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6 de junho de 2025
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A Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputada Bia de Lima (PT), comandou, na tarde desta quinta-feira, 05, a audiência pública para debater os desafios e caminhos para o novo Plano Estadual de Educação. O encontro contou com a presença de profissionais e representantes da área e, na ocasião, a petista encaminhou cinco pontos importantes para nortear a confecção do documento, abrangendo questões de orçamento, formação e condições de trabalho dos professores, valorização profissional, as necessidades dos estudantes atuais e a gestão democrática.

O debate se aprofundou com a fala da coordenadora do Fórum Estadual de Educação e diretora da Faculdade de Educação, Lueli Nogueira Duarte da Silva, que destacou a importância de rediscutir os planos estadual e nacional de educação, pautas que, segundo ela, mobilizam o setor e se entrelaçam com outros desafios como a formação de professores. A diretora enfatizou que a expectativa é que, com a aprovação de um novo projeto de lei para o Plano Nacional de Educação no Congresso, até o final do ano, as discussões sobre os planos decenais – englobando os âmbitos estadual e municipal – sejam intensificadas.

A coordenadora do fórum sublinhou a importância crucial da participação social na elaboração desses documentos. Nogueira afirmou que a tarefa de construir o plano de educação “cabe a cada um”, desde conselheiros e pais até secretários de educação, docentes e servidores, pois são esses documentos que irão guiar a educação em todo o país. Ela mencionou também que a comissão monitora o Plano Estadual de Educação, há uma década, e vê o novo documento como uma “ferramenta importantíssima”.

Monitoramento do plano

Em seguida, Sueidi Mendonça, gerente de Integração, Apoio à Educação Profissional e Trabalho da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte, discursou na audiência pública; ela trouxe à tona a difícil jornada do monitoramento do plano anterior. Mendonça detalhou os desafios enfrentados desde a instituição do plano em 2015. Segundo ela, após um início complicado, o monitoramento que perdurou até 2016 começou a ser desarticulado a partir de 2017, com a mudança de governo.

 Essa desarticulação, de acordo com a gerente, não foi exclusiva de Goiás, afetando o sistema de monitoramento de planos de educação em nível nacional, incluindo a Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase). Apesar disso, o Estado persistiu no trabalho, garantindo a continuidade do processo de acompanhamento da educação.

Como prova dessa persistência, Sueidi Mendonça ressaltou que todos os relatórios, atas, portarias e demais documentos, desde 2015, estão disponíveis no site da Seduce, na seção de Acesso Rápido. Lá, é possível encontrar os relatórios de 2016 e 2017/2018, além de dois relatórios do Instituto Mauro Borges. Segundo Mendonça, com o fim da gerência de monitoramento do plano no instituto, a equipe buscou manter a continuidade, resultando no mais recente, o quarto relatório, que será apresentado em uma nova audiência pública. Enfatizou que as 21 metas do plano foram amplamente discutidas, com a participação de dois representantes no monitoramento.

Contribuição da corte de contas

Fabrício Motta, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO, reconheceu os professores como os verdadeiros pilares da educação e defendeu a valorização que lhes é devida por dever constitucional. Motta enfatizou a importância de todos estarem alinhados com o objetivo de buscar a efetividade da educação pública. Ele explicou o crescente envolvimento dos tribunais de contas na área, que vai muito além da simples verificação de aplicação de recursos, visando a garantir as condições necessárias para uma educação de qualidade.

O conselheiro alertou que, sem monitoramento e avaliação, novos planos se tornam apenas promessas sem compromisso com a efetividade. Ele mencionou um levantamento realizado pelo TCM-GO, que revelou que a maioria dos municípios não tem monitorado e avaliado seus planos de forma adequada. Motta viu isso como uma oportunidade para apoiar os municípios, salientando a necessidade de monitoramentos e avaliações que gerem compromisso para que o novo plano tenha sucesso, ao contrário dos anteriores.

Participação ampla

Posteriormente, o presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio Roberto de Castro, ressaltou a relevância da audiência para o futuro da educação em Goiás. Ele destacou o papel crucial da deputada Bia de Lima, que, como presidente do colegiado temático da Alego, convocou o debate sobre o assunto. Castro enfatizou que a discussão não se limita apenas ao plano em si, mas abrange um conjunto de direitos que se articulam com outras políticas sociais.

Em sua fala, Castro explicou que o Plano Nacional de Educação estabelece as diretrizes, objetivos, metas e estratégias para a educação nos próximos anos. Ao debater o a peça a ser elaborada, a audiência também engloba os planos municipais, reunindo um público diverso e essencial, incluindo secretários de educação, membros de fóruns e conselhos, profissionais da educação e estudantes. Castro concluiu que a participação de todos é fundamental para que o projeto, que afeta a vida de cada cidadão, seja cada vez mais fortalecido e implementado.

Ao final do encontro, Bia de Lima agradeceu a presença de todos os participantes, franqueando a palavra aos presentes para eventuais questionamentos, esclarecimentos e contribuições.

Mesa diretiva

A mesa do evento foi composta pelo professor Carlos Abicalil, que atua como assessor do gabinete da senadora Teresa Leitão e é ex-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); o conselheiro Fabrício Motta, do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO), e representante do Grupo de Articulação para Efetividade da Política da Educação em Goiás (Gaep-GO).

Do Instituto Federal de Goiás (IFGoiás), esteve presente a pró-reitora de Ensino, Maria Valeska Lopes Viana; a secretaria de Estado da Retomada, representada pela superintendente de qualificação profissional da pasta, Raissa Rodrigues. Da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte, participou a gerente de Integração, Apoio à Educação Profissional e Trabalho, Sueidi Mendonça. Completaram a mesa, ainda, o presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio Roberto de Castro, e a coordenadora do Fórum Estadual de Educação e diretora da Faculdade de Educação, Lueli Nogueira Duarte da Silva.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


Juliana Lopes Campos é suspeita de desviar quase R$1 milhão de empresa em Pontalina, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

A funcionária de uma confecção foi presa suspeita de desviar quase R$ 1 milhão de uma empresa em Pontalina, no sul do estado. Segundo a delegada Tereza Nabarro, Juliana Lopes Campos foi detida em Uberlândia, em Minas Gerais. Nesta reportagem, veja o que se sabe sobre o caso.

A suspeita do crime é Juliana Lopes Campos, de 30 anos.

2. Como acontecia o desvio?

Segundo a delegada Tereza Nabarro, da Polícia Civil, Juliana Lopes Campos ‘maquiava’ os desvios alterando os destinatários das movimentações. O crime aconteceu em Pontalina, no sul goiano.

“A autora realizava transações fraudulentas alterando apenas o nome do destinatário, mas os valores eram destinados à sua própria conta. Esses valores eram transferidos para ela, sempre com uma transferência maior e uma devolução menor, para mascarar ainda mais seus movimentos fraudulentos”, afirmou Nabarro.

A gerência da empresa disse à polícia que confiava em Juliana, já que ela trabalhava no local há muitos anos. Também disse que começou a desconfiar da funcionária ao perceber que estava constantemente “sem dinheiro em caixa” e ao descobrir que Juliana tinha uma dívida de mais de R$ 300 mil.

“A vítima relatou que sua funcionária Juliana trabalhava na empresa de confecção há vários anos no setor financeiro e, por isso, ela tinha total confiança desses empregadores. E começou a desconfiar após ter conhecimento de que ela possuía uma dívida de mais de R$ 300 mil na cidade”, relatou a delegada.

4. Qual o valor desviado?

Tereza Nabarro informou que devido às desconfianças, a dona da confecção decidiu conferir o balanço contábil, oportunidade em que descobriu que a suspeita estava retirando cerca de R$ 60 mil por mês e recebendo, ao todo, quase R$ 800 mil.

Segundo a Polícia Civil, a equipe analisou o histórico das transações e concluiu que os desvios foram se tornando cada vez mais frequentes e progressivos, de forma que se chegou ao montante de R$ 991.031,79. Para conferir certa naturalidade para o balanço, Juliana também realizava operações de crédito, de modo que o valor total desviado, conforme apuração da própria empresa de confecção, atinge o valor de R$ 778.082,30.

Juliana Lopes foi presa em Uberlândia, em Minas Gerais. Ao g1, a delegada informou que Juliana estava na casa de um parente quando foi presa na noite de 17 de abril deste ano. A mulher deve ser encaminhada para Goiás. À polícia, a suspeita alegou ser inimputável, segundo Tereza Nabarro.

6. O que diz a defesa da funcionária?

À TV Anhanguera, a defesa de Juliana Lopes Campos informou que ela tem vício em jogo. A advogada Judy Almeida alegou que a própria família da suspeita avisou o que estava acontecendo à empresa e a mulher está em processo de interdição.

“Somente um tempo depois, a família descobriu o que estava acontecendo e descobriu que a senhora Juliana estava com vício em jogo, que é um transtorno reconhecido pela classificação internacional de doenças, como jogo patológico”, explicou.

Juliana Lopes pode ter usado parte do dinheiro para apostar em jogos online, segundo a delegada Tereza Nabarro. A investigação ainda não confirmou se todo o dinheiro foi usado para o mesmo fim e a polícia aguarda a quebra do sigilo bancário da suspeita, segundo a delegada.

A funcionária foi a primeira colaboradora contratada na unidade, segundo o proprietário. À TV Anhanguera, Yuri Guimarães demonstrou choque ao falar sobre a suspeita do crime.

“Foi nossa primeira funcionária na cidade quando a gente migrou a empresa pra cá, todo mundo na empresa ficou extremamente assustado, ninguém esperava isso”, contou.

Tereza Nabarro disse que após as investigações, a polícia pediu à Justiça a quebra de sigilo financeiro, medidas constritivas patrimoniais em desfavor da investigada.

“A equipe da Polícia Civil tentou localizá-la, inclusive diligenciando os endereços indicados. Também entrou em contato com os advogados que sabiam a sua localização, mas preferiram não apresentá-la naquele momento. Em razão disso, foram expedidos os mandados e a sua imagem como pessoa foragida, devido ao risco concreto de fuga e também de que ela continue a ocultação de patrimônio”, finalizou a delegada.

10. Veja reportagens do caso

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