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16 de abril de 2025
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Luciano Vieira (Republicanos-RJ) afirma aguardar confirmação do ministro do STF; tese é defendida por Hugo Motta

O deputado federal Luciano Vieira (Republicanos-RJ) elogiou nesta 3ª feira (15.abr.2025) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e disse que buscará conciliação com o magistrado sobre as penas aplicadas aos condenados pelos atos extremistas de 8 de Janeiro. Vieira é ex-deputado do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, sigla mais interessada na aprovação do PL da anistia. 

“O ministro Alexandre de Moraes é um jurista respeitado, mestre em Direito, promotor de Justiça, foi secretário de Estado do governador Geraldo Alckmin e ministro da Justiça do presidente Michel Temer. Todos nomes ligados à arte da construção política, ao entendimento institucional. Ele conhece a política, conhece os bastidores e, acima de tudo, conhece a importância da estabilidade democrática”, afirmou o congressista durante discurso em plenário da Câmara. 

A conciliação entre o STF e o Congresso é a tese defendida pelo presidente da Casa Baixa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para a resolução do impasse envolvendo os condenados pelos atos de 8 de Janeiro. O deputado paraibano avalia que ficaria muito desgastado politicamente se pautasse a urgência do projeto. 

Além de elogiar Moraes e defender a conciliação entre os Poderes, Vieira defendeu que a Câmara discuta o tema com “responsabilidade”

Leia o discurso do deputado: 

“Subo a esta tribuna com apelo sincero e responsável, precisamos de encontrar o caminho da pacificação no seio desta Casa. A Câmara dos Deputados é palco legítimo de embate político, mas esse debate precisa ser feito com responsabilidade, espírito público e sobretudo compromisso com o Brasil. 

“Vivemos tempos de polarização extrema em que discursos raivosos, exclamados e puramente eleitorais se multiplicam, afastando-nos das soluções que o nosso país tanto precisa. Não podemos mais aceitar que a tribuna desta Casa seja usada para alimentar o ódio ou aprofundar divisões. Isso não nos leva a lugar algum. 

“Não é Brasília que precisa ser incendiada com palavras inflamadas é o Brasil que precisa ser reconstruído com serenidade, diálogo e responsabilidade. Os poderes da República são independentes como determina a Constituição, mas são também harmônicos entre si. Harmonia não é submissão, é convivência civilizada e respeito mútuo, e compromisso com a democracia. 

“Por isso venho aqui manifestar minha discordância com os ataques verbais que têm sido dirigidos contra o Supremo Tribunal Federal, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes.

“Discordar de decisões judiciais faz parte da democracia, mas agredir, insultar e desrespeitar apenas nos afasta da paz institucional e do diálogo necessário para que o Brasil avance. 

“Quero, inclusive, solicitar oficialmente uma audiência com o ministro Alexandre de Moraes, não para enfrentá-lo, mas para contribuir com a construção de uma ponte, de um canal de entendimento que nos permita discutir saídas e soluções. 

“Diálogo não é fraqueza. É, na verdade, o maior sinal de maturidade política. Falo com tranquilidade e convicção, fui candidato pelo Partido Liberal, votei no ex-presidente Jair Bolsonaro, mas não abro mão da responsabilidade que o mandato me confere, de buscar consenso em nome da pacificação do país.”



Autor Poder360 ·


Pesquisa mostra impacto do aumento de preços no varejo, com chocolate liderando reajustes

As vendas do varejo durante a Páscoa de 2025 devem somar R$ 3,36 bilhões, segundo projeção divulgada nesta 2ª feira (14.abr.2025) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O valor representa uma retração de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024, com ajuste pela inflação.

A variação nos preços dos produtos associados à data é apontada como fator principal para o resultado. O chocolate, por exemplo, deve ter alta média de 18,9%, o maior reajuste registrado desde 2012.

A elevação dos preços é atribuída à valorização do cacau no mercado internacional e à desvalorização do real, que passou de R$ 5 para R$ 5,80 no intervalo de um ano.

Outros itens tradicionais também devem apresentar aumento, como bacalhau (9,6%) e azeite de oliva (9%). A cesta de bens e serviços relacionados à Páscoa, composta por 8 itens, deve registrar alta média de 7,4% em relação a 2024.

O volume de importações acompanha essa tendência de desaceleração. Em março, a entrada de chocolates importados caiu 17,6%, e a de bacalhau, 11,7%, ambos em volume.

Entre os Estados, São Paulo deve concentrar o maior volume de vendas, estimado em R$ 923,29 milhões. Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul seguem na sequência, representando, junto com São Paulo, mais da metade da receita nacional para a data. Bahia e Rio Grande do Sul devem registrar as maiores quedas percentuais nas vendas.



Autor Poder360 ·


Leandro Echeniche declarou que o ex-presidente fez exames de imagem e laboratoriais e que decidirá a conduta quando os resultados ficarem prontos

O médico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 70 anos, Leandro Echeniche, declarou na noite deste sábado (12.abr.2025) que o político está estável, sem dores e intercorrências. Declarou que já realizou exames de imagem e laboratoriais e que, depois que tiver os resultados, decidirá qual será o próximo passo.

Caso decida-se por uma cirurgia, o médico falou que o procedimento será uma cirurgia extensa, para fazer a desobstrução intestinal do ex-presidente. Quem conduziria o procedimento seria o o médico Cláudio Birolini, diretor do Serviço de Cirurgia Eletiva do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Assista (5min12s):

Bolsonaro deu entrada no DF Star por volta das 22h deste sábado.

O ex-presidente estava viajando pelo interior do Rio Grande do Norte e, por causa de um mal-estar, teve que ser atendido no hospital de Santa Cruz (RN). Depois, foi transferido de helicóptero para a capital. 

Ele deu entrada no Hospital Rio Grande com quadro de obstrução intestinal, em decorrência da facada que levou em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral, em 2018.

O senador Rogério Marinho (PL-RN), que acompanhava Bolsonaro na viagem, disse que o ex-presidente chegou ao DF Star bem-humorado e até perguntou sobre o resultado do jogo entre Corinthians e Palmeiras, que se enfrentaram no Campeonato Brasileiro.

“Está absolutamente tranquilo e com uma equipe de médicos de sua confiança e que o acompanha desde 2018. São pessoas que têm todo o conhecimento da forma como o presidente se comporta. Ele está no hospital que foi escolhido pela sua equipe médica. Está confortável e a família está acompanhando, tanto a dona Michelle, como o Flávio e os outros filhos estão sabendo o que está se passando”.



Autor Poder360 ·


Deputado do Psol afirma estar sendo perseguido pelo ex-presidente Arthur Lira por conta de disputas políticas envolvendo emendas

Depois de o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar ter aprovado a cassação do mandato de Glauber Braga (Psol-RJ) nesta 4ª feira (9.abr.2025), o congressista disse que irá “até o limite” para reverter a decisão do colegiado. Ele afirma estar sendo perseguido por conta de disputas políticas iniciadas contra o ex-presidente da Casa Baixa Arhur Lira (PP-AL) em episódio envolvendo o uso de emendas parlamentares. 

“Vamos utilizar todos os instrumentos que estiverem à nossa disposição, todos os recursos que sejam cabíveis para fazer essa disputa política até o limite. E quando eu digo até o limite, é até o limite mesmo. Eu não proporia o que eu propus aqui no dia de hoje se não tivesse com a disposição de levar essa decisão às últimas consequências”, afirmou Glauber Braga a jornalistas. 

Glauber Braga e seu partido foram responsáveis por iniciar a ação judicial que fez o STF (Supremo Tribunal Federal) travar a destinação de emendas, em 2024. Na oportunidade, o congressista carioca disse que Lira “sequestra” o Orçamento com a execução de emendas de congressistas.

O deputado do Psol não explicou quais medidas ele e sua legenda irão utilizar para reverter uma eventual cassação. Ele anunciou, porém, que fará uma greve de fome até que o caso seja decidido em definitivo.

“Tomei, sim, a decisão de utilizar a tática mais radical do ponto de vista político que um militante pode fazê-lo. Eu hoje tomo a decisão de que vou permanecer aqui nesta sala, permanecer no Congresso Nacional, até a finalização do processo. No dia de hoje, eu já iniciei, porque eu estou o dia inteiro em jejum e eu, a partir de agora, não vou, até o fechamento desse processo, me alimentar”, declarou Glauber.

ENTENDA

O Conselho de Ética da Câmara aprovou nesta 4ª feira (9.abr.2025) o pedido de cassação de Glauber Braga por 13 votos a 5 nesta 4ª feira (9.abr). Isso, no entanto, não resulta na perda imediata do mandato. O processo, agora, segue para o plenário da Casa, onde são necessários ao menos 257 votos favoráveis para a cassação ser confirmada.

Glauber Braga responde a um processo por agredir, em abril de 2024, o youtuber Gabriel Costenaro, integrante do MBL (Movimento Brasil Livre). 

O congressista disse, à época, que havia sido provocado e, por isso, se sentiu intimidado pelo ativista do MBL. Gabriel, por sua vez, afirmou que foi abordado pelo deputado enquanto almoçava e, então, expulso aos pontapés da Casa Baixa.

Depois do caso, o Novo enviou à Mesa da Câmara o pedido de cassação do mandato do deputado carioca. Arthur Lira acatou a solicitação e encaminhou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Assista (29s):


Este texto foi produzido pelo estagiário de jornalismo José Luis Costa sob a supervisão do editor Augusto Leite.



Autor Poder360 ·


Parte das tarifas anunciadas pelo republicano em 2 de abril entrou em vigor nesta 4ª feira (9.abr); desencadearam uma guerra comercial global

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano) disse na 3ª feira (8.abr.2025) que líderes mundiais estão “puxando seu saco” para negociar as tarifas impostas pela Casa Branca. As novas taxas entraram em vigor nesta 4ª feira (9.abr). 

A declaração de Trump foi feita durante seu discurso em um jantar do Comitê Nacional Republicano do Congresso. O republicano usou a expressão “kissing my ass”, cuja tradução literal é “beijando o meu traseiro”. Ela pode ser traduzida para o português como bajular ou puxar o saco. 

Parte das tarifas anunciadas por Trump em 2 de abril entrou em vigor nesta 4ª feira (9.abr). Elas desencadearam uma guerra comercial global, com países planejando medidas retaliatórias e buscando negociar com os EUA. 

Estou te falando, esses países estão nos ligando, puxando o meu saco. Eles estão doidos para fazer um acordo. ‘Por favor, por favor, senhor, me deixe fazer um acordo. Eu faço qualquer coisa, senhor’”, disse Trump.

Assista:

O principal país atingido pelo tarifaço de Trump foi a China. A nação já havia sido taxada em 20%. Em 2 de abril, o presidente norte-americano anunciou novas tarifas de 34%, fazendo com que os produtos chineses fossem taxados em 54%, no total.

Na 6ª feira (4.abr), o governo chinês anunciou que iria impor tarifas de 34% sobre os produtos norte-americanos. Trump deu um prazo para que a China desistisse de retaliar os EUA. Pequim manteve o posicionamento.

Em resposta, a Casa Branca comunicou que aplicará tarifas ainda maiores, de 104%, ao país asiático a partir desta 4ª feira (9.abr).


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Ministro citou mobilização da região para dizer que Belém conseguirá hospedar todos os visitantes; ele também criticou fusão da Azul com a Gol

O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que Belém (PA) terá estrutura adequada para receber as delegações visitantes durante a COP30, marcada para novembro de 2025. O ministro também citou o Círio de Nazaré e o Festival Folclórico de Parintins como exemplos de eventos realizados na região para sustentar que a Amazônia está preparada para receber visitantes de todo o mundo na COP30.

Nós temos o Círio de Nazaré, que movimenta mais de 2 milhões de pessoas em um dia. No ano passado, recebemos quase 90.000 turistas na cidade de Belém durante o período. […] Temos, na Amazônia, um dos maiores festivais culturais do planeta, que é o Festival de Parintins, onde a população da cidade, de cerca de 100 mil habitantes, mais que dobra durante o festival”, disse Sabino, em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, nesta 2ª feira (7.abr.2025).

Segundo o ministro, além da ampliação da rede hoteleira, os turistas poderão se hospedar em casas de moradores e em embarcações que ficarão ancoradas na capital paraense. “Não tenho dúvida de que o povo do Pará vai saber hospedar de forma carinhosa e também confortável. […] Vai ser suficiente, vai dar certo. E é muito comum as pessoas se hospedarem em barcos e em casas de família, em residências cujos proprietários alugam seus imóveis”, afirmou.

De acordo com o ministro, 2 embarcações de grande porte devem aportar em Belém durante a COP30 e oferecer mais de 5.000 leitos. A expectativa do governo é que a entrada dessas acomodações no mercado ajude a controlar os preços das diárias na cidade.

Quando esses leitos entrarem no mercado, já vai haver uma equalização no valor das hospedagens disponíveis. Vamos ter acomodações em residências, apartamentos e casas de cidadãos paraenses que as disponibilizarão para aluguel, além dos hotéis e da ampliação da rede hoteleira em curso”, disse Sabino.

Fusão entre Azul e Gol

Durante a entrevista, o ministro também foi questionado sobre a fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol, anunciada em janeiro de 2025. Segundo ele, ainda não se trata de uma junção das duas empresas, mas de uma situação em que terão os mesmos acionistas majoritários.

Quanto ao impacto dessa mudança nas passagens aéreas no Brasil, Sabino afirmou que o governo trabalha para incentivar o aumento da oferta de voos e, assim, mitigar possíveis aumentos de tarifas, mas declarou que, em sua opinião, a fusão não deveria ocorrer.

O fato é que essa aquisição de ações de uma companhia por acionistas de outra ainda não está claramente configurada como uma fusão entre as duas empresas. […] O governo brasileiro trabalha para ampliar cada vez mais a oferta e a frequência de voos no nosso país. […] Meu posicionamento pessoal é de que não deveria haver fusão entre essas duas companhias, mas tenho pouca interferência nesse assunto”, afirmou.



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O governador do Rio criticou o governo federal, dizendo não ter recebido nenhuma ligação; a ministra negou qualquer omissão

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), disse neste domingo (6.abr.2025) que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), faz “exploração política” das chuvas no Estado. Ele criticou no sábado (5.abr) a falta de contato do governo federal com a administração estadual para lidar com a situação emergencial em diferentes áreas do Rio.

“Lamento que o governador Cláudio Castro queira fazer exploração política de um desastre que afeta a vida de centenas de pessoas. Ao contrário do que ele disse, o governo federal não se omitiu diante das fortes chuvas no Rio neste fim de semana”, escreveu em sua conta no X.

Segundo a ministra, não houve omissão do governo federal e seu ministério está em contato com os prefeitos para reconhecer a situação de emergência nas cidades atingidas pela chuva.

Castro criticou a União em entrevista com jornalistas no sábado: “Eles geralmente não se interessam muito no que o povo passa ou não. Não teve nenhuma ligação para o governo do Estado, nada. As preocupações deles são outras, não são geralmente da vida das pessoas, não”.

Chuvas no Rio de Janeiro

Fortes chuvas atingiram Angra dos Reis, região da Costa Verde do Rio de Janeiro, na madrugada de sábado (5.abr). O temporal causou alagamentos e inundações em toda a cidade e deixou mais de 200 pessoas desalojadas.

A Defesa Civil recebeu solicitações para 9 cortes de árvores que caíram sobre residências e interditaram ruas em vários locais da cidade. Nos bairros Belém, Morro da Velha, Carioca, Praia do Machado e Frade foram registrados deslizamentos de encostas sem vítimas ou feridos. Também foram registrados pontos de inundação e alagamentos em locais como os rios Japuíba e Caputera, Pontal, Parque Belém, Village, Parque Mambucaba e Camorim.

A concessionária CCR interditou parcialmente a rodovia Rio-Santos nos km 542 ao 528 (Paraty), 503 ao 500 (Angra dos Reis), 473 ao 455 (Angra dos Reis) e 433 ao 428 (Mangaratiba), por conta do risco de deslizamentos de terra.

O governador afirmou que o Estado está em “atenção total” com as chuvas que atingem a região desde 6ª feira (4.abr). “Dos 470 pontos de monitoramento, não chove apenas em 100, podemos dizer que está chovendo no Estado inteiro”, disse o político em entrevista a jornalistas.

Castro afirmou que a chuva está “estacionada” em Angra dos Reis, um dos municípios mais atingidos, mas que outras cidades foram afetadas, como Petrópolis (onde o governador deu a entrevista). Ele declarou também que há uma preocupação com o norte e noroeste do Estado, uma vez que o temporal pode subir para Minas Gerais.

Assista ao vídeo de Castro (5min54s):



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Ministro disse que as regras para reduzir a letalidade policial visam uma “volta dos valores” que os agentes de segurança devem ter

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux afirmou nesta 5ª feira (3.abr.2025) conhecer a polícia do Estado do Rio e disse que é composta, em sua maioria, por homens vocacionados a defender a sociedade. A fala foi dada durante o julgamento que definiu regras para reduzir a letalidade decorrente de operações policiais no Rio.

“Sou cidadão do Estado do Rio de Janeiro, conheço a polícia do Rio de Janeiro e posso afirmar que 99% são de homens vocacionados à defesa da sociedade. E com esses controles vão voltar a ter os valores que eles devem ter”, declarou Fux.

O magistrado também destacou que as regras determinadas na sessão desta 5ª feira não têm a intenção de imobilizar a atuação da polícia, mas delimitar um controle e uma transparência para que não haja confusão “indevida” em relação aos agentes públicos do Estado.

Estiveram presentes na sessão o governador do Estado Cláudio Castro (PL), o prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD), além da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco e representantes dos movimentos sociais contra a violência.

ADPF DAS FAVELAS

Conhecida como “ADPF das Favelas”, a ação surgiu de um esforço de movimentos sociais com o objetivo de reduzir casos de violações cometidos pelas forças policiais em operações. 

Ganhou projeção pelas decisões liminares (urgentes) que foram dadas no processo, como a suspensão de operações policiais durante a pandemia da covid-19 e a solicitação de que policiais utilizem câmeras em seus uniformes.

A ação foi protocolada em 2019 pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), que alega que a política de segurança pública do Rio de Janeiro viola princípios constitucionais, como o da dignidade da pessoa humana, e direitos fundamentais à vida, à igualdade e à segurança.

A sigla aponta um quadro de “grave violação generalizada de direitos humanos”, que se deu com o descumprimento da sentença da Corte IDH (Corte Interamericana de Direitos Humanos), no caso Favela Nova Brasília. O acordo reconhece omissão relevante e demora do Estado do Rio de Janeiro na elaboração de um plano para a redução da letalidade dos agentes de segurança. As decisões da Corte IDH são vinculantes para o Estado brasileiro. 

A análise pelo plenário do STF teve início em novembro de 2024, quando houve a leitura do relatório e as sustentações orais. Estiveram na sessão o governador Cláudio Castro e a família da vereadora assassinada em 2018, Marielle Franco (PSol-RJ).



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Presidente da Câmara tenta consenso sobre urgência da proposta e prioriza liberação de emendas

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou em discurso nesta 3ª feira (1º.abr.2025) ser “hora de equilíbrio” e de agir com “desprendimento político”, sem o que ele chamou de “falsos heroísmos”.

As declarações foram dadas no dia em que a bancada do PL (do ex-presidente Jair Bolsonaro) na Casa Baixa sinalizou que fará “obstrução total” enquanto Motta não pautar a urgência (que acelera a tramitação) do projeto de lei que anistia condenados pelo 8 de Janeiro.

“Não é hora de seguirmos ninguém, mas de agirmos com desprendimento político, sem qualquer tipo de mesquinhez, e de agirmos com altivez, mas sem falsos heroísmos. É hora de equilíbrio, de pragmatismo e de buscarmos acertar e não nos desviarmos para o erro fácil. O povo espera de nós responsabilidade e lealdade, e iremos cumprir o nosso dever”, disse o deputado paraibano.

Motta se reuniu nesta 3ª feira (1º.abr) com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), para discutir o tema. Em busca de consenso, afirmou que dialogaria com líderes de outros partidos, mas destacou que a prioridade é a liberação de emendas às legendas.

PL DA RECIPROCIDADE

Ao abrir a Ordem do Dia, Motta também fez referência ao projeto de lei para autorizar a adotar reciprocidade tarifária e ambiental no comércio do Brasil com outros países –que ganhou força depois das últimas medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), que ampliou para 25% a taxa de importação de aço e alumínio brasileiros.

O texto foi aprovado no Senado com o apoio do governo e da oposição nesta 3ª feira (1º.abr) e, ao Poder360, o presidente da Câmara disse que a proposta será votada na 4ª feira (2.abr) na Casa Baixa.

“Este episódio entre os Estados Unidos e o Brasil deve nos ensinar, definitivamente, que nas horas mais importantes não existe um Brasil de esquerda ou um Brasil de direita. Existe apenas o povo brasileiro. E nós, representantes do povo, temos de ter a capacidade de defender o povo acima de nossas diferenças”, afirmou Motta.

Ele declarou ainda que “ninguém é dono do povo e ninguém pode falar pelo povo”.

“É isso que o povo espera de nós. Que pensemos diferente, sim, mas não quando o nosso povo está ameaçado. Quando o povo pode correr qualquer tipo de perigo, temos de nos unir, porque, antes de tudo, acima de tudo, está o povo, e tudo fica menor quando a referência é o povo.”

APOIO AO PL DA ANISTIA

O PL (Partido Liberal), do ex-presidente Jair Bolsonaro, é o maior interessado pelo projeto. Na semana anterior, a legenda fez uma “obstrução parcial” em retaliação à aceitação da denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) contra Bolsonaro e outros 7, que viraram réus por tentativa de golpe de Estado.

A oposição tem pressionado Hugo Motta a pautar o texto desde o início do Ano Legislativo, em fevereiro. Sóstenes Cavalcante afirma que outros 8 líderes partidos já se comprometeram a apoiar o texto. Segundo ele, as legendas que apoiam o PL da anistia são: 

  • PL;
  • União Brasil;
  • Progressistas;
  • Republicanos;
  • PSD;
  • Podemos;
  • Novo;
  • PSDB.

Juntas, as siglas contabilizam 322 deputados. Se isso for confirmado, Sóstenes vai apresentar na 5ª feira (3.abr) o requerimento para que o texto seja votado com urgência na Câmara.

A oposição ainda tenta o apoio do Solidariedade. Porém, o presidente da sigla, deputado Paulinho da Força (SP), não apoiará o texto.

Esta reportagem foi escrita pelo estagiário de jornalismo José Luis Costa sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.



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Deputado do Psol discursou neste domingo (30.mar) em ato contra a PL da anistia 2.858, em São Paulo

O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) disse neste domingo (30.mar.2025) que vai “levar marmita da Cozinha Solidária” para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na prisão. Declaração ocorreu durante discurso em ato contra a anistia realizado no bairro do Paraíso, zona sul de São Paulo.

“Quando Bolsonaro se elegeu, ele disse que ia botar a esquerda na cadeia, vocês se lembram? Mas o mundo gira e nós ainda vamos ter oportunidade de pegar a comissão de direitos humanos da Câmara. E levar marmita da cozinha solidária para ele lá na Papuda, declarou Boulos mencionando o projeto social que coordena em São Paulo, que distribui refeições gratuitas para pessoas em situação de vulnerabilidade.

A fala provocativa se deu durante a manifestação que reuniu opositores ao PL 2.858 de 2022 (íntegra – PDF – 118kb), projeto que propõe anistiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A declaração foi recebida com aplausos pelos presentes, que também entoavam gritos de “sem anistia” durante o evento.

BOLSONARO RÉU

A menção à possível prisão de Bolsonaro refere-se à recente decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que aceitou denúncia da Procuradoria Geral da República. O ex-presidente e outros 7 aliados tornaram-se réus por tentativa de golpe de Estado em 2022.

O ato em São Paulo foi convocado como resposta direta à manifestação liderada por Bolsonaro em 16 de março, em Copacabana, no Rio de Janeiro. O ex-presidente reuniu apoiadores que pediam a aprovação do projeto de anistia.



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