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Grupo nasceu em 2009 como projeto de extensão na Faculdade de Letras da UFG - Fotos: Divulgação
Grupo nasceu em 2009 como projeto de extensão na Faculdade de Letras da UFG – Fotos: Divulgação

O grupo Corpo de Voz, que trabalha com um projeto de oralização e dramatização da poesia, criado na Universidade Federal de Goiás (UFG), em 2009, como projeto de extensão universitária, estreia nesta sexta-feira, 26, no teatro Novo Ato, Crimeia Leste, o espetáculo performático com poetas e poesias recentes feitas em Goiás, o “Livro do Corpo de Voz”. A apresentação tem parceria da A Toca Coletivo (Sarau da Toca) e o apoio da empresa Equatorial Energia, através da Lei Goyazes de incentivo cultural do governo de Goiás.

Participam do projeto na dramatização das poesias, professores, músicos, escritores e estudantes da UFG. No elenco deste “Livro do Corpo de Voz”, estão Eugênia Fraietta, Helena Di Lorenza, Helissa Oliveira, Lucas Frazão, Luna Constantino, Jamesson Buarque, Maria Ritha Paixão, Tarsilla Couto de Brito, Thaise Monteiro, Tom Jr. e Zé Pedroso Araújo. A direção geral é do professor e diretor da Faculdades de Letras da UFG, Jamesson Buarque, com direção cênica da poeta e atriz Thaise Monteiro.

















A seleção dos poetas e poemas, segundo o diretor Jamesson Buarque, foi feita por integrantes do Corpo de Voz, sob curadoria de Eugênia Fraietta, Helissa Oliveira, Tarsilla Couto de Brito e Tom Jr. Os poemas integram parte da produção recente da poesia feita em Goiás que circula em livros, jornais, revistas, sites, blogs e redes sociais. Além de poetas do Corpo de Voz, no novo espetáculo há poemas de Beta Reis, Glauco Gonçalves e Mazinho Souza do movimento Goiânia Clandestina. Ao todo são 15 poemas, pelos quais se tem uma paisagem da poesia de Goiás produzida a partir de 2010.

Jamesson Buarque afirma que na seleção buscou-se manter um equilíbrio entre poetas homens e mulheres. “Os critérios pautam temas que escolho com apoio da equipe de crítica literária do Corpo de Voz: (Eugênia Fraietta, Helissa Oliveira, Tarsilla Couto de Brito e Tom Jr.). Procuramos manter um equilíbrio entre poetas homens e mulheres, às vezes, como no Livro das Águas, somente mulheres. Para o ‘Livro Corpo de Voz’, que vamos apresentar no Novo Ato, escolhemos poemas de poetas do grupo e convidados, porque todos atuam na cena literária goiana desde 2010”, diz.

O diretor fala também da estrutura criada para esta dramatização da poesia do livro Corpo de Voz, que será realizada pela primeira vez. “Para a cena (Thaise Monteiro é diretora de cena e sou diretor geral), fazemos leitura, mas a leitura é dramatizada e tem performance de voz e corpo; às vezes, usamos canto com ou sem atabaque e pandeiro; sempre nos vestimos de preto – somente no ‘Livro das Águas’, devido à homenagem a Iemanjá, nos vestimos de branco”, destaca.




Não é uma poesia que propriamente tenha um nome, mas tem um perfil marcante de resistência e não recorre a formalidades, tem uma linguagem mais despojada


Jamesson Buarque, diretor da Faculdade de Letras da UFG


Além de performar a poesia contemporânea feita em Goiás, Jameson é um estudioso desta nova cena, principalmente nos últimos dez anos. Em uma busca rápida na internet é fácil encontrar vídeos dele citando vários poetas e movimentos poéticos criados nessa nova vibe que ele define como uma poesia engajada, objetiva, com foco no vivido, linguagem direta, perfis identitários, de resistência e com linguagem despojada. “É um movimento que acompanha o Brasil e todo o mundo”, frisa.

Jamesson explica que a poesia produzida em Goiás hoje tem um perfil semelhante ao da poesia não somente produzida no Brasil em geral, mas também no Ocidente. “Os poemas, em sua maioria, não são extensos, são mais breves, tratam muito da experiência do vivido, com foco muito político em momentos do contexto nacional e local”, afirma.

“A linguagem é muito direta, não recorre a imagens mirabolantes, e há ênfase em perfis identitários (de mulher, de negritude, de LGBT+), bem como ênfase em condições críticas de vida devido à exploração do trabalho, à violência urbana, aos fascismos e coisas semelhantes. Não é uma poesia que propriamente tenha um nome, mas tem um perfil marcante de resistência e não recorre a formalidades, tem uma linguagem mais despojada.”

Corpo de Voz

A apresentação do espetáculo “Livro Corpo de Voz”, com poetas e poesias recentes de Goiás, é mais uma das muitas apresentações do grupo. O Corpo de Voz surgiu em 2009 na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás e desde então apresenta espetáculos de performance vocal e leitura dramática de poesia.

Dentre suas apresentações, em 2015, o Corpo de Voz fez uma temporada na Oficina Cultural Geppetto. Em 2016, participou das ações culturais do Dadá Spring Brasil, em comemoração aos 100 anos do dadaísmo. Em 2017, apresentou-se no Culturama devido aos 30 anos dos horrores do acidente com o Césio 137 em Goiânia.

Livro Corpo de Voz

Sexta, 26, a partir das 20h

Teatro Novo Ato

Rua Sebastião Fleury Curado, 193

Setor Criméia Leste

Entrada franca


Autor


Da redação ‘Uma visão sobre Goiás’ é o título do livro de arte a ser lançado em 24…

Da redação

‘Uma visão sobre Goiás’ é o título do livro de arte a ser lançado em 24 de abril, em Goiânia. Trata-se de uma concepção da empresária goiana Ana Flávia Machado, fundadora e CEO da empresa AFS Incorporação & Conceito — e, também, uma das sócias da empresa Agroquima.

Ilustrada com mais de 100 fotos de autoria do profissional João Farkas, a publicação detalha a natureza exuberante do estado, além de reunir relatos históricos sobre a formação de Goiás, seu importante desenvolvovimento econômico e experiências de pesquisa e desenvolvimetno que ajudaram a modificar o cerrado brasileiro. Discorre por trajetórias familiares e relatos afetivos, a partir da biografia do pai de Ana Flávia, o empresário Agripino Bastos Santos.

O livro começa contando o surgimento de Goiás, a partir da expedição de Bartolomeu Bueno Filho em 1722, pela área conhecida por Terra de Goyazes, então ocupada por cerca de 30 nações indígenas. O lugar virou, anos depois, o povoado de Sant’Anna e posteriormente, a Vila Boa de Goyás, atual cidade de Goiás Velho.

A obra relata vários episódios importantes para a formação do estado até chegar à limitação feita pelo primeiro governador nomeado pela então Capitania de Goiás, Dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos. E à transformação da capitania em província, em 1821.

Segue, em meio a datas e fatos precisos, até os tempos contemporâneos, destacando as dificuldades dos primeiros empresários do agronegócio, na década de 1960, em desbravar caminhos, as iniciativas de visionários que enxergaram na área um bom potencial para o desenvolvimento e o crescimento de Goiás até os dias atuais.

Agripino

Para executar esse trabalho, Ana Flávia tomou como fator primordial a trajetória de Agripino, já falecido, fundador da Agroquima, 55 anos atrás. Hoje, a empresa é considerada uma das três maiores do estado e uma das maiores no setor de agropecuária do país.

Um dos pontos fortes apresentados por ela é a importância dos estudos científicos realizados no cerrado goiano e também as parcerias feitas com cientistas e entidades de pesquisa, sobretudo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que por meio do incentivo dos empresários locais, criou a Embrapa Cerrados — responsável pelo desenvolvimento de técnicas que mudaram a visão anterior que se tinha sobre esse bioma na região.

Homenagem

“Quando pensei no projeto, a ideia principal foi homenagear o grande homem que foi meu pai. Um homem de hábitos simples, que tinha como maior alegria contemplar as águas mansas do Rio Araguaia, porém gigante em sua essência, com uma habilidade natural de se sentar à mesa e conversar da mesma forma com um homem do campo ou com uma autoridade”, explicou a empresária.

“Meu pai sempre foi generoso com todos que o buscassem por qualquer necessidade, se fazendo presente nos momentos mais difíceis na vida de seus amigos, família, ou pessoas que com ele trabalharam, nada esperando em troca, construindo assim relações de fidelidade e longevidade”, acrescentou.

Segundo contou, após avaliar toda a trajetória de Agripino, Ana Flávia percebeu que para falar sobre o seu legado, precisaria citar a história de amor que o pai tinha com a cidade de Goiânia e o estado de Goiás, que escolheu para viver. Motivo pelo qual quis incluir na obra outras histórias de homens, mulheres, empresários, trabalhadores e famílias que, como ele e a sua família, trouxeram juntos desenvolvimento e crescimento para o estado.

Com alguns acréscimos pitorescos, como um texto que consiste em declaração de amor a Goiás feita pelo atual governador, Ronaldo Caiado, e informações de muitos técnicos entrevistados para a obra, a publicação promete ser do tipo que se adquire, além da beleza. Daquelas que as pessoas levam para casa, leem, repetem a leitura e deixam sempre por perto.

 

Lançamento

Título: Uma visão sobre Goiás

Obra: Livro de arte

Data: 24 de abril

Concepção: Ana Flávia Machado

Fotos: João Farkas



Autor


Última atualização 09/04/2024 | 10:48

O livro O Avesso da Pele, do escritor Jeferson Tenório, retornará às escolas do Paraná e de Goiás, após decisão das secretarias de Educação dos respectivos estados. Em determinação de março, os governos paranaense e goiano tinham recolhido exemplares da obra em escolas e bibliotecas.

No sábado (6), em publicação na rede social da editora da obra, a Companhia das Letras, comemorou a decisão. “É com muita satisfação que informamos o retorno de O Avesso da Pele às escolas do Paraná e de Goiás, após seu injustificado e ilegal recolhimento. Felizmente a decisão foi revista pelas secretarias estaduais de Educação, e o livro volta a estar disponível para os alunos do ensino médio.”

Ao lembrar a determinação de recolhimento dos exemplares em ambos os estados, a editora considerou a iniciativa anterior “uma tentativa de censura baseada na interpretação distorcida e descontextualizada de trechos isolados do livro.

Diante da reverão da decisão das secretarias estaduais da Educação do Paraná e de Goiás, o escritor também se pronunciou em uma rede social no sábado. Jeferson Tenório agradeceu a mobilização contra a censura.

“Acho que esse episódio serve para nos deixar mais atentos a qualquer tentativa autoritária em relação aos livros e à arte. Os livros voltaram para onde deveriam estar: nas mãos dos estudantes. Viva a literatura!”, afirma o autor de O Avesso da Pele.

Em nota enviada à Agência Brasil nesta segunda-feira (8), a Secretaria de Estado da Educação do Paraná confirmou que a obra O Avesso da Pele será devolvida às escolas até o fim deste mês e informou sobre outras providências. “Um processo de orientações e sugestões à rede estadual deve ser conduzido ainda nesta semana com a recomendação da indicação do livro para o público adulto e estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA)”.

No fim da nota, a Secretaria da Educação paranaense destacou que, anteriormente, 34 escolas receberam a obra com direcionamento aos estudantes .Já a Secretaria de Estado da Educação de Goiás respondeu, em nota à Agência Brasil, que a obra passou por avaliação da equipe pedagógica. “Após a análise do conteúdo, o livro foi destinado para as escolas que atendem estudantes do ensino médio e para os centros de educação de jovens e adultos, passando a compor o acervo das bibliotecas das unidades escolares que atendem a estes públicos.”

A obra

O livro O Avesso da Pele já foi traduzido para 16 idiomas e ganhou o Jabuti, principal prêmio literário brasileiro, na categoria romance literário, em 2021. O livro trata de relações raciais, violência e identidade na história fictícia de Pedro, que, após a morte do pai, assassinado em uma abordagem policial, busca resgatar o passado da família e refazer os caminhos paternos.

O Avesso da Pele foi inscrito e avaliado pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) de 2022 para ser trabalhado no ensino médio de todo o país, assim como outros 530 títulos. À época, em nota, o Ministério da Educação (MEC) esclareceu que o livro foi aprovado por uma banca de especialistas.

Segundo o MEC, a escolha das obras literárias a serem adotadas em sala de aula é feita pelos educadores de cada escola, com base em um guia digital, com livros listados no programa PNLD. Somente após a solicitação dos próprios educadores, a pasta envia obras aos estados.



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