13 de setembro de 2025
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Em evento em Manaus, o petista afirmou que o ex-presidente sabe que cometeu “burrices” e mandou seu filho para os EUA falar mal do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta 3ª feira (9.set.2025), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é inocente. O STF (Supremo Tribunal Federal) deve concluir o julgamento dele e de mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado nesta semana.

“Esses caras tiveram a pachorra de mandar gente para os EUA para falar mal do Brasil e para condenar o Brasil. Tentando dizer que o pai dele é inocente. O pai dele não é inocente, ele tentou dar um golpe de Estado, estava arquitetando matar o Lula, matar o Alckmin, matar o Alexandre de Moraes”, disse durante um ato em Manaus realizado enquanto Bolsonaro era julgado pelo STF.

Segundo o petista, o Brasil vive um momento delicado, com ameaças dos Estados Unidos incentivadas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“Nós estamos vivendo um momento delicado no Brasil. Você está vendo brasileiro, que foi candidato eleito pelo povo brasileiro, que cometeu as burrices que cometeu, que sabe que cometei, está sendo julgado e que mandou o filho para os EUA pedir para o governo Trump taxar o país”, disse.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse nesta 3ª feira (9.set.2025) que o governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano) não tem “receio de usar força econômica e militar para proteger a liberdade de expressão” no Brasil e ao redor do mundo.

A resposta foi dada depois de ser questionada se o governo considera a imposição de outras sanções ao Brasil diante da possível condenação de Bolsonaro. Leavitt defendeu a liberdade de expressão como uma prioridade do governo norte-americano.

Na 2ª feira (8.set), o subsecretário da Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, afirmou que o governo do presidente Trump continuará tomando medidas contra Moraes, sancionado pela Lei Magnitsky. A publicação do assessor do secretário de Estado Marco Rubio se deu 1 dia depois dos atos em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no 7 de Setembro.

Nesta 3ª feira (9.set), a embaixada dos EUA no Brasil compartilhou as críticas em seu perfil no X (ex-Twitter). Afirmou que a data da Independência do Brasil, comemorada no dia 7 de Setembro, foi um lembrete do “compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores de liberdade e justiça”.



Autor Poder360 ·


Sóstenes afirma que a proposta será pautada por Motta; os 2 se encontram nesta 5ª feira (4.set) para discutir o tema

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse nesta 5ª feira (4.set.2025) que ainda não há uma data para que o projeto que anistia os envolvidos no 8 de Janeiro seja votado na Casa. Assegurou, porém, que a proposta irá a plenário.

A declaração se deu depois de reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Os 2 se encontrarão novamente na 2ª feira (8.set). Sóstenes também deve se reunir com outros líderes partidários para angariar apoio durante a próxima semana.

“Ele me pediu para voltar na 2ª feira e para eu conversar com os demais líderes, especialmente do União Brasil, PSD, Republicanos e do PP. Próxima semana serão sessões remotas e depois ele vai comunicar as decisões dele”, afirmou o líder do PL.

Ainda não há um texto fechado sobre a proposta. A oposição trabalha com 3 versões que incluem, além da anistia, a reversão da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). Sóstenes disse que a oposição não aceitará um projeto que não contemple o ex-presidente.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) já se mostrou contrário a possibilidade. Disse que apresentará um texto alternativo que não seja barrado no STF (Supremo Tribunal Federal) ou considerado inconstitucional.

Sóstenes classificou como “estranha” a declaração de Alcolumbre e afirmou que o papel do presidente da Casa Alta é pautar a proposta, não articular texto.

“Presidente de Câmara e de Senado não têm que falar de texto, deve ser um árbitro. Quem fala de texto é relator e o plenário é soberano para decidir”, afirmou o deputado.

Ainda de acordo com o líder do PL, o relator da proposta na Câmara deve ser de um partido do Centrão, como União Brasil, PP, Republicanos. Segundo ele, os nomes ainda não foram discutidos.

Sóstenes afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve voltar a Brasília para as articulações sobre a anistia na semana seguinte ao julgamento no STF.



Autor Poder360 ·


Líder do União Brasil afirma que não é razoável a ocupação de cargos no governo que a nova federação “não fará parte”

O presidente do União Brasil, ACM Neto (BA), afirmou nesta 3ª feira (19.ago.2025) que a federação União Progressista não terá alinhamento com o governo Lula nem com o PT, e nasce para ser uma alternativa política para 2026.

“Não vejo hipótese de alinhamento com o governo nem de aliança com o PT”, declarou a jornalistas durante evento que oficializou a federação.

ACM disse que a sigla tem o tamanho e peso das lideranças para trazer temperança à política e afastar radicalizações.

“É fundamental não ter cargos no governo para garantir independência e liberdade de crítica”, afirmou o dirigente.

Ele ressaltou que a decisão sobre a saída de filiados da federação que ocupam ministérios ainda deve ser discutida após a homologação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Mas disse que há pressa, já que não seria razoável a ocupação de cargos no governo que o União-PP “certamente não fará parte” em 2026.

“Eu acho que o quanto antes vai ser preciso debater a saída de qualquer quadro pertencente aos partidos da federação do governo. É uma situação que certamente gera desconforto, gera incômodo”, afirmou.

Segundo ACM Neto, o objetivo é construir um projeto político de centro-direita que ofereça uma alternativa nas próximas eleições.

Mas na hora do discurso, ele foi mais brusco: disse que o lado da federação é contra o PT. “E o próximo presidente que não é do PT, sairá daqui hoje”, declarou.

A federação União Progressista reúne União Brasil e PP, controlando 109 deputados, 15 senadores e quatro ministérios no governo federal.

Na Bahia, reduto eleitoral de sua família, ele afirma que o objetivo é construir uma oposição unificada capaz de enfrentar o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Um levantamento recente revelou que, se as eleições fossem hoje, o ex-prefeito de Salvador venceria a disputa pelo governo da Bahia no 1º turno, com 53,5% contra 28,1% do governador.

“Agora, a missão é conversar com outros partidos que fazem oposição ao PT e constituir uma ampla oposição, de preferência uma única”, afirmou.



Autor Poder360 ·


O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse neste domingo (27) que as tarifas aos produtos brasileiros previstas para iniciarem em 1º de agosto não serão adiadas. Os produtos importados do Brasil pelos EUA serão taxados em 50%.

A afirmação foi feita durante entrevista do secretário ao programa Fox News Sunday, conforme reportado pela Agência Brasil.

“Com certeza não haverá mais prorrogações, não haverá mais [período de] carência. As tarifas estão programadas para o dia 1º de agosto. Colocaremos a Alfândega para começar a coletar o dinheiro”, disse.

Lutnick afirmou que o presidente Donald Trump estará aberto a “negociar e conversar com as grandes economias”. Ele, no entanto, ponderou que tais conversas podem esbarrar em dificuldades.

“Obviamente, após 1º de agosto, as pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. Até lá, acho que o presidente vai falar com muitas pessoas. Se elas podem fazê-lo feliz é outra questão”, acrescentou.

Defesa de Bolsonaro e ataque ao Pix

No dia 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que anuncia a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano a partir do dia 1º de agosto.

No documento, Trump diz ter adotado a medida sob a justificativa de que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, estaria sofrendo perseguição política.

Os Estados Unidos também iniciaram uma investigação interna contra práticas comerciais do Brasil que consideram supostamente “desleais”. Entre elas, o Pix.

O governo de Trump também revogou os vistos do ministro Alexandre de Moraes, seus familiares e “aliados na Corte”.

Na última sexta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está aberto a negociar com Trump e disse que o presidente dos Estados Unidos foi induzido a acreditar “em uma mentira”.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviço, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lideram as iniciativas para uma solução diplomática com o país norte-americano. O governo também criou um comitê para discutir as taxações com o setor produtivo brasileiro.

Senadores dos EUA apontam ‘abuso de poder’ de Trump contra Brasil

Na sexta-feira (25/7), um grupo de 11 senadores dos EUA, todos do Partido Democrata, enviou uma carta ao presidente Donald Trump pedindo o fim das tarifas comerciais contra o Brasil. A iniciativa partiu dos senadores Jeanne Shaheen (Nova Hampshire) e Tim Kaine (Virgínia), membros da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

No documento, os parlamentares criticaram a ameaça de novas tarifas, classificando-a como “claro abuso de poder”. Eles argumentaram que os EUA e o Brasil têm disputas comerciais legítimas, mas que a medida proposta pelo governo Trump não visa a negociação, e sim prejudica ambos os lados.

Senadora Jeanne Shaheen conversa com empresário norte-americano sobre o impacto negativo das tarifas anunciadas por Donald Trump // Foto: rede social

Segundo os senadores, as tarifas elevariam custos para famílias e empresas americanas. O texto destacou que os EUA importam mais de US$ 40 bilhões anuais do Brasil, incluindo cerca de US$ 2 bilhões em café, e que o comércio bilateral sustenta quase 130 mil empregos nos Estados Unidos. Além disso, alertaram que o Brasil pode retaliar, aumentando ainda mais os impostos sobre produtos americanos.

A carta também mencionou a influência chinesa na América Latina, argumentando que uma guerra comercial afastaria o Brasil dos EUA e o aproximaria da China. O documento citou investimentos chineses no país, como projetos portuários e um memorando para estudo de uma ferrovia transcontinental assinado pela China State Railway.

Os senadores concluíram que a medida de Trump beneficiaria a China em detrimento dos interesses econômicos e estratégicos dos Estados Unidos. (Com informações da Agência Brasil)



Autor Manoel Messias Rodrigues


Em vídeo publicado neste domingo (20.jul), deputado afirma que STF viu “golpe EAD” de Bolsonaro e que Moraes tem “superpoderes”

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) disse neste domingo (20.jul.2025) que o Brasil não vive uma democracia. Em vídeo publicado em suas redes sociais, o congressista responsabilizou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por “desbalancear” o sistema de governo do país.

A declaração foi feita depois de o deputado ser cobrado por aliados de Jair Bolsonaro (PL) a se manifestar sobre as decisões recentes do ministro.

Aliados queriam que Nikolas se pronunciasse sobre a decisão de Moraes que determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro e o proibiu de usar redes sociais, manter contato com diplomatas estrangeiros e se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.

Ao comentar a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, Nikolas sugeriu que Bolsonaro está sendo acusado de “tentar dar um golpe dos Estados Unidos em EAD”, em referência ao fato de que o ex-presidente estava fora do Brasil durante os atos de 8 de janeiro de 2023.

O congressista comparou as medidas cautelares impostas por Moraes na 6ª feira (18.jul) a outros crimes. Disse que as obrigações determinadas pelo ministro são desproporcionais.

“Alguém que roubou o INSS que foram bilhões está usando tornozeleira eletrônica? Você já viu algum traficante, estuprador, alguém aí que roubou bilhões nas estatais ficando impossibilitado de conversar com seu próprio filho?”, questionou.

Assista ao vídeo (14min18s):

Nikolas também associou as medidas cautelares impostas a Bolsonaro à relação com Donald Trump, lembrando que a decisão de Moraes veio um dia depois de o ex-presidente norte-americano enviar uma carta de apoio ao aliado brasileiro.

O deputado também criticou a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas comerciais.

“O Brasil está dando um exemplo de como não ser diplomático, porque não sei se você sabe, mas os EUA não são uma economia que você pode falar: ‘Ah, quer saber? Não quero ver você’. Antes da campanha, o Lula falava que com uma cerveja e uma conversa de bar resolveria uma guerra, e agora não está conseguindo resolver uma questão de tarifa”, declarou.

Nikolas também citou o caso do IOF. Disse que o episódio já havia demonstrado que Moraes teria “superpoderes” e extrapolado suas competências ao manter o decreto que aumentou as alíquotas do imposto.

Ao criticar a decisão do ministro –que representou uma derrota ao Legislativo–, o deputado afirmou que “em uma democracia normal”, o Senado poderia aplicar “pesos e contrapesos” ao STF, o que impediria que a Corte “fosse política”.



Autor Poder360 ·


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17/7) que “não é um gringo que vai dar ordem a um presidente da República”, em referência ao presidente dos Estados Unidos, Donal Trump. A declaração foi feita durante participação no 60º Congresso da UNE [União Nacional dos Estudantes], em Goiânia.

Em discurso aos estudantes, Lula criticou as retaliações anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, que ameaça impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

O mandatário brasileiro também anunciou que o Brasil “vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais”, referindo-se às big techs dos Estados Unidos.

Lula lembrou que, em 9 de abril, Trump enviou carta anunciando o “tarifaço” e citando o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para responder, o Brasil regulamentou esta semana a Lei de Reciprocidade Econômica.

“Dia 16 de maio, a gente mandou uma carta para a equipe dos Estados Unidos, uma carta com as coisas que nós achávamos que poderia ser feito acordo. Não recebemos nenhuma resposta”, reclamou o presidente.

Ele explicou que, em vez de diálogo, só houve publicações em jornais e redes sociais.

“A resposta que nós recebemos foi a matéria publicada no jornal, no e-mail dele, no zap dele, no portal dele, porque ele não se dignou nem sequer a mandar uma carta”, reclamou.

Problemas internos são dos brasileiros’

Ao abordar as plataformas digitais, Lula afirmou que “não aceitamos que, em nome da liberdade de expressão, você fique utilizando [as redes] para fazer agressão, para fazer mentira, para [estimular] ódio entre as crianças, violência contra as mulheres, contra os negros, contra LGBTQIA+”.

Ele citou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que determinou a responsabilização direta das empresas por conteúdos criminosos postados por usuários.

Para ilustrar sua reação às ameaças de Trump, Lula comparou-se a um jogador de truco: “Quando o cara truca, a gente tem que escolher: eu corro ou eu grito ‘seis’ na orelha dele. Então, eu estou jogando”.

O presidente reforçou que o Brasil “gosta de negociação, respeita o diálogo. Mas não aceitará que ninguém se meta nos nossos problemas internos, que é dos brasileiros”.

Sobre sua trajetória, lembrou suas origens humildes: “Um cara que nasceu em Caetés, chegou em São Paulo com sete anos de idade, comeu pão pela primeira vez com sete anos… não é um gringo que vai dar ordem a esse presidente da República”.

Durante o evento, em que Lula estava acompanhado de diversos ministros, foi lida carta de reivindicações da UNE, Ubes e ANPG, que alertou para “a nova escalada da ofensiva do Império sobre o nosso país” e afirmou que “para vencer a extrema-direita das fake news, da concentração de renda, da destruição, precisamos retomar o papel do Estado”.

Presidente sanciona lei que beneficia estudantes

Lula ainda convocou os estudantes a “politizar a sociedade brasileira” e ensinar a população a “distinguir a mentira da verdade”.

“A juventude é muito vulnerável à chamada máquina das empresas digitais”, disse, “e é importante que ela consiga aprender a distinguir a mentira da verdade.”

Ainda no congresso, o presidente sancionou a lei que amplia repasses do Fundo Social para políticas assistenciais a estudantes da rede pública de ensino superior e profissional.

Antes de subir ao palco, Lula se encontrou com sobreviventes de acidente com ônibus de estudantes da Universidade Federal do Pará na BR-153, em Goiás. Cinco pessoas morreram, sendo três estudantes que vinham para o Congresso. Ele determinou apoio da Força Nacional do SUS e ofereceu transporte para que os estudantes paraenses retornem a Belém em segurança.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Presidente afirmou que há interesse do Brics em criar uma moeda alternativa à norte-americana no comércio internacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 5ª feira (10.jul.2025) não ser obrigado a comprar dólar para negociar com outros países do Brics. Ele voltou a afirmar que há o interesse do bloco em criar uma moeda alternativa à norte-americana no comércio internacional.

A declaração se deu depois do presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que irá impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros. Um dos motivos que pode ter endossado a decisão foi a possibilidade estudada pelo Brics de desdolarizar as negociações entre os integrantes.

Na 3ª feira (8.jul), Trump ameaçou taxar os países do bloco em 10%.

“A carta dele não é mais dura do que algumas coisas que ele já tinha falado. Ele chegou a dizer outro dia que, se criar uma moeda, ele vai punir os países. Nós temos interesse, é verdade, em criar uma moeda para fazer comércio com os países. Eu não sou obrigador a comprar dólar para fazer comércio com a Venezuela, com a Bolívia, com o Chile”, disse Lula, em entrevista à Record.

Em tom irônico, Lula afirmou que o norte-americano ficou preocupado com a reunião do Brics e que poderia convidá-lo para participar do bloco, caso ele quisesse.

“Possivelmente, o Trump deve ter ficado preocupado com a reunião do Brics. E é engraçado, porque como ele não estava na reunião do G7, nós fomos três países para o G7: Índia, Brasil e África do Sul, e ainda estava o México e Coreia. No G20, os Brics têm 10 países que participam do G20. Qualquer dia eu vou chamar ele para participar dos Brics”, disse.



Autor Poder360 ·


Reunião entre governo e cúpula do Congresso na noite de 3ª feira foi para “retomar diálogo”, mas encontro foi inconclusivo sobre como resolver o impasse

Representantes da cúpula do Congresso e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram na noite de 3ª feira (8.jul.2025). A ideia foi retomar o diálogo entre as duas partes a respeito do impasse da suspensão da alíquotas mais altas para o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O encontro foi inconclusivo, mas uma divergência foi enfatizada:

  • governo – o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que fará todos os esforços para convencer o Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade da cobrança do IOF com alíquotas maiores;
  • Congresso – o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que cedeu a residência oficial que ocupa para o encontro, voltou a dizer que dificilmente um novo imposto ou elevação de alíquotas de taxas atuais seriam bem recebidas dentro do Legislativo. Disse que o governo precisa buscar formas de cortar gastos.

Participaram do encontro:

  • Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado;
  • Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara;
  • Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda;
  • Gleisi Hoffmann (PT-PR), ministra das Relações Institucionais;
  • Jorge Messias, ministro da AGU (Advocacia Geral da União);
  • Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do Governo no Congresso;
  • Jaques Wagner (PT-BA), líder do Governo no Senado;
  • José Guimarães (PT-CE), líder do PT na Câmara.

Na 4ª feira (9.jul.2025), Hugo Motta e Davi Alcolumbre vão conversar com os principais líderes partidários na Câmara e no Senado para dizer como foi o clima do encontro. Não há nada conclusivo ainda que possa ensejar algum tipo de acordo.

O governo resolveu aumentar o IOF para fechar as contas de 2025. O Congresso derrubou em 27 de junho de 2025 o decreto presidencial com uma votação expressiva na Câmara e por aprovação simbólica (sem registro de votos) no Senado. O governo foi ao Supremo Tribunal Federal para tentar anular a decisão de deputados e senadores. Partidos de oposição também entraram no STF para manter a derrubada do IOF.

Em 4 de julho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender os efeitos do decreto presidencial do IOF e também a votação do Congresso que derrubava o aumento desse imposto. Na prática, o despacho de Moraes foi ruim para o governo. O IOF com alíquotas maiores, como desejava Fernando Haddad, continuou sem ser cobrado.

Para ter uma ideia de como a medida reduz a arrecadação do governo basta ver os dados de junho: houve uma coleta de R$ 8 bilhões de IOF. Esse valor é o maior já registrado para 1 único mês desde 2005. Agora, no mês de julho, a taxa já voltou a ser cobrada com os percentuais anteriores. Isso deve frustrar das receitas federais em cerca de R$ 2 bilhões.

“Foi uma reunião para retomar o diálogo. Não adiantamos nada. Amanhã vou relatar aos líderes um pouco dessa disposição de conversar e dizer que estamos à disposição para ter um diálogo e que sabemos das dificuldades do governo para arrecadar. Mas estamos sempre mais propensos a ir pelo caminho de corte de despesas, e não para o aumento de impostos”, disse Hugo Motta ao Poder360.

Durante o encontro, os representantes do governo falaram que eram contra a campanha de críticas nas redes sociais que tem como alvo o Congresso e Hugo Motta. O presidente da Câmara disse entender, mas que esse tipo de estímulo é ruim quando se deseja o diálogo.

O governo tem repetido que não endossa as críticas a Motta e ao Congresso. Gleisi Hoffmann foi uma das primeiras a falar que discordava desse tipo de estratégia. Ocorre que na cúpula do Legislativo o entendimento é que o Planalto e o PT, de maneira velada, liberaram suas militâncias para dar prosseguimento à campanha.



Autor Poder360 ·


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Brasil de promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em publicação na rede social Truth Social nesta segunda-feira (7/7), ele defendeu Bolsonaro, afirmando que o político brasileiro está sendo perseguido politicamente. “Deixem Bolsonaro em paz!”, escreveu Trump.

Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rejeitou qualquer interferência externa.

“Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja”, declarou Lula em nota oficial. O presidente reforçou que “ninguém está acima da lei”, em referência ao processo contra Bolsonaro no STF.

Trump comparou a situação de Bolsonaro à sua própria experiência, dizendo que ambos são vítimas de perseguição política.

“Isso não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político – algo que eu sei muito sobre. Aconteceu comigo, vezes 10”, afirmou. Ele ainda elogiou Bolsonaro como um “líder forte” que “amava seu país”.

Lula respondeu a Trump também durante coletiva no encontro do Brics, no Rio de Janeiro: “Esse país tem lei, tem regra e tem um dono chamado povo brasileiro. Portanto, dê palpite na sua vida e não na nossa”, disse.

Bolsonaro agradeceu publicamente o apoio do presidente americano. Em resposta, Bolsonaro afirmou:

“Recebi com alegria a nota do Presidente Trump. Este processo é uma aberração jurídica e perseguição política, já percebida por todos de bom senso. Trump passou por algo semelhante e venceu. Sua luta por paz e liberdade ecoa no mundo. Obrigado por nos dar exemplo de fé e resiliência”, escreveu em rede social.

Condenação e TSE e processo no STF

O ex-presidente Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Ele é acusado de crimes como organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. Se condenado, pode enfrentar até 39 anos de prisão.

No entanto, ele está inelegível por decisão do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que em junho de 2023 declarou a inelegibilidade do ex-presidente por oito anos, contados a partir das Eleições 2022.

Na condenação, por maioria de votos (5 a 2), ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho de 2022. Walter Braga Netto, que compôs a chapa de Bolsonaro à reeleição, foi excluído da sanção, uma vez que não ficou demonstrada sua responsabilidade na conduta. Nesse ponto, a decisão foi unânime.

Contexto político e ações de Eduardo Bolsonaro

A defesa de Trump ocorre meses após Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, se mudar para os EUA para pressionar por anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O STF abriu inquérito contra Eduardo por tentativa de obstrução da Justiça. Ele rebateu: “Moraes, Lula e o PT não defendem a democracia. Eles defendem só os próprios interesses”.

O secretário de Estado americano Marco Rubio chegou a ameaçar Moraes com sanções pela Lei Magnitsky, mas nada foi aplicado até agora.

Enquanto isso, Bolsonaro segue inelegível até 2030 por decisão do TSE, mas aparece em empate técnico com Lula em pesquisas eleitorais. Trump insiste que “o único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelos eleitores do Brasil”.



Autor Manoel Messias Rodrigues