Dr. George Morais pleiteia “Intervalo Bíblico” nas escolas públicas e particulares
Lidiane 8 de janeiro de 2025
O deputado Dr. George Morais (PDT) visa, por meio do projeto de lei com o nº 23701/24, a reconhecer a iniciativa voluntária dos estudantes para a realização do “Intervalo Bíblico”, em instituições de ensino públicas e particulares do Estado de Goiás. O objetivo é fomentar a cultura da paz e promover a saúde emocional dos discentes, para fortalecer a convivência pacífica e o desenvolvimento socioemocional. A medida foi encaminhada para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), que nomeou o deputado Cristóvão Tormin (PRD) como seu relator.
O “Intervalo Bíblico” consiste em momentos de reflexão, leitura das Escrituras Sagradas, meditação, oração, entoação de cânticos e compartilhamento de experiências pessoais embasadas em valores bíblicos, conduzidos de forma voluntária pelos próprios estudantes.
O deputado justifica a sua propositura: “A liberdade de religião e de crença é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal em seu art. 5º, incisos VI e VIII. Assim, o Estado deve respeitar e proteger a livre manifestação de crença, desde que esta seja voluntária e não interfira nas atividades educacionais e na convivência entre os estudantes”.
Argumenta ainda o legislador que “o ‘Intervalo Bíblico’ surge como uma resposta às demandas de jovens e famílias que desejam um espaço para fortalecer seus valores éticos e espirituais, promovendo reflexões construtivas e contribuindo para a formação cidadã. Ao reservar um momento durante o intervalo, a iniciativa permite que o ambiente escolar seja utilizado como um local de integração e desenvolvimento pessoal, respeitando as diversidades e escolhas individuais”.
Levantamento a pedido do Ministério do Turismo indica um aumento de 34% em relação ao período de dezembro a fevereiro do último ano
O Ministério do Turismo divulgou que mais de 35% dos brasileiros planejam viajar de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025, segundo pesquisa do Nexus. O levantamento encomendado pelo ministério mostrou que 97% dos entrevistados escolheram uma praia nacional como destino preferencial para aproveitar as férias. Eis a íntegra da pesquisa (PDF – 3 MB, em inglês).
O instituto Nexus realizou o levantamento de 14 a 28 de outubro de 2024, entrevistou 5.542 entrevistas domiciliares com cidadãos com idade a partir de 16 anos nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Na avaliação da pesquisa, a expectativa é que o turismo no período movimente R$ 148,3 bilhões, aumento de 34% em relação ao mesmo período do ano passado.
“O turismo brasileiro vive um momento de quebra de recordes e bons resultados para o setor e a temporada de verão será decisiva para um 2025 ainda melhor”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Segundo o ministro, a pesquisa das tendências de viagens e destinos dos brasileiros contribui para direcionar políticas públicas a lugares mais desejados.
“Os brasileiros seguem valorizando as belezas naturais do país e vão passar mais tempo de férias, além de gastar mais, movimentando a economia dos estados”, disse Sabino.
A pesquisa também divulgou detalhes sobre a duração da viagem, tipo de hospedagem, região de origem dos turistas, renda média das famílias, motivos para não viajar no verão e o ticket médio dos brasileiros para as férias.
A duração média das férias é de 12 dias, segundo o levantamento, com 67% dos entrevistados dizendo que a viagem durará até 10 dias. Os principalis motivos apontados para não viajar durante o verão são a falta de condições financeiras e de tempo.
Anfavea projeta alta de 5,6% nas vendas de veículos em 2025 e comemora crescimento recorde em 2024
Lidiane 13 de dezembro de 2024
Por Gil Campos: Goiânia, 12 de dezembro de 2024 – O setor automobilístico brasileiro celebra um ano de grande expansão e projeta mais um período de crescimento para 2025. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de veículos devem alcançar 2,802 milhões de unidades no próximo ano, o que representa um aumento de 5,6% em relação a 2024. Os dados foram divulgados hoje pela entidade.
2024: um ano de recordes
Este ano foi marcado por números expressivos para o setor, com destaque para o crescimento de 15% nas vendas de veículos em comparação com 2023. O Brasil liderou o crescimento entre os dez principais mercados globais, sustentado pelo maior ciclo de investimentos da história na indústria automobilística, somando R$ 180 bilhões. Além disso, foram criados 100 mil novos empregos diretos e indiretos no setor.
Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, o segundo semestre foi fundamental para o desempenho positivo. “O Brasil foi o que mais cresceu entre os principais mercados do mundo. Esperamos começar o ano nesse ritmo acelerado e fazer de 2025 o último degrau antes da volta ao patamar dos 3 milhões de unidades vendidas”, afirmou.
O segundo semestre também trouxe recordes: em novembro, as vendas diárias alcançaram uma média de 13,3 mil unidades, a maior dos últimos dez anos. O fechamento do ano deve registrar 2,65 milhões de veículos emplacados.
Segmentos em destaque
- Veículos pesados: A comercialização de caminhões teve alta de 15%, enquanto o mercado de ônibus deve encerrar 2024 com crescimento de 8,5%.
- Automóveis e comerciais leves: A expectativa para 2025 é de crescimento de 5,8%, enquanto os pesados devem avançar 2,1%.
Exportações em recuperação
Após um início de ano desafiador, as exportações se recuperaram no segundo semestre. A Argentina liderou a retomada, com alta de 39% nos embarques, seguida pelo Uruguai, com 14% de crescimento. Para 2025, a Anfavea projeta exportações de 428 mil unidades, um aumento de 6,2% em relação a 2024.
Empregos e investimentos A indústria automobilística também impulsionou a geração de empregos em 2024, com a criação de 100 mil postos de trabalho na cadeia produtiva. Para o próximo ano, a estimativa é de 10 mil novas vagas diretas, com foco em pesquisa e desenvolvimento. “Nosso setor é responsável por 1,3 milhão de empregos de alta qualificação, e o atual ciclo de investimentos deve abrir ainda mais oportunidades”, destacou Márcio de Lima Leite.
Análise crítica
Os números apresentados pela Anfavea refletem um momento positivo para a indústria automobilística brasileira, com destaque para a retomada do mercado interno e das exportações. No entanto, o cenário para 2025 dependerá de fatores como estabilidade econômica, incentivos fiscais e manutenção do poder de compra dos consumidores. Além disso, o fortalecimento de investimentos em inovação e sustentabilidade será essencial para garantir competitividade no mercado global.
Governo avalia ajustes nas mudanças do BPC para viabilizar pacote fiscal
Lidiane 12 de dezembro de 2024
Por Gil Campos: Goiânia, 10 de dezembro de 2024 – O governo federal estuda realizar pequenos ajustes nas mudanças propostas para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) a fim de facilitar a aprovação do pacote de corte de gastos no Congresso. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, as alterações não devem comprometer a economia prevista com as medidas.
“A preocupação com o BPC é legítima. Debatemos amplamente no governo, envolvendo diversos ministérios e atores políticos. Chegamos a um consenso que considera as preocupações apresentadas, especialmente pela bancada do PT”, afirmou Durigan, após participar de um encontro com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).
Discussões com o PT
Durigan reuniu-se na última segunda-feira (9) com parlamentares do PT para ouvir os receios da bancada em relação às mudanças propostas no BPC, que endurecem as regras de acesso ao benefício. O partido, embora apoie a taxação de super-ricos, pediu maior debate interno sobre o tema. “Se houver risco de perda de direitos para beneficiários, estamos dispostos a rever os ajustes, mantendo a lógica fiscal intacta”, explicou o secretário.
Entre as questões levantadas, destacam-se críticas ao conceito de família no projeto, que poderia excluir beneficiários devido à inclusão de rendas de filhos que moram fora. “Reconhecemos que há espaço para fraudes, mas é essencial proteger quem de fato tem direito ao benefício”, pontuou Durigan.
Medidas do pacote de corte de gastos
Anunciado em novembro, o pacote de cortes prevê mudanças nos critérios para cálculo da renda familiar e a exclusão de rendas não previstas em lei. Essas medidas podem limitar o acesso ao BPC para pessoas que ultrapassem a renda de um quarto do salário mínimo.
Durigan reforçou a necessidade de o Congresso aprovar o pacote ainda este ano, mas reconheceu os entraves relacionados à liberação de emendas parlamentares. O governo deve editar uma portaria para viabilizar esses pagamentos e publicar um parecer executivo ainda hoje.
Liberação de emendas e articulação no Congresso
Com a decisão do ministro do STF, Flávio Dino, de endurecer as regras para liberação de emendas parlamentares, o governo enfrenta desafios para garantir a aprovação do pacote fiscal. A administração federal anunciou que pretende liberar R$ 6,4 bilhões em emendas para destravar as negociações, com foco na economia de R$ 71,9 bilhões nos próximos dois anos.
Na segunda-feira, antes de passar por uma cirurgia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, para discutir soluções que viabilizem o pacote.
Imposto de renda e previdência militar
Apesar dos atrasos na aprovação das medidas, o governo reafirmou o compromisso de enviar ao Congresso, ainda este ano, o projeto que amplia a isenção do imposto de renda para rendas até R$ 5 mil e cria uma alíquota para salários superiores a R$ 50 mil mensais. Além disso, o projeto que altera as regras para a previdência dos militares deverá ser encaminhado ao Legislativo nesta semana.
Análise crítica
As mudanças propostas no BPC refletem o desafio de equilibrar sustentabilidade fiscal e proteção social. Enquanto o governo busca ajustes para viabilizar o pacote, garantir que os beneficiários mais vulneráveis não sejam prejudicados será crucial para evitar críticas sociais e políticas. A articulação com o Congresso, embora complexa, deve ser transparente para assegurar apoio às medidas.
Governo apresentou 2 projetos; o PLP passou com só 3 votos a mais do que o necessário, enquanto PL teve aval de 267 deputados
Os deputados aprovaram na 4ª feira (4.dez.2024) a urgência (que acelera a análise) de 2 projetos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com propostas para cortar gastos.
O PLP (Projeto de Lei Complementar) teve 260 votos favoráveis –3 a mais do que o necessário para ser aprovado. Foram 98 votos contrários e 2 obstruções. Já o PL (Projeto de Lei) teve 267 “sim” e 156 “não”.
Saiba como votou cada deputado na urgência do PL. Clique nas colunas para ordenar por nome, partido, UF e voto; para abrir em outra aba, clique aqui.
Saiba como votou cada deputado na urgência do PLP. Clique nas colunas para ordenar por nome, partido, UF e voto; para abrir em outra aba, clique aqui.
Agora, as propostas podem ser analisadas diretamente no plenário da Câmara, sem passar por comissões temáticas.
ENTENDA OS PACOTES
Leias os principais pontos de cada projeto apresentado:
- PL: estabelece a limitação do ganho real do salário mínimo aos limites do marco fiscal. Ou seja, será corrigido pela inflação e ganho real entre 0,6% e 2,5%. A atual legislação fala em inflação mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto). O projeto também traz novas regras em programas sociais, para fazer um pente-fino no sistema;
- PLP: autoriza o governo a limitar a utilização de créditos tributários caso haja deficit nas contas públicas. Também permite que a União use o excedente de 8 fundos nacionais.
Há também uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que ainda não foi analisada e será apensada a outro texto para acelerar a tramitação.
- PEC: estabelece um corte gradual no acesso ao abono salarial de 1 salário mínimo por ano.
Inclusão da educação climática nas escolas está na pauta da Comissão de Educação nesta quarta-feira, 4
Lidiane 4 de dezembro de 2024
A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), presidida pela deputada Bia de Lima (PT), se reúne nesta quarta-feira, 4 para deliberar sobre cinco projetos e, ainda, para distribuir quatro matérias que necessitam de aval do colegiado para seguirem tramitando. Uma das propostas a serem apreciadas é de autoria do deputado Amilton Filho (MDB) e busca incluir a temática de educação climática no programa de ensino das escolas do Estado.
De acordo com a propositura, o tema será ministrado como conteúdo transversal multidisciplinar, nas diversas disciplinas que compõem a grade curricular, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal.
A matéria propõe ainda que ficará a cargo da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), após estudo específico, adaptar a implantação da educação climática em “consonância com a realidade de cada unidade educacional e o perfil regional”.
O deputado argumenta, em sua justificativa para a apresentação da proposta, que foi provocado pelo Manifesto Jovens pela Educação Climática – Por uma Educação Climática no Ensino Básico Brasileiro, elaborado a partir da demanda de jovens de 16 a 24 anos, representando oito estados brasileiros; entre eles, Goiás. Ele esclarece também que o projeto de lei foi construído e revisado por jovens ativistas climáticos e educadores no Estado de Goiás, principalmente com a ajuda de dois integrantes dos Líderes da Realidade Climática.
Filho cita ainda a realidade das mudanças climáticas já vividas em todo o mundo. “Falta pouco para chegarmos ao ponto de não retorno, levando os ecossistemas ao colapso e à irreversibilidade de mudanças já presenciadas. Dessa forma, é urgente a ação para mitigar essa problemática. De acordo com o IPCC -Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima-, o único nível tolerável de emissão de gases de efeito estufa é zero, e, se continuarmos emitindo da mesma maneira que hoje, teremos apenas 6 anos para impedir essa tragédia global”.
O projeto, que tramita na Casa com o número 2890, já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, na Comissão de Educação, foi relatado pelo deputado Wagner Camargo Neto (Solidariedade), que também apresentou parecer favorável. Caso o relatório de Neto seja aprovado no colegiado, segue para análise do Plenário. Para virar lei, tem que passar por duas votações na reunião plenária e ser sancionado pelo governador Ronaldo Caiado.
Outro destaque da reunião desta quarta-feira é a matéria, de autoria da deputada Bia de Lima, que propõe instituir, em Goiás, o Programa de Proteção e Assistência aos Professores e Funcionários das Escolas Públicas que sofrem violência física ou psicológica em decorrência do exercício de suas funções.
O projeto de lei pretende garantir a segurança e a integridade de professores e funcionárias que atuam nessas unidades, com a criação de um canal de denúncias anônimas, realização de campanhas de conscientização sobre a importância da proteção e respeito aos profissionais da educação, a criação de uma rede de assistência psicológica e jurídica para profissionais vítimas de violência e a implementação de medidas que auxiliem na segurança das escolas, como a instalação de câmeras de vigilância e a contratação de profissionais de segurança para atuar nos períodos de maior vulnerabilidade.
A parlamentar alega que as estatísticas têm revelado um cenário grave de violência contra professores e funcionários de escolas públicas em Goiás. De acordo com dados do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), somente em 2020, foram registrados mais de 700 casos de violência contra profissionais da educação, sendo que destes 30% foram agressões físicas. Um levantamento do Ministério Público Estadual, feito em 2019, também mostrou que, em 2018, pelo menos 52 profissionais da área foram vítimas de agressão em Goiás.
“Esses dados mostram que a violência contra professores e funcionários de escolas públicas do Estado de Goiás é um problema sério, que precisa ser enfrentado com políticas públicas efetivas de proteção e assistência aos profissionais da educação. É preciso garantir a integridade física e psicológica desses profissionais para que possam desempenhar suas funções com tranquilidade e qualidade, promovendo uma educação de excelência para estudantes goianos”, finaliza Bia de Lima.
Vivian Naves foi a relatora do projeto, protocolado com o número 9679, na Comissão de Educação e apresentou relatório favorável à matéria.
A reunião será realizada na Sala Júlio da Retífica, às 13h30.
A primeira-dama foi acompanhada de 5 assessores aos jogos em Paris; o maior gasto foi com as passagens aéreas
A viagem da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, às Olimpíadas de Paris custou ao menos R$ 236 mil ao governo federal. Ela foi acompanhada por uma comitiva de ao menos 5 assessores que tinham a função de auxiliar e registrar os compromissos da Janja. As informações foram obtidas pela Folha de S.Paulo por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação).
A viagem foi realizada entre os dias 25 e 29 de julho. O maior gasto foi com passagens aéreas, a ida e a volta da comitiva custaram R$ 147.070. Apenas as passagens da primeira-dama custaram R$ 83.616. O gasto com intérpretes foi o 2º maior, de R$ 46.586.
Os custos com segurança não foram informados, pois de acordo com o Palácio do Planalto, estes gastos são reservados e não podem ser divulgados.
Os gastos com alimentação e locomoção da comitiva foram de R$ 41.303. Ou seja, R$ R$ 8.260 por assessor pelo período da viagem. Este valor não contabiliza os gastos por Janja, pois ela não recebe verba federal para estes tipos de despesas.
O menor custo foi o seguro-viagem, com R$ 1.040,52 gastos.
De acordo com o planalto, não houve custos com hospedagem. Pois, a primeira-dama e os servidores ficaram alojados na embaixada do Brasil na capital francesa.
Na 6ª feira (20.set), o TCU (Tribunal de Contas da União) arquivou o requerimento que pedia a investigação dos gastos da Janja e de sua comitiva durante a viagem. Segundo a 1ª Câmara da Corte de Contas, não há “indícios suficientes para a atuação do tribunal no caso”.
Mulheres negras são maioria nas igrejas evangélicas paulistanas, aponta pesquisa Datafolha
Lidiane 21 de julho de 2024
Essa é a cara do crente médio numa cidade onde 71% do segmento frequentam templos de pequeno porte, … [[{“value”:”
(FOLHAPRESS) – As igrejas evangélicas de São Paulo têm em sua base uma maioria de mulheres negras, em famílias com renda de até três salários mínimos. Essa é a cara do crente médio numa cidade onde 71% do segmento frequentam templos de pequeno porte, que comportam até 200 pessoas e se multiplicam pelas periferias.
Um panorama que pouco tem a ver com o imaginário alimentado por quem acompanha a distância a expansão evangélica na cidade. A tentação de associá-la a pastores ricos, quase sempre brancos e donos de impérios religiosos é forte, mas não espelha o retrato traçado por pesquisa Datafolha realizada entre 24 e 28 de junho com 613 moradores da capital paulista que se declaram parte desse ramo cristão.
O levantamento tem margem de erro de quatro pontos percentuais e foi formulado com colaboração dos antropólogos Juliano Spyer, colunista da Folha, e Rodrigo Toniol, a socióloga Christina Vital e o cientista político Vinicius do Valle, todos estudiosos da área.
Estamos falando de uma São Paulo onde uma em cada quatro pessoas é evangélica. Um bloco sobretudo feminino: elas são 58% entre os evangélicos e, segundo o Censo 2022, 53% da população local.
Os evangélicos negros do município, que somam pardos e pretos, são 67% -na média geral estimada pelo Censo, o bloco equivale a 43,5% dos paulistanos.
Quatro em cada dez entrevistados pelo Datafolha disseram frequentar uma igreja evangélica desde que nasceram ou antes dos 12 anos. Podemos chamá-los de evangélicos de berço, uma geração que já cresceu sob os auspícios dessa fé.
Em 55% dos casos, nem o pai nem a mãe tinham por hábito ir à igreja quando o fiel era criança.
Os números sugerem que a maior parte chega às igrejas após se converter, com 46% dizendo que incorporou cultos à rotina depois dos 18 anos. Esse expediente, em geral, passa por um batismo que inclui dizer que aceita Jesus Cristo como salvador.
O fenômeno de trocar uma religião por outra, imperioso no passado, abrandou –58% dizem nunca ter tido outra religião antes. Quando acontece de substituir uma crença, é a Igreja Católica que mais sai perdendo. Dela vêm 38% dos convertidos às fileiras evangélicas. O restante se fragmenta em religiosidades como umbanda, candomblé, espiritismo e budismo.
As megaigrejas que se impõem na cartografia religiosa são exceção. Só 12% costumam ouvir pregações em templos para mais de 500 pessoas. A malha evangélica paulistana é composta sobretudo por espaços que atendem até 200 pessoas, perfil popular nas periferias, onde as igrejinhas de bairro dominam, muitas delas sem um CNPJ próprio. É aquela história de pegar um galpão, colocar algumas cadeiras de plástico, improvisar um púlpito e pregar o Evangelho, sem apego maior a formalização.
Claro que nada impede que uma Universal do Reino de Deus, para tomar de exemplo uma gigante do meio, tenha templos menores nos rincões urbanos, com poucas dezenas de membros.
A assiduidade realça o alto engajamento dos fiéis: 54% vão a cultos mais de uma vez por semana, e 26%, pelo menos uma vez.
São 43% os que dizem pertencer a uma igreja pentecostal, categoria que abrange Assembleia de Deus, Congregação Cristã do Brasil e Deus É Amor. Em seguida, com 22%, estão os adeptos de casas neopentecostais, como Universal e Renascer.
Aqui vale um breve adendo: esse rótulo, forjado pelo sociólogo Ricardo Mariano nos anos 1990 para descrever uma nova onda do pentecostalismo brasileiro, não tem aderência no dia a dia evangélico. É difícil achar um crente que se defina como neopentecostal. Ele provavelmente vai preferir pentecostal.
As igrejas históricas, que incluem batistas e presbiterianas, são 10%.
Já os desigrejados -quem hoje se reconhece evangélico, mas não frequenta uma igreja- respondem por 5% da amostra.
O sonho da família tradicional brasileira própria não alcança todos: 51% dos entrevistados são casados ou amigados, 35%, solteiros, 9%, divorciados, e 6%, viúvos. Quatro em cada dez fiéis têm filhos. Por trás das estatísticas, há fiéis como a produtora de eventos Marcella Santos, 37, e a babá Jaciele Souza, 33.
Marcella louva a Deus desde que se entende por gente. Foi a mãe quem se converteu primeiro, e a família, até então embrenhada num catolicismo com notas espíritas, seguiu junto.
O trânsito religioso engatou após Marcella, ainda um bebê de seis meses, ser desenganada por médicos. “Nasci com uma deformidade que diziam não ter cura, uma perfuração no esôfago. Eu mamava e botava tudo pra fora.”
Deram-lhe pouco tempo de vida. “E eu tô aqui, 37 anos depois, falando com você.” Tudo graças a Deus, acredita ela. Ao receber o diagnóstico, a mãe tratou de buscar socorro em tudo o que é guarida espiritual, da umbanda ao kardecismo, conta Marcella.
Um dia, parou na porta da Comunidade da Graça. O pastor ouviu a súplica materna e pegou a neném no colo. “Foi igual àquela cena do ‘Rei Leão’, em que erguem o Simba. Ele me levantou nos braços dele e pediu para a igreja orar por um milagre de Deus.”
Desde então, as duas encorpam a massa de brasileiros absorvida pelo evangelicalismo. Hoje na igreja Renascer em Cristo e moradora de Itaquera, na zona leste, Marcella exibe no braço uma tatuagem do Leão da Tribo de Judá, que na teologia cristã simboliza Jesus.
A fé evangélica só recentemente imprimiu marcas na vida de Jaciele. A ex-católica já tinha um filho adolescente com nome de anjo bíblico, Gabriel, na Universal de Edir Macedo.
Foi numa igreja bem menor de Paraisópolis (zona sul), a Jesus Cristo da Nossa Bandeira, onde ela se sentiu acolhida. A guinada religiosa começou após o pastor perguntar se Jaciele, que cuida de uma mãe com câncer, sabia o caminho da salvação. Respondeu: com Cristo. Mas ela servia a Cristo? Aceitava-o como único salvador? Agora sim.
Professor de antropologia na UFRJ, Rodrigo Toniol aponta uma sólida transferência da identidade religiosa de pais para filhos evangélicos, algo que já foi mais forte no catolicismo.
Hoje o país tem “católico de IBGE” de sobra -o famoso não praticante. Já as pesquisas têm mostrado que o crente permanece na mesma órbita religiosa, ainda que não necessariamente continue na igreja que ia quando pequeno. “Ele pode ir para outras, tem uma circulação.”
Essa busca por uma fé que se adeque mais a cada pessoa seria uma das chaves para a popularidade evangélica num país que abre espaço até para igreja que promove culto para pets -essa aí, a goiana Fonte da Vida, chegou a receber provocações nas redes como “quem vai pregar é um pastor-alemão?”.
Toniol também julga importante bater na tecla de que o rosto típico nos templos é negro, pobre e feminino. “Acho que vale insistir para a gente chamar atenção de que essa também é a cara do brasileiro médio.”
Leia Também: Mortalidade materna de mulheres pretas é o dobro de brancas e pardas, diz estudo
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Artesã é presa suspeita de dopar marido e jogar soda cáustica nas partes íntimas dele
Lidiane 15 de julho de 2024
Mulher confessou aos policiais que agiu por ciúmes de uma possível traição. Segundo as investigações, a vítima teve queimaduras graves e ficou com sequelas permanentes na região peniana. Medicamento calmante usado para dopar homem durante crime, em Uruaçu
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil prendeu uma artesã, de 56 anos, suspeita de dopar o marido com um calmante e jogar soda cáustica nas partes íntimas dele, em Uruaçu, no norte goiano. A mulher, que não teve o nome divulgado, confessou aos policiais que agiu por ciúmes de uma possível traição.
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O g1 não localizou a defesa da suspeita até a última atualização da reportagem.
O crime aconteceu em 25 de abril deste ano, mas só na manhã desta segunda-feira (15) é que os policiais civis puderam cumprir um mandado de prisão preventiva contra a suspeita. Segundo a polícia, a vítima, de 43 anos, precisou de um tempo para tomar coragem de ir à delegacia registrar ocorrência.
O casal estava junto há 10 anos. O delegado Sandro Leal explicou que, inicialmente, a artesã negou o crime, mas depois de ser presa, confessou ter sedado o marido com um medicamento calmante, tirado as roupas e passado soda cáustica no pênis dele. O produto foi diluído em uma vasilha.
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VINGANÇA: Jovem é suspeito de esfaquear caminhoneiro para vingar a morte do pai que morreu em acidente de trânsito
O intuito da mulher, segundo o delegado, era que o marido não tivesse mais condições de manter relações sexuais com outras pessoas. Ele teve queimaduras graves e ficou com sequelas permanentes na região peniana.
“Ficou com aspecto queimado, com cicatrizes grandes e corrugadas, com limitação de retração do prepúcio”, explicou o delegado.
Para a investigação, o crime chama atenção pela premeditação, dissimulação e intenção da suspeita. Ela foi levada para a Unidade Prisional Regional Feminina de Barro Alto e está à disposição da Justiça.
Segundo o delegado, ele pode responder por lesão corporal gravíssima, com pena de até 13 anos de prisão.
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Artesã presa suspeita de dopar o marido com um calmante e jogar soda cáustica nas partes íntimas dele, em Uruaçu
Divulgação/Polícia Civil
VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Artesã é presa suspeita de dopar marido e jogar soda cáustica nas partes íntimas dele | Goiás
Lidiane 15 de julho de 2024
A Polícia Civil prendeu uma artesã, de 56 anos, suspeita de dopar o marido com um calmante e jogar soda cáustica nas partes íntimas dele, em Uruaçu, no norte goiano. A mulher, que não teve o nome divulgado, confessou aos policiais que agiu por ciúmes de uma possível traição.
O g1 não localizou a defesa da suspeita até a última atualização da reportagem.
O crime aconteceu em 25 de abril deste ano, mas só na manhã desta segunda-feira (15) é que os policiais civis puderam cumprir um mandado de prisão preventiva contra a suspeita. Segundo a polícia, a vítima, de 43 anos, precisou de um tempo para tomar coragem de ir à delegacia registrar ocorrência.
O casal estava junto há 10 anos. O delegado Sandro Leal explicou que, inicialmente, a artesã negou o crime, mas depois de ser presa, confessou ter sedado o marido com um medicamento calmante, tirado as roupas e passado soda cáustica no pênis dele. O produto foi diluído em uma vasilha.
O intuito da mulher, segundo o delegado, era que o marido não tivesse mais condições de manter relações sexuais com outras pessoas. Ele teve queimaduras graves e ficou com sequelas permanentes na região peniana.
“Ficou com aspecto queimado, com cicatrizes grandes e corrugadas, com limitação de retração do prepúcio”, explicou o delegado.
Para a investigação, o crime chama atenção pela premeditação, dissimulação e intenção da suspeita. Ela foi levada para a Unidade Prisional Regional Feminina de Barro Alto e está à disposição da Justiça.
Segundo o delegado, ele pode responder por lesão corporal gravíssima, com pena de até 13 anos de prisão.
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