Israel diz que corpo entregue pelo Hamas não é de mãe da família Bibas
Lidiane 21 de fevereiro de 2025
Grupo terrorista devolveu nesta 5ª feira (20.fev) 4 corpos de reféns sequestrados; identidade dos filhos foi confirmada
O governo israelense informou que nenhum dos 4 corpos devolvidos pelo Hamas nesta 5ª feira (20.fev.2025) corresponde a Shiri Bibas, a mãe de origem argentina sequestrada pelo grupo terrorista. A identificação dos corpos de seus filhos, Ariel e Kfir Bibas, de 9 meses e 4 anos de idade, respectivamente, foi confirmada. As informações foram divulgadas pelo porta-voz do Exército de Israel, Avichay Adraee, no Telegram.
“Durante o processo de identificação, foi constatado que o outro corpo entregue não pertence a Sherry Bebas e não corresponde a nenhuma outra pessoa sequestrada”, declarou Avichay Adraee.
O porta-voz acrescentou que as crianças “foram brutalmente assassinados em cativeiro em novembro de 2023 por terroristas palestinos”, e pediu “que Deus tenha misericórdia deles”.
Segundo informações da Reuters, o pai de Kfir e Ariel, Yarden Bibas, foi libertado pelo Hamas em 1º de fevereiro. O grupo extremista afirmou, no final de 2023, que as crianças e a mulher foram assassinadas por bombardeios israelenses nos primeiros meses da guerra na Faixa de Gaza, apesar de as mortes nunca terem sido confirmadas pelas autoridades israelenses.
Yiftach Cohen, residente de Nir Oz, cidade de onde a família Bibas foi sequestrada, disse que os garotos se tornaram um mártir da região. “Shiri e os meninos se tornaram um símbolo. Ainda tenho esperanças de que eles estejam vivos”, disse, antes da entrega dos corpos pelo Hamas.
Mais cedo, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que esta 5ª feira (20.fev) seria “um dia muito difícil para o país, de luto”.
Dr. George Morais propõe que cursos on-line ofertados pelo Estado tenham, obrigatoriamente, tradução em Libras
Lidiane 24 de janeiro de 2025
Tramita na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) o projeto nº 637/25, de autoria do deputado Dr. George Morais (PDT), que propõe a obrigação da disponibilização de interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras) nos cursos on-line fornecidos e/ou subsidiados pelo Estado de Goiás.
O objetivo da matéria é assegurar a inclusão e a acessibilidade das pessoas surdas ou com deficiência auditiva nos cursos on-line oferecidos, pois estima-se que cerca de 10 milhões de brasileiros possuem algum grau de deficiência auditiva, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante desse cenário, o deputado defende que a ausência de recursos de acessibilidade em plataformas educacionais representa uma barreira significativa ao pleno acesso dessas pessoas à educação.
De acordo com a justificativa do projeto, a disponibilização de interpretação em Libras deverá ocorrer na tradução em tempo real durante as transmissões ao vivo dos cursos e por meio de vídeos gravados com interpretação em Libras em conteúdos assíncronos. Além disso, o Estado de Goiás poderá firmar parcerias com instituições especializadas em acessibilidade ou com profissionais habilitados para garantir o cumprimento da lei.
O parlamentar ressalta que ao exigir a interpretação em Libras nos cursos on-line promovidos ou subsidiados pelo Estado, será possível corrigir desigualdades históricas e assegurar que todos tenham acesso igualitário à educação, independentemente de suas condições físicas ou sensoriais. Destaca ainda que a implementação dessa medida está em conformidade com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da igualdade e da inclusão social.
A propositura será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), onde será distribuída a um relator para análise.
Segundo os bombeiros, 5 morreram e mais de 2.000 prédios foram atingidos pelas chamas
Imagens nas redes sociais mostram o antes e depois da cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, após vários incêndios causarem a retirada de pelo menos 130.000 habitantes de suas casas. A cidade tem cerca de 10 milhões de pessoas.
O forte vento que acomete Los Angeles, causado pelo tempo seco, fez com que o fogo se espalhasse rapidamente. Ao menos 5 pessoas morreram. Segundo o portal de notícias Los Angeles Times, mais de 2.000 construções foram afetadas ou destruídas pelas chamas.
A estimativa é de que mais de 1.000 prédios tenham sido destruídos só no bairro de Pacific Palisades, segundo o Departamento de Bombeiros do Condado de Los Angeles.
A região, onde fica o Parque Estadual de Topanga, entre as áreas costeiras de Santa Monica e Malibu, é conhecida por ser habitada por celebridades, como os atores Tom Hanks, Jennifer Aniston e Bradley Cooper.
Entre os famosos que precisaram deixar suas casas estão Ben Affleck, Mark Hamill, Billy Crystal, Eugene Levy e John Goodman. A Calçada da Fama de Los Angeles, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, entrou em alerta amarelo na 4ª feira (8.jan) devido ao incêndio nas montanhas de Hollywood.
Nas redes sociais, internautas compartilham imagens e vídeos da região antes e depois da destruição. O presidente Joe Biden (Partido Democrata) assinou na 4ª feira (8.jan.2025) um decreto reconhecendo haver um desastre de grandes proporções no Estado.
Veja o antes e o depois de Pacific Palisades
Before and after images of the Palisades fire in Los Angeles. pic.twitter.com/cbkOxF5X76
— Creepy (@creepydotorg) January 9, 2025
Same street, before and today in Pacific Palisades.
It truly is unthinkable to go from this quiet, peaceful neighborhood to absolutely nothing. Just a flattened burned out town in just over 24 hours!#CaliforniaWildfires #PacificPalisadesFire #PacificPalisades #LosAngeles pic.twitter.com/mjEYeKu7Dj
— AC (@ACinPhilly) January 8, 2025
😱 ANTES E DEPOIS da Pacific Palisades em Los Angeles após os fortes incêndios. pic.twitter.com/m7nyxXsdJM
— O Cidadão (@ocidadaoo) January 9, 2025
Assustador o que está acontecendo em Los Angeles, Pacific Palisades, não sobrou nada. pic.twitter.com/9Phent6Z5C
— Rodrigo (@IchBin_Rodrigo) January 9, 2025
Senador critica cortes previstos para integrantes das Forças Armadas e afirma acreditar que medidas resultarão em “economia falsa”
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou na 4ª feira (4.dez.2024) acreditar que os cortes que miram os militares resultarão em uma economia menor do que os R$ 2 bilhões previstos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ele cita como exemplo os cortes sobre a “morte ficta”, quando os familiares de militares expulsos continuam recebendo os benefícios.
“O governo quis fazer um pacote de economia, mas que é uma economia falsa. […] A discussão da ‘morte ficta’ não chega a 100 pessoas que recebem esse recurso. A tão propalada economia de R$ 2 bilhões, na minha visão, não vai ocorrer”, afirmou ao Poder360.
O projeto com cortes para os militares ainda não chegou ao Congresso. Mourão, que é general da reserva, já adianta que votará contra.
O senador afirma ainda que o governo tem culpado os militares pelo rombo nas contas públicas.
“[O governo] está querendo colocar os militares como responsáveis pelo deficit quando o deficit é a gastança que o governo vem empreendendo desde o primeiro momento em que começou. É só olhar que a dívida pública estava em 72% do PIB e hoje está em 79%”, disse.
IMPACTO PARA MILITARES
No sábado (30.nov), Lula se reuniu com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e com os comandantes das Forças Armadas para tratar sobre o tema.
A equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad, quer mudar as regras do salário mínimo, de benefícios sociais e da aposentadoria dos militares para poupar R$ 327 bilhões até 2030. Os militares querem detalhes do governo de como as alterações serão implementadas.
Leia abaixo como o governo quer cortar gastos em relação ao grupo:
- Previdência – será fixada a idade mínima em 55 anos. Hoje, não há o piso, só tempo de serviço (35 anos para quem entrou depois da aprovação da Lei nº 13.954, de 2019);
- “morte ficta” – vai acabar. Ocorre hoje quando militares são considerados inaptos para o serviço e são expulsos. São considerados mortos, mas seus familiares mantêm os benefícios, recebendo o salário;
- contribuição para o plano de saúde – serão equalizados os valores cobrados de todos os integrantes das Forças Armadas. Hoje, há quem pague até 3,5% sobre o salário. Mas esse percentual é menor em vários casos;
- transferência de pensão – será extinta. Embora essa transferência tenha acabado em 2001, quem já havia contribuído anteriormente seguiu mantendo o benefício. Para militar que contribuiu, quando há caso de morte, a pensão fica para a viúva. Se a viúva morrer, as filhas recebem. Se uma filha morrer, a outra fica com a parte integral. É isso que se pretende acabar agora.
PACOTE FISCAL
O governo federal detalhou na semana passada o pacote de revisão dos gastos públicos.
As medidas não são imediatas e podem sofrer mudanças, porque ainda precisam da aprovação do Congresso. Só devem começar a valer a partir de 2025. Entenda nesta reportagem o que o time de Lula tentará emplacar.
Leia nesta reportagem mais detalhes das medidas idealizadas pelo governo.
O objetivo central do pacote é equilibrar as contas públicas e cumprir as metas fiscais. O governo quer os gastos iguais às receitas em 2025 (espera-se um deficit zero). Nos anos seguintes, o alvo é terminar com as contas no azul. Na prática, é necessário aumentar a arrecadação e diminuir as despesas. Pouco foi feito pelo lado da 2ª opção, mesmo com o Lula 3 quase na metade.
Leia mais:
Procurador da Assembleia Legislativa lança, em outubro, um livro sobre a formulação de políticas públicas pelo Legislativo
Lidiane 15 de setembro de 2024
O procurador da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) Murilo Teixeira Costa publicou, recentemente, o livro “Instituição de Políticas Públicas por Iniciativa Parlamentar – Limites, Possibilidades e Qualidade”, pela editora Fórum. A obra aborda a amplitude conceitual e operacional das políticas públicas, com foco no posicionamento do Legislativo perante o arcabouço jurídico sobre o tema e tendo sempre em vista os benefícios das ações do Parlamento junto à sociedade.
O lançamento do livro na Casa de Leis está agendado para o dia 8 de outubro, durante a aula inaugural do curso de pós-graduação em Poder Legislativo e Direito Parlamentar promovido pela Escola do Legislativo.
Em conversa com a Agência de Notícias, o procurador da Alego relatou como inspiração para a obra a experiência nos estudos das ciências jurídico-políticas em Portugal, durante seu mestrado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, concluído em 2022.
Na escolha de sua tese, Murilo buscou correlacionar o aprofundamento teórico com suas atividades na Procuradoria da Assembleia Legislativa. O eixo políticas públicas e Parlamento definiu o escopo dos trabalhos.
Dada a amplitude do tema, o enfoque, explica o autor, orbita o questionamento: quais são os limites e as possibilidades de iniciativa parlamentar quando o assunto é instituir políticas públicas? O autor aponta uma percepção extrapolada do protagonismo do Executivo em detrimento da iniciativa parlamentar quanto ao tema.
Políticas públicas
“Ainda há quem acredite que o Parlamento não tem capacidade para instituir políticas públicas. Eu defendo o contrário, uma retomada da respeitabilidade do Legislativo”, argumenta Murilo Costa. Para o autor, a análise de parâmetros constitucionais, jurisprudências do Superior Tribunal Federal (STF) e outros instrumentos legais, desenvolvida ao longo do livro, sustenta esse posicionamento.
Ao comentar a atuação da Alego diante desse cenário, Murilo Costa afirma que a Casa de Leis goiana tem perfil inovador. Como exemplo, ele cita a elaboração da Lei Complementar n° 112/14, que aprimora a compatibilidade orçamentária da Assembleia Legislativa na geração de despesas por iniciativa parlamentar. “É fruto de todo um estudo, um trabalho da Procuradoria da Alego que dá destaque para Goiás até na Europa, e não tem nos outros estados do Brasil”, explica o procurador.
Outra ênfase temática, também discutida ao longo da obra, é o aprimoramento na avaliação das políticas públicas. Para o autor, questões como análise de impactos, monitoramentos e avaliações representam um desafio para o setor público. Goiás se destaca nesse aspecto, ele explica, por já conter uma previsão constitucional de um sistema de avaliação de políticas públicas.
A preocupação com a qualidade formal das políticas públicas é abordada pelo procurador da Alego em outro momento. Murilo afirma que o Parlamento preza por “uma norma que tenha clareza, precisão, objetividade, pois isso está ligado diretamente à segurança jurídica”. Em estudos de casos, o autor discute a percepção europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) quanto ao tema.
A obra discute, como exemplos, uma lei portuguesa sobre eutanásia, declarada inconstitucional, e a lei de abuso de autoridades brasileira, a Lei nº 13.869/19. Dentre os prismas formais da elaboração legislativa, são discutidas questões como utilidade, precisão e utilização de conceitos jurídicos indeterminados.
Segundo o autor, o avanço nas técnicas legislativas é um processo essencial e a Alego vem se posicionando quanto a esse tema. “A Alego vem procurando fortalecer seu papel como formuladora de políticas públicas, em especial para a garantia de direitos fundamentais da população. A Procuradoria busca sempre fornecer condições para que os parlamentares possam formular políticas públicas com qualidade, para tomarem as melhores decisões”, arrematou.
Procurador da Assembleia Legislativa lança, em outubro, um livro sobre a formulação de políticas públicas pelo Legislativo
Lidiane 15 de setembro de 2024
O procurador da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) Murilo Teixeira Costa publicou, recentemente, o livro “Instituição de Políticas Públicas por Iniciativa Parlamentar – Limites, Possibilidades e Qualidade”, pela editora Fórum. A obra aborda a amplitude conceitual e operacional das políticas públicas, com foco no posicionamento do Legislativo perante o arcabouço jurídico sobre o tema e tendo sempre em vista os benefícios das ações do Parlamento junto à sociedade.
O lançamento do livro na Casa de Leis está agendado para o dia 8 de outubro, durante a aula inaugural do curso de pós-graduação em Poder Legislativo e Direito Parlamentar promovido pela Escola do Legislativo.
Em conversa com a Agência de Notícias, o procurador da Alego relatou como inspiração para a obra a experiência nos estudos das ciências jurídico-políticas em Portugal, durante seu mestrado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, concluído em 2022.
Na escolha de sua tese, Murilo buscou correlacionar o aprofundamento teórico com suas atividades na Procuradoria da Assembleia Legislativa. O eixo políticas públicas e Parlamento definiu o escopo dos trabalhos.
Dada a amplitude do tema, o enfoque, explica o autor, orbita o questionamento: quais são os limites e as possibilidades de iniciativa parlamentar quando o assunto é instituir políticas públicas? O autor aponta uma percepção extrapolada do protagonismo do Executivo em detrimento da iniciativa parlamentar quanto ao tema.
Políticas públicas
“Ainda há quem acredite que o Parlamento não tem capacidade para instituir políticas públicas. Eu defendo o contrário, uma retomada da respeitabilidade do Legislativo”, argumenta Murilo Costa. Para o autor, a análise de parâmetros constitucionais, jurisprudências do Superior Tribunal Federal (STF) e outros instrumentos legais, desenvolvida ao longo do livro, sustenta esse posicionamento.
Ao comentar a atuação da Alego diante desse cenário, Murilo Costa afirma que a Casa de Leis goiana tem perfil inovador. Como exemplo, ele cita a elaboração da Lei Complementar n° 112/14, que aprimora a compatibilidade orçamentária da Assembleia Legislativa na geração de despesas por iniciativa parlamentar. “É fruto de todo um estudo, um trabalho da Procuradoria da Alego que dá destaque para Goiás até na Europa, e não tem nos outros estados do Brasil”, explica o procurador.
Outra ênfase temática, também discutida ao longo da obra, é o aprimoramento na avaliação das políticas públicas. Para o autor, questões como análise de impactos, monitoramentos e avaliações representam um desafio para o setor público. Goiás se destaca nesse aspecto, ele explica, por já conter uma previsão constitucional de um sistema de avaliação de políticas públicas.
A preocupação com a qualidade formal das políticas públicas é abordada pelo procurador da Alego em outro momento. Murilo afirma que o Parlamento preza por “uma norma que tenha clareza, precisão, objetividade, pois isso está ligado diretamente à segurança jurídica”. Em estudos de casos, o autor discute a percepção europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) quanto ao tema.
A obra discute, como exemplos, uma lei portuguesa sobre eutanásia, declarada inconstitucional, e a lei de abuso de autoridades brasileira, a Lei nº 13.869/19. Dentre os prismas formais da elaboração legislativa, são discutidas questões como utilidade, precisão e utilização de conceitos jurídicos indeterminados.
Segundo o autor, o avanço nas técnicas legislativas é um processo essencial e a Alego vem se posicionando quanto a esse tema. “A Alego vem procurando fortalecer seu papel como formuladora de políticas públicas, em especial para a garantia de direitos fundamentais da população. A Procuradoria busca sempre fornecer condições para que os parlamentares possam formular políticas públicas com qualidade, para tomarem as melhores decisões”, arrematou.
O caso de uma menina de 13 anos grávida após ser vítima de estupro e que tem batalhado de todas as maneiras para conseguir um direito já adquirido, o aborto legal, reforça ainda mais a pressão ideológica, de movimentos religiosos e outros para que a lei não seja exercida. Moradora de uma cidade de Goiás, sem apoio em casa, a menina procurou o Conselho Tutelar e pediu ajuda (entenda o caso aqui).
A Justiça local negou o procedimento. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou. Em meio a esse turbilhão, ela tem enfrentado o pai, advogados e uma rede que chegou a ir ao Hospital Estadual da Mulher de Goiás (Hemu), responsável pelo acompanhamento médico da adolescente grávida protestar.
Os protestos contra o aborto de uma menina de 13 anos, estuprada, vêm de grupos religiosos. No entanto, há um contraponto em meio às diferenças de opinião. Mulheres católicas fundaram uma Organização Não Governamental (ONG) para lutar pela laicidade do Estado e implementação de políticas públicas que possa promover a plena cidadania.
O grupo Católicas pelo Direito de Decidir é formado por advogadas, doutoras, sociólogas, mestres em direitos humanos. Ele foi fundado no Dia Internacional da Mulher, em 1993, com a intenção de promover mudanças na sociedade, especialmente nos padrões culturais e religiosos. Em 1994, foi institucionalizado como ONG.
“As religiões são profundamente importantes na história, cultura e imaginário social, portanto influenciam nosso cotidiano, comportamento e decisões. Consideramos que as religiões devem ajudar as pessoas a terem uma vida digna e saudável, e não dificultar sua autonomia e liberdade, especialmente em relação à sexualidade e reprodução”, diz um dos lemas da ONG.
Mesmo pensamento
Com o decorrer dos anos, a ONG passou a acompanhar um número cada vez maior de mulheres católicas que tinham o mesmo pensamento.
“Elas defendiam as pautas que defendemos, mas que não encontravam espaço para refletir e debater sobre gênero e sexualidade, por exemplo, dentro de suas comunidades de fé. O movimento que iniciamos no Brasil acabou crescendo, a ponto de hoje termos uma Rede de Ativistas de Católicas pelo Direito de Decidir, que conta com ativistas católicas em 14 estados do norte ao Sul do país: São Paulo (litoral e interior), Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia, Amazonas, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná”, relatou ao Metrópoles a presidente da ONG, Maria José Rosado.
Maria José relata que a rede de ativistas é composta por mulheres católicas que estão em paróquias, movimentos sociais, pastorais, sindicatos, coletivos, “contribuindo com os direitos das mulheres a partir da teologia feminista”, diz.
Para ela, temas como a descriminalização e legalização do aborto precisam ser pensados enquanto garantia de um direito humano das mulheres. “Quando vemos religiosos e o Judiciário criando barreiras à garantia de uma lei que tem 84 anos, por questões religiosas, isso reafirma a importância de um Estado verdadeiramente laico”, analisa a presidente da ONG. “A criminalização do aborto está relacionada a um projeto de poder de religiões hegemônicas, o que é um ataque grave à democracia”, acredita.
“Interromper uma gravidez resultante de um estupro ou que coloque em risco a vida da pessoa gestante é garantir o direito à vida e à saúde. Descriminalizar socialmente o aborto é uma tarefa urgente, necessária e que, no caso do Brasil, esbarra no conservadorismo religioso e na crença de uma “vida abstrata”, que não reconhece a gravidade da morte, do estigma e da clandestinidade impostas às mulheres e meninas pela criminalização do aborto”, completou.
Conheça algumas das integrantes da ONG:
Maria José Rosado
Presidente do Católicas pelo Direito de Decidir, Maria José é socióloga e uma das fundadoras da ONG feminista. Ela é doutora pela École des Hautes Études en Sciences Sociales. Professora aposentada da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pesquisadora do CNPq.
Em 2021, nomeada pelo estudo AD Scientific Index (Alper-Doger Scientific Index), uma das 10 mil docentes mais influentes das Américas. Em 2005, foi indicada pela Associação Mil Mulheres pela Paz, juntamente com outras 51 brasileiras, para receber coletivamente o prêmio Nobel da Paz.
Seus campos de atuação incluem o cruzamento das questões feministas e de gênero com a religião, as discussões sobre o lugar e o papel das religiões em sociedades modernas e democráticas, e as permanências e transformações do Catolicismo.
“Acreditamos que não há conflito entre as pautas defendidas pelo feminismo e as religiões cristãs. É possível ser feminista e professar uma fé que defenda dignidade, igualdade, justiça e um mundo livre de violências contra meninas e mulheres. Todo o nosso trabalho é fundamentado na teologia feminista, que sustenta que a fé não deve limitar a autonomia e os direitos das pessoas, especialmente das mulheres”, afirma.
Denise Mascarenha
Coordenadora executiva do Católicas, Denise Mascarenha é mestre em Políticas Públicas (UFPI) e Doutora em Sociologia (UFG). Desenvolve pesquisa sobre o estigma do aborto legal no Instituto de Saúde Coletiva (UFBA).
“Eu venho do Catolicismo popular, de uma cidade do interior do Piauí que, assim como tantas outras cidades brasileiras, tem o calendário católico como parte fundamental da sua sociabilidade. No meu estado temos diversos santos e santas populares que não são canonizados pela hierarquia, mas fazem parte do ritual de fé e adoração da população. Então, para mim, questionar a hierarquia e viver o catolicismo que dialogue mais com a minha vida concreta não é nenhuma heresia e nem me deslegitima na minha fé”, ressalta.
No caso da menina de 13 anos, em Goiás, Denise ressalta que a participação do grupo tem se concentrado na mobilização, em conjunto com outras ativistas, para chamar a atenção da sociedade brasileira para esses casos.
Jamile Godoy
Educadora social, Jamile Godoy é integrante da equipe de Católicas pelo Direito de Decidir. Atuante no Movimento de Mulheres Negras na Paraíba, participa também da Frente Paraibana pela Legalização do Aborto. Graduada em Gestão de Recursos Humanos; especialista em Juventude no mundo contemporâneo; estudante de Antropologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
É ainda integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etnografias Urbanas (GUETU/PPGA). Núcleo de Estudos Antropologia Negra (NEAN/PPGA) e Grupo de Pesquisa em Saúde, Sociedade e Cultura (GRUPESSC/PPGA).
Ela relata ser católica, guiada pelos princípios da Pastoral da Juventude e vinda de uma comunidade com uma rica história de mulheres da periferia, que estendiam seus laços familiares e viviam a fé de forma comunitária e radical. Diz ter se encontrado com o Católicas pelo Direito de Decidir ainda na juventude.
“A organização sempre me recebeu de braços abertos, e há muitas meninas e mulheres que, como eu, se reconhecem na força e na responsabilidade de afirmar: sou Católica pelo Direito de Decidir. Compartilho minha história e comungo o Corpo de Cristo, desafiando qualquer discurso moral, misógino, fundamentalista e racista, e subvertendo as lógicas de uma doutrina que não me inclui em suas estruturas. Acredito que as teologias plurais, que me fortalecem e me concedem autonomia sobre meu próprio corpo e minhas decisões, são essenciais”, acredita.
Briga na Justiça
Em 2022, a ONG enfrentou um processo que tinha como objetivo remover a palavra “Católicas” do nome da organização. A alegação era de suposto uso indevido do termo. No entanto, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a associação que moveu a ação contra a ONG não representava a Igreja Católica e, portanto, não tinha legitimidade para impedir o uso da expressão “católicas” no nome da ONG.
“A ação claramente visava nos silenciar e obstruir nosso trabalho, mas a Justiça prevaleceu sobre o fundamentalismo religioso. Acreditamos que essa decisão não foi um acaso, mas sim o resultado de uma estratégia empreendida por organizações fundamentalistas para anular nosso estatuto jurídico e perseguir a voz pública das Católicas pelo Direito de Decidir na região”, disse a presidente da ONG.
Para Maria José, a estratégia era para ocultar a diversidade de pensamentos e vozes dentro da Igreja, “especialmente nas áreas de sexualidade, autonomia reprodutiva e nas questões que afetam nós, mulheres, pois são em nossos corpos e nesses espaços íntimos e sagrados que ocorrem algumas das mais graves violações dos nossos direitos”.
Mulher conta que foi espancada pelo companheiro até desmaiar após falar que precisava dormir; vídeo | Goiás
Lidiane 29 de julho de 2024
Mulher conta que foi espancada até desmaiar após falar que precisava dormir
Uma mulher denunciou à Polícia Militar que foi espancada pelo companheiro até desmaiar após falar que precisava dormir, em Goiânia. Um vídeo mostra a vítima machucada em uma unidade de saúde contando a situação para os policiais.
“Ele estava saindo e entrando em casa para buscar droga e eu durmo com remédio controlado. Daí, eu disse para ele: ‘Para de abrir e fechar a porta. Eu preciso dormir’. A partir disso, começaram as agressões”, disse a vítima.
O g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem. Ele foi preso pela Polícia Militar.
O caso é investigado pela Polícia Civil e está com a Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem).
O crime aconteceu no último domingo (28), no Setor Vila Nova. Após as agressões, a mulher procurou atendimento no Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Vila Nova. A equipe da unidade de saúde acionou a Polícia Militar após ver a situação da mulher.
Fotos divulgadas pela polícia mostram os hematomas no corpo dela após o crime. No vídeo, gravado pela Polícia Militar, a vítima conta sobre as agressões enquanto recebia atendimento médico.
À polícia, ela contou que foi agredida com um facão e um rodo, além de socos e chutes. Após falar que precisava dormir, ela contou à polícia que o investigado a empurrou na cama e ela levantou e o empurrou também.
“Depois disso, ele pegou um facão e começou a me bater. Por volta das 6h, ele voltou em casa, me bateu mais e eu desmaiei”, disse a mulher.
No vídeo, a vítima conta ainda que o suspeito agrediu o próprio pai que tentou parar as agressões contra a mulher. “Ele pegou o martelo para bater na minha cabeça e o pai dele apareceu. Ele esmurrou o pai dele e eu tive que entrar para ajudar – o pai”, conta a mulher.
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Corpo de homem morto e esquartejado pelo amigo foi encontrado após patroa da vítima ir até casa e achar saco dentro da geladeira | Goiás
Lidiane 29 de julho de 2024
Jovem confessa que matou amigo e esquartejou corpo
A chefe de um homem de 58 anos foi quem ajudou a polícia a descobrir que ele tinha sido morto e esquartejado por um amigo, em Goiânia. À Polícia Civil, a mulher disse que foi até a casa do funcionário pois estranhou ele não ter ido trabalhar. Lá, encontrou o amigo da vítima e encontrou um saco de lixo preto dentro da geladeira. A situação levou os policiais a revistarem a casa, fazendo com que o amigo da vítima, de 21 anos, confessasse o crime.
“A mulher entrou no imóvel e saiu rapidamente. Depois, conversou com o soldado em particular (longe do amigo da vítima) e disse ter visto um saco plástico preto, de tamanho grande, dentro da geladeira, e achou estranho. O soldado entrou no imóvel e, quando abriu a geladeira, o amigo da vítima tentou fugir. Os policiais contiveram o jovem, que disse: “perdi, eu me entrego”, e disse ainda que tinha matado a vítima, e que o corpo estava embaixo da cama”, narra o documento.
O crime aconteceu na última quarta-feira, 24 de julho, no Setor Jardim Santo Antônio. No dia seguinte, a Justiça decidiu manter preso preventivamente o jovem que confessou o crime. Em nota, a Defensoria Pública do Estado de Goiás informou que representou o jovem durante a audiência de custódia, mas que não vai comentar sobre o caso.
O rapaz disse em depoimento à polícia que conhecia a vítima de serviços que faziam juntos em restaurantes. Ele também contou que a vítima estava ajudando ele a encontrar novos trabalhos e que, por morar longe do novo local indicado pelo amigo, decidiu dormir na casa dele.
O jovem também afirmou à polícia que acredita que a vítima pode “ter compreendido a situação de forma diferente”, já que eles dividiram a cama para dormir. Diz também que a vítima o acordou completamente nu e forçando relações sexuais com ele e, que por isso, agiu para “defender sua honra”.
“Eu matei ele porque tentou abusar de mim. A gente veio aqui na amizade e ele achou que ia acontecer mais coisas. Eu não gosto de homem. Ele tentou me oprimir com uma faca”, disse o jovem aos policiais.
Em depoimento, o rapaz disse que pegou uma faca que estava perto do amigo e deu um golpe no pescoço dele. Segundo o jovem, a vítima chegou a tentar pegar a faca, mas não conseguiu.
“Neste momento desferiu inúmeros socos no rosto da vítima, e somente cessou quando a vítima não esboçou nenhum sinal vital. Que a vítima nesse momento ficou caída no chão, próximo à cama”, detalhou o depoimento.
Após cometer o crime, o jovem planejou esconder os vestígios que pudessem ligá-lo ao crime, limpar o local e “dar um fim” no corpo, conforme o depoimento. Depois, o jovem teria ido a comércios comprar sacolas plásticas e luvas para evitar contato com o sangue e não deixar impressões digitais, de acordo com o relato feito por ele à polícia.
“Utilizou a coberta e o travesseiro para limpar o sangue da vítima que estava pelo local e os colocou na geladeira, para evitar cheiro”, disse aos policiais.
Conforme o jovem, ele já teria feito um curso online de necropsia, onde aprendeu sobre anatomia humana e sabia onde fazer cortes no corpo, caso fosse preciso para preparação de um funeral. Ele contou que usou duas facas de cozinha para o crime, uma de serra e uma de lâmina lisa.
À polícia, o jovem relatou que, com esse conhecimento, esquartejou a vítima em um banheiro, para evitar o cheiro de sangue na casa. Ele falou que só não cortou todo o corpo porque vizinhos passaram a bater na porta procurando pela vítima, conforme descreveu o depoimento.
Segundo o jovem, ele escondeu partes do corpo debaixo da cama em sacos de lixo. Outras partes ele alegou não ter dado tempo de colocar. O depoimento apontou ainda que o jovem não usou nenhum produto de limpeza no local, pois limpou o chão com roupas de cama, que foram escondidas na geladeira.
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Operação cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp em todo país | Goiás
Lidiane 24 de julho de 2024
Uma operação do Ministério Público de Goiás em parceria com a Polícia Militar cumpre mandados contra suspeitos de dar golpes pelo WhatsApp em todo o país. Segundo o órgão, são cumpridos seis mandados de prisão e cinco de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo.
De acordo com o MP, um dos aparelhos utilizados pelos criminosos usou 67 chips de DDDs distintos em menos de 40 dias. A investigação ainda mostrou que um dos envolvidos no esquema chegou a movimentar mais de R$ 3 milhões nos últimos anos.
A investigação foi iniciada pelo Gaeco do Ministério Público de São Paulo, núcleo Bauru, com o objetivo de desarticular a organização criminosa cibernética baseada em Goiás. A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) do MPGO e atuação de 50 agentes públicos, dentre promotores de Justiça, policiais militares e servidores do MPGO.
Ao divulgar o caso, o CyberGaeco, do Ministério Público, alertou para a necessidade de se tomar cuidado com as mídias sociais e com os contatos feitos por números desconhecidos, mesmo que pareçam vir de pessoas conhecidas.
A instituição não informou uma estimativa de quantas pessoas foram vítimas dos golpes, o valor do prejuízo sofrido pelas e os estados em que elas moram.
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