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30 de julho de 2025
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  • 20:41 Clécio Alves denuncia condições precárias em lixão de Caldas Novas, durante diligência da frente parlamentar
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  • 13:12 plano sobre tarifa inclui proteção a empresas e empregos


O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse neste domingo (27) que as tarifas aos produtos brasileiros previstas para iniciarem em 1º de agosto não serão adiadas. Os produtos importados do Brasil pelos EUA serão taxados em 50%.

A afirmação foi feita durante entrevista do secretário ao programa Fox News Sunday, conforme reportado pela Agência Brasil.

“Com certeza não haverá mais prorrogações, não haverá mais [período de] carência. As tarifas estão programadas para o dia 1º de agosto. Colocaremos a Alfândega para começar a coletar o dinheiro”, disse.

Lutnick afirmou que o presidente Donald Trump estará aberto a “negociar e conversar com as grandes economias”. Ele, no entanto, ponderou que tais conversas podem esbarrar em dificuldades.

“Obviamente, após 1º de agosto, as pessoas ainda poderão falar com o presidente Trump. Ele está sempre disposto a ouvir. Até lá, acho que o presidente vai falar com muitas pessoas. Se elas podem fazê-lo feliz é outra questão”, acrescentou.

Defesa de Bolsonaro e ataque ao Pix

No dia 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que anuncia a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano a partir do dia 1º de agosto.

No documento, Trump diz ter adotado a medida sob a justificativa de que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, estaria sofrendo perseguição política.

Os Estados Unidos também iniciaram uma investigação interna contra práticas comerciais do Brasil que consideram supostamente “desleais”. Entre elas, o Pix.

O governo de Trump também revogou os vistos do ministro Alexandre de Moraes, seus familiares e “aliados na Corte”.

Na última sexta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que está aberto a negociar com Trump e disse que o presidente dos Estados Unidos foi induzido a acreditar “em uma mentira”.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviço, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, lideram as iniciativas para uma solução diplomática com o país norte-americano. O governo também criou um comitê para discutir as taxações com o setor produtivo brasileiro.

Senadores dos EUA apontam ‘abuso de poder’ de Trump contra Brasil

Na sexta-feira (25/7), um grupo de 11 senadores dos EUA, todos do Partido Democrata, enviou uma carta ao presidente Donald Trump pedindo o fim das tarifas comerciais contra o Brasil. A iniciativa partiu dos senadores Jeanne Shaheen (Nova Hampshire) e Tim Kaine (Virgínia), membros da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

No documento, os parlamentares criticaram a ameaça de novas tarifas, classificando-a como “claro abuso de poder”. Eles argumentaram que os EUA e o Brasil têm disputas comerciais legítimas, mas que a medida proposta pelo governo Trump não visa a negociação, e sim prejudica ambos os lados.

Senadora Jeanne Shaheen conversa com empresário norte-americano sobre o impacto negativo das tarifas anunciadas por Donald Trump // Foto: rede social

Segundo os senadores, as tarifas elevariam custos para famílias e empresas americanas. O texto destacou que os EUA importam mais de US$ 40 bilhões anuais do Brasil, incluindo cerca de US$ 2 bilhões em café, e que o comércio bilateral sustenta quase 130 mil empregos nos Estados Unidos. Além disso, alertaram que o Brasil pode retaliar, aumentando ainda mais os impostos sobre produtos americanos.

A carta também mencionou a influência chinesa na América Latina, argumentando que uma guerra comercial afastaria o Brasil dos EUA e o aproximaria da China. O documento citou investimentos chineses no país, como projetos portuários e um memorando para estudo de uma ferrovia transcontinental assinado pela China State Railway.

Os senadores concluíram que a medida de Trump beneficiaria a China em detrimento dos interesses econômicos e estratégicos dos Estados Unidos. (Com informações da Agência Brasil)



Autor Manoel Messias Rodrigues


Em vídeo publicado neste domingo (20.jul), deputado afirma que STF viu “golpe EAD” de Bolsonaro e que Moraes tem “superpoderes”

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) disse neste domingo (20.jul.2025) que o Brasil não vive uma democracia. Em vídeo publicado em suas redes sociais, o congressista responsabilizou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por “desbalancear” o sistema de governo do país.

A declaração foi feita depois de o deputado ser cobrado por aliados de Jair Bolsonaro (PL) a se manifestar sobre as decisões recentes do ministro.

Aliados queriam que Nikolas se pronunciasse sobre a decisão de Moraes que determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro e o proibiu de usar redes sociais, manter contato com diplomatas estrangeiros e se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos.

Ao comentar a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, Nikolas sugeriu que Bolsonaro está sendo acusado de “tentar dar um golpe dos Estados Unidos em EAD”, em referência ao fato de que o ex-presidente estava fora do Brasil durante os atos de 8 de janeiro de 2023.

O congressista comparou as medidas cautelares impostas por Moraes na 6ª feira (18.jul) a outros crimes. Disse que as obrigações determinadas pelo ministro são desproporcionais.

“Alguém que roubou o INSS que foram bilhões está usando tornozeleira eletrônica? Você já viu algum traficante, estuprador, alguém aí que roubou bilhões nas estatais ficando impossibilitado de conversar com seu próprio filho?”, questionou.

Assista ao vídeo (14min18s):

Nikolas também associou as medidas cautelares impostas a Bolsonaro à relação com Donald Trump, lembrando que a decisão de Moraes veio um dia depois de o ex-presidente norte-americano enviar uma carta de apoio ao aliado brasileiro.

O deputado também criticou a atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas negociações com os Estados Unidos sobre as tarifas comerciais.

“O Brasil está dando um exemplo de como não ser diplomático, porque não sei se você sabe, mas os EUA não são uma economia que você pode falar: ‘Ah, quer saber? Não quero ver você’. Antes da campanha, o Lula falava que com uma cerveja e uma conversa de bar resolveria uma guerra, e agora não está conseguindo resolver uma questão de tarifa”, declarou.

Nikolas também citou o caso do IOF. Disse que o episódio já havia demonstrado que Moraes teria “superpoderes” e extrapolado suas competências ao manter o decreto que aumentou as alíquotas do imposto.

Ao criticar a decisão do ministro –que representou uma derrota ao Legislativo–, o deputado afirmou que “em uma democracia normal”, o Senado poderia aplicar “pesos e contrapesos” ao STF, o que impediria que a Corte “fosse política”.



Autor Poder360 ·


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17/7) que “não é um gringo que vai dar ordem a um presidente da República”, em referência ao presidente dos Estados Unidos, Donal Trump. A declaração foi feita durante participação no 60º Congresso da UNE [União Nacional dos Estudantes], em Goiânia.

Em discurso aos estudantes, Lula criticou as retaliações anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, que ameaça impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

O mandatário brasileiro também anunciou que o Brasil “vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais”, referindo-se às big techs dos Estados Unidos.

Lula lembrou que, em 9 de abril, Trump enviou carta anunciando o “tarifaço” e citando o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para responder, o Brasil regulamentou esta semana a Lei de Reciprocidade Econômica.

“Dia 16 de maio, a gente mandou uma carta para a equipe dos Estados Unidos, uma carta com as coisas que nós achávamos que poderia ser feito acordo. Não recebemos nenhuma resposta”, reclamou o presidente.

Ele explicou que, em vez de diálogo, só houve publicações em jornais e redes sociais.

“A resposta que nós recebemos foi a matéria publicada no jornal, no e-mail dele, no zap dele, no portal dele, porque ele não se dignou nem sequer a mandar uma carta”, reclamou.

Problemas internos são dos brasileiros’

Ao abordar as plataformas digitais, Lula afirmou que “não aceitamos que, em nome da liberdade de expressão, você fique utilizando [as redes] para fazer agressão, para fazer mentira, para [estimular] ódio entre as crianças, violência contra as mulheres, contra os negros, contra LGBTQIA+”.

Ele citou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que determinou a responsabilização direta das empresas por conteúdos criminosos postados por usuários.

Para ilustrar sua reação às ameaças de Trump, Lula comparou-se a um jogador de truco: “Quando o cara truca, a gente tem que escolher: eu corro ou eu grito ‘seis’ na orelha dele. Então, eu estou jogando”.

O presidente reforçou que o Brasil “gosta de negociação, respeita o diálogo. Mas não aceitará que ninguém se meta nos nossos problemas internos, que é dos brasileiros”.

Sobre sua trajetória, lembrou suas origens humildes: “Um cara que nasceu em Caetés, chegou em São Paulo com sete anos de idade, comeu pão pela primeira vez com sete anos… não é um gringo que vai dar ordem a esse presidente da República”.

Durante o evento, em que Lula estava acompanhado de diversos ministros, foi lida carta de reivindicações da UNE, Ubes e ANPG, que alertou para “a nova escalada da ofensiva do Império sobre o nosso país” e afirmou que “para vencer a extrema-direita das fake news, da concentração de renda, da destruição, precisamos retomar o papel do Estado”.

Presidente sanciona lei que beneficia estudantes

Lula ainda convocou os estudantes a “politizar a sociedade brasileira” e ensinar a população a “distinguir a mentira da verdade”.

“A juventude é muito vulnerável à chamada máquina das empresas digitais”, disse, “e é importante que ela consiga aprender a distinguir a mentira da verdade.”

Ainda no congresso, o presidente sancionou a lei que amplia repasses do Fundo Social para políticas assistenciais a estudantes da rede pública de ensino superior e profissional.

Antes de subir ao palco, Lula se encontrou com sobreviventes de acidente com ônibus de estudantes da Universidade Federal do Pará na BR-153, em Goiás. Cinco pessoas morreram, sendo três estudantes que vinham para o Congresso. Ele determinou apoio da Força Nacional do SUS e ofereceu transporte para que os estudantes paraenses retornem a Belém em segurança.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Presidente afirmou que há interesse do Brics em criar uma moeda alternativa à norte-americana no comércio internacional

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 5ª feira (10.jul.2025) não ser obrigado a comprar dólar para negociar com outros países do Brics. Ele voltou a afirmar que há o interesse do bloco em criar uma moeda alternativa à norte-americana no comércio internacional.

A declaração se deu depois do presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar que irá impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros. Um dos motivos que pode ter endossado a decisão foi a possibilidade estudada pelo Brics de desdolarizar as negociações entre os integrantes.

Na 3ª feira (8.jul), Trump ameaçou taxar os países do bloco em 10%.

“A carta dele não é mais dura do que algumas coisas que ele já tinha falado. Ele chegou a dizer outro dia que, se criar uma moeda, ele vai punir os países. Nós temos interesse, é verdade, em criar uma moeda para fazer comércio com os países. Eu não sou obrigador a comprar dólar para fazer comércio com a Venezuela, com a Bolívia, com o Chile”, disse Lula, em entrevista à Record.

Em tom irônico, Lula afirmou que o norte-americano ficou preocupado com a reunião do Brics e que poderia convidá-lo para participar do bloco, caso ele quisesse.

“Possivelmente, o Trump deve ter ficado preocupado com a reunião do Brics. E é engraçado, porque como ele não estava na reunião do G7, nós fomos três países para o G7: Índia, Brasil e África do Sul, e ainda estava o México e Coreia. No G20, os Brics têm 10 países que participam do G20. Qualquer dia eu vou chamar ele para participar dos Brics”, disse.



Autor Poder360 ·


Reunião entre governo e cúpula do Congresso na noite de 3ª feira foi para “retomar diálogo”, mas encontro foi inconclusivo sobre como resolver o impasse

Representantes da cúpula do Congresso e do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram na noite de 3ª feira (8.jul.2025). A ideia foi retomar o diálogo entre as duas partes a respeito do impasse da suspensão da alíquotas mais altas para o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O encontro foi inconclusivo, mas uma divergência foi enfatizada:

  • governo – o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que fará todos os esforços para convencer o Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade da cobrança do IOF com alíquotas maiores;
  • Congresso – o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que cedeu a residência oficial que ocupa para o encontro, voltou a dizer que dificilmente um novo imposto ou elevação de alíquotas de taxas atuais seriam bem recebidas dentro do Legislativo. Disse que o governo precisa buscar formas de cortar gastos.

Participaram do encontro:

  • Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado;
  • Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara;
  • Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda;
  • Gleisi Hoffmann (PT-PR), ministra das Relações Institucionais;
  • Jorge Messias, ministro da AGU (Advocacia Geral da União);
  • Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do Governo no Congresso;
  • Jaques Wagner (PT-BA), líder do Governo no Senado;
  • José Guimarães (PT-CE), líder do PT na Câmara.

Na 4ª feira (9.jul.2025), Hugo Motta e Davi Alcolumbre vão conversar com os principais líderes partidários na Câmara e no Senado para dizer como foi o clima do encontro. Não há nada conclusivo ainda que possa ensejar algum tipo de acordo.

O governo resolveu aumentar o IOF para fechar as contas de 2025. O Congresso derrubou em 27 de junho de 2025 o decreto presidencial com uma votação expressiva na Câmara e por aprovação simbólica (sem registro de votos) no Senado. O governo foi ao Supremo Tribunal Federal para tentar anular a decisão de deputados e senadores. Partidos de oposição também entraram no STF para manter a derrubada do IOF.

Em 4 de julho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender os efeitos do decreto presidencial do IOF e também a votação do Congresso que derrubava o aumento desse imposto. Na prática, o despacho de Moraes foi ruim para o governo. O IOF com alíquotas maiores, como desejava Fernando Haddad, continuou sem ser cobrado.

Para ter uma ideia de como a medida reduz a arrecadação do governo basta ver os dados de junho: houve uma coleta de R$ 8 bilhões de IOF. Esse valor é o maior já registrado para 1 único mês desde 2005. Agora, no mês de julho, a taxa já voltou a ser cobrada com os percentuais anteriores. Isso deve frustrar das receitas federais em cerca de R$ 2 bilhões.

“Foi uma reunião para retomar o diálogo. Não adiantamos nada. Amanhã vou relatar aos líderes um pouco dessa disposição de conversar e dizer que estamos à disposição para ter um diálogo e que sabemos das dificuldades do governo para arrecadar. Mas estamos sempre mais propensos a ir pelo caminho de corte de despesas, e não para o aumento de impostos”, disse Hugo Motta ao Poder360.

Durante o encontro, os representantes do governo falaram que eram contra a campanha de críticas nas redes sociais que tem como alvo o Congresso e Hugo Motta. O presidente da Câmara disse entender, mas que esse tipo de estímulo é ruim quando se deseja o diálogo.

O governo tem repetido que não endossa as críticas a Motta e ao Congresso. Gleisi Hoffmann foi uma das primeiras a falar que discordava desse tipo de estratégia. Ocorre que na cúpula do Legislativo o entendimento é que o Planalto e o PT, de maneira velada, liberaram suas militâncias para dar prosseguimento à campanha.



Autor Poder360 ·


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Brasil de promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em publicação na rede social Truth Social nesta segunda-feira (7/7), ele defendeu Bolsonaro, afirmando que o político brasileiro está sendo perseguido politicamente. “Deixem Bolsonaro em paz!”, escreveu Trump.

Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rejeitou qualquer interferência externa.

“Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja”, declarou Lula em nota oficial. O presidente reforçou que “ninguém está acima da lei”, em referência ao processo contra Bolsonaro no STF.

Trump comparou a situação de Bolsonaro à sua própria experiência, dizendo que ambos são vítimas de perseguição política.

“Isso não é nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político – algo que eu sei muito sobre. Aconteceu comigo, vezes 10”, afirmou. Ele ainda elogiou Bolsonaro como um “líder forte” que “amava seu país”.

Lula respondeu a Trump também durante coletiva no encontro do Brics, no Rio de Janeiro: “Esse país tem lei, tem regra e tem um dono chamado povo brasileiro. Portanto, dê palpite na sua vida e não na nossa”, disse.

Bolsonaro agradeceu publicamente o apoio do presidente americano. Em resposta, Bolsonaro afirmou:

“Recebi com alegria a nota do Presidente Trump. Este processo é uma aberração jurídica e perseguição política, já percebida por todos de bom senso. Trump passou por algo semelhante e venceu. Sua luta por paz e liberdade ecoa no mundo. Obrigado por nos dar exemplo de fé e resiliência”, escreveu em rede social.

Condenação e TSE e processo no STF

O ex-presidente Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Ele é acusado de crimes como organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. Se condenado, pode enfrentar até 39 anos de prisão.

No entanto, ele está inelegível por decisão do plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que em junho de 2023 declarou a inelegibilidade do ex-presidente por oito anos, contados a partir das Eleições 2022.

Na condenação, por maioria de votos (5 a 2), ficou reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho de 2022. Walter Braga Netto, que compôs a chapa de Bolsonaro à reeleição, foi excluído da sanção, uma vez que não ficou demonstrada sua responsabilidade na conduta. Nesse ponto, a decisão foi unânime.

Contexto político e ações de Eduardo Bolsonaro

A defesa de Trump ocorre meses após Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, se mudar para os EUA para pressionar por anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e por sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O STF abriu inquérito contra Eduardo por tentativa de obstrução da Justiça. Ele rebateu: “Moraes, Lula e o PT não defendem a democracia. Eles defendem só os próprios interesses”.

O secretário de Estado americano Marco Rubio chegou a ameaçar Moraes com sanções pela Lei Magnitsky, mas nada foi aplicado até agora.

Enquanto isso, Bolsonaro segue inelegível até 2030 por decisão do TSE, mas aparece em empate técnico com Lula em pesquisas eleitorais. Trump insiste que “o único julgamento que deveria estar acontecendo é o julgamento pelos eleitores do Brasil”.



Autor Manoel Messias Rodrigues


Limite encerra em 9 de julho; presidente dos EUA também afirma ter encontrado um comprador para o TikTok, mas com aval da China

O presidente Donald Trump (Partido Republicano) disse que não pretende estender o prazo de 9 de julho para que países firmem acordos comerciais com os EUA e evitem tarifas mais altas.

Em entrevista à Fox News divulgada neste domingo (29.jun.2025), Trump declarou acreditar que não será necessário postergar a data-limite. “Eu poderia [prorrogar], sem grandes problemas”, afirmou, “mas não acho que será preciso”.

Na 6ª feira (27.jun), o secretário do Tesouro, Scott Bessent, adotou um tom mais cauteloso em entrevista à Fox Business. Segundo ele, alguns países têm procurado os EUA com “acordos muito bons”, mas é improvável que sejam concluídos até o prazo final.

“Se conseguirmos fechar 10 ou 12 dos 18 acordos principais —há outros 20 relacionamentos importantes—, acho que poderemos concluir [os entendimentos] comerciais até o Dia do Trabalho”, disse Bessent, referindo-se ao feriado celebrado em setembro nos EUA.

A política comercial de Trump ganhou força em 2 de abril, com o início da cobrança de tarifas recíprocas. O presidente batizou a data de “Liberation Day” (“Dia da Libertação”) por considerá-la um marco no enfrentamento do que chama de comércio internacional “injusto”.

Desde o início de seu 2º mandato, em 20 de janeiro, Trump impôs diversas tarifas a produtos e parceiros comerciais, com o objetivo de reduzir déficits, impulsionar a indústria americana e fortalecer a economia do país.

Conflito com o Irã

Na mesma entrevista à Fox News, Trump falou sobre o ataque a instalações nucleares do Irã no sábado (21.jun). Segundo o presidente, a operação destruiu completamente as estruturas, que estariam localizadas em cavernas.

“Eles só fugiram para sobreviver. Não moveram nada. Não acreditavam que seria possível fazer o que fizemos. Foram milhares de toneladas de pedra em Fordow. Todo o lugar foi destruído”, afirmou.

Os ataques, segundo Trump, atingiram instalações em Fordow, Natanz e Esfahan.

TikTok na mira

Trump também voltou a comentar a possível venda das operações do TikTok nos EUA. Segundo o presidente, há “pessoas muito ricas” interessadas na aquisição da rede social, que pertence à empresa chinesa ByteDance. Ele disse que deve revelar os nomes dos interessados “em cerca de duas semanas”.

“Temos um comprador para o TikTok. Acredito que precisaremos da aprovação da China, e acho que o presidente Xi [Jinping] provavelmente dará essa aprovação”, afirmou.

Há 10 dias, Trump prorrogou por mais 90 dias o prazo para que a empresa chinesa ByteDance se desfaça das operações do TikTok em território norte-americano. A nova data-limite passa a ser 17 de setembro.

É a 3ª vez que Trump adia a aplicação da lei que exige a venda do TikTok a uma empresa dos EUA  –caso contrário, o aplicativo pode ser banido do país.



Autor Poder360 ·


Sob forte pressão do Executivo e do Ministério Público, os vereadores de Goiânia deixaram de votar o projeto de autoria do Executivo que autoriza o remanejamento de R$ 10 milhões da Secretaria Municipal de Administração para a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra). A proposta, que já havia sido aprovada em primeira votação e retirada de pauta na semana passada, também não foi apreciada na sessão desta quarta-feira (11/6).

Os parlamentares se mostram receosos em contrariar recomendação do Ministério Público de Goiás e preferiram adiar a decisão até que todos os pontos sejam melhor analisados.

Antes da sessão, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Luan Alves (MDB), apresentou um pedido de vistas coletivo para “garantir o prazo necessário para o entendimento da matéria e para que fossem dadas as respostas à promotora”. Alves prometeu devolver o projeto na próxima terça-feira, 17.

Na votação do requerimento, a base aliada do prefeito saiu dividida: 17 vereadores rejeitaram o pedido de vistas e 13 defenderam sua aprovação. Integrantes da Câmara afirmaram ter havido pressão do Executivo para derrubar a suspensão.

Em seguida, Pedro Azulão Jr. (MDB) solicitou nova suspensão da sessão para debater a proposta em caráter reservado.

“Infelizmente, a grande maioria da base está uma gelatina. Não sei se estão tentando negociar, tentando pôr a faca no pescoço do prefeito Sandro Mabel. Tudo indica que seja isso”, criticou Sargento Novandir (MDB).

Novandir também destacou a mudança de postura em relação à gestão anterior:

“Alguns parlamentares podem estar querendo agir como faziam na gestão anterior, colocar a faca no pescoço para conseguir secretaria, diretoria, superintendência. Agora, não combina fazer barganha com o prefeito Sandro Mabel, porque ele não pratica”, afirmou.

Thialu Guiotti (Avante, foto) votou contra o pedido de vistas e defendeu a aprovação do projeto. Para ele, “trata-se de um direito do Poder Executivo remanejar recursos”.

“Na verdade, eu acredito que seja talvez uma insatisfação por parte de alguns parlamentares com o Paço do que propriamente pela matéria, haja vista que em apenas seis meses de gestão o prefeito conseguiu fazer um superávit de R$ 500 milhões”, argumentou Guiotti.

Sanches da Federal (PP) chamou de “uma vergonha rejeitar o pedido de vista do presidente da CCJ”. Ele criticou o ritmo acelerado da proposta:

“É uma matéria totalmente açodada, acelerada, e eu nem sou contra o conteúdo, pegar R$ 10 milhões, poder remanejar, se tiver bem explicado, tiver no momento certo”, disse ao NG.

O parlamentar lembrou que a sociedade reclama da falta de fiscalização.

“Aí quando ele vem aqui e pede explicações, todo mundo aqui se faz de cego. Então é um absurdo isso, nós aqui queremos discutir a matéria”, apontou. Segundo ele, “o prefeito faz com que os vereadores fiquem em situação constrangedora, porque a base também não sabe nem o que fazer. Eles estão votando contra a própria vontade.”

Cabo Senna, por sua vez, defendeu o pedido de vistas.

“O vereador tem essa prerrogativa, para saber detalhes do projeto, por que o prefeito pediu o remanejamento do recurso”, explicou.

Pedro Azulão Jr. (MDB), aliado do prefeito, lamentou a situação.

“Tem hora que chegam esses ‘remédios amargos’, e eu estou fazendo de tudo para salvar esse projeto, estou tentando ajudar o prefeito”, disse em plenário.

Pedro Azulão Jr.: “Estou fazendo de tudo para salvar esse projeto, tentando ajudar o prefeito”

“Tive uma conversa com a secretária de Governo (Sabrina Garcez), e ela me garantiu que saiu uma decisão do MP, mas até agora não chegou aqui. Não dá para colocar os vereadores numa situação tão difícil como esta. Estou desconfortável em votar essa matéria devido ao amadorismo e à falta de pessoas para um diálogo franco. A promotora não está errada. Vamos tentar salvar o projeto, por isso peço a suspensão da sessão para encontrarmos uma saída”, afirmou o emedebista.

Atendendo ao pedido de Azulão, a sessão foi suspensa para que os vereadores se reunissem. Só foi retomada às 12h – horário limite – quando o presidente encerrou os trabalhos por falta de quórum, sem que o projeto fosse votado.

Entenda a polêmica

Após encaminhar recomendações individuais a cada vereador na semana passada, a promotora de Justiça Leila Maria de Oliveira, do Ministério Público Estadual, enviou um ofício ao presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD). No documento, ela solicita informações complementares sobre o projeto no prazo de cinco dias úteis.

Leila Maria ressalta que a proposta orçamentária mistura despesas de capital com despesas correntes na mesma dotação, em desacordo com o artigo 13 da Lei Federal nº 4.320/64, que exige classificação clara entre esses tipos de gasto.

Entre os pedidos de esclarecimento, o MPGO quer detalhamento sobre o uso indevido de classificações de despesa pública – serviços, material de consumo e subvenção econômica – todos vinculados a custeio, mas lançados como investimentos.

O órgão também exige comprovação documental da dotação anulada para remanejamento, detalhamento das novas dotações previstas e a indicação das obras e regiões beneficiadas, acompanhadas das justificativas técnicas e sociais para cada intervenção.

Na semana passada, o secretário da Fazenda, Valdivino de Oliveira, já havia enviado ao presidente Policarpo um ofício com justificativas para o remanejamento. Nele, afirma que o crédito adicional a ser criado atenderá despesas de investimento em limpeza urbana, gestão de resíduos e urbanização, além de subvenções econômicas para empresas públicas dependentes em projetos de infraestrutura.

Autor Manoel Messias Rodrigues


Ministro da Fazenda havia dito que o deputado faz “micagem” ao produzir vídeos para redes sociais

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) disse nesta 4ª feira (11.jun.2025) que foi impedido de rebater uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

“O presidente [da comissão], do PT, não deixou eu continuar e não respondeu o porquê”, declarou o deputado ao Poder360. “Aqui mostra, de fato, o porquê. Porque eles têm medo de um vídeo. Eles têm medo de uma fala. Por isso, não me deixaram falar. Eram 3 minutos. Agora está indo embora”, acrescentou.

Assista (1min45seg):

Haddad havia criticado Nikolas e Carlos Jordy (PL-RJ) por terem feito perguntas e deixado a sala da audiência. O ministro disse que os congressistas faziam “micagem” ao produzir vídeos para redes sociais, mas se ausentavam na hora das respostas.

O ministro também contestou as 300 milhões de visualizações no vídeo postado pelo deputado no Instagram sobre o monitoramento do Pix. Segundo ele, não há essa quantidade de pessoas que “falam a língua portuguesa no mundo”.

A fala de Haddad, porém, é equivocada. No Instagram, um mesmo usuário pode assistir a um vídeo várias vezes, o que faz com que as visualizações se acumulem.

Momentos depois, Nikolas retornou à comissão para responder ao ministro. O deputado afirmou que pediu uma “questão de ordem” –instrumento usado por congressistas para levantar dúvidas sobre a interpretação do regimento da Casa.

O presidente do colegiado, Rogério Correia (PT-MG), negou a palavra a Nikolas. A oposição contestou a decisão e iniciou uma discussão com o ministro, que acabou deixando a comissão depois do bate-boca.

Assista ao momento da fala de Haddad e de Jordy (7min04):

Depois da confusão, Haddad voltou a questionar o fato de Nikolas e Jordy terem saído da audiência. Jordy voltou pouco depois e disse que a sua ausência se deu porque ele e Nikolas tinham outras comissões para participar.

“Se as pessoas simplesmente falam o que querem e deixam a sala, não escutam o que nós temos para responder. Por que perguntou, então? Se não é para ouvir a resposta, perguntou para quê? Qual o objetivo desse debate? Se é que é um debate”, disse o chefe da Fazenda.

Assista (2min14):



Autor Poder360 ·