Levantamento do INPE mostra 389 focos de calor; Corumbá lidera a lista com 97 focos nas últimas 24 horas
O número de incêndios tem crescido em todos os biomas e em vários Estados brasileiros nas últimas semanas. No Mato Grosso do Sul, cerca de 40% dos municípios registraram focos de foco. Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que 32 das 79 cidades registraram 389 focos de calor ativos de 3ª a 4ª feira (10-11.set.2024).
O levantamento do BDQueimadas mostra que o fogo afeta os 3 biomas presentes no Estado, sendo a maior parte no Pantanal (41,4%), seguido pelo Cerrado (35,5%) e a Mata Atlântica (23,1%). A cidade de Corumbá, no Pantanal, lidera com 97 focos. Na sequência estão Porto Murtinho (45 focos) e Jateí (41 focos).
Uma preocupação que antes estava concentrada no Pantanal agora se espalhou para os outros biomas e outros Estados do Brasil. O Inpe destaca que 4 cidades do Mato Grosso do Sul não registram chuvas há mais de 100 dias. Chapadão do Sul é a cidade mais afetada, com 150 dias sem chuva, seguida de Paranaíba, com 149 dias sem chover. Em 3º lugar está Cassilândia, com 147 dias, e em 4º lugar, Costa Rica, com 109.
Pantanal
O Pantanal enfrenta desde o início do ano uma série de incêndios que já consumiram 2,3 milhões de hectares, representando 15,61% de sua extensão total. Os dados foram divulgados pelo Lasa da UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro) nesta 3ª feira (29.ago.2024).
Após a passagem de uma frente fria, o Sistema de Alarmes do Lasa emitiu um alerta de perigo extremo de fogo para a Bacia do Paraguai, no Pantanal. Até o próximo sábado (31.ago), a maior parte da região apresentará condições adversas para o combate aos incêndios, inclusive por meios aéreos, devido à alta velocidade de propagação do fogo.
Cerrado
Já no Cerrado, a área atingida pelo fogo em agosto de 2024 cresceu 177%, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Os dados são do Monitor do Fogo, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e do MapBiomas.
Conforme o relatório, o bioma foi o mais afetado pelas queimadas de agosto, com 2,4 milhões de hectares atingidos. Em 2023, foram 881,9 mil hectares. Leia a íntegra do estudo (PDF – 3 MB).
Maurício Sampaio estava em Mato Grosso antes de se entregar à polícia, diz advogado | Goiás
Lidiane 21 de junho de 2024
Antes de se entregar à Polícia Civil, em Goiânia, o empresário Maurício Sampaio estava em Vila Rica, cidade localizada no nordeste do Mato Grosso, “resolvendo coisas pessoais”. A informação sobre a viagem foi repassada pelo advogado dele, Ricardo Naves.
Condenado por mandar matar o radialista Valério Luiz, o empresário afirma ser inocente. “Com certeza, não tenho nada com isso”, disse Sampaio à imprensa no momento em que era colocado dentro do carro da polícia para ser levado para triagem na Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia.
Ao g1, o advogado de defesa Ricardo Naves disse que já enviou dois recursos contra a prisão de Sampaio para cortes em Goiás, além de um pedido de habeas corpus e um recurso ordinário no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
TUDO SOBRE A PRISÃO DE SAMPAIO:
No mesmo dia em que ordenou a prisão de Sampaio, a Justiça de Goiás também expediu um mandado de prisão contra o policial militar da reserva Ademá Figueiredo Aguiar Filho. Ele também foi condenado no caso de Valério Luiz, por ter sido responsável por atirar contra o radialista.
Figueiredo se entregou no presídio militar, no Setor Marista, no mesmo dia em que o mandado foi expedido.
O processo de julgamento do caso se arrasta desde 2012, quando Valério Luiz foi morto enquanto saía da emissora de rádio em que trabalhava, no Setor Serrinha, em Goiânia. A motivação do crime teria sido as críticas feitas pelo jornalista contra a direção do Atlético-GO, time no qual Sampaio foi presidente.
No júri realizado em 2022, quatro dos cinco réus apontados como envolvidos na morte do radialista foram condenados. O acusado Djalma da Silva foi absolvido. Veja todos os condenados abaixo:
- Maurício Sampaio, mandante: condenado a 16 anos de prisão;
- Urbano de Carvalho Malta, contratou o policial militar Ademá Figueredo para cometer o homicídio: condenado a 14 anos de prisão;
- Ademá Figueredo Aguiar Filho, autor dos disparos: condenado a 16 anos de prisão;
- Marcus Vinícius Pereira Xavier, ajudou os demais a planejar o homicídio: condenado a 14 anos de prisão.
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