A Polícia Penal de Goiás prendeu um homem de 48 anos em Alexânia, no Entorno do Distrito Federal, após ele confessar, com sorriso no rosto, ter assassinado a ex-companheira, de 36 anos, a facadas. No vídeo registrado pelos policiais, o suspeito, que não teve a identidade revelada, sorri e declara não sentir remorso pelo crime cometido.
O suspeito foi preso nesta quarta-feira, 22. No vídeo gravado durante a prisão, o homem já estava algemado e dentro da viatura, falando: “Que bonito, né?” O agente questiona o motivo pelo qual ele teria cometido o crime, e ele responde que descobriu que a mulher o traía há três anos.
“Não estou arrependido. Ela também não estava”, afirma. O policial comunica ao suspeito o falecimento da vítima e pergunta se ele está ciente do ocorrido. “Não estou arrependido. Lasque-se ela”, responde.
O suspeito foi preso depois que testemunhas que presenciaram o momento do crime pediram socorro, informando que um homem estava esfaqueando uma mulher no centro da cidade.
Quando a Polícia Penal chegou ao endereço indicado, encontrou a mulher caída, com ferimentos no peito e sem sinais vitais. De acordo com a polícia, o suspeito tentou fugir, mas foi localizado nas redondezas. No momento da prisão, a faca que ele supostamente usou para cometer o crime também foi encontrada.
O suspeito foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Alexânia, onde permanece à disposição da Justiça.
Assista ao vídeo do momento em que o homem é preso:
Três pessoas, que não tiveram os nomes divulgados, foram presas suspeitas de matar a boliviana Katherine Liliana, de 35 anos, a facadas em um prostíbulo de Rio Verde, no sudoeste do estado de Goias (GO). Segundo a Polícia Civil, os suspeitos trabalhavam com a vítima no prostíbulo, sendo duas delas garotas de programa e o marido de uma delas.
Os mandados de prisão contra os suspeitos foram cumpridos na terça-feira (21). Segundo a Polícia Civil, o crime foi motivado pela falta de pagamento dos programas feitos pelas suspeitas.
A investigação, que contou com a ajuda de imagens de câmeras de segurança, aponta que as mulheres suspeitas estavam próximas ao prostíbulo na noite do crime, quando o marido de uma delas chegou de carro, parou em frente ao local e entrou.
O suspeito permaneceu no local por cerca de dois minutos, junto com uma das outas duas suspeitas, período em que se acredita que o crime foi cometido. A terceira pessoa envolvida no crime foi até a casa do suspeito da execução enquanto o crime era cometido, segundo a Polícia Civil.
Versão dos presos
De acordo com a Polícia Civil, ao ser preso e interrogado, o suspeito de executar a boliviana a facadas confessou o crime e disse ter se arrependido. Ele relatou ainda não se lembrar de como nem o motivo de matar Katherine.
Ainda em depoimento à polícia, o suspeito afirmou que tinha usado drogas e consumido bebida alcoólica no dia do crime.
As duas mulheres suspeitas negaram participação no crime. Em depoimento, ambas afirmaram que viram o suspeito entrar no prostíbulo e em seguida ouviram a vítima gritando por socorro.
Os suspeitos devem responder pelo crime de homicídio qualificado. O suspeito de executar a boliviana também deve responder pelo crime de tráfico de drogas, já que foram encontradas porções de crack na casa dele no momento da prisão.
Relembre o caso
Katherine foi morta a facadas em um prostíbulo no dia 27 de abril deste ano. Segundo o delegado Adelson Candeo, responsável pelas investigações, o local onde a vítima estava foi invadido.
“Alguém invadiu o prostíbulo onde a vítima trabalha e a atacou com vários golpes de faca”, detalhou Candeo na época.
O corpo de Katerine foi encontrado com diversas perfurações no rosto e corpo. “[Os golpes foram dados], especialmente, no rosto, no pescoço, no tórax e nas costas. Eles desfiguraram o rosto da vítima, [que morreu no local]”, relatou o delegado.
Katerine Liliana era mãe de duas crianças de 5 e 10 anos, que estavam em uma casa próxima ao local onde ocorreu o homicídio. Segundo Candeo, os filhos da vítima foram encaminhados para uma Casa de Abrigo Temporário (CAT) do Conselho Tutelar de Rio Verde.
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Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher – Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher – Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Quais foram os ferimentos da mulher?
O que ele alegou no hospital?
Por que funcionários do hospital denunciaram?
Como era o relacionamento dos dois?
Há registros de violência doméstica anteriores?
Ele tem outras passagens pela polícia?
O que o laudo da perícia apontou?
O que ele fez após agressões?
Ele segue preso?
O que diz a defesa do suspeito?
Quais foram os ferimentos da mulher?
A mulher foi levada para o hospital no último dia 10 de maio e morreu na noite de segunda-feira (20). Segundo a delegada Bruna Coelho, Marcela Luise teve traumatismo craniano e oito costelas quebradas, além de escoriações pelo corpo.
O que ele alegou no hospital?
Segundo a delegada, o homem disse para a equipe médica que Marcela estava limpando a casa quando escorregou e caiu. Segundo ele, ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Então, ele contou que deu um banho nela e a levou para o hospital, onde, de imediato, ela foi levada para uma cirurgia e depois para a UTI.
Vídeo mostra quando fisiculturista leva mulher a hospital após espancá-la
Por que funcionários do hospital denunciaram?
O hospital entrou em contato com a delegacia informando que se tratava de múltiplas lesões, o que não é condizente com uma queda, conforme o homem havia alegado.
Ao receber a denúncia, a polícia começou a investigar o caso. “Nós fomos até [a casa] e pedimos uma perícia no local. Um perito também esteve no hospital e nós ouvimos várias pessoas”, detalhou Coelho.
Como era o relacionamento dos dois?
A tia da vítima, Fernanda Paula Miranda, também disse o homem humilhava Marcela e a afastou da família. “O que ele podia fazer para diminuir ela, ele fazia“, disse Fernanda em entrevista à TV Anhanguera.
A tia da vítima também contou que a sobrinha foi agredida pelo fisiculturista com um murro quando eles ainda moravam em Brasília, no Distrito Federal (DF).
Ele já tinha agredido mulher?
O fisiculturista já tinha agredido a mulher, segundo a delegada Bruna Coelho. Conforme a investigação, ele respondeu em um inquérito por lesão corporal contra a mulher e em um caso de violência contra outra ex-namorada.
“Ele tem antecedentes de Maria da Penha com ex-namorada e com a própria vítima. [Ela teve] medida protetiva deferida, contudo eles reataram e a medida foi arquivada”, explicou a delegada.
Ele tem outras passagens pela polícia?
Além do histórico de violência doméstica, o suspeito tem registros de ocorrências de brigas com uma vizinha e com o funcionário de um supermercado.
Segundo a delegada, o fisiculturista é agressivo e explosivo.
“Ele tem o temperamento muito explosivo e agressivo. Tem ocorrências de brigas com uma vizinha por causa de cachorro e com o caixa de um supermercado. Vizinhos disseram que ouviam brigas e discussões, além de denúncias anônimas do condomínio por agressão e barulho”, disse a delegada.
O que o laudo da perícia apontou?
“Na residência não há qualquer desnível, escada ou altura que justifique as lesões apresentadas pela vítima”, disse Coelha à TV Anhanguera.
O que ele fez após agressões?
Igor Porto Galvão fez uma postagem nas redes sociais após Marcela ser internada dizendo que estava com saudade – veja abaixo. A postagem foi feita antes de ele ser preso suspeito do crime.
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Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher – Goiás — Foto: Reprodução/Redes sociais Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher – Goiás — Foto: Reprodução/Redes sociais
Igor Porto Brandão foi mantido preso depois de passar por audiência de custódia. A audiência que manteve a prisão de Igor foi realizada na tarde de segunda-feira (20).
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Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher – Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais e Reprodução/TV Anhanguera Fisiculturista é preso suspeito de espancar a mulher – Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais e Reprodução/TV Anhanguera
O que diz a defesa do suspeito?
Ao g1, os advogados de Igor, Thiago Marçal Ferreira Borges e Gelicio Garcia de Morais Júnior, lamentaram a morte de Marcela e disseram que entrarão com pedidos para que a prisão preventiva seja substituída por outras medidas cautelares.
Leia, abaixo, a nota na íntegra:
A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações. Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal.
Explico, o Igor possui profissão licita, é Nutricionista e Educador Físico, endereço fixo, é primário, em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de realizar pericia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega Advogado que estava acompanhando o Igor, naquela oportunidade, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da Autoridade Policial . Até o presente momento o Igor não foi ouvido.
A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere. Todo e qualquer manifestação adicional se dará preferencialmente nos autos processuais. Reiteremos ainda nossa total confiança no Poder Judiciário para a elucidação do caso em comento, buscando sempre a preservação dos incisos LV e LVII, art. 5º, (LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;) positivados na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Homem é preso suspeito de matar jovem que sumiu após sair de casa
Câmeras de segurança filmaram Osvaldo Pereira de Sousa, de 66 anos, e Pâmela Carneiro de Araújo, de 19, em uma moto antes da jovem ser encontrada morta às margens de uma represa. Ao g1, o delegado Carlos Alfama explicou que Osvaldo, preso suspeito do crime, usou uma flor para atrair Pâmela, que tinha uma deficiência mental, a subir na garupa (assista acima).
“Então ele mantém uma conversa com ela durante alguns minutos, percebendo essa deficiência mental dela. Ele oferece uma flor para ela, usando essa flor para atrai-la, atrair a confiança. Depois, coloca a Pamela na garupa da moto e a leva para o local em que ela foi encontrada morta”, explicou Alfama.
À Polícia Civil de Goiás (PC-GO), Osvaldo confessou que levou Pâmela ao local onde o corpo foi encontrado, mas negou que tenha a matado, segundo o delegado. O g1 não localizou a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.
Carlos Alfama explicou que, segundo Osvaldo, ele teria ficado com Pâmela perto da represa por 15 minutos e depois a deixado sozinha. O delegado disse que questionou o suspeito sobre o motivo de um homem de 66 anos pegar uma jovem de 19 com deficiência mental e levá-la para um local afastado.
“Ele falou que se preocupava com ela. É uma narrativa que não faz sentido. Temos a certeza de que ele a levou para lá para tentar estuprá-la. Ela deve ter resistido, então ele a agrediu, asfixiando, e causando a morte da Pamela”, completou Alfama.
As marcas da violência foram constatadas pelo laudo da Polícia Científica. Segundo o delegado, a causa da morte foi afogamento, mas Pâmela tinham lesões na boca e no corpo, feitas antes e depois da morte.
“Nós acreditamos que ele tentou silenciá-la, apertando a sua boca, a lesionando nesse momento, e depois a jogou dentro da represa em que ela foi encontrada morta”, pontuou o delegado.
Segundo a PC-GO, foi coletado material genético (DNA) do investigado, para comparação com material biológico encontrado sob a unha da vítima. A polícia apreendeu também as roupas e o capacete que o suspeito usava no dia do crime, o celular dele e a moto.
Veja os registros das câmeras de segurança:
Vídeo mostra quando suspeito de matar jovem a aborda em rua e dá flor para atraí-la
Na época do crime, Letícia Adriany, irmã da vítima, contou que Pâmela não saía sozinha de casa devido a uma deficiência mental. A família, que mora no setor Belo Horizonte, denunciou o desaparecimento da jovem no dia 13 de março e o corpo de Pâmela foi encontrado no dia 14, em uma zona rural, no setor Residencial Campos Elísios.
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Pâmela Carneiro Araújo sendo levada em moto por Osvaldo Pereira de Sousa em Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Civil Pâmela Carneiro Araújo sendo levada em moto por Osvaldo Pereira de Sousa em Goiânia — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Após o desaparecimento, Lucas levy, irmão de Pâmela, contou ao g1 sobre a jovem não sair de casa sozinha. “Ela tem a mente de criança e não podia sair de casa sozinha. Ela ia na porta e a gente ia atrás dela”, conta. No dia em que ela desapareceu, ele estava com ela em casa e, por causa de uma cirurgia, não viu quando ela saiu.
Ao dar falta da irmã em casa, Lucas começou a procurá-la e chamou a mãe e outra irmã para ajudá-lo. “No mesmo dia a gente procurou ela em todo lugar aqui no setor e já chamou a polícia”, lembra. Segundo a irmã, Letícia Adriany, ela foi vista pela última vez na esquina de casa na noite do dia 13.
Conforme foi noticiado no g1, Adriany explicou que, no dia 14, recebeu uma ligação do Instituto Médico Legal (IML) pedindo para que ela fosse até o órgão. “[A Pâmela] foi encontrada sem vida, boiando em uma represa e só de short e sutiã. O blusão, a blusa e o celular dela estavam jogados perto de onde foi encontrada”, detalha a irmã.
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Pâmela Carneiro Araújo, foi encontrada morta após desaparecer ao sair de casa, em Goiânia, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Letícia Adriany Pâmela Carneiro Araújo, foi encontrada morta após desaparecer ao sair de casa, em Goiânia, Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Letícia Adriany
Segunda a PC-GO, a divulgação da imagem e o nome do suspeito estão baseadas nos termos da Lei nº. 13.869/2019, portaria n.º 02/2020 – PC, Despacho do Delegado Geral, n.º 000010828006 e Despacho DIH/DGPC- 09555 para localizar testemunhas que auxiliem no esclarecimento do crime e identificação de possíveis novas vítimas.
Um idoso de 73 anos é suspeito de pagar R$ 5 mil para que sua neta e o marido dela matassem filho dele em Porangatu, no norte de Goiás. De acordo com a Polícia Civil, pai e filho brigavam por causa de uma casa da família.
O crime ocorreu na noite de 7 de maio. Segundo o delegado Luciano Santos, os três suspeitos foram presos no mesmo dia.
Segundo a polícia, Uelton Bispo de Sousa, de 48 anos, foi morto com três tiros na porta de sua casa. Ele foi levado ao Hospital Municipal de Porangatu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.
As investigações revelaram que o pai encomendou a morte do próprio filho. “Os autores presos são o pai, que é o mandante do crime, uma sobrinha da vítima e o marido dela, que são os executores”, detalhou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, a razão da briga entre pai e filho envolvia a casa. “Após a morte da mãe, o filho, que é usuário de drogas, expulsou o pai e a família de casa e transformou a residência em um ponto de uso de drogas, o que revoltou o pai”, disse.
Foto: Divulgação
A briga durou mais de dois anos e, durante esse período, a vítima chegou a extorquir dinheiro do pai para comprar mais drogas. “Toda a situação gerou um mal-estar até que o pai encomendou a morte do filho”, explicou o delegado.
Os três suspeitos foram presos horas após o crime em uma ação conjunta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM) e Polícia Civil (PC). Segundo o delegado Luciano Santos, a justiça manteve a prisão deles, que respondem por homicídio.
Pai foi expulso de casa após morte de mulher, diz delegado. A vítima foi assassinada com três tiros na porta de casa. Pai paga R$ 5 mil para neta matar filho dele em disputa por casa, diz polícia
Um idoso de 73 anos é suspeito de pagar R$ 5 mil para a neta e o marido dela matarem o filho dele em Porangatu, no norte de Goiás. Segundo a Polícia Civil (PC), pai e filho brigavam por causa de uma casa da família.
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O crime aconteceu na noite do último dia 7 de maio e, segundo o delegado Luciano Santos, os três suspeitos foram presos no mesmo dia. O g1 não localizou as defesas deles até a última atualização desta reportagem.
Segundo a polícia, Uelton Bispo de Sousa, de 48 anos, foi assassinado com três tiros na porta de casa. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal de Porangatu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade.
Pai paga R$ 5 mil para neta matar filho dele em disputa por casa, diz polícia
Reprodução/TV Anhanguera
As investigações identificaram que o pai mandou matar o filho. “Os autores presos são o pai, que é o mandante do crime, uma sobrinha da vítima e o marido dela, que são os executores”, detalhou o delegado ao g1.
Santos explica o motivo da briga entre pai e filho. “Após a morte da mãe, o filho, que é usuários de drogas, expulsou o pai e a família de casa e fez da residência um ponto de uso de drogas, o que revoltou o pai”, disse.
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Pai é preso suspeito de matar bebê achado em córrego de Goiás
Segundo o delegado, a briga durou mais de dois anos e a vítima chegou a extorquir dinheiro do pai para comprar mais drogas. “Toda a situação gerou um mal-estar até que o pai encomendou a morte do filho”, explicou.
Os três suspeitos foram presos horas após o crime em uma ação conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM) e PC. Segundo Santos, a justiça manteve a prisão deles, que respondem por homicídio.
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Três suspeitos foram presos no mesmo dia do crime
Reprodução/TV Anhanguera
VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Major foi torturado durante três dias durante um curso do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Documento do Ministério Público narra tapas no rosto, xingamentos, varadas, pauladas e açoites de corda. Militares são denunciados por tentarem matar major da PM torturado
Um major da Polícia Militar foi torturado e quase morto por policiais militares durante um curso do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Goiás, segundo um documento do Ministério Público de Goiás (MP-GO), ao qual o g1 teve acesso. De acordo com o órgão, os PMs internaram o major escondido da família e fingiram que ele estava com Covid-19.
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Em abril deste ano, o MPGO ofereceu denúncia, pediu o afastamento e o recolhimento de armas de sete policiais militares pelos crimes de tortura e tentativa de homicídio qualificado contra o major, após investigação da Corregedoria da PMGO.
Os crimes aconteceram em outubro de 2021 e são mantidos em sigilo desde então. A assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás não soube dizer se a denúncia já foi aceita pelo Poder Judiciário, justamente por conta da sigilosidade do processo.
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Em nota, a Polícia Militar de Goiás disse que o inquérito policial militar sobre o caso foi concluído e devidamente encaminhado para a Justiça Militar. “A PMGO reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e a colaboração com as autoridades judiciais”, concluiu.
Veja por quais crimes cada policial militar foi denunciado pelo Ministério Público:
Coronel Joneval Gomes de Carvalho Júnior: Comandante imediato da vítima junto ao Comando de Missões Especiais foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e tortura na modalidade de omissão;
Tenente-coronel Marcelo Duarte Veloso: Comandante do Bope e diretor do Comando de Operações Especiais (Coesp) foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e tortura na modalidade de omissão;
Coronel David de Araújo Almeida Filho: Médico do Comando de Saúde, responsável por atuar no local do curso, foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e tortura na modalidade de omissão;
Capitão Jonatan Magalhães Missel: Coordenador do curso do Bope foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e tortura;
Sargento Erivelton Pereira da Mata: Instrutor do curso do Bope foi denunciado por tortura;
Sargento Rogério Victor Pinto: Instrutor do curso do Bope foi denunciado por tortura;
Cabo Leonardo de Oliveira Cerqueira: Instrutor do curso do Bope foi denunciado por tortura;
O g1 entrou em contato com 10 dos 13 advogados de defesa que constam no processo. Akaua de Paula Santos e Caio Alcântara Pires Martins, que representam o sargento Rogério Victor e o tenente-coronel Veloso, respectivamente, disseram que não podem comentar sobre o processo, pois ele é sigiloso, e que não tiveram acesso à denúncia em questão.
Em nota, a defesa de Marcelo Veloso negou todas as acusações da denúncia e alegou que a suposta vítima teve complicações devido à participação no curso de operações especiais e recebeu assistência médica imediata dos acusados. A defesa argumentou que não há indícios de crimes e o acusado colabora com as investigações (leia nota completa no fim da reportagem).
Os outros advogados não responderam até a última atualização da reportagem.
Tortura
O documento ao qual o g1 teve acesso foi assinado por três promotores diferentes, como medida de segurança. Nele, é dito que o 12º Curso de Operações Especiais do Bope teve início no dia 13 de outubro de 2021, com uma aula de campo em uma fazenda em Hidrolândia. Lá, todos os alunos, incluindo o major, foram submetidos a um percurso de 16km em uma estrada de terra, equipados com uma mochila e fuzil.
O documento diz que, durante o trajeto, os alunos fizeram flexões, polichinelos e abdominais ao ar livre, enfrentando gás lacrimogêneo. A partir disso, começaram a ser agredidos com tapas na cara e “intensa pressão psicológica”, com xingamentos e provocações, além de afogamento dentro de um tanque com água.
Na madrugada do dia 14, todos foram levados de ônibus para a Base Aérea de Anápolis, onde começaram a ser feitas “Instruções Técnicos Individuais”, que segundo o documento, consistem em técnicas de manuseio de armas, contato tático com o terreno, combate corpo a corpo e outros.
Nas dependências, o Ministério Público afirma que o coordenador do curso, Capitão Jonatan Magalhães, e os instrutores Erivelton, Rogério e Leonardo passaram a agredir violentamente o major. O documento diz que o oficial foi torturado com tapas no rosto, pressão psicológica, varadas, pauladas e açoites de corda na região das costas, nádegas e pernas durante três dias seguidos.
As agressões aconteceram, inclusive, durante um “momento pedagógico”, que conforme a denúncia, “extrapolaram e muito os objetivos do curso”.
Major é vítima de tortura durante curso do Bope em Goiás
Persistente
O major chegou a reclamar com um colega que a equipe de instrução estava sendo “rigorosa demais com ele” e, por conta disso, ele foi levado para “um mergulho” em um lago frio à noite, sob a justificativa de que seria para amenizar suas lesões.
Depois disso, o Ministério Público narra que as agressões contra a vítima passaram a ser cada vez mais frequentes e severas. Como o major sempre foi mais persistente que outros alunos e tinha alta patente, os instrutores aumentavam o grau de tortura contra ele na expectativa de que ele desistisse do curso.
“Todos compartilhavam do mesmo objetivo: pressionar o ofendido (major) a se desligar do curso, especialmente devido à sua posição como o oficial mais graduado entre os alunos”, diz o MPGO.
Major passa mal
O documento narra que, no dia 16 de outubro, o major foi novamente submetido à longas práticas de tortura e precisou ser atendido pela equipe médica do Comando de Saúde, que tinha como médico responsável o Coronel David de Araújo.
Segundo o MPGO, o major foi atendido já bem debilitado, desidratado e com baixa frequência cardíaca. Ele foi desligado do curso por conta disso e, enquanto era conduzido para uma viatura, desmaiou. O major, então, foi levado ao Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), mas enquanto ainda estava dentro da ambulância, entrou em coma profundo.
O documento narra que o major teve lesão neurológica grave e não respondia a nenhum estímulo. Além disso, a equipe médica do Huana constatou que ele estava com rabdomiólise – uma ruptura do tecido muscular que faz com que uma proteína seja liberada no sangue e afete os rins.
‘Pacto de silêncio’
Mesmo em situação tão grave, na noite do dia 16 de outubro, os policiais decidiram transferir o major para o Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, pois a unidade é considerada de confiança dos militares. Lá, segundo o documento, o major voltou a ser atendido pelo coronel médico do curso do Bope, David de Araújo.
Segundo o documento, David disse aos médicos do Huana que eles não precisavam comunicar nada do caso à família do major, pois ele mesmo faria. Mas os familiares só foram informados sobre a situação do oficial na manhã do dia 17 de outubro.
Além do coronel médico David de Araújo, os policiais militares Jonatan Magalhães, Marcelo Duarte Veloso e Joneval Gomes de Carvalho também sabiam do estado de saúde do major, mas não fizeram nada. A denúncia descreve a situação como um “pacto de silêncio”.
“Essa conduta negligente e conivente revela a nítida intenção de ocultarem os fatos e impedirem que a família fosse devidamente informada sobre debilidade em que se encontrava o major”, diz o Ministério Público.
O documento diz que os policiais trabalharam juntos para garantir que a informação não chegasse ao conhecimento de ninguém. Por saberem que o estado de saúde do major era grave, esperavam que o oficial morresse e pretendiam alegar que ele teve uma contaminação por Covid-19.
“Certos de que o estado de saúde do major havia atingido níveis críticos e que, por certo, ele não se recuperaria, preferiram aguardar até o seu esperado falecimento, quando poderiam entregar o seu corpo em um caixão lacrado à família, alegando a contaminação pela Covid e impedindo que os fatos viessem à tona e fossem investigados”, diz o documento.
Descoberta da família
Somente na manhã do dia 17 de outubro é que a esposa do major ficou sabendo da internação do marido. O documento narra que ela tomou conhecimento de que o major estava com Covid através de um amigo de farda pessoal da vítima. A mulher, então, passou a ligar para o coordenador do curso do Bope, que não atendeu às ligações.
Quando a esposa chegou ao hospital, foi informada que só poderia saber sobre o marido pelo médico coronel David. O documento diz que ele chegou ao hospital de uniforme militar completo e arma, dizendo que o major estava com Covid-19 e 40% do pulmão comprometido.
A tomografia comprovando o comprometimento do pulmão do oficial nunca foi apresentada, segundo o Ministério Público. Além disso, uma tomografia feita horas antes no Huana não encontrou sinais de Covid.
Existem documentos médicos que demonstram que o major precisava ser submetido à hemodiálise, por causa dos rins comprometidos, mas isso não foi oferecido na internação feita pelo médico coronel.
A investigação do Ministério Público cita também que a esposa do major também percebeu que, apesar da gravidade, o marido não estava sendo assistido por nenhum médico intensivista e estava sozinho em um cômodo do hospital. O major estava em uma maca, com o corpo coberto por uma manta até o pescoço.
Hematomas no corpo de major da PM após curso do Bope, em Goiás
Reprodução/MPGO
A mulher decidiu transferir o marido para um hospital de confiança, mas segundo a denúncia, o médico coronel tentou colocar vários obstáculos, como a condição da Covid, falta de documentação e outras questões burocráticas.
Depois de muita insistência, conforme o documento, a esposa conseguiu levar o marido para o Hospital Anis Rassi, em Goiânia, onde foram constatadas lesões corporais gravíssimas e exame negativo para coronavírus.
Tentativa de ocultação
O Ministério Público evidencia que, mesmo depois da mudança de hospital, os policiais envolvidos nos crimes tentaram destruir provas. O documento narra que um informante da polícia, a mando do tenente-coronel Marcelo Duarte Veloso, tentou pegar o prontuário do major no primeiro hospital em que ele foi internado, em Anápolis, dizendo à equipe que representava a família.
Mas, por acaso, a esposa do oficial estava na unidade de saúde naquele momento e impediu a ação. A denúncia também cita outra ocasião, em que um militar, que não está entre os denunciados, foi ao hospital Anis Rassi e tentou acesso ao quarto em que a vítima estava.
“Na ocasião, a esposa da vítima foi informada e se dirigiu até a recepção para conversar com o policial militar, que se recusou a identificar-se, afirmando apenas que lá estaria por determinação do Comando”, diz o documento.
Esse militar, segundo a investigação, era um motorista do tenente-coronel Joneval, um dos denunciados pelos crimes.
Após investigação feita pela Corregedoria da Polícia Militar, o Comando da Academia da Polícia Militar reconheceu irregularidades e aceitou que o major recebesse o diploma de conclusão do curso do Bope.
Porém, segundo o Ministério Público, todos os sete policiais citados continuam trabalhando normalmente e apenas os três instrutores foram punidos com 12 horas de prestação de serviço: Leonardo, Rogério e Erivelton.
Sequelas
O major recebeu alta do hospital no dia 27 de outubro de 2021, mas acabou contraindo uma infecção pelo cateter do tempo de internação e acabou sendo internado na UTI por mais 13 dias.
Atualmente, ele faz intensa fisioterapia pulmonar e motora, mas ainda enfrenta sequelas renais, teve perda de força nos braços e pernas, também sofre com formigamento e choques no corpo.
Fora isso, segundo o Ministério Público, o major ainda lida com um grande trauma emocional causado pelo sentimento de impunidade e “desprezo” de seus companheiros de farda. O documento diz que ele “nunca mais foi o mesmo”.
Nota Marcelo Veloso
Falo na condição de advogado do TC Marcelo Veloso, que nega todas as acusações feitas na denúncia.
Jamais ocorreu tortura, e a imputação de tentativa de homicídio não tem embasamento jurídico. A suposta vítima teve complicações decorrentes da participação no curso de operações especiais; a assistência médica foi imediatamente prestada pelos acusados.
Sobre os pedidos cautelares de afastamento das atividades e entrega de armas, além de não haver aparência dos supostos crimes, falta contemporaneidade: os fatos alegados teriam ocorrido em em outubro de 2021, e de lá até hoje nenhum evento indica que o acusado tentou atrapalhar as investigações – pelo contrário, sempre adotou postura colaborativa.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Tânia (esq.) foi presa, acusada de assassinar a filha, Andréa (dir.) em 2007
Foto: Reprodução/Globo
Foragida da polícia há 17 anos, Tânia Djanira Melo Becker de Lorena foi presa neste sábado, 11, acusada de assassinar a própria filha, Andréa Rosa de Lorena, para ficar com a guarda do neto. A prisão foi realizada pela Polícia Militar do Paraná (PMPR) na cidade de Marilândia do Sul.
Andréa foi asfixiada depois de um almoço com a mãe e o padrasto, em 2007, em Quatro Barras. Everson Luís Cilian, o padrasto da vítima, também está preso. Tânia foi localizada em uma casa por meio de uma denúncia anônima e foi presa.
O programa Linha Direta, da TV Globo, exibiu na última semana a história do crime, e incentivou denúncias contra a acusada. A PM informou que Tânia vivia com um nome falso, e se apresentava como Lurdes.
Ela não resistiu à prisão e o mandado foi cumprido pelas autoridades. Tânia foi detida e encaminhada para o Sistema Prisional de Apucarana.
Tânia foi denunciada pelo Ministério Público em 2007 por homicídio triplamente qualificado e estava foragida desde então. Na época do crime, ela era casada com Everson, padrasto de Andréa, que também foi acusado pelo crime. Ele foi preso em 2022 e virou réu pelo caso em 2023 segundo o MP.
O processo contra Tânia e Everson tramita na comarca de Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba.
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Avô é preso suspeito de estuprar a neta e ameaçar matar os pais da vítima caso ela o denunciasse — Foto: Divulgação/Polícia Civil Avô é preso suspeito de estuprar a neta e ameaçar matar os pais da vítima caso ela o denunciasse — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Um homem de 41 anos foi preso suspeito de ter estuprado a própria neta em Amorinópolis, na região oeste de Goiás. A prisão foi feita depois de a vítima, de 9 anos, relatar os abusos para a mãe e narrar que o suspeito fazia ameaças dizendo que, se ela contasse algo para alguém, ele iria matar os pais dela.
Após a denúncia, a polícia iniciou a investigação e encaminhou a vítima para o Instituto Médico Legal (IML), onde foi submetida ao exame de corpo de delito que constatou um antiga ruptura do hímen. O resultado do exame condiz com o relato da vítima, que contou que os abusos começaram quando ela tinha 7 anos de idade.
O delegado Ramon Queiroz, responsável pelo caso, explicou ao g1 que o homem é casado com a avó da menina e que os abusos aconteciam durante as férias escolares, quando a vítima ia para a fazenda, onde o suspeito morava e trabalhava, na zona rural de Amorinópolis.
Diante disso, o suspeito foi preso na segunda-feira (6), com o cumprimento do mandado de prisão preventiva. O delegado informou ainda que a pena pelo crime do qual o avô é suspeito pode ser mais de 10 anos de prisão.
Ao g1, o advogado que acompanhou o suspeito na sede policial informou que, nesse momento, é muito precoce divulgar tese ou manifestação sobre o caso, já que as únicas provas que se tem até o momento, foram realizadas de forma forma unilateral, sem que haja a manifestação da defesa. Segundo o delegado Ramon, o suspeito ficou em silêncio durante o momento da prisão.
Vídeo mostra quando homem invade farmácia e atira contra idoso em Goiânia
O homem acusado de matar o ex-sogro em uma farmácia em Goiânia irá a júri popular por homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Felipe Gabriel Jardim Gonçalves matou João do Rosário Leão no dia 29 de junho de 2022 com um tiro na cabeça enquanto a vítima trabalhava numa farmácia no Setor Bueno.
A defesa do acusado alega que ele sofreu um surto psicótico quando cometeu o crime e que se sentia ameaçado pela família da ex. “Ele era constantemente ameaçado, estava com muito medo”, alegou Júlio Eduardo Seixo de Britto, advogado do acusado.
Ao g1, a defesa de Felipe argumentou ainda que o crime só foi cometido porque o acusado acreditava que João teria registrado uma ocorrência policial contra ele, na intenção de matá-lo dentro da prisão (nota completa abaixo). O boletim foi registrado depois que o acusado esteve na casa da vítima, apontou a arma para o ex-sogro e para Kennia e disparado para o alto.
Contrapondo o argumento da defesa, o laudo de sanidade mental realizado no âmbito da Justiça indicou que o acusado era responsável por seus atos quando cometeu o crime. A defesa atua no sentido de invalidar o laudo da Justiça, alegando parcialidade dos peritos na realização do exame (nota completa abaixo).
Para a filha da vítima, a decisão do júri popular já era esperada, pois acredita que as provas que comprovam a execução do crime e a sanidade do acusado são claras.
“O que a gente espera é que o júri seja marcado logo porque já vão fazer dois anos que a gente vive isso dia após dia, tentando que o julgamento aconteça e que ele receba a pena dele. Queremos que seja feita a justiça pelo meu pai, nada mais que isso”, declarou Kennia Yanka.
Felipe Gabriel Jardim é indiciado por crimes de violência contra a então namorada
Felipe Gabriel foi definido pela ex-namorada como um homem agressivo e hostil. “Todo mundo que conhecia o Felipe sabe que ele não teve surto psicótico nenhum, que ele era hostil, abusador, superagressivo com todo mundo. Então não teve nada de surto psicótico”, afirmou Kennia Yanka.
O acusado está preso desde junho de 2023, quando foi condenado a três anos de reclusão por ameaça e violência psicológica contra a Kennia.
Kennia e Felipe começaram a namorar em abril de 2021 e ele sempre se mostrou agressivo e hostil, de acordo com denúncia do Ministério Público. O acusado chegou a fazer uso ilegal de arma de fogo com registro do Exército para ameaçar Kênia e o filho dela, que tinha apenas 4 anos na época, diz texto da promotoria.
Kennia Yanka Silva Leão informou ainda que Felipe ligou para ela depois de cometer o crime: “Ele fala ‘morreu seu pai e eu vou atrás de você’”. Dois dias antes do assassinato, Felipe esteve em sua casa e disparou para o alto, além de apontar a arma para ela e para o pai, informou. Abalada com o ocorrido, ela estava medicada quando recebeu a ligação.
Mesmo assim, Yanka relatou ter iniciado o deslocamento até a farmácia, quando o pneu do carro furou e ela recebeu ajuda de populares e da Polícia Militar. Ela foi conduzida à delegacia, onde buscou se proteger e se informar sobre o pai.
NOTA – Defesa de Felipe Gabriel Jardim Gonçalves
Conforme consta nos autos, Felipe Gabriel, réu confesso, após receber uma ligação de sua ex namorada relatando que seu ex sogro tinha feito uma ocorrência policial com o intuito de colocá-lo na cadeia para poder matá-lo (Felipe sempre foi ameacado por João do Rosário e/ou por sua ex namorada – basta ver o vídeo no carro em que Felipe surtado diz “se me matarem eu mato todo mundo antes (não teria nem como né, ele já estaria mirto), e após essa ligação, Felipe teve sim um surto psicotico (a um laudo particular nos autos que indica que Felipe poderia nao estar ciente de todos seus atos), avisou claramente para kenia que estava indo ao encontro do senhor João do Rosário para resolverem isso. Kenia sabia que Felipe estava indo à farmácia e poderia ter avisado seu pai disso, mas não avisou. Senhor João do Rosário estava armado e Felipe completamente fora de si, muito que infelizmente, reagiu tragicamente a notícia constante que o senhor João do Rosário iria matá-lo. Resta agora o Júri soberano julgar se Felipe Gabriel agiu em legítima defesa e se é inimputável ou semi inimputável. Felipe não armou emboscada e possibilitou direito de defesa a seu João do Rosário ao confirmar para Kenia que iria ao encontro do senhor João do Rosário. Júlio Eduardo Seixo de Britto – Advogado criminalista