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18 de maio de 2024
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Homem é preso após ser filmado matando mulher na calçada de comércio, em Nerópolis — Foto: Divulgação/Polícia Militar

O homem acusado de matar uma mulher enforcada e a pedradas em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia, planejou o crime. Segundo denúncia oferecida pelo Ministério Público, ele confessou que chamou a vítima para usar drogas já com a intenção de matá-la. Apesar de inicialmente a Polícia Militar ter informado que o homem havia estuprado a vítima, a Polícia Civil e o MP informaram que laudos apontaram ausência de espermatozoide e, por isso, o homem não irá responder por estupro.

O g1 entrou em contato com a defesa do denunciado, que disse que só vai se manifestar em juízo.

Segundo a denúncia, o homem conheceu a mulher no dia 19 de março, em um bar. Em depoimento, ele explicou que a vítima roubou R$ 1 mil dele e, por conta disso, ele quis se vingar. Na madrugada do dia 20 do mesmo mês, marcou outro encontro com ela para fumar crack no mesmo local.

A denúncia afirma que, depois de usarem drogas, o homem enforcou a mulher até que ela desmaiasse. Depois, a carregou até um local mais escuro e a atingiu na cabeça com uma pedra várias vezes. Quando a vítima já estava morta, ele roubou o celular dela e fugiu.

Homem é preso após ser filmado matando mulher na calçada de comércio

O documento destaca que o acusado agiu de modo cruel, sem permitir a defesa da vítima. Por conta disso, ele foi denunciado por feminicídio duplamente qualificado, roubo e porte de drogas. A Justiça aceitou e tornou o homem réu por todos os crimes.

Quando preso em flagrante, a Polícia Militar informou que o homem também tinha abusado sexualmente da mulher. Um vídeo mostra ele de calças abaixadas durante o crime. Mas o delegado André Fernandes, que apurou o caso, disse que o homem explicou em depoimento que desistiu de estuprar a mulher.

O g1 não publicou o vídeo na íntegra devido à gravidade das imagens registradas pela câmera de segurança.

Exames periciais foram feitos para saber se o corpo da vítima apresentava sinais de abuso sexual, mas como os resultados não ficaram prontos a tempo da finalização do inquérito, o delegado optou por não indiciá-lo por estupro.

Ao desenvolver a denúncia, o promotor de Justiça Daniel Godoy também considerou que o homem negou em depoimento ter abusado da vítima, apesar de ambos estarem nus, conforme consta no inquérito e no vídeo.

Segundo o promotor, uma audiência de instrução deve acontecer nas próximas semanas e, se fatos novos surgirem, incluindo o estudo das perícias indicando o estupro, é possível que o Ministério Público peça o aditamento da denúncia.

“A fim de fazer maldade”

Homem confessa ter matado vítima de feminicídio em Nerópolis.

O acusado fugiu depois do crime e só foi preso horas depois, na Avenida Goiás, setor central de Goiânia. Na abordagem, ele justificou à polícia que “havia ocorrido um desacordo comercial entre ele e a vítima”. Por isso, ele teria decidido cometer o crime.

“Eu combinei com ela pra gente fazer um programa, entendeu? Mas eu não estava a fim de fazer programa, eu estava a fim de fazer maldade com ela mesmo”, disse o suspeito em um vídeo gravado pelos policiais militares.

De acordo com o soldado Rafael Moreira, da Polícia Militar, o homem nasceu no estado do Pará e tem passagem no Mato Grosso por por porte ilegal de arma de fogo.

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Douglas Chegury e advogada Marília Gabriela Gil Brambilla Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Promotor chama advogada de ‘feia’ e diz que não a beijaria durante audiência

De acordo com o CNMP, o corregedor entende que o fato “caracteriza, em tese, a prática de conduta ofensiva e misógina e de possível infração disciplinar decorrente de descumprimento de dever funcional”. Por isso, determinou a instauração de uma reclamação disciplinar para apurar conduta de Chegury.

Farias da Costa determinou ainda que o promotor de Justiça preste informações sobre o ocorrido no prazo de dez dias úteis. Além disso, notificou a Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado do Goiás (MPGO) para que encaminhe a gravação do júri e a ficha funcional disciplinar de Chegury.

O g1 questionou o CNMP se o promotor de Justiça será afastado das funções durante a reclamação disciplinar, porém, o Conselho disse medidas serão tomadas somente após a apuração disciplicar. O Ministério Público de Goiás afirma que “os fatos são apurados pelos órgãos disciplinares competentes”.

O promotor de justiça Douglas Chegury admitiu ter chamado a advogada de“feia” durante a sessão e disse que agiu em um momento de “alta adrenalina”. Ele afirmou ainda e que a advogada estava tumultuando a sessão para anular o julgamento e evitar que os clientes dela fossem condenados.

“Ela foi percebendo que o resultado do julgamento não era o desejado. Certamente os clientes iam ser condenados. Ela sentou próximo de onde eu estava e fez o gesto com a boca de quem tá mandando beijo. (…) Naquele momento da provocação e o clima dentro do plenário de júri era de adrenalina no topo. Então, realmente, chamei ela de feia”, justificou o promotor.

“Eu fiquei realmente perplexa com o que houve, porque a questão que estava sendo discutida era técnica, não cabia naquele momento o que foi dito, da forma com que foi dito”, lamentou.

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O promotor de Justiça Douglas Chegury, que provocou a anulação de um júri após chamar uma advogada de “feia” durante audiência em Alto Paraíso de Goiás, disse que caiu em uma “armadilha”, criada pela defesa para tumultuar o julgamento.

“Você pode ver que a minha sustentação foi de mais de duas horas, duas horas e trinta, e ela gravou exatamente o momento em que ela se dirige ao juiz e depois a mim, de forma sarcástica, irônica, provocativa e ofensiva, faz essa gravação. Ela então me ofende e me manda um beijo, faz um gesto com a boca. E aí realmente o sangue subiu, a adrenalina em alta… eu tenho 25 anos de casado, sou uma pessoa séria e honesta. Tenho filhos. Eu retorqui. Eu admito que chamei ela de feia. Caí na armadilha deles, porque foi uma armadilha que esses advogados criaram com o objetivo de tumultuar o julgamento”, diz Chegury.

“Pelo áudio você percebe ela diz “tá anulado, tá anulado, revoga a prisão do meu cliente”. Esse era o objetivo deles desde o início. Ao contrario dos demais advogados que estavam lá no processo. E depois ela tenta se colocar de vítima, quando na verdade ela foi a assediadora. Imagina se eu, como promotor de Justiça, tivesse dito pra ela “um beijo pra você. Pra senhora, doutora”. Eu teria sido crucificado”, completa o promotor.

O caso aconteceu na última sexta-feira (22). No áudio que vazou, Douglas Chegury diz: “Não quero beijo da senhora. Se eu quisesse beijar alguém aqui, eu gostaria de beijar essas moças bonitas, e não a senhora, que é feia”. A advogada que representava a defesa na audiência era a criminalista Marília Gabriela Gil Brambilla.

A despeito dos protestos de pessoas que estavam no local, o promotor continuou: “mas é óbvio. Só porque eu reconheci aqui que esteticamente… Eu menti? Tecnicamente ela não é uma mulher bonita”.

Marília pediu pela prisão do promotor e a soltura do cliente dela, mas os dois pedidos foram negados pelo juiz Felipe Junqueira d’Ávila Ribeiro.

Fonte: Mais Goiás

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A Ordem dos Advogados do Brasil – seccionais de Goiás e do DF – emitiram nota de repúdio neste sábado (23) contra a conduta do promotor de Justiça Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury, que chamou de “feia” a advogada Marília Gabriela Gil Brambilla durante um Tribunal de Júri em Alto Paraíso de Goiás.

“Esta conduta viola a ética profissional e é inaceitável. Demonstramos solidariedade à advogada afetada e reafirmamos nosso compromisso com a defesa da dignidade e dos direitos de toda a advocacia, neste caso, especialmente da mulher advogada”, condenou a OAB-GO por meio de nota.

A entidade disse que “irá agir de modo a assegurar uma investigação criminal e administrativa adequada em relação ao ocorrido e a fomentar um ambiente jurídico de respeito e igualdade”. Procurado, o promotor de Justiça, Douglas Chegury não retornou as ligações do portal.

O presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Jr., também condenou a atitude do promotor. “Não há como tolerar esse comportamento. É clara a ofensa à advogada e a violação de prerrogativas. Não aceitaremos qualquer tipo de violência contra a advocacia e, especialmente, contra a mulher advogada, como neste caso. A nossa diretoria e equipes de Prerrogativas já estão à disposição da doutora Marília para apoiá-la nas medidas cabíveis em âmbito administrativo e criminal, respeitado-se o devido processo legal, ampla defesa e o contraditório”, destacou.

A advogada Marília Gabriela Gil Brambilla, especialista em direito criminal, usou as redes sociais para comentar sobre o episódio que ganhou repercussão nacional após ser chamada de “feia” em meio a um Tribunal de Juri em Alto Paraíso de Goiás. “Fui agredida de uma forma que fui até surpreendida pela ofensa”, declarou no começo da tarde deste sábado (23).

“Fiquei preocupada porque aconteceram coisas surreais ontem durante o plenário do Tribunal de Júri. Fui agredida de uma forma que fui até surpreendida pela ofensa. Quero agradecer a todos que prestaram solidariedade”, declarou um dia após o episódio. O Tribunal de Juri em curso chegou a ser anulado após o promotor Douglas Roberto Ribeiro de Magalhães Chegury chamá-la de “feia”.

Marília, no entanto, deu um recado para as novas advogadas que se veem no começo da carreira. “Para as novas advogadas, isso não é comum de acontecer. Isso nunca me aconteceu nos meus 22 anos de carreira e isso nunca tinha me acontecido. Mas quero dizer que tá tudo certo: o cliente se solidarizou comigo. A advocacia não é para covardes”, completou a especialista em direito criminal.

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