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9 de maio de 2024
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A Câmara de Anápolis realizou sessão solene, na noite desta quarta-feira (10.abr), para entrega da Medalha Dulce de Faria a 37 mulheres de destaque na sociedade. A honraria, instituída em 2011, leva o nome da primeira-dama da cidade que teve papel relevante na criação de políticas públicas voltadas para a área social.

A solenidade foi conduzida pela vereadora Andreia Rezende (Avante), a convite do presidente Dominguinhos do Cedro (PDT), e contou com as presenças do prefeito Roberto Naves (Republicanos) e da primeira-dama Vivian Naves, deputada estadual pelo PP. Também esteve presente o deputado estadual Amilton Filho (MDB).

Compuseram a mesa diretiva da solenidade o vice-presidente Jakson Charles (PSB) e as vereadoras Dra. Trícia Barreto (MDB), Seliane da SOS (MDB), Cleide Hilário (Republicanos) e Thaís Souza (Republicanos).

Em discurso, a deputada Vivian destacou a importância da honraria e a necessidade que agentes públicos continuem promovendo a participação ativa das mulheres. “Por mais mulheres na política, na construção civil, no Judiciário, ocupando posição de liderança, fazendo a diferença”, ressaltou.

As vereadoras Seliane e Dra. Trícia mencionaram o papel da mulher na sociedade e a importância de o poder público fazer parte da construção de uma sociedade mais igualitária.

Em sua fala, Andreia Rezende lembrou que Dulce de Faria foi uma mulher de fibra e coragem, pois criou um dos maiores programas sociais de Goiás, o Dom Bosco. “Por isso, essa honraria que leva o nome da primeira-dama consagra a história das mulheres homenageadas nesta noite”, destacou.

Andreia comentou que a pergunta que mais ouviu foi sobre o critério para escolha das homenageadas. “Eu respondi que é porque vocês se destacaram pela história de vida, por isso que os representantes do povo escolherem vocês para receber essa honraria”.

A vereadora também citou avanços promovidos pela Câmara, como a estruturação da Procuradoria Especial da Mulher, criação da Galeria das Ex-Vereadoras, uma comissão permanente para tratar de assuntos ligados à população feminina, o evento Mulheres Notáveis, a Medalha Francisca Miguel e o programa Cidade Delas, entre outros.

Convidado para discursar em nome dos demais vereadores, Professor Marcos (PT) ressaltou Dulce de Faria como precursora dos direitos das mulheres na cidade e pioneira na promoção da solidariedade. Ele narrou a história de Cora Coralina, que deixou a Cidade de Goiás bem jovem e voltou, 40 anos depois, como um verdadeiro exemplo de coragem. “Quero dedicar essa palavra a cada uma de vocês, que seguem construindo espaços para que possamos ter um município melhor.

O deputado Amilton Filho destacou que a noite celebra o trabalho de cada uma das homenageadas. “A Câmara de Anápolis dá oportunidade de reconhecer o trabalho de vocês para nossa cidade de Anápolis. Essa medalha é uma grande responsabilidade. Dona Dulce foi uma mulher a frente do seu tempo, deixou um legado para todos nós”.

O presidente Dominguinhos destacou em sua saudação a criadora da Medalha Dulce de Faria, a ex-vereadora Gina Tronconi. Ele lembrou que foi colega da parlamentar, quando estava na presidência Amilton Faria, um dos presentes na sessão solene, pai do deputado Amilton Filho e da vereadora Andreia Rezende.

Dominguinhos falou da presença das mulheres no dia a dia da Câmara, ressaltou os avanços em políticas públicas promovidas pela atual legislatura e destacou o trabalho das vereadoras. O presidente defendeu mais mulheres na política, com mais eleitas a partir de 2025.

O prefeito Roberto Naves destacou o papel da mulher, frisando que sob todos os aspectos, elas são seres superiores aos homens. O mandatário fez questão de lembrar três perdas significativas para a cidade, o ex-vereador José Borges, André Santillo e pastor Victor Hugo Queiroz.

Homenageadas:

  • Ana Carla Ramos
  • Ana Paula Batista Coelho de Oliveira
  • Ana Paula Ferreira Nogueira
  • Andreia Rezende
  • Bianca Petronilha dos Santos Barros
  • Carla Alves de Andrade
  • Carmem Lúcia Calixto Neto
  • Célia Vieira Fonseca e Silva
  • Cleide Hilário
  • Cristiane Santana Teles Gomes
  • Daniella Leonice de Souza Pavão
  • Eni Ferreira Barbosa
  • Flávia Ribeiro Dias
  • Gleice Márcia Timóteo de Abreu
  • Graciele Marta
  • Jeiseane Costa Rodrigues Louza
  • Juliana da Silva Santos
  • Juliana Silva Rodrigues Elias
  • Karla Fernanda Rodrigues da Silva
  • Leide Gomes Leal Costa
  • Maria de Fátima Garcez Machado
  • Maria Ivone da Silva Ferreira Santos
  • Maria Regiane Fontes Vicente
  • Marly de Fatima Oliveira Rodrigues
  • Meire Luz
  • Mônica Teresa Xavier Junqueira
  • Raquel Cristina Zendron
  • Regiane Rodrigues da Silva
  • Sandra Santos Silva
  • Seliane da SOS
  • Sheila Clarissa Gonzaga
  • Trícia Barreto
  • Valéria Maria Oliveira da Cunha
  • Vânia Soares
  • Viviane de Moraes Abrão
  • Wesliene Paula da Silva Garcez Machado
  • Zarife Abraão Silva



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A indústria da construção civil, historicamente dominada por homens, vem testemunhando uma transformação inspiradora: a ascensão da força feminina. As mulheres, com sua perspicácia, talento e determinação, estão abrindo caminho para um futuro mais igualitário e promissor no setor.

Em 2023, a construção civil figurou como o setor que mais gerou empregos no país. E as mulheres surpreenderam ao liderar as contratações deste ano, representando cerca de 60% das admissões, de acordo com publicação da Ademi Bahia, baseada em dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Esse percentual superou o índice geral de contratações femininas nos demais setores da economia.

As mulheres assumem cada vez mais cargos de liderança, desde gerentes de projeto até CEOs de grandes empresas. A diversidade de gênero traz novas visões e soluções inovadoras para os desafios da indústria, impulsionando a criatividade e a eficiência. A presença feminina contribui para o combate ao machismo e à desigualdade salarial, promovendo um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo para todos.

Existem desafios a serem superados: o machismo estrutural ainda persiste, com estereótipos e preconceitos que impedem o avanço das mulheres em algumas áreas da construção civil. Além disso, canteiros de obras e espaços de trabalho nem sempre são adaptados às necessidades femininas, dificultando sua integração e permanência no setor. Apesar do progresso, as mulheres ainda ganham menos que os homens para funções equivalentes, uma disparidade que precisa ser eliminada.

Futuro da construção civil

As mulheres estão construindo um novo panorama para o setor de construção civil, moldando um futuro mais justo e sustentável para todos.

“Na SH acreditamos nas políticas de inclusão e diversidade, além de oferecer oportunidades de crescimento para as mulheres. Ao mesmo tempo que incentivamos que as mulheres quebrem as barreiras, busquem qualificação profissional e assumam seu lugar de destaque na construção civil”, afirmou Luis Claudio Monteiro, COO da SH, empresa brasileira desenvolvedora de soluções para o setor de construção civil.

Mulheres na construção civil

Seguindo a lógica de mercado e a crescente participação das mulheres na indústria da construção civil, a empresa SH tem mulheres em posições de liderança e também na área operacional.

Carolina Amparo, 34 anos, é gerente da unidade da SH em Brasília. A baiana, de Salvador, ingressou na SH aos 19 anos ainda como técnica em desenho e de lá para cá se profissionalizou no curso de engenharia. Hoje ela lidera mais de 50 pessoas, em variados cargos, desde administrativo à área de manutenção dos equipamentos e logística de entrega. 

“Eu como mulher, jovem e negra, sei que represento uma parcela ainda pequena da população que consegue galgar cargos de liderança. Acredito que o que permitiu alcançar esse posição na SH foi minha postura enquanto profissional, sempre buscando qualificação, e ao mesmo tempo, aberta para aprender com colaboradores com mais tempo de casa, que me permitiram implementar uma gestão de sucesso. Tanto é que para 2024, o percentual estimado de aumento de faturamento da unidade em relação a 2023 é de 16,5%”, afirmou Carolina.

Na área de operações, as mulheres também não ficam de fora. Lucilene Paulino, 43 anos, é operadora de máquinas. Ela ingressou na unidade da SH de Pernambuco em 2013, atuou na área administrativa e em serviços gerais, mas ao observar a oportunidade de migrar para a área operacional, fez o curso de motorista de empilhadeira, durante suas férias, e ao retornar, pleiteou uma vaga.

“Atuo como motorista de empilhadeira há seis anos. Sou a única mulher que exerce essa função e trabalho com cerca de 35 homens. No início, enfrentei certo preconceito por parte dos meus colegas, que até então não estavam acostumados a ver uma mulher atuando na mesma função que eles. Com o passar do tempo fui ganhando respeito e mostrando que o lugar da mulher é onde ela quer. Inclusive, acredito que somos muito mais cautelosas e conseguimos exercer várias atividades ao mesmo tempo, o que nos dá um grande diferencial”, declarou Lucilene.

Já a Erika Cristina Santos de Souza, 34 anos, iniciou na unidade da SH no Pará como estagiária em desenho técnico, enquanto cursava Técnico em Edificações. Ela foi selecionada após assistir uma palestra da SH na instituição que estudava e se candidatou a vaga. Erika, que está há 11 anos na empresa, já passou por diversos cargos na SH e após finalizar o curso de graduação em Engenharia Civil, passou a atuar como assistente técnica, cargo que ocupa hoje.

“Quando fui para a área da assistência técnica passei a estar mais presente nas obras e comecei a sentir as dificuldades. Isso porque eu era nova e mulher, num ambiente majoritariamente masculino. Eu tinha apenas cinco anos de mercado e era testada pelos profissionais mais velhos, que queriam o tempo todo validar o meu conhecimento e capacidade. Hoje, sinto que o preconceito é mais velado, mas também acredito que reduziu bastante. Vejo que ainda temos muito para conquistar. Há 11 anos, quando comecei a estrutura não estava preparada para receber mulheres, nem banheiros femininos tinham nas obras. Hoje esse cenário evoluiu e as mulheres estão mostrando seu valor e competência”, concluiu Erika.

 

 

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