22 de outubro de 2025
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No relatório divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao registros civis, um dado se destaca entre os demais: o recorde de divórcios registrado em Goiás. Com um aumento significativo de 8,6%, o estado testemunhou um total de 420 mil separações, marcando um ponto histórico nas dinâmicas conjugais da região.

Em média, os homens se divorciaram em idades mais avançadas (44 anos) do que as mulheres (41 anos). Os divórcios judiciais concedidos em 1ª instância corresponderam a 81,1% dos divórcios do país. Na análise desse tipo de divórcio segundo o arranjo familiar, a maior proporção das dissoluções ocorreu entre famílias constituídas somente com filhos menores de idade, atingindo 47% em 2022.

Na visão do advogado Santiago Freire, a conquista nos direitos da mulher pode ter afetado a média histórica. “As mulheres estão mais seguras para dizerem não para relacionamentos abusivos e desconfortáveis. As mulheres em décadas passadas que escolheram por divórcio sofreram com muitos julgamentos e discriminação”, 

Ele também observa que, com as redes sociais, há menos “resiliência” nas relações. “Viver um matrimônio envolve uma série de renúncia, tem fases boas e fases difícieis, envolve maturidade. Me parece que sociedade, especialmente nas gerações mais novas, é muito imediatista e ‘abandona’ o barco com mais frequência”, opina.

O advogado apontam, ainda, problemas financeiros enquanto potencializadores do fim da relação. “A dificuldade financeira é com certeza um dos grandes motivos. A pessoa muitas vezes tem que sustentar um lar pela primeira vez e isso pode ser traumático. Mas, pela minha experiência, não é só dinheiro. Resiliência e compreensão me parecem serem atributos essenciais, independente dos problemas”, acrescenta.

Por outro lado

De acordo com o levantamento, que contabiliza dados de 2022, os casamentos heteroafetivos aumentaram em 7% no estado, enquanto os casamentos entre pessoas do mesmo sexo viram um crescimento ainda mais notável, atingindo 27,8%. 

No total, foram registrados 32.539 casamentos civis, com 326 entre pessoas do mesmo sexo no estado. Houve um aumento de 7,1% no total de casamentos em relação a 2021. Na capital, a variação do número de casamentos foi ligeiramente diferente, com um aumento de 5,6% nos casamentos registrados.

O ano de 2022 testemunhou um total de 970 mil casamentos civis em todo o Brasil, representando um aumento de 4% em relação a 2021. Todas as regiões do país viram um crescimento nesse aspecto, com o Sul liderando com um aumento de 9,5%.

Dos casamentos realizados, apenas 1,1% foram entre pessoas do mesmo sexo, mas esse número representou um aumento significativo de 19,8% em comparação com o ano anterior, alcançando o recorde da série histórica desde que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) garantiu esse direito em 2013. A maioria desses casamentos (60,2%) foi entre cônjuges femininos.

A responsável pela pesquisa, Klívia Brayner, destacou que desde 2015 o número de casamentos vinha diminuindo, com uma queda ainda mais acentuada entre 2019 e 2020, devido ao contexto da pandemia e às medidas de distanciamento social. Embora tenha havido um crescimento em 2021 e 2022, o número de registros de casamentos não superou a média dos cinco anos anteriores à pandemia (2015 a 2019).

No que diz respeito à distribuição ao longo do ano, dezembro registrou o maior número de casamentos (101,7 mil), enquanto fevereiro teve a menor quantidade (63,3 mil).



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O número de nascimentos em Goiás chegou ao menor nível em 12 anos, com 88.812 mil nascidos e registrados em 2022. Os dados são de acordo com a divulgação do Registro Civil mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O indicativo já estava em queda no estado desde 2018, quando foram 98.148 registros, seguido por reduções sucessivas. A última vez em que a quantidade de nascidos esteve neste patamar foi em 2010, quando 87.330 bebês goianos vieram ao mundo.

Desde 2009, o número tem crescido ano a ano em Goiás, com o maior pico em 2015, que chegou a 100.035 crianças nascidas. De acordo com o levantamento do IBGE, se comparado a 2021, a redução observada foi de 1,2%. A situação foi vista em 120 dos 246 municípios goianos.

Anápolis não aparece entre as cidades com maior índice de queda nos nascimentos, mas cidades próximas como Aparecida de Goiânia (-7,9), Luziânia (-1,1%), Senador Canedo (-5,4%) e Goiânia (-0,6%) estão na lista dos principais. Rio Verde (-1,5%), no Sudoeste do estado, também está entre os nomes.

O estudo detalha ainda que dos 88.812 mil goianos nascidos em 2022, 51,2% são do sexo masculino, enquanto 48,8% são femininos. Os meses com maiores frequências de nascimentos, também, foram março (9,1%), maio (9,0%) e abril (8,9%) e os menores outubro (7,6%), setembro (7,8%) e fevereiro (7,9%). 

Mudança de perfil

Outro fator que passou por mudanças em Goiás nos últimos 22 anos foi a idade em que as mulheres têm o seu primeiro filho. Em 2000, 58,4% dos nascimentos eram gerados por jovens na faixa etária de 20 a 29 anos. Em 2010 houve uma redução, em contrapartida subiu o número de mães entre 30 a 39 anos em 23,3%.

Já no último levantamento realizado pelo IBGE, em 2022, a participação dos grupos de 20 a 29 anos de idade é de 51,4% dos nascimentos ocorridos e registrados.



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Última atualização 22/03/2024 | 15:11

O Governo de Goiás publicou, no início do mês, decreto instituindo 400 novas vagas de estágio para estudantes de graduação dentro dos órgãos, autarquias e fundações da administração pública estadual. O regulamento prevê 200 novas vagas para alunos matriculados em cursos superiores reconhecidos pelo Ministério da Educação e 200 vagas exclusivas para estudantes vinculados ao Programa Universitário do Bem (ProBem).

A seleção para preenchimento das vagas será conduzida pela Secretaria de Estado da Administração (Sead) por meio de processo seletivo simplificado e deve ocorrer ainda no primeiro semestre. Com a nova lei, o Estado poderá contratar até 1.300 estagiários, 900 vagas já instituídas desde 2019 e 400 novas que devem ser preenchidas ainda este ano. O investimento total no programa será de R$ 17 milhões/ano.

Para o titular da Sead, Sérvulo Nogueira, a iniciativa contribui para a preparação dos estudantes para o mercado de trabalho, e ainda promove formação social e cultural. “Reflete o compromisso do Governo de Goiás com a educação e o desenvolvimento dos jovens. Estamos não apenas oferecendo oportunidades de formação profissional, mas também incentivando o crescimento e a qualificação dos futuros profissionais do estado”, pontua o secretário.

ProBem

O Programa Universitário do Bem (ProBem) integra o Goiás Social e representa a oportunidade de acesso a milhares de jovens, em situação de vulnerabilidade social, a bolsas de estudos integrais e parciais para a primeira graduação em Instituições de ensino superior privadas ou públicas não gratuitas localizadas em Goiás. As bolsas parciais cobrem 50% do valor da mensalidade; as integrais, 100%.

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