A Polícia Civil de Goiás, em conjunto com a Guarda Civil Municipal, prendeu em flagrante 13 pessoas acusadas de extorsão na área azul do Setor Campinas, em Goiânia. A ação ocorreu na manhã desta quarta-feira (16/7), sob coordenação da Central Geral de Flagrantes da capital.
Os detidos foram flagrados nas imediações da Praça do Camelódromo e em ruas vizinhas. Segundo o delegado plantonista Humberto Teófilo, os suspeitos estavam “exigindo de motoristas pagamento antecipado para estacionar os veículos em vagas públicas”.
O delegado destacou que os presos simulavam vínculos com órgãos oficiais.
“Os suspeitos simulavam vínculo com o poder público ou empresas responsáveis pelo serviço, o que configura crime de usurpação de função pública na forma qualificada”, explicou Teófilo.
As investigações revelaram que o grupo agia de forma contínua e estruturada há anos. Os flanelinhas se autointitulavam “donos das ruas” e utilizavam intimidação contra motoristas, sobretudo mulheres e idosos, para obter ganhos financeiros.
“Além disso, muitos dos detidos possuem passagens pela polícia e são considerados de alta periculosidade, sendo reincidentes em práticas similares e outras condutas delitivas”, complementou o delegado. A combinação de ameaças e coação direta configurava verdadeiro esquema de extorsão.
Na operação, equipes da GCM deram apoio logístico e realizaram a contenção dos suspeitos em pontos estratégicos. Várias cadernetas de anotações foram apreendidas, contendo registros de valores cobrados e horários de atuação do grupo.
O delegado Humberto Teófilo ressaltou que o combate à ocupação ilegal do espaço público segue como prioridade.
“O espaço urbano é de uso coletivo, e não será permitido que criminosos o transformem em instrumento de extorsão”, afirmou.
Teófilo anunciou que novas ações estão previstas para desarticular possíveis remanescentes da quadrilha. Ele garantiu que a Polícia Civil não tolerará “intimidação de cidadãos ou cobrança indevida por serviços inexistentes”.
Os 13 presos seguem à disposição da Justiça, aguardando audiência de custódia. A continuidade das investigações poderá culminar em novas prisões e na identificação de eventuais envolvidos que ainda atuem nas ruas de Goiânia.
Apreensão de nove máquinas caça-níqueis
Em mais uma ação de combate à exploração ilegal de jogos de azar, a Central Geral de Flagrantes da Polícia Civil apreendeu nove máquinas caça-níqueis durante operação realizada nesta quarta-feira (16/7) na Rua Padre Manoel da Costa, no setor Cidade Jardim.
Além de configurar crime, esse tipo de atividade ilegal serve como fachada para esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção, conforme destacam as investigações.
“Manteremos nossa atuação firme no combate a essas práticas que prejudicam a sociedade e fortalecem organizações criminosas”, declarou o delegado Humberto Teófilo, responsável pela operação.
A apreensão faz parte de uma série de ações que a Polícia Civil tem realizado em diferentes regiões da capital para coibir a exploração de jogos de azar. As máquinas foram encaminhadas para depósito oficial e os responsáveis pelo estabelecimento serão investigados.
Procuradoria apresentou as alegações finais contra o ex-presidente e outros 7 réus do “núcleo crucial” da trama golpista em 2022
A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu na 2ª feira (14.jul.2025) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 7 pessoas. A manifestação foi feita na alegação final da ação penal que investiga o núcleo central na tentativa de golpe de Estado em 2022. Eis a íntegra (PDF – 5,4 MB).
Esta etapa representa a última oportunidade para acusação e defesa apresentarem argumentos baseados nas provas produzidas durante a instrução processual. Os ministros do colegiado analisarão os documentos finais de forma independente.
Segundo o pedido da PGR, Bolsonaro “figura como líder da organização criminosa [..], por ser o principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”.
Ainda de acordo com a denúncia da PGR, o ex-presidente “instrumentalizou o cargo com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022 e minar o livre exercício dos demais poderes constitucionais, especialmente do Poder Judiciário”.
O processo contra o grupo denunciado pela procuradoria começou em fevereiro de 2025, quando a PGR apresentou a denúncia. A 1ª Turma do STF acatou a acusação em março, permitindo a abertura da ação penal. O caso passou pela fase de instrução de abril a junho, com coleta de provas, depoimentos e acareações.
A Procuradoria afirma que Bolsonaro atuou para que a sua “narrativa falaciosa” fosse replicada em canais de comunicação. O ex-presidente teria exercido liderança sobre o movimento golpista, segundo a PGR, “para fins pessoas e ilegais”.
Compõem o núcleo, além de Bolsonaro:
- Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República);
- tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Eles respondem por:
- tentativa de golpe de Estado;
- tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito;
- deterioração de patrimônio tombado;
- dano qualificado; e
- participação em organização criminosa armada.
O prazo para apresentação das alegações finais é de 15 dias para cada parte. A contagem dos prazos se dá de forma sucessiva, e não simultânea. Agora, a defesa de Mauro Cid terá 15 dias para apresentar seus argumentos. Cid se manifestará antes dos demais acusados por ter firmado acordo de colaboração no processo.
As defesas dos outros réus terão prazo conjunto de 15 dias para apresentarem suas alegações. Os prazos processuais continuarão correndo durante o recesso do Judiciário, de 2 a 31 de julho, por causa da presença do general Braga Netto como réu preso no processo.
Depois, o processo estará pronto para julgamento pela 1ª Turma do STF. A data do julgamento será definida para o 2º semestre de 2025. O colegiado analisará a situação de cada acusado individualmente e decidirá por maioria.
Francesa se tornou símbolo depois do julgamento de seus estupradores; será condecorada com a Legião de Honra da França
Símbolo da luta feministas depois do julgamento de seus estupradores, Gisèle Pelicot, de 72 anos, receberá a Ordem Nacional da Legião de Honra, a mais alta condecoração da França. O Diário Oficial francês publicou a informação no domingo (13.jul.2025).
Ela será nomeada ao posto de cavaleiro, o 1º dos 3 graus da condecoração criada em 1802. Ao todo, 589 pessoas foram agraciadas com a honraria. Eis a íntegra (PDF – 215 kB, em francês).
Em setembro de 2024, o caso Pelicot chamou a atenção da mídia internacional. Ela sofreu dezenas de estupros ao longo de 10 anos, cometidos tanto por seu ex-marido Dominique Pelicot, que a sedava para facilitar os abusos, quanto por homens que ele recrutava pela internet.
Dominique recebeu sentença de 20 anos de prisão em dezembro passado e não apresentou recurso. Os outros 50 acusados, com idades de 27 a 74 anos, receberam penas que variam de 3 a 15 anos de reclusão.
O processo judicial não foi público, diferentemente do comum em casos de violência sexual no país europeu. A francesa exigiu que o julgamento fosse aberto para que a “vergonha mudasse de lado” e não recaísse mais sobre as vítimas de estupro.
Em abril de 2025, a revista norte-americana Time já havia reconhecido a importante de Gisèle Pelicot ao incluí-la entre as 100 personalidades mais influentes do ano.
Ministério da Agricultura investiga morte de cavalos por suspeita de ração contaminada
Lidiane 13 de julho de 2025
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) intensificou as investigações sobre a morte de mais de 230 cavalos, supostamente causada por ração contaminada. Em nota divulgada nesta sexta-feira (11/7), a pasta informou que 70 mortes já foram registradas apenas em Goiânia, enquanto outras foram confirmadas em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas e Bahia. A primeira denúncia chegou ao ministério no dia 26 de maio.
Segundo o Mapa, em todas as propriedades investigadas os equinos adoeceram ou morreram após consumir produtos da empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Até agora, 238 mortes foram confirmadas, incluindo 40 na Bahia, 34 em Jarinu (SP), 18 em Uberlândia (MG) e outros casos espalhados por várias cidades. Em Goiânia, 70 casos já foram contabilizados oficialmente. Leia a íntegra da nota do Mapa enviada à imprensa sobre o caso no final desta matéria.
O Mapa confirmou que a última inspeção na empresa havia ocorrido em fevereiro deste ano e que a fiscalização é feita com base em critérios técnicos, riscos e denúncias. Durante a investigação, o ministério encontrou irregularidades na produção, instaurou processo administrativo, lavrou auto de infração e determinou a suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações para equídeos.
Em nota publicada no site, a Nutratta afirmou que “expressa profunda solidariedade a todos os criadores, proprietários, profissionais e apaixonados pelo mundo equestre que estão enfrentando este momento extremamente difícil”. A empresa acrescentou que “optou por agir com máxima responsabilidade e cautela, evitando qualquer tipo de manifestação precipitada” desde os primeiros sinais do problema. Leia a íntegra da nota da empresa no final desta matéria e o espaço do Portal NG segue aberto para manifestações adicionais da empresa sobre o assunto.
Após descobrir a presença de alcalóides pirrolizidínicos, substâncias tóxicas para animais, nas amostras coletadas, a suspensão foi estendida para todas as rações produzidas pela empresa, independentemente da espécie animal a que se destinavam. O Mapa segue acompanhando o caso para apurar responsabilidades e prevenir novos danos ao rebanho nacional.
Nota Nutratta Nutrição Animal Ltda
“Comunicado Oficial à Comunidade Equestre, Clientes e Distribuidores Nutratta
Prezados,
Antes de qualquer consideração técnica ou institucional, a Nutratta deseja expressar, com profunda sinceridade, sua solidariedade a todos os criadores, proprietários, profissionais e apaixonados pelo mundo equestre que estão enfrentando este momento extremamente difícil.
Receber relatos de perdas de animais tão valiosos — não apenas do ponto de vista econômico, mas, sobretudo, afetivo — tem nos tocado de forma intensa e pessoal. Sabemos que, para muitos, esses animais são parte da família, companheiros de vida e trajetória. Sentimos profundamente a dor de cada um, e nos solidarizamos com genuína empatia pelo sofrimento que atravessa todo o setor.
Desde os primeiros sinais de anormalidade, optamos por agir com máxima responsabilidade e cautela, evitando qualquer tipo de manifestação precipitada. Em respeito à gravidade do que está sendo vivenciado, concentramos todos os nossos esforços na apuração técnica rigorosa dos fatos, colaborando de forma integral com os órgãos competentes e reforçando nossos controles internos com o apoio de nosso corpo técnico especializado.
Ressaltamos que o nosso pronunciamento, nesse momento, não se deu por omissão, mas sim por respeito à busca pela verdade – um dos valores inegociáveis da empresa. Preferimos adotar uma postura responsável e conservadora, ao invés de emitir alertas sem fundamentação técnica ou orientações precipitadas diante de um cenário desconhecido, sensível e sem precedentes. Esta postura foi adotada em nome da transparência, da ética e da integridade do processo de apuração.
É importante destacar que a Nutratta detém patente sobre a tecnologia de extrusão de fibras aplicada à nutrição animal, com resultados comprovadamente superiores à média do mercado. Essa tecnologia exclusiva reflete nosso compromisso com a inovação, qualidade e segurança nutricional. Atuamos há mais de 13 anos no mercado de nutrição equina e somos reconhecidos pela seriedade, consistência técnica e pelo respeito às necessidades dos animais e dos profissionais que confiam em nossos produtos. Ao longo dessa trajetória, construímos relações pautadas em responsabilidade, pesquisa e compromisso com a vida.
Esclarecemos que as linhas de nutrição equina e bovina da Nutratta são desenvolvidas de forma totalmente independente, com formulações distintas e protocolos de produção específicos para cada espécie, conforme os mais rigorosos padrões técnicos e sanitários.
Até o momento, não há qualquer evidência de contaminação ou falha nos produtos destinados à bovinocultura. A ração bovina segue sendo utilizada por diversos clientes, sem qualquer intercorrência clínica registrada.
Em relação à linha equina, informamos que a unidade fabril foi interditada preventivamente pelo Ministério da Agricultura na última quarta-feira (04), por meio de termo de suspensão cautelar de fabricação, como parte dos procedimentos de fiscalização em curso. A interdição foi acompanhada pela coleta de diversas amostras de matérias-primas e produtos acabados, além do lacre de um caminhão, encaminhado para realização de análises laboratoriais completas (incluindo testes para monensina, clostridium e micotoxinas). Todas as exigências vêm sendo integralmente atendidas por nossa equipe, que permanece à disposição das autoridades para fornecer todo o suporte necessário à investigação.
Ressaltamos que todas as medidas possíveis já foram adotadas desde os primeiros relatos, com revisão de protocolos, suspensão preventiva de lotes e rastreabilidade completa da cadeia de suprimentos. As amostras das matérias-primas fornecidas por nossos parceiros também foram recolhidas pelo MAPA para análise.
Acreditamos que, com base nas amostras sob responsabilidade dos laboratórios oficiais, será possível alcançar, em breve, uma conclusão clara e embasada. Sabemos que nenhum laudo técnico trará de volta os animais perdidos, mas seguimos comprometidos em buscar, com total transparência, respostas que possam oferecer ao menos alguma forma de justiça e aprendizado diante de tamanha tragédia.
Reiteramos nosso compromisso com a verdade, a ética e o respeito incondicional à vida animal e ao setor equestre brasileiro. A Nutratta permanece à disposição de todos os clientes, distribuidores e profissionais para qualquer esclarecimento necessário, visitas técnicas e acompanhamento de todas as etapas do processo investigativo.
Assim que houver uma posição oficial por parte do MAPA, a primeira comunicação pública será feita diretamente a vocês, com a seriedade e sensibilidade que este momento exige.
Com respeito, dor compartilhada e solidariedade genuína, equipe Nutratta.”
Nota Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)
“O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informa que vem intensificando as ações de investigação relacionadas à morte de equinos associadas ao consumo de rações fabricadas pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda. Desde o recebimento da primeira denúncia, em 26 de maio, por meio da Ouvidoria oficial, o Ministério tem conduzido investigações dos fatos.
Em todas as propriedades investigadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas os equinos que adoeceram ou vieram a óbito consumiram produtos da empresa. Já os animais que não ingeriram as rações permaneceram saudáveis, mesmo quando alojados nos mesmos ambientes. Até o momento, 238 mortes de equídeos foram confirmadas, número que segue em atualização à medida que novas informações são reunidas.
O Mapa também investiga novas informações recebidas sobre mortes de equinos em outras localidades, incluindo: 40 no sudoeste da Bahia, 70 em Goiânia (GO), 34 em Jarinu (SP), 10 em Santo Antônio do Pinhal (SP), 18 em Uberlândia (MG), 8 em Guaranésia (MG), 8 em Jequeri (MG) e 7 em Mariana (MG). Ressalta-se, no entanto, que a apuração desses novos casos tem sido dificultada pela ausência de comunicação formal via Ouvidoria, que é o canal oficial para registro das denúncias.
O estabelecimento havia sido inspecionado pela última vez em fevereiro de 2025, e anteriormente em junho de 2023. As ações de fiscalização seguem critérios técnicos baseados em avaliação de risco, histórico do estabelecimento e denúncias recebidas.
Diante das irregularidades constatadas, o Mapa instaurou processo administrativo fiscalizatório, lavrou auto de infração e determinou a suspensão cautelar da fabricação e comercialização de rações destinadas, inicialmente, a equídeos. Posteriormente, a medida foi estendida para rações de todas as espécies animais, após a detecção de alcaloides pirrolizidínicos (substâncias tóxicas e incompatíveis com a segurança alimentar animal) em amostras coletadas.
A empresa foi notificada a realizar o recolhimento dos lotes afetados, procedimento que segue sob acompanhamento do Ministério. Até o momento, não foi apresentada documentação que comprove a conclusão do recolhimento de todos os lotes afetados, motivo pelo qual permanecem em vigor os alertas às autoridades locais e consumidores.
Recentemente, decisão judicial autorizou parcialmente a retomada da produção e comercialização de rações não destinadas a equídeos. O Mapa já recorreu da decisão, apresentando novas evidências técnicas que reforçam o risco sanitário representado pelos produtos e a necessidade de manutenção das medidas preventivas adotadas.
O Ministério da Agricultura e Pecuária reafirma seu compromisso com a segurança da cadeia produtiva agropecuária nacional e com a saúde animal. Tutores, criadores e médicos veterinários devem formalizar denúncias ou fornecer informações adicionais por meio da Ouvidoria Oficial.”
A Polícia Civil de Goiás prendeu nesta quarta-feira (9/7) em Uruaçu um agente funerário de 42 anos suspeito de liderar uma associação criminosa dedicada a aplicar golpes contra a funerária onde trabalhava e contra clientes dos serviços. A ação foi deflagrada pela Delegacia de Polícia de Uruaçu, com apoio do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic).
Segundo o delegado Sandro Leal, o suspeito usava “as instalações, o nome da empresa para captar interessados” e, em seguida, emitia ordens de serviço falsas “por fora, fora da contabilidade da empresa”. O valor pago pelos clientes, para compra de jazigo, reforma de lápide ou revestimento, era desviado diretamente para a conta particular do investigado ou entregue em espécie.
A investigação apontou a participação de outro agente funerário e de um pedreiro, que realizava serviços até mesmo à noite, em horários atípicos. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 50 mil.
“Formaram, portanto, uma associação criminosa, com estabilidade, destinada a perpetuar esse tipo de crime contra a empresa”, explicou o delegado.
A fraude veio à tona quando “alguns desses clientes foram cobrar a empresa pelos serviços contratados”. Os gestores perceberam que “os serviços estavam sendo feitos por fora e os valores estavam sendo desviados”. Até o momento, dez vítimas já foram identificadas, cinco das quais representaram criminalmente e prestaram depoimento.
Durante o curso do inquérito, o suspeito chegou a ameaçar o gerente da funerária para tentar “coagi-la a retirar a representação e impedir a investigação”. Esse ato de “coação no curso do processo” resultou em sua prisão temporária, decretada para garantir o prosseguimento das apurações sem interferências.

Na operação, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, R$ 6.636 em espécie e uma arma de fogo longa tipo mosquete com duas munições calibre 7.65. O suspeito também foi autuado em flagrante pela posse ilegal da arma.
No inquérito, ele responderá pelos crimes de estelionato, furto qualificado, associação criminosa e coação no curso do processo. A Polícia Civil de Uruaçu convoca outras vítimas a comparecerem à delegacia para registro de ocorrência e representação criminal.
A Polícia Civil de Goiás prendeu nesta quarta-feira (9/7), em Aparecida de Goiânia, um homem suspeito de aplicar diversos golpes por meio de empresas de marketing digital. A ação foi conduzida pela 2ª Delegacia Distrital de Polícia do município, que também cumpriu dois mandados de busca e apreensão.
A investigação começou após a denúncia de uma empresa do setor farmacêutico, que contratou os serviços de uma das empresas do investigado por R$ 32 mil. O contrato previa criação de e-commerce e serviços de marketing digital, mas nada foi entregue, mesmo após oito meses.
Segundo a polícia, o padrão adotado pelo suspeito era “captar clientes com promessas de serviços especializados, receber os valores via cartão de crédito ou PIX e simplesmente não executar qualquer obrigação assumida”.
O prejuízo estimado ultrapassa R$ 100 mil. A investigação apontou que o homem tem passagens anteriores por estelionato em Goiás, Tocantins e Bahia, e utilizava diferentes empresas de fachada para dificultar a identificação.
Durante a operação, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, contratos, registros financeiros e outros documentos que reforçam a suspeita de atuação criminosa interestadual. O investigado está preso e à disposição da Justiça.
A Polícia Civil destacou que segue “empenhada no combate aos crimes contra o patrimônio e fraudes empresariais, garantindo proteção aos empresários e consumidores”.
Internautas e ex-funcionários elogiam operação
A prisão do empresário investigado por golpes com marketing digital repercutiu nas redes sociais. Diversos internautas e ex-funcionários celebraram a ação da Polícia Civil, denunciando práticas irregulares das empresas envolvidas, com sedes em Goiânia.
Nos comentários da postagem da corporação no Instagram, usuários citaram nomes como “Partner Premier Ltda. | Ads, Ads Marketing e Desenvolvimento Ltda. e Parceiro Brasil Desenvolvimento Ltda.” como usados nas fraudes.
“Graças a Deus sou ex-colaboradora da empresa e sim, se passam por uma empresa idônea sendo que na verdade é tudo de fachada”, escreveu uma usuária. “Demorou, mas a conta chegou”, afirmou outro.
Vários relatos apontam que as empresas “se passavam por parceiras do Google”, mas não eram. Um dos comentários ainda questionou a ausência de fiscalização: “O Ministério Público do Trabalho e o sindicato são coniventes. Já teve várias denúncias de trabalhadores lesados… mas nunca fizeram nada”.
Outros depoimentos mencionam “pressão psicológica absurda” contra funcionários, falta de pagamentos de acertos trabalhistas e utilização de múltiplos CNPJs para dificultar a responsabilização legal.
O portal NG tentou contato com a defesa dos envolvidos, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (8/7) mandados de busca e apreensão no gabinete do deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), na Câmara dos Deputados. O parlamentar é investigado por suposto envolvimento em esquema de “fraudes em licitações e desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares no Ceará”. Ele foi o segundo parlamentar mais bem votado no Ceará na eleição de 2022.
Ao todo, a PF cumpriu 15 mandados autorizados pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, nas cidades de Brasília, Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé, Baixio e no Distrito Federal. Além das buscas, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores no montante de R$ 54 milhões.
Segundo a investigação, o grupo criminoso “tinha o núcleo articulado para o envio de verbas públicas de emendas parlamentares a determinados municípios no Ceará e, em troca, parte dos recursos era desviado para pagamentos ilegais”. A apuração indica ainda que os suspeitos “fraudavam procedimentos licitatórios por meio de empresas vinculadas ao grupo” e utilizavam o dinheiro para financiar campanhas eleitorais municipais.
As condutas investigadas envolvem “organização criminosa, captação ilícita de sufrágio, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fim eleitoral”. Também há mandados de prisão temporária e autorização para “acesso aos dados telemáticos de celulares apreendidos” e “compartilhamento integral das provas com a Controladoria-Geral da União (CGU)”.
A operação, chamada Underhand, tramita sob sigilo no STF. Além de Júnior Mano, cinco investigados são alvos das medidas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acompanha o caso, que visa aprofundar a apuração sobre a possível participação de autoridades com foro privilegiado.
Parlamentar diz não ter relação com fatos apurados
Em nota, Júnior Mano afirmou não ter “nenhuma relação com os fatos apurados”. Segundo sua assessoria, o parlamentar “não exerce nenhuma função executiva ou administrativa em prefeituras; não participa de processos licitatórios e nem de comissões de licitação, ordenação de despesas ou fiscalização de contratos administrativos”.
“O parlamentar reafirma sua confiança nas instituições, em especial no Poder Judiciário e na Polícia Judiciária Federal, e reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e o exercício probo da função pública”, declarou a nota. Mano garantiu que, ao fim da investigação, “a verdade dos fatos prevalecerá, com o completo esclarecimento das circunstâncias e o reconhecimento de sua correção de conduta”.
O líder do PSB na Câmara, Pedro Campos, também se manifestou, dizendo esperar que “todos os fatos sejam esclarecidos com a máxima brevidade possível” e que “o devido processo legal seja respeitado, garantindo aos investigados o direito à ampla defesa”.
Se confirmada no cargo, a advogada Vera Lúcia Santana Araújo será a 1ª mulher negra a atuar como ministra titular da Corte Eleitoral
A advogada Vera Lúcia Santana Araújo, atual ministra substituta do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), tem chances de ocupar uma vaga titular na Corte e conta com o apoio da primeira-dama, Janja Lula da Silva. De acordo com O Globo, Araújo já usou seu perfil no Instagram para fazer críticas ao bolsonarismo e a operação Lava Jato.
Integrante do Prerrogativas, coletivo de advogados próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Araújo escreveu em uma postagem em 12 de abril de 2022: “O bolsonarismo estupra crianças indígenas. Lula fortalece a luta dos povos indígenas. Tá aí a diferença”. O Poder360 procurou a publicação, mas ela foi excluída.
Araújo, na época, afirmou que suas críticas não configuravam “ataque nenhum à pessoa do presidente” e que a sua trajetória “é muito maior que uma postagem no Instagram”.
Em 2023, ela também republicou uma imagem produzida pelo Instituto Lula sobre os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. “Venceremos democraticamente, punindo todos e todas!”
Nomeada pelo atual presidente como ministra substituta na Corte Eleitoral em 2023, se confirmada como titular, participará nos julgamentos das eleições presidenciais de 2026, que devem ter Lula como candidato à reeleição.
A advogada já havia sido incluída em uma lista tríplice para a vaga de ministra substituta no TSE em 2022. Porém, aliados do então presidente Jair Bolsonaro (PL) compreenderam que a advogada tinha um discurso de militante nas redes em favor de Lula.
Além das críticas ao bolsonarismo, Araújo também escreveu nas redes sobre a Operação Lava-Jato. Em fevereiro de 2021, ela comentou uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que garantiu à defesa de Lula acesso a mensagens privadas do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (Republicanos-PR) e procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Na ocasião, disse: “É um bom começo do desmascaramento da corja curitibana sob o jugo do miliciano togado”, acompanhando uma imagem com a frase: “O Brasil precisa saber de toda a farsa da Lava-Jato”.
Questionada sobre suas manifestações relacionadas à operação, a ministra afirmou: “O STF anulou todos os processos que envolveram o presidente Lula no âmbito da operação conduzida pela 13ª Vara Federal de Curitiba, ou seja, não há nada que eu possa comentar”.
Atualmente, o TSE conta com duas ministras titulares: Cármen Lúcia, presidente da Corte, e Isabel Gallotti, que deixará o tribunal em novembro de 2025.
Gallotti seria substituída pelo ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), seguindo o critério de rodízio do tribunal.
Um flanelinha foi preso na noite desta sexta-feira (4/7) após se autodenominar “dono” de uma rua em frente a um tradicional pub, localizado no Setor Bueno, em Goiânia. Segundo a polícia, ele cobrava dos frequentadores do estabelecimento, induzindo-os a erro sobre a legalidade do serviço.
“O autuado afirmava ter um convênio com a boate local, mas não apresentou nenhuma comprovação dessa alegação”, disse o delegado plantonista Humberto Teófilo.
Durante a abordagem, o homem tentou justificar as cobranças, alegando autorização dos empresários. No entanto, a polícia constatou que o serviço não tinha respaldo legal.
A equipe policial flagrou o momento em que ele abordava motoristas, cobrando valores indevidos. Com ele, foi encontrado o dinheiro das cobranças fraudulentas.
“Em decorrência dos fatos, o autor foi autuado conforme a Lei 8137/90, que trata de crimes contra as relações de consumo, especificamente no artigo 7º, inciso VII”, disse o delegado, que deixou de arbitrar fiança.
O preso será encaminhado para audiência de custódia, ainda neste sábado.
Em outra operação, a Central Geral de Flagrantes de Goiânia prendeu dois homens no setor Pedro Ludovico suspeitos de vender drogas. O primeiro foi abordado na Rua 1049, onde vendia pedras de crack na porta de sua casa. Ao revistar o imóvel, os policiais encontraram mais entorpecentes, dinheiro e materiais usados no tráfico.
O segundo suspeito foi detido após se passar por entregador de delivery para comercializar maconha.
“Foram apreendidas porções já pesadas e prontas para venda. Em sua casa, havia mais drogas e uma balança digital escondida no guarda-roupa”, relatou o delegado.
Ambos foram autuados pelo artigo 33 da Lei de Drogas (tráfico), crime inafiançável. Eles foram encaminhados à Polícia Penal e terão audiência de custódia neste sábado.
Henrique Gutterres deixa cargo depois de post com falhas ortográficas e uso incorreto do escudo do clube nas redes sociais
Henrique Gutterres, diretor executivo de marketing e comercial da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Vasco, foi demitido do cargo na 5ª feira (3.jul.2025).
A diretoria tomou a decisão depois do executivo fazer uma publicação com erros em rede social, que provocou reação negativa entre torcedores vascaínos.
O desligamento foi confirmado pela diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama depois que a postagem de Gutterres se espalhou rapidamente entre os torcedores. O executivo ocupava a função desde novembro de 2024, totalizando aproximadamente 8 meses no cargo.
A publicação que gerou a controvérsia anunciava “oportunidades de negócio com o Vasco” em busca de novos parceiros comerciais. O post, no entanto, apresentava erros de ortografia, utilizava o escudo incorreto e se referia ao “Clube Vasco da Gama” em vez da nomenclatura oficial “Club de Regatas Vasco da Gama”.
A informação sobre a demissão foi divulgada inicialmente pelo canal do YouTube Expresso 1923, antes do anúncio oficial do clube carioca.
A diretoria do Vasco decidiu pelo desligamento imediato do profissional depois de avaliar que as falhas comprometeram a imagem institucional do clube.
O clube ainda não divulgou quem assumirá o cargo deixado por Gutterres. Também não há informações sobre possível reestruturação no departamento de marketing da SAF vascaína.




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