocacia Geral da União), CGU e com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Além disso, falará com Silvio Almeida e com Anielle Franco.

Lula está em Goiânia e volta para a capital federal no começo da tarde.

ENTENDA

Segundo a Me Too Brasil, a demanda foi enviada pela coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, para confirmação das acusações, e a divulgação do caso se deu a partir do consentimento das vítimas, visto que trabalham com sigilo de informações.

Em nota enviada ao Poder360 (leia abaixo), a entidade afirmou que as mulheres foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico.

A reportagem publicada pelo Metrópoles afirma que o assunto é de conhecimento de vários ministros, assessores do governo e amigos de Anielle Franco.

Segundo apurou este jornal digital, os titulares de alguns ministérios demonstraram estar surpresos com as alegações, mas que, se comprovadas, é insustentável que Silvio Almeida siga na Esplanada de Lula.

O Poder360 procurou a ministra da Igualdade Racial e o ministro dos Direitos Humanos por meio de ligação, mensagens via WhatsApp e e-mail para perguntar se gostariam de se manifestar a respeito das acusações. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

Leia a íntegra da nota de Silvio Almeida: 

“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.

“Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.

“Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro.

“Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso.

“As falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram “denunciação caluniosa”. Tais difamações não encontrarão par com a realidade. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias.

“Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício.”

Leia a íntegra da nota da Me Too Brasil:

“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos. Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentaram dificuldades em obter apoio institucional pra a validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa. 

“Vítimas de violência sexual, especialmente quando os agressores são figuras poderosas ou influentes, frequentemente enfrentam obstáculos para obter apoio e ter suas vozes ouvidas. Devido a isso, o Me Too Brasil desempenha um papel crucial ao oferecer suporte incondicional às vítimas, mesmo que isso envolva enfrentar grandes forças e influências associadas ao poder do acusado.

“A denúncia é o primeiro passo para responsabilizar judicialmente um agressor, demonstrando que ninguém está acima da lei, independentemente de sua posição social, econômica ou política. Denunciar um agressor em posição de poder ajuda a quebrar o ciclo de impunidade que muitas vezes os protege. A denúncia pública expõe comportamentos abusivos que, por vezes, são acobertados por instituições ou redes de influência.

 “Além disso, a exposição de um suposto agressor poderoso pode “encorajar outras vítimas a romperem o silêncio. Em muitos casos, o abuso não ocorre isoladamente, e a denúncia pode abrir caminho para que outras pessoas também busquem justiça.

 “Para o Me Too Brasil, todas as vítimas são tratadas com o mesmo respeito, neutralidade e imparcialidade, com uma abordagem baseada nos traumas das vítimas. Da mesma forma, tratamos os agressores, independentemente de sua posição, seja um trabalhador ou um ministro.” 


Leia mais sobre o caso:



Autor Poder360 ·


O caso de uma menina de 13 anos grávida após ser vítima de estupro e que tem batalhado de todas as maneiras para conseguir um direito já adquirido, o aborto legal, reforça ainda mais a pressão ideológica, de movimentos religiosos e outros para que a lei não seja exercida. Moradora de uma cidade de Goiás, sem apoio em casa, a menina procurou o Conselho Tutelar e pediu ajuda (entenda o caso aqui).

A Justiça local negou o procedimento. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou. Em meio a esse turbilhão, ela tem enfrentado o pai, advogados e uma rede que chegou a ir ao Hospital Estadual da Mulher de Goiás (Hemu), responsável pelo acompanhamento médico da adolescente grávida protestar.

Os protestos contra o aborto de uma menina de 13 anos, estuprada, vêm de grupos religiosos. No entanto, há um contraponto em meio às diferenças de opinião. Mulheres católicas fundaram uma Organização Não Governamental (ONG) para lutar pela laicidade do Estado e implementação de políticas públicas que possa promover a plena cidadania.

O grupo Católicas pelo Direito de Decidir é formado por advogadas, doutoras, sociólogas, mestres em direitos humanos. Ele foi fundado no Dia Internacional da Mulher, em 1993, com a intenção de promover mudanças na sociedade, especialmente nos padrões culturais e religiosos. Em 1994, foi institucionalizado como ONG.

“As religiões são profundamente importantes na história, cultura e imaginário social, portanto influenciam nosso cotidiano, comportamento e decisões. Consideramos que as religiões devem ajudar as pessoas a terem uma vida digna e saudável, e não dificultar sua autonomia e liberdade, especialmente em relação à sexualidade e reprodução”, diz um dos lemas da ONG.

Mesmo pensamento

Com o decorrer dos anos, a ONG passou a acompanhar um número cada vez maior de mulheres católicas que tinham o mesmo pensamento.

“Elas defendiam as pautas que defendemos, mas que não encontravam espaço para refletir e debater sobre gênero e sexualidade, por exemplo, dentro de suas comunidades de fé. O movimento que iniciamos no Brasil acabou crescendo, a ponto de hoje termos uma Rede de Ativistas de Católicas pelo Direito de Decidir, que conta com ativistas católicas em 14 estados do norte ao Sul do país: São Paulo (litoral e interior), Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia, Amazonas, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, relatou ao Metrópoles a presidente da ONG, Maria José Rosado.

Maria José relata que a rede de ativistas é composta por mulheres católicas que estão em paróquias, movimentos sociais, pastorais, sindicatos, coletivos, “contribuindo com os direitos das mulheres a partir da teologia feminista”, diz.

Para ela, temas como a descriminalização e legalização do aborto precisam ser pensados enquanto garantia de um direito humano das mulheres. “Quando vemos religiosos e o Judiciário criando barreiras à garantia de uma lei que tem 84 anos, por questões religiosas, isso reafirma a importância de um Estado verdadeiramente laico”, analisa a presidente da ONG. “A criminalização do aborto está relacionada a um projeto de poder de religiões hegemônicas, o que é um ataque grave à democracia”, acredita.

“Interromper uma gravidez resultante de um estupro ou que coloque em risco a vida da pessoa gestante é garantir o direito à vida e à saúde. Descriminalizar socialmente o aborto é uma tarefa urgente, necessária e que, no caso do Brasil, esbarra no conservadorismo religioso e na crença de uma “vida abstrata”, que não reconhece a gravidade da morte, do estigma e da clandestinidade impostas às mulheres e meninas pela criminalização do aborto”, completou.

Conheça algumas das integrantes da ONG:

Maria José Rosado

Presidente do Católicas pelo Direito de Decidir, Maria José é socióloga e uma das fundadoras da ONG feminista. Ela é doutora pela École des Hautes Études en Sciences Sociales. Professora aposentada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pesquisadora do CNPq.

Em 2021, nomeada pelo estudo AD Scientific Index (Alper-Doger Scientific Index), uma das 10 mil docentes mais influentes das Américas. Em 2005, foi indicada pela Associação Mil Mulheres pela Paz, juntamente com outras 51 brasileiras, para receber coletivamente o prêmio Nobel da Paz.

Seus campos de atuação incluem o cruzamento das questões feministas e de gênero com a religião, as discussões sobre o lugar e o papel das religiões em sociedades modernas e democráticas, e as permanências e transformações do Catolicismo.

“Acreditamos que não há conflito entre as pautas defendidas pelo feminismo e as religiões cristãs. É possível ser feminista e professar uma fé que defenda dignidade, igualdade, justiça e um mundo livre de violências contra meninas e mulheres. Todo o nosso trabalho é fundamentado na teologia feminista, que sustenta que a fé não deve limitar a autonomia e os direitos das pessoas, especialmente das mulheres”, afirma.

Denise Mascarenha

Coordenadora executiva do Católicas, Denise Mascarenha é mestre em Políticas Públicas (UFPI) e Doutora em Sociologia (UFG). Desenvolve pesquisa sobre o estigma do aborto legal no Instituto de Saúde Coletiva (UFBA).

“Eu venho do Catolicismo popular, de uma cidade do interior do Piauí que, assim como tantas outras cidades brasileiras, tem o calendário católico como parte fundamental da sua sociabilidade. No meu estado temos diversos santos e santas populares que não são canonizados pela hierarquia, mas fazem parte do ritual de fé e adoração da população. Então, para mim, questionar a hierarquia e viver o catolicismo que dialogue mais com a minha vida concreta não é nenhuma heresia e nem me deslegitima na minha fé”, ressalta.

No caso da menina de 13 anos, em Goiás, Denise ressalta que a participação do grupo tem se concentrado na mobilização, em conjunto com outras ativistas, para chamar a atenção da sociedade brasileira para esses casos.

Jamile Godoy

Educadora social, Jamile Godoy é integrante da equipe de Católicas pelo Direito de Decidir. Atuante no Movimento de Mulheres Negras na Paraíba, participa também da Frente Paraibana pela Legalização do Aborto. Graduada em Gestão de Recursos Humanos; especialista em Juventude no mundo contemporâneo; estudante de Antropologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

É ainda integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etnografias Urbanas (GUETU/PPGA). Núcleo de Estudos Antropologia Negra (NEAN/PPGA) e Grupo de Pesquisa em Saúde, Sociedade e Cultura (GRUPESSC/PPGA).

Ela relata ser católica, guiada pelos princípios da Pastoral da Juventude e vinda de uma comunidade com uma rica história de mulheres da periferia, que estendiam seus laços familiares e viviam a fé de forma comunitária e radical. Diz ter se encontrado com o Católicas pelo Direito de Decidir ainda na juventude.

“A organização sempre me recebeu de braços abertos, e há muitas meninas e mulheres que, como eu, se reconhecem na força e na responsabilidade de afirmar: sou Católica pelo Direito de Decidir. Compartilho minha história e comungo o Corpo de Cristo, desafiando qualquer discurso moral, misógino, fundamentalista e racista, e subvertendo as lógicas de uma doutrina que não me inclui em suas estruturas. Acredito que as teologias plurais, que me fortalecem e me concedem autonomia sobre meu próprio corpo e minhas decisões, são essenciais”, acredita.

Briga na Justiça

Em 2022, a ONG enfrentou um processo que tinha como objetivo remover a palavra “Católicas” do nome da organização. A alegação era de suposto uso indevido do termo. No entanto, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a associação que moveu a ação contra a ONG não representava a Igreja Católica e, portanto, não tinha legitimidade para impedir o uso da expressão “católicas” no nome da ONG.

“A ação claramente visava nos silenciar e obstruir nosso trabalho, mas a Justiça prevaleceu sobre o fundamentalismo religioso. Acreditamos que essa decisão não foi um acaso, mas sim o resultado de uma estratégia empreendida por organizações fundamentalistas para anular nosso estatuto jurídico e perseguir a voz pública das Católicas pelo Direito de Decidir na região”, disse a presidente da ONG.

Para Maria José, a estratégia era para ocultar a diversidade de pensamentos e vozes dentro da Igreja, “especialmente nas áreas de sexualidade, autonomia reprodutiva e nas questões que afetam nós, mulheres, pois são em nossos corpos e nesses espaços íntimos e sagrados que ocorrem algumas das mais graves violações dos nossos direitos”.

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Goiânia – Duas mulheres, não identificadas, foram baleadas neste sábado (27),  após uma delas se negar a ficar com um PM, em uma boate em Goiânia. As informações são do site metrópoles,

(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

De acordo com a polícia, a corporação foi acionada para atender a ocorrência quando as vítimas já estavam hospitalizadas no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo).

Segundo os relatos, uma das mulheres foi baleada na perna direita e a outra na perna esquerda. Os policiais que atenderam a ocorrência encontraram as vítimas ao chegarem no hospital.

Ainda de acordo com as informações, as vítimas e o policial discutiram na boate, após a discussão, os envolvidos saíram do local em carros diferentes. Em seguida, os veículos se cruzaram em um semáforo próximo do estabelecimento, momento em que o PM disparou contra as mulheres.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito, que não teve o nome divulgado, se apresentou espontaneamente na delegacia e, por ter lesões no rosto por conta da briga, foi encaminhado para fazer um relatório médico.

Os envolvidos na confusão  prestaram depoimentos para a apuração dos fatos.

Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou que instaurou procedimento para apurar todas as circunstâncias em que se deram os fatos. A instituição disse ainda que “em razão da própria natureza investigativa, o caso é mantido sob sigilo”.



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