9 de novembro de 2025
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Em 2023, o procurador-geral da República teve 23 votos a favor e 4 contra na CCJ; neste ano, a oposição espera de 10 a 12 votos para a rejeição da recondução

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, será sabatinado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado na próxima 4ª feira (12.nov.2025) para estender seu comando à frente da PGR por mais 2 anos.

Seu nome deve ser aprovado pela comissão e em seguida pelo plenário da Casa Alta, mas com um placar mais apertado do que em 2023, quando obteve 65 votos favoráveis de senadores e apenas 11 contrários.

Segundo apurou o Poder360, ao menos 10 integrantes da CCJ devem ser contrários à recondução de Gonet. Para a aprovação é necessário que o colegiado registre 50% + 1 dos votos favoráveis (o colegiado tem 27 integrantes).

Já no plenário do Senado o caminho se estreita, mas o resultado deve ser o mesmo de 2023. São necessários 41 votos para a aprovação, no entanto, ao menos 25 congressistas se opõem ao atual chefe do Ministério Público.

O número apurado pelo Poder360 é uma estimativa com base em relatos de líderes e de senadores da oposição. O resultado final pode mudar em razão de abstenções e ausências nas sessões de votação.

O senador Omar Aziz (PSD-AM), relator do processo de recondução de Gonet, leu na última 4ª feira (5.nov) seu parecer durante a sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Disse que Gonet “cumpre todos os requisitos constitucionais e regimentais” para permanecer no comando do MPU.

As motivações para a rejeição a Gonet convergem em sua atuação no oferecimento de denúncia no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e demais atuantes na tentativa de golpe de Estado. Na ocasião, a PGR ofereceu denúncia contra o ex-chefe do Executivo, resultando em uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão.

Senadores da oposição chegaram a pedir o impeachment do procurador-geral na época do julgamento da trama golpista. Segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), todo o processo foi “absurdo”, levando em consideração a delação premiada do ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

“Todo mundo viu aquelas cenas dantescas, quase que de uma tortura psicológica, de coação, do Mauro Cid. Vazou áudio, inclusive, dele falando com alguém próximo que já estava tudo combinado. Era quase como algo encomendado”, disse Girão a jornalistas no Senado.



Autor Poder360 ·