Médica suspeita de sequestrar bebê queria raptar uma menina, agiu sozinha e premeditou o crime, diz polícia
Lidiane 29 de julho de 2024
Cláudia Soares Alves está presa em Goiás desde que o crime aconteceu, em 24 de julho. Defesa diz que ela tem transtorno bipolar e, no momento dos fatos, se encontrava em crise psicótica. Claudia Soares Alves, de 42 anos, é a médica suspeita de raptar um bebê em Uberlândia, Minas Gerais,foi presa em Goiás
Reprodução/Redes Sociais
A médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos, presa e investigada por sequestrar uma recém-nascida no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (MG), agiu sozinha e planejou tudo que faria no dia do crime, tendo como objetivo pegar para si uma bebê do sexo feminino. É o que indicam as investigações da Polícia Civil de Goiás e Minas Gerais, em conjunto.
“Ela (Cláudia) entra no primeiro quarto. No primeiro quarto tem dois meninos recém-nascidos. Ela joga aquela conversa dela, conversa de médica. Entra no segundo quarto. No segundo quarto, tem um menino e tem uma menina. Ela estava à procura de uma menina e essa menina não necessariamente seria a que foi sequestrada”, disse o delegado Marcos Tadeu de Brito Brandão, delegado-chefe de Uberlândia, em entrevista ao Fantástico.
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O pai da recém-nascida sequestrada, Edison Ferreira Leandro Júnior, disse que quando Cláudia entrou no quarto, perguntou a todos se estavam precisando de alguma coisa, como se fosse um procedimento padrão. Ele, então, pediu para que ela o ajudasse, pois a filha parecia estar com fome, mas ainda não tinha conseguido pegar no peito da mãe.
“Como a minha menininha já estava com fome e não estava pegando o peito ainda, eu aproveitei e falei: ‘Se você puder trazer aquela fórmula, aquele leite lá no copinho’. Foi a brecha que ela precisava!”, narrou.
Cláudia está presa na Unidade Prisional Regional Feminina de Orizona, em Goiás, desde o dia 24 de julho, quando foi presa em flagrante, em Itumbiara, onde mora. Ela foi autuada por sequestro qualificado. A bebê voltou para a família e passa bem.
O advogado Vladimir Rezende, responsável pela defesa da médica, explicou que a cliente tem transtorno bipolar e, no momento dos fatos, se encontrava em crise psicótica, não tendo capacidade de discernir sobre o que estava fazendo.
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A investigada é neurologista e era professora da universidade ligada ao hospital. Segundo as investigações, ao chegar no hospital paramentada com luvas e máscara, Cláudia apresentou um crachá provisório, disse que se chamava Amanda e que iria cobrir a falta de outra funcionária.
À TV Anhanguera, o hospital informou que a segurança na unidade foi reforçada depois do episódio. Além disso, a gerente de Atenção à Saúde do hospital, Liliane Passos, disse que iniciou uma apuração interna sobre as circunstâncias e colabora com a investigação da polícia.
Entenda ponto a ponto a ação da mulher:
Vídeo mostra médica que levou recém-nascida do HC-UFU, em Uberlândia
Câmeras registraram o momento em que a mulher chegou de carro em frente ao HC-UFU, às 23h18;
Ela desce do veículo usando jaleco, touca, máscara, luvas de borracha e uma mochila amarela nas costas;
A mulher caminha até o hospital;
Às 23h43, a médica aparece andando pelos corredores;
Às 23h55, a mulher passa novamente pelas câmeras de monitoramento, já carregando a recém-nascida na mochila;
Ela entra pelo banco do motorista e sai logo em seguida.
Suspeita da vigilante
Em depoimento à polícia, uma vigilante do hospital narrou o momento em que a médica chegou à unidade. A funcionária disse que estranhou o argumento usado pela investigada e acionou a segurança.
“(A médica) falou que iria cobrir o serviço de uma das funcionárias que havia faltado. O nome passado pela autora (médica) foi Amanda. Em seguida, entrou no local. A (vigilante) teria desconfiado de sua atitude e entrado em contato com outros vigilantes e pediu para que averiguassem a situação”, afirma um trecho do depoimento.
“Ao mesmo tempo, (a vigilante) ligou para o setor da clínica médica e perguntou se realmente teria faltado algum funcionário e se teriam pedido para uma funcionária chamada Amanda cobrir a falta. E recebeu como resposta que nenhum funcionário de nome Amanda iria trabalhar naquele turno”, complementa o documento.
“A equipe de segurança teria encontrado a autora (médica), que teria respondido que iria tirar um plantão no setor de pediatria naquela data, porém, que ao chegar no local teria sido avisada que não iriam precisar mais dela, pois o quadro de funcionários do plantão já se encontrava completo”, conclui o relato.
Claudia Soares Alves, de 42 anos, é a médica suspeita de raptar um bebê em Uberlândia, Minas Gerais,foi presa em Goiás
Reprodução/Redes Sociais
A vigilante também disse à polícia que a equipe de segurança não revistou Cláudia, pois não têm autorização para isso. Além disso, “como a investigada estava com traje de funcionária, inclusive de crachá”, apenas a acompanharam até a saída.
A partir dos depoimentos e de imagens de câmeras de segurança, a polícia imagina que a recém-nascida sequestrada foi colocada pela médica dentro da mochila amarela que ela usava. Há relatos, inclusive, de que Cláudia tenha conversado com os seguranças enquanto a bebê estava dentro de sua mochila.
Prisão
De acordo com o delegado Anderson Pelágio, assim que a Polícia Civil de Goiás recebeu as informações sobre o sequestro, identificou o endereço da suspeita e foi até a casa dela. Lá, os policiais encontraram uma empregada doméstica que trabalha para Cláudia cuidando da recém-nascida. Naquele momento, a médica não estava em casa.
Em depoimento, a empregada doméstica relatou que, meses antes do crime, Cláudia contou a ela que estava grávida de dois meses, chegando a mostrar um exame que comprovava a gravidez, feito em maio deste ano. A empregada diz que não notou nenhum sinal de gravidez na patroa antes de ser informada do assunto naquela ocasião, mas que achava que ela estava “mais gordinha”.
A empregada doméstica trabalha com Cláudia há cerca de 4 anos e disse que se assustou ao ver a recém-nascida na casa. Também diz não acreditou que a menina fosse filha da patroa. Apesar disso, não fez perguntas e continuou suas atividades diárias na casa. Enquanto isso, a médica saiu dizendo que ia comprar coisas para a bebê.
“Ao chegar para trabalhar, sua empregadora Cláudia estava acordada com o bebê no carrinho. Sra Cláudia lhe chamou dizendo: ‘Vem cá, quero te mostrar uma coisa’. A depoente (empregada) pôde visualizar um carrinho com bebê, tendo sua empregadora explicado que: ‘Eu tive o neném antes da hora’”, afirma o trecho do depoimento.
Trecho depoimento de empregada doméstica que trabalha na casa de médica suspeita de sequestrar bebê em maternidade
Reprodução/TV Anhanguera
Parte da equipe resgatou a bebê e a levou imediatamente ao Hospital Municipal de Itumbiara, onde a menina passou por exames. Enquanto isso, outra parte da equipe continuou na casa de Cláudia, aguardando ela chegar.
Assim que a médica retornou, os policiais conseguiram abordá-la e encontraram dentro do carro dela um grande enxoval para uma bebê do sexo feminino, com peças novas, fraldas, banheira e até piscina infantil. Aos policiais, Cláudia justificou que o enxoval era um presente para sua empregada doméstica, que está grávida.
Mas, a polícia não credita nessa versão, pois a empregada doméstica está esperando um menino e todos os itens comprados no enxoval são para uma bebê do sexo feminino.
Vídeo mostra quando pai reencontra bebê levada de hospital por médica
O delegado diz que também não acredita que Cláudia esteja grávida ou tenha engravidado recentemente. Ele também não acredita na versão da defesa, de que a médica não tinha condições de saber o que estava fazendo quando sequestrou a recém-nascida. Para o delegado, tudo foi premeditado.
“Tudo indica que (a notícia da gravidez e o exame, vieram) para preparar esse enredo, para poder tranquilizar as partes que seriam próximas dela (da médica), para que ela recebesse essa criança. É claro que como a criança apareceu na residência e o prazo de dois meses é muito curto, isso causou estranheza”, afirmou o delegado.
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Fotos divulgadas pela Polícia Civil (PC) mostram alguns dos itens
Divulgação/Polícia Civil
VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Duas mulheres são baleadas por PM após uma delas se negar a ficar com ele na porta de boate em Goiânia, diz polícia
Lidiane 29 de julho de 2024
Mulheres foram hospitalizadas após serem baleadas nas pernas. Vídeo mostra confusão. Vídeo mostra briga entre frequentadores de boate em Goiânia
Duas mulheres foram baleadas por um policial militar após uma delas se negar a ficar com ele na porta de uma boate em Goiânia, segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar. De acordo com os relatos das vítimas, o suspeito, que se identificou como agente de segurança pública, se tornou agressivo e iniciou uma discussão no local após a rejeição. Um vídeo mostra o momento da confusão (veja acima).
O g1 não conseguiu contato com o suspeito. A reportagem também solicitou um posicionamento à Polícia Militar já que envolve um policial da corporação, mas não obteve retorno.
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O caso aconteceu na madrugada do último sábado (27), no Setor Marista. Segundo a PM, os policiais foram acionados para atender a ocorrência quando as vítimas já estavam hospitalizadas no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo).
A reportagem entrou em contato com o hospital, que informou não ter admitido as mulheres na unidade, com isso, o g1 não conseguiu atualizar o estado de saúde das baleadas.
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Imagens mostram momento em que mulheres brigam com homem suspeito de baleá-las em Goiânia
Reprodução/Redes Sociais
Entenda o caso
Ao chegarem na unidade de saúde, os policiais encontraram as mulheres feridas por balas, momento em que elas narraram o que aconteceu em frente à boate. De acordo com o relato, uma delas foi baleada na perna direita e a outra na perna esquerda.
Ainda segundo a PM, após a discussão, as mulheres e o policial saíram e foram embora. Em seguida, os carros dos envolvidos se cruzaram em um semáforo próximo do local, momento em que o PM disparou contra as vítimas.
Segundo a Polícia Civil, o autor dos disparos, que não teve o nome divulgado, se apresentou espontaneamente na delegacia e, por ter lesões no rosto por conta da briga, foi encaminhado para fazer um relatório médico. Os envolvidos no caso prestaram depoimentos para a apuração dos fatos.
Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou que instaurou procedimento para apurar todas as circunstâncias em que se deram os fatos. A instituição disse ainda que “em razão da própria natureza investigativa, o caso é mantido sob sigilo”.
Imagens mostram feridas nas pernas de mulheres baleadas em frente a boate de Goiânia, Goiás
Reprodução/Polícia Militar
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Duas mulheres são baleadas por homem após uma delas se negar a ficar com ele na porta de boate em Goiânia, diz polícia | Goiás
Lidiane 28 de julho de 2024
Vídeo mostra briga entre frequentadores de boate em Goiânia
Duas mulheres foram baleadas por um homem após uma delas se negar a ficar com ele na porta de uma boate em Goiânia, segundo a Polícia Militar (PM). De acordo com os relatos dos militares, o suspeito, que se identificou como agente de segurança pública, se tornou agressivo e iniciou uma discussão no local após a rejeição. Um vídeo mostra o momento da confusão (veja acima).
O g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem.
O caso aconteceu na madrugada do último sábado (27), no Setor Marista. Segundo a PM, os policiais foram acionados para atender a ocorrência quando as vítimas já estavam hospitalizadas no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo).
A reportagem entrou em contato com o hospital, que informou não ter admitido as mulheres na unidade, com isso, o g1 não conseguiu atualizar o estado de saúde das baleadas.
Ao chegarem na unidade de saúde, encontraram as mulheres feridas por balas, momento em que elas narraram o que aconteceu em frente à boate. De acordo com o relato, uma delas foi baleada na perna direita e a outra na perna esquerda.
Ainda segundo a PM, após a discussão em frente à boate, as mulheres e o suposto agente de segurança, saíram e foram embora. Em seguida, os carros dos envolvidos se cruzaram em um semáforo próximo do local, momento em que o homem disparou contra as vítimas.
Segundo a Polícia Civil, o autor dos disparos, que não teve o nome divulgado, se apresentou espontaneamente na delegacia e, por ter lesões no rosto por conta da briga, foi encaminhado para fazer um relatório médico. Os envolvidos no caso prestaram depoimentos para a apuração dos fatos.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Influencer internada em estado grave após complicações no parto teve embolia amniótica, diz família | Goiás
Lidiane 28 de julho de 2024
O parto de Zac, terceiro filho de Juliana, foi realizado na sexta-feira (26) em Iporá, no oeste goiano. De acordo com a irmã da influenciadora, Juliana teve uma descompensação cardiorrespiratória ainda na sala de parto.
Tatiana informou que a irmã sofreu uma embolia amniótica, que é quando o líquido da placenta cai na corrente sanguínea da mãe. A embolia, por sua vez, desencadeou a síndrome da angústia respiratória aguda (Sara), que é uma insuficiência respiratória causada por acúmulo de líquido nos pulmões.
“Ela está evoluindo bastante. A embolia tinha afetado a parte cardíaca e pulmonar, mas agora a parte cardíaca já está estável. Tiraram todas as medicações para o coração”, informou Tatiana.
A irmã da influenciadora declarou ainda que o quadro de saúde continua grave, “mas ela está com a evolução boa”.
De acordo com Tatiana, o parto da irmã foi agendado e feito com mais de 39 semanas de gestação. Juliana não teve nenhuma complicação durante a gravidez e não possui histórico de doença cardíaca ou respiratória.
“Não importa onde ela estivesse. Foi um acontecimento, uma raridade”, explicou Tatiana.
A irmã da influenciadora contou ainda que os partos dos outros dois filhos de Juliana ocorreram bem, sem nenhuma intercorrência.
“Vamos todos pedir a misericórdia de Deus! Eu creio que todos os anjos já estão lutando e agindo pela vida da minha irmã”, escreveu a empresária Mariana Perdomo.
A influenciador digital Juliana Perdomo acumula mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais. Em um de seus perfis, ela se define como “dona de casa que amar servir e cuidar dos meus”.
Juliana posta vídeos e textos com dicas e cuidados com a casa e com as crianças. Irmã de Mariana Perdomo, empresária dona de uma rede de confeitaria em Goiânia, ela também posta posta receitas de explica o passo a passo de pratos doces e salgados.
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Vencedora do Grammy Latino 2023 com o álbum TecnoShow, a cantora paraense Gaby Amarantos, que defende ativamente a Amazônia, movimentos negros, LGBTQIA+ e os direitos das mulheres, avalia que a autoestima da mulher negra e latino americana tem causado incômodo na sociedade.
Nascida na periferia de Belém do Pará, considerada uma multiartista amazônica, Gaby destaca ainda – em entrevista exclusiva à Agência Brasil – que o principal desafio do momento é superar o ofuscamento, de parte da sociedade, sobre a altivez das mulheres negras no Brasil.
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Gaby Amarantos se apresenta, em Brasília, na noite deste sábado (27), no Festival Latinidades, considerado o primeiro festival de mulheres negras do Brasil. Em seus 17 anos de existência, o evento tem se dedicado em mostrar a contribuição das mulheres negras para a sociedade em diferentes áreas, com destaque nas artes e cultura, e na promoção da equidade de gênero e raça. A programação completa pode ser vista aqui.
“Nós, mulheres afro-latinas brasileiras, a gente tem uma beleza sem igual, a gente tem o nosso colorido, a gente tem a nossa presença e a gente vê como isso é ofuscado, como isso incomoda. Então, acho que esse é um dos principais desafios para mim nesse momento”, disse em entrevista à Agência Brasil, que pode ser lida, na íntegra, abaixo.
Brasília (DF) 27/07/2024 -Cantora Gaby Amarantos
Foto: Gaby Amarantos/Intagram
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Brasília (DF) 27/07/2024 -Cantora Gaby Amarantos
Foto: Gaby Amarantos/Intagram
Cantora paraense se apresenta neste sábado no Museu da República, em Brasília. Foto: Por Gaby Amarantos/Intagram
Agência Brasil: Quais os principais desafios atuais das mulheres afro-latinas e africanas?
Gaby: Bom, acho que, para mim, atualmente, nessa fase da vida, um dos principais desafios é lidar com tanto poder, com tanta beleza. Lidar com a nossa autoestima, com as pessoas que não conseguem lidar com a nossa autoestima, com toda força que a gente tem, com todo talento que a gente tem e com a luz que a gente tem. Porque quando a gente chega, a gente ilumina. Nós, mulheres afro-latinas brasileiras, a gente tem uma beleza sem igual, a gente tem o nosso colorido, a gente tem a nossa presença e a gente vê como isso é ofuscado, como isso incomoda. Então, acho que esse é um dos principais desafios para mim nesse momento.
Agência Brasil: Como governos e sociedade têm dado resposta a esses desafios? Quais avanços já ocorreram?
Gaby: Acho que a gente percebe quando a gente vê essa pauta sendo discutida e as pessoas já entendem que isso é muito importante, nós falarmos sobre a questão do respeito, da valorização da mulher negra latino-americana caribenha. A gente vê isso muito bem refletido. Eu tenho uma filha de 8 anos e já vejo que o comportamento dela é diferente, porque ela tá entendendo a beleza dela, entendendo a beleza da cor da pele, do cabelo e de tudo que ela representa. Ela vai pra escola cheia de autoestima.
Então, acho que isso é tudo resultado de muitas das nossas lutas e da gente estar transformando essas lutas em vitórias, colhendo os frutos e continuando. Então, festivais e iniciativas como essa, que fazem a gente celebrar a nossa beleza, a nossa potência e a nossa existência, sabe, com muito luxo, com muito glamour, mas de olho também nas questões que a gente tem que ficar de olho, sem alienação e que colocam a gente num outro patamar, num outro lugar.
Agência Brasil: Como você espera que seu trabalho artístico possa ajudar a impulsionar as mulheres negras? O festival convida esse ano o público a ser fã de mulheres negras. Quais mulheres você gostaria que seu público também admirasse e fosse fã?
Gaby: Eu sempre gosto de trazer para o meu público e para os meus fãs, a representatividade da mulher do Norte, da mulher negra do Norte. Eu acredito que ela ainda precisa dentro dessa pauta, dessa discussão, de muito mais espaço e eu fico muito feliz que o Latinidades tem esse olhar, entendendo também a nossa beleza, a nossa potência. Nós somos mulheres da Amazônia, que vem dessa Floresta e que trazem a Ribeirinhidade, que trazem a força das ancestrais, dos banhos de cheiro, das Ervas.
Então, eu sempre falo muito dessas mulheres, sabe, das mulheres negras da Amazônia, de um modo geral. Vamos pensar em várias artistas, de vários segmentos e fazer com que o público se envolva cada vez mais nessa mulher que é periférica, que que tá na festa de aparelhagem, que tomar banho de rio, mas que é urbanizada, que é tecnológica, que é afro futurista e que faz parte desse lindo país chamado Brasil.
Com informação da Agência Brasil
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-07/autoestima-das-afro-latinas-causa-incomodo-diz-gaby-amarantos
Irmão que confessou ter matado PM a tiros agiu movido por ‘humilhação’ após discussão, diz defesa | Goiás
Lidiane 24 de julho de 2024
A defesa de Alexandre White Rodrigues Araújo disse que ele matou o irmão a tiros durante uma festa de família, em Uruaçu, porque se sentiu humilhado por ter sido espancado pelo parente. A vítima, o soldado Tiago White, celebrava a aprovação em um curso da Polícia Militar e o aniversário de 34 anos quando foi morto. Durante a discussão, o militar espancou o irmão, que revidou com os disparos. Alexandre continua preso de forma preventiva.
“Alexandre está bastante consternado com o acontecido. No mais, saliento que Alexandre nunca quis tal resultado, que agiu sem raciocínio, movido tão somente pela humilhação”, disse o advogado Martiniano Neto.
A defesa explicou ao g1 que as imagens e depoimentos colhidos pela Polícia Civil foram suficientes para elucidar o caso e que Alexandre “está bastante consternado com o acontecido” e que ele “nunca quis tal resultado”. O inquérito foi concluído e remetido ao Judiciário na segunda-feira (23) e, agora, o processo segue em segredo de Justiça.
A Polícia Civil indiciou Alexandre por homicídio e concordou com a motivação repassada pela defesa dele. Foram ouvidos diversos parentes dos dois durante a investigação. O delegado Sandro Leal Costa concluiu que a discussão inicial entre os irmãos se deu por questões financeiras de uma pizzaria que tinham em conjunto, além de outros assuntos pessoais.
O delegado afirmou, também, que os dois agiram sob efeito de álcool, já que a festa começou ao meio dia e se estendeu até a madrugada. Mas, o que verdadeiramente motivou o crime foi Alexandre ter sido espancado pelo irmão.
Vídeo mostra quando irmão é espancado, pega arma de policial e o mata durante aniversário
Para o delegado, Alexandre não deu chances de defesa ao irmão e, ainda, atirou com uma arma de uso restrito, que era a arma que Tiago usava no trabalho.
“Foi considerada a qualificadora uma vez que, cessadas as agressões físicas, o autor buscou a pistola institucional da vítima no quarto e partiu de encontro à vítima sem qualquer conversa ou discussão no caminho, desferindo dois disparos”, afirmou o delegado.
Apesar disso, o inquérito destaca que os irmãos eram unidos e ligados por bons laços afetivos e que, pelo que se pode constatar, Alexandre agiu “sob o domínio de violenta emoção”.
“A vítima era reconhecida como amigo e protetor dos demais irmãos, sem queixas anteriores de comportamento agressivo no seio familiar. O autor era caracterizado como pessoa calma e pacífica, sem registros criminais anteriores aos fatos, e que nutria pela vítima sentimentos de respeito e admiração por se tratar do irmão mais velho”, afirma o delegado.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Homem filmado dando soco em mulher durante show diz que bebeu e não se lembrava da agressão
Lidiane 22 de julho de 2024
Suspeito relatou para Polícia Militar que bebeu dois copos de uísque e que só soube da agressão pelo patrão dele, que mostrou o vídeo que circulou nas redes sociais. Ele foi preso em flagrante. Homem é preso após ser filmado dando soco na cabeça de mulher durante show em Goiás; vídeo
O homem de 28 anos que foi filmado dando um soco em uma mulher de 34 anos durante um show disse que bebeu dois copos de uísque e não se lembrava de ter agredido a vítima. Para a Polícia Militar, ele afirmou que soube da agressão pelo patrão dele, que mostrou o vídeo que circulava nas redes sociais.
O g1 não conseguiu contato da defesa do suspeito para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
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O vídeo foi feito durante um show que aconteceu em Caiapônia, na região oeste de Goiás, na sexta-feira (19). Nas imagens, é possível ver o momento em que o homem deu um soco na cabeça da mulher com quem ele estava tendo um relacionamento há duas semanas (veja acima).
“Quando eu comecei a beber, eu não lembro de nada do que eu fiz. Se me perguntar, eu vou falar a verdade: não lembro do que aconteceu”, relatou.
Segundo o relato dele para a Polícia Militar, ele recebeu, no dia seguinte, mensagens perguntando o que ele havia feito. Depois, o patrão dele mostrou o vídeo que estava nas redes sociais. “Eu lembro de beber dois copos de uísque. Do resto, eu não lembro de mais nada”, alegou.
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Homem é preso após ser filmado dando soco na cabeça de mulher durante show em Caiapônia; vídeo
Reprodução/TV Anhanguera
Prisão
Homem filmado dando soco em mulher durante show diz que não se lembrava da agressão
Com o vídeo da agressão circulando nas redes sociais, a Polícia Militar começou a fazer buscas para localizar e prender o suspeito. Em depoimento para PM, ele contou que conheceu a vítima em um espetinho e que foi para o show a convite da vítima.
Após o ocorrido, ele afirma que não entendeu a atitude da mulher. “Achei que, de certo, ela não gostou da companhia. Aí, fui saber que foi por que eu tinha agredido ela. Liguei para ela para pedir desculpas, mas eu estava bloqueado”, relatou.
De acordo com a Polícia Militar, depois localizar o suspeito, ele foi levado para delegacia da Polícia Civil e preso em flagrante por violência doméstica e lesão corporal dolosa.
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Velomar Rios amplia vantagem em Catalão e chega a 57,2%, diz pesquisa Fortiori
Lidiane 20 de julho de 2024
Pré-candidato a prefeitura de Catalão, Velomar Rios (MDB) registra preferência de 57,2% dos eleitores na pesquisa estimulada. (Foto: Divulgação).
O pré-candidato à prefeitura de Catalão, Velomar Rios (MDB), registra preferência de 57,2% dos eleitores na pesquisa estimulada realizada nos dias 16 e 17 de julho pelo Fortiori e contratada por Pedro Júnior/ Jornal O Catalão. Nesse cenário, onde o eleitor lê os nomes em uma cartela e escolhe qual o preferido, Elder Galdino (Republicanos), aparece como segundo colocado, com 17,3%. A diferença entre os pré-candidatos é de 39,9 pontos percentuais.
Na estimulada, foi questionado se as eleições fossem hoje, em quem o entrevistado votaria. Renato do Sindicato possui 7,2% das intenções de voto, seguido por Maria Moura com 2,0% das intenções de voto. Os indecisos somam 9,4%; nulos, brancos ou nenhum, 6,9%. Foram entrevistadas 400 pessoas. A margem de erro é de 4,9% e o intervalo de confiança, de 95%. Devidamente registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número GO-07265/2024.
Pesquisa espontânea
Segundo a pesquisa espontânea, na qual o eleitor responde sua opinião sem a sugestão de nomes, o pré-candidato Velomar também lidera com 35,6% das intenções de voto. Já o pré-candidato Elder Galdino aparece com 8,9%, em seguida está Renato do Sindicato com 3,5%, Maria Moura com 0,5% e Jardel Sebba com 0,2%. No total, 44,1% estão indecisos. Nulos e brancos, 5,4%.

Rejeição
Por fim, a pesquisa também avaliou o índice de rejeição, no qual aponta Maria Moura como a mais rejeitada, com 24,3%. Elder Galdino é o segundo, com 17,8%; Renato do Sindicato, em terceiro, com 12,4%, e Velomar Rios, com 10,1%. No total, 36,4% não rejeitariam nenhum e 5,7% rejeitariam todos.

Metodologia
A pesquisa foi realizada nos dias 16 e 17 de julho de 2024. Foram entrevistadas 400 pessoas. A margem de erro é de 4,9% e o intervalo de confiança, de 95%. Está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número GO-07265/2024.
A pesquisa quantitativa foi realizada por abordagem randômica, através de realização de entrevistas pessoais com aplicação de questionários estruturados junto à amostra definida da população. O trabalho de coleta de dados foi feito por entrevistadores treinados, acompanhados por supervisores. Foi feita uma checagem de 10% dos questionários, como determinam as normas para esse tipo de levantamento.
Pesquisa anterior
Na nova rodada da pesquisa Fortiori, a aprovação de Velomar está sete pontos a mais em relação à pesquisa de abril. Na pesquisa anterior, o pré-candidato à prefeitura de Catalão, Velomar Rios (MDB), registrava preferência de 50,2% dos eleitores na pesquisa estimulada realizada pelo Fortiori. Nesse cenário, onde o eleitor lê os nomes em uma cartela e escolhe qual o preferido, Elder Galdino (Republicanos), apareceu como segundo colocado, com 18,6%.
Segundo a pesquisa espontânea da pesquisa de abril, na qual o eleitor responde sua opinião sem a sugestão de nomes, o pré-candidato Velomar também liderava com 23,3% das intenções de voto. Já o pré-candidato Elder Galdino apareceu com 9,4%, em seguida estava Renato Ribeiro com 4,0% e Maria Moura com 0,2%.
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PMs do COD acusados de simular confronto com dois mortos sabiam quando iam ser presos e trocaram de celulares para dificultar investigação, diz polícia | Goiás
Lidiane 20 de julho de 2024
PMs do COD acusados de simular confronto com dois mortos sabiam quando iam ser presos
Os policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD), acusados de simular um confronto e matar dois homens, em Goiânia, sabiam quando seriam presos, trocaram de celulares e tinham um grupo de conversas para combinar versões do crime (ouça áudios trocados por eles acima). É o que diz um relatório feito pela Polícia Civil a partir da quebra do sigilo telefônico dos PMs.
O g1 entrou em contato com o advogado dos policiais militares, mas ele disse que não vai se manifestar por enquanto. O portal também solicitou nota à Polícia Militar de Goiás, que não respondeu até a última atualização da reportagem.
Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), Marines Pereira Gonçalves e Junio José de Aquino eram informantes dos PMs e tiravam proveito de crimes junto com eles. Os dois foram mortos no Setor Jaó, a 1,5 km do batalhão do COD, na tarde de 1º de abril. Um vídeo que vazou nas redes sociais no dia seguinte ao crime revela que nenhum dos dois reagiu à abordagem, mas ambos foram baleados com um fuzil.
A filmagem ainda mostra a possível simulação de confronto, em que um dos policiais aparece sacando uma pistola e atirando duas vezes. Outro militar tira outra arma da sacola e também dispara.
O relatório em questão, com o laudo da quebra do sigilo telefônico, foi encaminhado à Justiça na terça-feira (16) para ser anexado ao processo. Segundo o documento, desde que o crime aconteceu, até o dia 5 de abril, os policiais trocaram mensagens em um grupo de WhatsApp e combinaram as versões que dariam em depoimento sobre o suposto confronto, trocarem documentos do caso e outros detalhes. Em um áudio, obtido pela TV Anhanguera, um dos PMs diz:
“Eu queria saber o que se resolveu com o encarregado do inquérito lá. Vai assinar a novidade ou não vai? Na verdade, nós precisávamos saber disso, porque se for assinar não convém pedir férias não. Agora, se não for, e aí? Como é que vai ficar?”, diz o policial.
O documento também afirma que “todos (os PMs) sabiam que suas prisões seriam decretadas, inclusive, estavam esperando isso acontecer”. Um dos policiais enviou um áudio em que dava a entender que sabia que a polícia estava indo até a casa dele para prendê-lo. No dia 6 de abril, de fato, houve uma operação policial que cumpriu mandados de prisão e apreensão contra ele e outros colegas.
“Senhores, já estão vindo aqui para casa, viu? Já entra em contato com o advogado”, diz o PM no áudio.
O caso agora segue para a Justiça, que marcou para 12 de setembro a instrução processual, que representa o começo do processo judicial, para que os PMs possam ser interrogados e também julgados. Os policiais aguardam em liberdade, mas ficaram cerca de um mês e meio presos.
- 1º Tenente Alan Kardec Emanuel Franco
- 2º Tenente Wandson Reis Dos Santos
- 2º Sargento Marcos Jordão Francisco Pereira Moreira
- 3º Sargento Wellington Soares Monteiro
- Soldado Pablo Henrique Siqueira e Silva
- Soldado Diogo Eleuterio Ferreira
PM é filmado atirando contra carro e colocando arma dentro de veículo
Para os promotores, os policiais Marcos, Wandson, Wellington e Pablo Henrique participaram ativamente das mortes. Já Allan Kardec e Diogo, agiram descaracterizados para ajudarem na execução.
Segundo a denúncia do MPGO, os policiais armaram um encontro com as vítimas para que “algo” fosse entregue. Um vídeo, divulgado pelo g1, reforça a afirmação ao mostrar Júnio dizendo que tinha um compromisso para buscar um “trem” na sede do batalhão do COD, ao meio-dia de uma segunda-feira.
O local em que os dois homens foram executados fica a aproximadamente 2,2 quilômetros do batalhão. O crime também aconteceu, exatamente, em uma segunda-feira.
Segundo o MPGO, o carro das vítimas estava estacionado próximo ao meio-fio do Centro de Treinamento do Vila Nova Futebol Clube. Marines estava dentro do carro, sentado no banco do motorista, enquanto Junio estava em pé do lado de fora, próximo à porta dianteira direita, quando os policiais se aproximaram e dispararam contra as vítimas.
Uma investigação feita pela Corregedoria da Polícia Militar também concluiu que os PMs mentiram para justificar as ações e dificultar as investigações. No inquérito, é revelado que os policiais apresentaram diferentes versões sobre motivações, disparos e até horários da ocorrência.
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Empresária que denuncia ter sido presa por engano em aeroporto de Londres diz que passou mal na cela: ‘Estado de choque’ | Goiás
Lidiane 16 de julho de 2024
Brasileira denuncia ter sido presa por engano na frente da família no aeroporto de Londres
A empresária goiana Alline Fernandes Dutra, de 36 anos, viveu momentos de pânico após ser presa no aeroporto de Londres. Ao g1, ela denunciou que foi detida por engano e ficou por cerca de 30 horas em uma cela, onde chegou a passar mal por ansiedade. A mulher contou que foi algemada na frente dos filhos e do marido ao ser confundida com uma mulher de nome parecido que dirigiu bêbada.
“Entrei em desespero total, crise de choro, eu não conseguia contentar, não conseguia falar. Chegou um momento que eles me tiraram da cela, veio uma enfermeira me examinar, porque eu estava em estado de choque, em crise constante de desespero, de choro”, relembrou Alline.
A prisão aconteceu no dia 13 de junho deste ano quando Alline e a família estavam a caminho da Itália. Ela foi solta no fim da tarde do dia seguinte. No período que ficou presa, a empresária disse que teve que implorar por remédios para dor e ficou com fome.
“Eu tive que esmurrar a porta da cela para pedir remédio, eles não queriam me dar. Eu estava com fome, eu não tinha jantado, eles me deram uma refeição durante todo o dia, no segundo dia que fiquei presa”, desabafou.
Ao despachar as malas, três policiais abordaram a goiana perguntando se ela era a “Alinne Fernandes”. A brasileira respondeu que se chama “Alline Fernandes Dutra”. O nome das duas se diferencia no último sobrenome e na grafia, um tem dois “L’s” e o outro tem dois “N’s”.
- Suspeita do crime: Alinne Fernandes
- Goiana: Alline Fernandes Dutra
“Sou mãe de 2 filhos pequenos, trabalho honestamente no Reino Unido. E o que está acontecendo não pode ficar por isso mesmo. Fui tratada como uma criminosa o tempo todo, mesmo que claramente não tinham certeza se eu era a pessoa certa”, desabafou Alline.
Alline ficou presa das 11h do dia 13/06 às 17h do dia seguinte, quando foi à corte passar por uma audiência. Durante o julgamento, a foto da suspeita do crime não estava no processo, informações da incompatibilidade das digitais foram omitidas e o nome da brasileira foi adicionado ao documento da prisão da verdadeira culpada, segundo Alline.
“Após verem o vídeo da ‘Alinne Fernandes’ sendo presa em 2022, eles afirmaram que não era eu, e por isso fui solta em liberdade condicional com data marcada para retornar. Eu e minha família retornamos à corte no dia 28 para mais uma audiência, e para a minha defesa esclarecer de uma vez por todas o erro que a polícia britânica cometeu ao me prender indevidamente”, explicou.
Agora, a goiana deve andar com um documento que comprova sua inocência, em caso de abordagem policial, até que a verdadeira acusada do crime seja presa. Alline nasceu em Goiânia, mora no Reino Unido há 15 anos, e tem dupla nacionalidade, a brasileira e a italiana, por conta do avô.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral em Londres,informou que acompanha o caso e presta a assistência consular cabível à nacional brasileira. O g1 pediu informações à Polícia de Londres, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
No momento da prisão, Alline estava com o marido Joel Winston Petrie, cidadão inglês, e seus dois filhos de 3 e 1 ano, nascidos em Londres. Durante a abordagem, os policiais explicaram que o crime de “Alinne Fernandes” aconteceu em 16 de janeiro de 2022.
“Falei que não sei dirigir, não tenho carteira de motorista, e não estava nas redondezas onde a outra pessoa foi presa. Durante a minha prisão no aeroporto, a polícia se recusava a mostrar os dados que eles anotaram da suspeita presa em 2022, como data de nascimento, endereço, qual carro ela estava dirigindo ou onde ela foi presa”, relembrou Alline.
Segundo a empresária, até a foto tirada durante a prisão da verdadeira acusada, chamada de mugshot, era diferente dela. “A foto claramente não era eu! Quando meu marido questionou a polícia sobre a foto, eles disseram que era irrelevante o fato de que não era eu”, desabafou Alline.
Após alguns minutos de conversa, a goiana foi algemada na frente dos filhos. Ao g1, Alline contou que se machucou durante a prisão, mostrando o pé inchado e marcas nos punhos.
A brasileira foi levada algemada no camburão até uma cela e suas digitais foram colhidas. Alline disse que foi informada que se a impressão digital ficasse vermelha, indicaria que ela não era a pessoa que cometeu o crime em 2022.
“Após a minha impressão digital ter voltado vermelha, eles ainda me mantiveram presa e não me explicaram mais nada”, pontuou.
No dia 14/06, diante do juiz, Alline percebeu que a foto da verdadeira acusada não estava no processo e a polícia omitiu a informação da impressão digital, conforme contou a brasileira ao g1. Alline descobriu também que os dados que os policiais tinham em mãos não eram iguais aos dela.
“Percebi que a polícia havia editado o documento da prisão em 2022 adicionando o meu nome completo e endereço, deixando tudo mais confuso no sistema para parecer que eu tinha algo a ver com o crime”, completou.
O juiz só percebeu que algo estava errado quando o vídeo que mostrava a prisão da verdadeira acusada foi exibido na corte. Em seguida, ela foi solta em liberdade condicional com uma audiência marcada para retornar.
No dia 28/06, durante a última audiência na Barkingside Magistrates Court, em Londres, a Justiça reconheceu que Alline era inocente. No entanto, ela explicou que precisa andar com um documento que comprova o fato, até que a verdadeira culpada seja presa.
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