No Banner to display

5 de fevereiro de 2025
  • 15:54 Milei segue decisão de Trump e tira Argentina da OMS
  • 12:10 José Machado propõe prioridade para idosos em matrículas na EJA
  • 08:26 1ª sessão da Câmara de Aparecida é marcada por debates
  • 04:42 Google lucra US$ 30,972 bi no 4º tri de 2024 e cresce 31%
  • 00:56 CCJ vai analisar medida de José Machado que dispõe sobre a doação do excedente da merenda escolar


De autoria do deputado Coronel Adailton (Solidariedade), foi sancionada pelo Poder Executivo a Lei Estadual nº 23.227, de 14 de janeiro de 2025, originalmente projeto de lei nº 2621/24, que reconhece a Folia de Santos Reis, realizada no município de Nova Veneza, como Patrimônio Cultural e Imaterial Goiano.

A Folia de Santo Reis é realizada anualmente naquele município entre os dias 24 dezembro e 6 de janeiro. Trata-se de uma festa folclórica de origem católica, também tendo nomes como Reisado, Companhia de Reis ou Festa de Santos Reis. As celebrações ocorrem por mais de dez dias, com início na véspera de Natal e encerrando no dia 6 de janeiro, o mundialmente conhecido Dia de Reis.

Segundo a tradição cristã, essa teria sido a data em que os Três Reis Magos visitaram o recém-nascido Jesus e sua família, levando três presentes bem representativos: o ouro (símbolo da realeza), a mirra (representando a imortalidade) e o incenso (referência à espiritualidade e à fé).

O município de Nova Veneza tem 66 anos de emancipação política, distante 40 quilômetros de Goiânia, com 13.664 habitantes segundo o último senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estastítica (IBGE), colonizada por imigrantes italianos. Em 2024, a cidade recebeu o título de “Capital Italiana de Goiás”, por projeto de lei sancionado pelo governador Ronaldo Caiado (UB).

São quatro grupos de folia, com “giro” pela zona rural e urbana do município. O Grupo de Folia de São Sebastião, passa pela cidade e outros três grupos pelas regiões do Virador, Jerivá, Sousa e Serra. Seguindo a tradição o “Giro” têm início em 24 de dezembro e encerramento no dia 6 de janeiro. Nova Veneza tem também a tradição de realizar no primeiro domingo de fevereiro um encontro regional de folia, recebendo dez municípios vizinhos em uma grande festa.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


O distrito de Nova Fátima, em Hidrolândia, Goiás, celebrou a tradicional Folia de Reis entre os dias 9 e 11 de janeiro de 2025. O evento, que mistura devoção, cultura e forte senso comunitário, remonta a mais de 80 anos, sendo passado de geração em geração.

Segundo Silvio Quirino, secretário de Turismo, a Folia de Reis em Nova Fátima vai além de uma celebração religiosa, sendo um dos pilares para a preservação da identidade local.

“É uma festa que reúne os produtores rurais locais, e ela resgata essa tradição, dessa cultura que eles têm, em se reunir em nome da fé. Antigamente, eles se reuniam uma vez por ano, e geralmente era justamente nesse momento que podiam fazer as suas orações, fazer os seus pedidos de fé, para que tivessem suas bênçãos em seus pedidos mais variados. E eles se juntavam para poder fazer as orações e pedir por aquilo que tinham essa necessidade”, afirma.

Para o prefeito José Délio Júnior, o evento é essencial para manter viva a história da comunidade e, com a ajuda da prefeitura, está se expandindo cada vez mais.

“A Folia de Reis de Nova Fátima é de suma importância para o município. Ela resgata as tradições, os valores, a fé das pessoas. São mais de mil pessoas hoje participando dos pousos e dos almoços. A prefeitura tem patrocinado, ajudado na questão das tendas, do som, mesas, cadeiras, transporte dos foliões e uniformes. A gente tem tentado manter viva essa tradição, fazendo uma ajuda preponderante para que essa folia dê certo e se torne realidade”, afirma o prefeito.

Prefeito, José Délio Júnior, ressalta que uma de suas principais pautas é o resgate às tradições do município // Foto: Prefeitura de Hidrolândia

Leandro Franklin de Oliveira, coordenador da folia, agradeceu o apoio da prefeitura, mas explicou que a festa é organizada entre os próprios moradores, que oferecem suas residências como pouso para os foliões, onde eles se reúnem para cantar, orar e compartilhar refeições.

“As pessoas se prontificam de maneira voluntária e dizem: ‘Eu quero dar o café da manhã da saída, eu quero dar o almoço, eu quero dar o pouso.’ Quando não acontece essa manifestação voluntária, a gente vai até as casas e pede apoio. Isso une a comunidade de maneira cristã”, afirma Leandro.

Reginaldo Almeida participa da Folia de Reis há mais de 30 anos. Ele começou a frequentar a comemoração ainda criança e agora leva seu filho para participar da tradição.

“A fé é a motivação principal. Eu aprendi com meu pai e minha mãe, que sempre participaram. Agora a gente segue e passa para os filhos, para não deixar a tradição acabar”, afirma.

O vice-prefeito Weilington Leandro, que tem suas raízes no distrito de Nova Fátima, reforçou a importância de perpetuar a tradição para as novas gerações.

“Essa é uma festa tradicional aqui no distrito. A importância é resgatar a tradição e mostrar a cultura para nossas crianças. Entre os foliões, a maioria são jovens e crianças. É uma cultura que vai passando de pai para filho”, destaca.

Conheça mais sobre a Folia de Reis

Cerimônia conta com com músicas, orações e visitas às casas, fortalecendo a fé, a cultura e a união comunitária // Foto: Prefeitura de Hidrolândia

A Folia de Reis é uma celebração tradicional que ocorre entre o final de dezembro e o início de janeiro, relembrando a jornada dos Três Reis Magos até o local do nascimento de Jesus Cristo. Durante esse período, grupos chamados Companhias de Reis ou Ternos de Reis percorrem comunidades, visitando casas para anunciar o nascimento de Jesus e celebrar a visita dos Magos.

Cada grupo tem uma estrutura bem definida. O líder, chamado de mestre ou embaixador, conduz os cânticos e as orações, com o auxílio do contramestre. Representando os Reis Magos — Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar —, os integrantes simbolizam os sábios que levaram presentes ao Menino Jesus. Há também os palhaços, que, com trajes coloridos e máscaras, trazem alegria e afastam os maus espíritos.

Um destaque da celebração é o alferes, responsável por carregar a bandeira ou estandarte do grupo. Rica em detalhes, a bandeira é confeccionada com tecidos coloridos e adornada com imagens sagradas, como a Sagrada Família ou os próprios Reis Magos. Durante as visitas, ela é levada a todos os cômodos das casas, simbolizando bênçãos e proteção divina.

As músicas, conhecidas como loas, são um dos elementos mais marcantes da Folia. Com letras que narram passagens bíblicas sobre o nascimento de Jesus e a visita dos Reis Magos, elas também pedem bênçãos para as famílias visitadas. Os foliões utilizam instrumentos tradicionais, como viola, sanfona, pandeiro, reco-reco e tambor, criando uma atmosfera de reverência e alegria.

As visitas, chamadas de giras ou jornadas, seguem um ritual: ao chegar a uma casa, o grupo pede permissão para entrar. Com a autorização, iniciam as apresentações, que incluem músicas, danças e orações. Em retribuição, os moradores oferecem alimentos e bebidas, fortalecendo os laços de hospitalidade e união comunitária.

Outro momento especial são os pousos, paradas programadas para descanso e refeição. Organizadas por famílias ou comunidades, essas pausas são marcadas por celebrações que reforçam a solidariedade e o espírito de coletividade.



Autor Agatha Castro


Menina foi levada ao hospital por parentes e equipe médica tentou reanimar a menina, mas ela não resistiu aos ferimentos. Mãe detalhou que animal disparou com a menina e, em seguida, ela caiu.

Jennifer Taeme Morais dos Santos, que morreu após cair de cavalo durante Folia de Reis, em Alexânia — Foto: Arquivo pessoal/Gislane Ferreira

Uma menina de 9 anos morreu depois de cair de um cavalo em uma Folia de Reis, em Goiás. A família informou à polícia que Jennifer Taeme Morais dos Santos caiu depois do animal disparar com ela.

“O pai dela estava acompanhando ela e parou para arrumar o estribo do cavalo. De repente o cavalo disparou e ela permaneceu firme no cavalo. Meu esposo no outro cavalo não conseguiu alcançar. Quando conseguiu, ela já estava no chão”, detalhou a mãe, Gislane Ferreira.

O caso aconteceu na tarde de sábado (27).  A mãe contou que, após o acidente, a menina foi levada por eles ao Hospital Municipal de Alexânua, mas não resistiu aos ferimentos. O relato policial detalha que, após a queda, foi tentada reanimação na menina.

Após a morte da criança, o Instituto médico Legal (IML) e a Polícia Técnico-Científica foram acionados para os procedimentos necessários.

Fachada do Hospital Municipal de Alexânia, em Goiás — Foto: Divulgação/Prefeitura de Goiânia

Com informações: G1 Goiás



Autor