Uma boliviana, identificada como Katerine Liliana Cordero Torres, de 35 anos, foi assassinada a facadas na noite de sábado (27/4), em Rio Verde, no sudoeste de Goiás.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, a vítima morava na cidade e era dona da casa noturna. “Alguém invadiu o prostíbulo onde a vítima trabalhava e a atacou com vários golpes de faca”, detalhou Candeo.
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A Polícia Civil (PC) não identificou o suspeito do crime até o momento. A motivação para a vítima ter sido assassinada ainda não foi esclarecida.
“A casa noturna não tem câmeras de segurança e a vítima estava sozinha no momento”, disse.
O corpo de Katerine foi encontrado com diversas perfurações no rosto e corpo.
“[Os golpes foram dados], especialmente, no rosto, no pescoço, no tórax e nas costas. Eles desfiguraram o rosto da vítima, [que morreu no local]”, relatou o delegado do caso.
Katerine Liliana era mãe de duas crianças de 5 e 10 anos, que estavam em uma casa próxima ao local onde ocorreu o homicídio. Segundo Candeo, os filhos da vítima foram encaminhados para uma Casa de Abrigo Temporário (CAT) do Conselho Tutelar de Rio Verde.
*Com informações G1
Veja o que se sabe sobre câmera escondida em casa alugada que filmou moradores nus em Goiás | Goiás
Lidiane 28 de abril de 2024
Família encontra câmera escondida em tomada de banheiro de casa alugada; vídeo
- Onde a câmera foi instalada?
- Por quanto tempo os moradores foram filmados?
- Quem é o suspeito de instalar a câmera?
- O que diz a defesa do suspeito?
- Suspeito foi filmado mexendo no equipamento
- Como a câmera foi descoberta?
- O suspeito pode responder por quais crimes?
- Desespero dos moradores
- Dicas para descobrir estes equipamentos e se proteger
- Veja reportagens do caso
1. Onde e como a câmera foi instalada?
A delegada Aline Lopes, responsável pelo caso, disse ao g1 que, depois de quatro dias que a família havia se mudado para a casa, Francismar Fernandes da Silva foi até o local justificando que precisava tirar algum objeto do imóvel e depois pediu para usar o banheiro. Foi oferecido um banheiro a ele, mas o empresário teria insistido que fosse outro banheiro, utilizado pelos moradores para tomar banho.
“Nesse banheiro ele ficou cerca de 10 minutos. Acreditamos que foi nesse momento que ele instalou a câmera”, relatou a delegada.
Imagens mostram que a câmera foi instalada em uma tomada.
2. Por quanto tempo os moradores foram filmados?
As investigações apontam que a câmera ficou instalada por cerca de 15 dias, registrando o momento do banho dos moradores, inclusive criança e adolescente. A Polícia Técnico-Científica detalhou que o equipamento transmitia as imagens captadas no banheiro em tempo real, além de armazenar os arquivos.
3. Quem é o suspeito de instalar a câmera?
O suspeito do crime é o empresário Francismar Fernandes da Silva, de 36 anos. Ele foi preso no dia 19 de abril deste ano. Além da prisão preventiva, também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, sendo apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, que serão investigados.
A Polícia Civil divulgou a foto de Francismar “tendo em vista o interesse público de identificar outras eventuais vítimas de crimes praticados” por ele. Isso porque, como o suspeito é dono de uma empresa de energia solar, com acesso ao interior de várias casas, a polícia acredita na possibilidade da existência de mais vítimas.
4. O que diz a defesa do suspeito?
Em nota enviada ao g1, o escritório Almeida, Postigo e Silva, que atua na defesa de Franciscmar, informou que não tem acesso aos documentos relacionados à sua prisão preventiva, comprometendo a capacidade de preparar uma defesa eficaz.
O escritório defendeu a importância do direito à ampla defesa e ao contraditório em um Estado Democrático de Direito e se compromete a cooperar com as investigações (leia nota completa no fim da reportagem).
5. Suspeito foi filmado mexendo no equipamento
Vídeo mostra quando empresário preso suspeito de instalar câmera escondida invade banheiro
O vídeo foi gravado em 8 de fevereiro deste ano, às 9h50, e captou os latidos do cachorro da família. Em seguida, é possível ver quando o homem entrou no banheiro e começou a mexer na câmera. Segundos depois, ele saiu apressado, após ser flagrado por uma das moradoras da casa.
6. Como a câmera foi descoberta?
Segundo as investigações, uma adolescente de 16 anos, que morava com a família na casa alugada, flagrou o empresário dentro do banheiro da residência, após ouvir o cachorro latindo em direção ao banheiro, em fevereiro deste ano. Quando ela abordou o homem, ele teria dado uma desculpa e fugiu do local.
“Ele conhecia a rotina da família. Foi nesse horário porque acreditava que não teria ninguém”, afirmou a delegada.
A adolescente desconfiou da atitude de Francismar e acabou descobrindo uma câmera escondida instalada na tomada do banheiro.
7. O suspeito pode responder por quais crimes?
O empresário poderá responder pelo crime de registrar cenas de nudez de criança e adolescente, além da invasão da casa.
“Como a casa estava alugada, ele não tinha direito de lá entrar. Configura invasão”, resumiu da delegada.
O g1 questionou a delegada neste domingo (28) se o suspeito foi indiciado, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
8. Desespero dos moradores
O pai explicou que a filha dele, a ex-esposa e os outros dois filhos dela moravam no local há pouco mais de duas semanas. Segundo ele, a ex e os filhos dela tinham se mudado para ficar mais perto do trabalho da mulher. Após descobrirem a câmera, a família saiu às pressas da casa.
“Ela tem um salão perto dessa casa, então saiu da casa dela, alugou ela e foi para essa casa. Ajudei ela a mudar e no intervalo dessas duas semanas descobrimos isso”, completou.
9. Dicas para descobrir estes equipamentos e se proteger
“Segue-se a regra geral do direito constitucional à privacidade e intimidade”, disse a delegada.
Ela ainda detalhou que, caso haja câmeras de vigilância de áreas externas, o hóspede deve ser avisado. Já no caso de locação, a instalação desses aparelhos só pode ocorrer apenas com aviso prévio e autorização expressa do locatário, “já que após firmado o contrato, é dele o direito de uso do imóvel, e não mais do locador”.
Se forem encontradas câmeras escondidas, a recomendação é que o hóspede ou locatário filme ou tire fotos do aparelho, mas principalmente registre um boletim de ocorrência para que a constatação do objeto seja feita de forma correta, através de perícia.
A delegada relembra que as câmeras têm lentes que refletem a luz. Para encontrar essas lentes, ela explica que a dica é desligar todas as luzes, e usar a lanterna do celular, cuja luz será refletida pelas lentes de uma eventual câmera.
Examinar áreas suspeitas:
A polícia ressaltou a importância de verificar locais onde pode ser “vantajoso” ou propício de se ter uma câmera escondida, como cantos de salas ou quartos, objetos aparentemente fora do lugar ou buracos minúsculos.
Entre esses locais que podem ter câmeras escondidas, estão:
- detectores de fumaça em banheiros;
- relógios;
- detectores de movimento;
- quadros;
- livros em estantes;
- alto-falantes;
- buracos na parede;
- plugues de tomadas (como no caso de Anápolis);
- fios e cabos estranhos;
“Muitas vezes, câmeras escondidas precisam de alimentação ou de uma conexão de vídeo, então procure por fios ou cabos que não deveriam estar lá”, explicou.
A delegada Aline Lopes ainda ressaltou a importância de verificar espelhos de banheiros e quartos.
“Um espelho “falso” pode estar ocultando uma câmera. Para testar, você só precisa encostar seu dedo na superfície do espelho. Se a imagem refletir uma lacuna entre o seu dedo e o reflexo, o espelho é verdadeiro. Caso contrário, esse é um espelho falso e, provavelmente, pode estar ocultando uma câmera”, orientou.
Objetos que podem ajudar a proteger
Alguns objetos podem ser aliados no momento de verificar o apartamento ou casa alugada na busca por câmeras escondidas:
- Fita isolante ou ‘tape’ tomadas: podem ajudar a tampar tomadas, sensores de televisão e outros lugares suspeitos em que uma câmera pode estar;
- Detector de câmeras: A delegada alerta que há aplicativos para celulares e dispositivos disponíveis que podem ajudar a detectar sinais de câmeras ocultas, como dispositivos de detecção de RF (frequência de rádio).
10. Veja reportagens do caso
Íntegra defesa Francismar
“Em resposta aos recentes eventos relacionados ao caso do Francismar Fernandes Da Silva, o escritório Almeida, Postigo e Silva gostaria de esclarecer publicamente alguns pontos cruciais. Confirmamos que o escritório assumiu a representação legal do investigado, no referido caso. No entanto, até o presente momento, não foi concedido acesso aos autos que resultaram em sua prisão preventiva.
A ausência de acesso aos documentos pertinentes compromete substancialmente nossa capacidade de preparar uma defesa eficaz em nome de nosso cliente. O direito fundamental à ampla defesa e ao contraditório é essencial em um Estado Democrático de Direito, e estamos comprometidos em garantir que esses direitos sejam plenamente respeitados.
Apelamos às autoridades competentes para que respeitem o devido processo legal e garantam que todas as partes envolvidas tenham acesso igualitário às informações necessárias para uma atuação justa e adequada. E, também, à imprensa para que tenha paciência para apurar todo o fato antes de emitir um juízo de valor sobre a situação.
Estamos empenhados em cooperar plenamente com as investigações, desde que nos seja concedida a oportunidade de examinar os elementos que embasam as acusações contra nosso cliente. Confiamos que, com o acesso aos autos, seremos capazes de exercer plenamenteo direito de defesa e esclarecer quaisquer equívocos que possam ter ocorrido neste caso.
Permaneceremos vigilantes na defesa dos direitos de nosso cliente e trabalharemos incansavelmente para garantir que a justiça seja alcançada de maneira justa e imparcial.”
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VÍDEOS: últimas notícias de Goiás
Advogada acusada de matar ex-sogro e a mãe dele envenenados tem OAB suspensa e é transferida para a Casa de Prisão Provisória | Goiás
Lidiane 26 de abril de 2024
A advogada Amanda Partata Mortoza, acusada de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, foi suspensa dos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO). Com a suspensão, ela foi transferida da Casa do Albergado, onde estava detida, para a Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia.
Em nota, a OAB confirmou a suspensão cautelar da inscrição da advogada nos quadros da ordem (veja nota completa ao final da reportagem). Ao g1, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que ela já foi transferida esta semana e já está na CPP.
“Ela está com a OAB suspensa e por isso não tem mais prerrogativas de sala de Estado Major dada aos advogados”, explicou a DGAP ao g1.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Amanda por mensagem e ligação às 12h35 desta sexta-feira (26) para um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, morreram depois de terem sido envenenados com bolos de pote. A motivação dos homicídios se deu pelo sentimento de rejeição dela com o fim do namoro de 1 mês e meio com o filho de Leonardo. Investigações indicam que a advogada tinha vontade de causar no ex o maior sofrimento possível.
O envenenamento aconteceu no dia 17 de dezembro de 2023, quando Amanda foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote. Conforme as investigações, como a denunciada fingia que estava grávida do filho de Leonardo, era bem aceita na família.
Antes do crime, segundo as investigações, a advogada comprou 100 ml de um veneno e aplicou em dois bolos de pote. A quantidade, conforme a perícia, é suficiente para matar várias pessoas. Amanda também pesquisou na internet por “qual exame de sangue detecta” o veneno, “tem como descobrir envenenamento” e se a substância que ela colocaria nos potes tinha gosto.
Em depoimento, o tio do ex-namorado de Amanda, de 60 anos, afirmou que se recusou a comer o bolo de pote oferecido pela advogada porque perderia o apetite para o almoço. Já o marido de Luzia, de 82 anos, disse que não comeu por ter diabetes.
Em depoimento à Polícia Civil, o idoso revelou que a esposa também tinha a doença e que chegou a pensar em pedir que Amanda não desse o doce para Luzia. Mas segundo ele, como sempre foi muito simples, não teve coragem de desagradar a advogada. O idoso também disse que viu a esposa e o filho ‘agonizarem de dor’ após comerem bolos envenenados.
A perita criminal Mayara Cardoso informou que foi realizado um exame toxicológico em amostras coletadas no local do crime e amostras retiradas dos corpos das vítimas. Ao todo, foram feitos mais de 300 testes para agrotóxicos, remédios e outras substâncias – todos apontaram negativo.
Após a polícia ter acesso à nota fiscal da compra do veneno, a perícia conseguiu testar e confirmar a presença dele nos corpos de Leonardo e Luzia. O nome da substância não foi divulgado.
Pela câmera do elevador do hotel onde Amanda estava hospedada, em Goiânia, a polícia conseguiu registrar imagens de quando ela recebeu uma caixa de papelão de um laboratório, onde possivelmente, segundo a polícia, estavam as doses do veneno (veja foto abaixo).
“Nosso entendimento é que a periciada (Amanda) era plenamente capaz de se determinar sobre seus atos. (…) Em seus atos, claramente, podemos observar características de planejamento, premeditação e os cuidados para que sua intenção de cometer o ato ilícito não fosse descoberto”, dizem trechos do laudo.
A realização do exame foi um pedido da defesa de Amanda, ao qual a Justiça aceitou no início do mês de abril. O exame foi feito pela junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás. Além de entrevistar Amanda, os médicos também ouviram a mãe dela, para entender como era o comportamento da advogada desde a infância.
A conclusão é que, a partir do ponto de vista psiquiátrico forense, ela não apresenta qualquer limitação cognitiva, retardo mental, além de também não ter sido identificado qualquer evidência de doença mental. O resultado do exame será anexado ao processo e Amanda deve continuar respondendo ao processo de duplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio.
Veja abaixo os crimes que Amanda é acusada:
- Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) contra Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado de Amanda.
- Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) e agravado pela idade contra Luzia Alves, avó do ex-namorado de Amanda.
- Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) praticado contra o tio do ex-namorado de Amanda.
- Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade da vítima contra o avô do ex-namorado de Amanda.
Nota da OAB-GO na íntegra:
“A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) confirma a suspensão cautelar da inscrição da advogada nos quadros da OAB-GO. No entanto, esclarece que as informações sobre processos ético-disciplinares são sigilosas, podendo ser acessadas apenas pelos interessados junto à Secretaria do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-GO.”
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Câmera escondida instalada por empresário em casa alugada registrou banhos e rotina de moradores por duas semanas, diz polícia | Goiás
Lidiane 22 de abril de 2024
O g1 não localizou a defesa do empresário para pudesse se posicionar até a última atualização desta reportagem.
De acordo com a delegada Aline Lopes, a câmera foi descoberta após uma adolescente de 16 anos, que morava com a família na casa alugada, flagrar o locador dentro do banheiro da casa, em fevereiro deste ano. Na ocasião, ela estava sozinha em casa por ter se sentido mal e não ido ao colégio. Ela ouviu o cão latindo no rumo do banheiro e ao ir até o local, encontrou Francismar. O homem fugiu.
“Ele conhecia a rotina da família. Foi nesse horário porque acreditava que não teria ninguém”, afirmou a investigadora.
Homem é preso suspeito de instalar câmera escondida em banheiro de casa alugada
Desconfiada, a adolescente acabou descobrindo uma câmera escondida, que havia sido instalada na tomada do banheiro. A Polícia Técnico-Científica confirmou a existência da câmera, que transmitia em tempo real as imagens captadas no banheiro, além de armazenar os arquivos, segundo a polícia.
As investigações apontam que a câmera ficou instalada por cerca de 15 dias, registrando o momento do banho dos moradores, inclusive crianças e adolescentes.
A família contou à polícia que, após alugar a casa, Francismar chegou a simular que precisava tirar algum objeto da residência e, na ocasião, pediu para usar o banheiro. Foi oferecido outro banheiro a ele, mas o empresário teria insistido que fosse outro banheiro, utilizado pelos moradores para tomar banho.
“Nesse banheiro ele ficou cerca de 10 minutos. Acreditamos que foi nesse momento que ele instalou a câmera”, relatou a delegada.
Além da prisão preventiva, também foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, sendo apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, que serão investigados.
Segundo a delegada, Aline Lopes, o empresário poderá responder pelo crime de registrar cenas de nudez de criança e adolescente, além da invasão da casa: “Como a casa estava alugada, ele não tinha direito de lá entrar. Configura invasão”, completou.
A polícia apurou que Francismar é proprietário de uma empresa de energia solar, com acesso ao interior de diversas casas, o que levou a acreditar que pode haver mais vítimas. Por isso a PC divulgou a imagem do suspeito na intenção de identificar outros prováveis crimes.
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Empresária que morreu após passar mal em casa teve tromboembolismo cardíaco e pulmonar, diz Saúde | Goiás
Lidiane 18 de abril de 2024
A body piercer Lorrayne Murielle, de 29 anos, morreu por conta de uma trombose intracardíaca e pulmonar bilateral, conhecida como TEP; entenda abaixo a explicação médica. As informações constam na certidão de óbito da mulher, atestado pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).
Lorrayne morreu no dia 11 de abril, em Goiânia, após passar mal. Segundo o namorado, Alic da Silva França, a body piercer desmaiou em casa sozinha e ligou para ele pedindo ajuda. Ele foi até a casa dela, no Setor Belo Horizonte, e a encontrou com muita dificuldade para respirar. A jovem, inclusive, desmaiou de novo na presença do namorado.
Alic ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e falou com um médico, que orientou que ele desse alguma coisa doce para a jovem comer, pois tudo indicava que ela estava com baixa quantidade de açúcar no sangue, não havendo necessidade de que uma ambulância fosse enviada.
“Ele informou que não ia mandar ambulância porque era problema de glicose baixa, que eu deveria dar algo com açúcar para ela e, se não melhorasse, depois de 20 minutos eu entrava em contato novamente. Informei que ela estava muito ruim e precisava urgente da ambulância, mas o médico disse que se eu não quisesse seguir o que ele falou, que eu colocasse ela no carro e levasse para a emergência”, relatou o namorado ao g1.
Alic colocou a namorada no carro e a levou para o Cais Amendoeiras por conta própria, mas a jovem não resistiu. Ele acredita que Lorrayne morreu no caminho.
Segundo o namorado, dois dias antes de morrer, na terça-feira (9), Lorrayne passou mal e também desmaiou onde trabalhava, no setor Santo Hilário. Na ocasião, o Samu também foi chamado e prestou socorro à jovem, mas nada de anormal foi detectado. A equipe optou por não levá-la ao hospital.
“Na quarta levei ela no postinho, mas não teve atendimento porque estava sem médico, e aí marcamos para segunda-feira”, lembra Alic. Porém, Lorrayne morreu no dia seguinte.
Sobre isso, a Secretaria de Saúde de Goiânia disse apenas que todas as unidades de saúde tem medico à disposição.
O namorado de Lorrayne registrou um boletim de ocorrência, na segunda-feira (15), contra o Samu, alegando omissão de socorro por nenhuma ambulância ter sido enviada para atender a jovem no dia em que ela morreu.
Em nota, a direção do Samu disse que “as ações realizadas pelos profissionais da instituição seguem estritamente as diretrizes nacionais, que orientam a triagem de casos com base na urgência dos sintomas apresentados”.
Ainda segundo o Samu, em situações onde não há relatos que demonstram risco imediato à vida, as orientações são fornecidas para que sejam tomados cuidados iniciais, “resguardando os recursos para emergências mais críticas”.
De acordo com a Polícia Civil, o caso ficará à cargo da 14ª Delegacia distrital de Polícia de Goiânia. Como as ligações com o Samu ficam gravadas por segurança, as investigações devem analisar a conversa entre o médico e o namorado de Lorrayne, além de colher depoimento e analisar os laudos.
“Resolvi abrir o B.O porque foram negligentes e isso custou a vida dela, com certeza também custou a de mais gente que o Samu nega a ajudar”, disse Alic.
Entenda o que é o tromboembolismo pulmonar no Bom Dia Responde
O cardiologista Maurício Prudente explica que, em casos em que a causa morte é a trombose intracardíaca e pulmonar bilateral, o que acontece no corpo é que um coágulo massivo se desprende de algum órgão e impede a circulação do sangue do coração para o pulmão.
“O coração bombeia o sangue para o pulmão para ser oxigenado. Se o coágulo parar na artéria pulmonar, que são as artérias nutridoras do pulmão, pode levar a esse colapso. A pressão despenca, o paciente fica sem respirar”, explica.
Segundo o cardiologista, não é regra que pacientes assim reclamem de dor no peito, o que pode passar ainda mais a ideia de mal súbito. A morte precoce da body piercer, por exemplo, pegou amigos e familiares de surpresa. Segundo o namorado, antes desses episódios, Lorrayne sempre foi saudável, se alimentava bem e praticava exercícios físicos.
O médico explica que, quando esse tipo de trombose acomete pacientes jovens, os motivos para a causa podem ser infinitos, passando desde características dos órgãos de cada pessoa, até hábitos de vida ou medicamentos que toma.
“Em geral, estão associados o uso de anabolizantes, cigarro, uso de contraceptivo oral, que são os anticoncepcionais, chips de beleza. Além disso, tem algumas outras causas que podem ser anatômicas mesmo, doenças que a gente chama de trombofilias, que são doenças que predispõem à formação de coágulos, alguma malformação anatômica, varizes de membro inferior, quando muito importante, pode causar isso”, orienta.
O enterro de Lorrayne aconteceu na sexta-feira (12), às 15h, no Cemitério Parque Memorial, em Goiânia. Pelas redes sociais, familiares e amigos fizeram homenagens à jovem.
“Realmente a vida é um sopro, a gente nunca sabe quando vai ser a última conversa, o último abraço, o último momento junto das pessoas que ama. Você vai fazer muita falta, amiga! Obrigada por ter iluminado nossas vidas com sua alegria”, afirmou uma amiga.
“Minha irmã de alma, você tinha tanta coisa para viver”, lamentou outra.
“10 anos com você ao meu lado. Muri, minha irmã, ainda não consigo entender os planos de Deus, mas sei que os melhores vão primeiro”, desabafou outra amiga.
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Catalão, Davinópolis, Orizona e Ouvidor aparecem nas listas das 3,4 mil moradias goianas selecionadas no Minha Casa, Minha Vida Rural e Entidades
Lidiane 15 de abril de 2024
Catalão, Davinópolis, Orizona e Ouvidor aparecem nas listas; Em todo o país serão mais de 112,5 mil unidades habitacionais, com investimento total de R$ 11,6 bilhões
Goiás foi contemplado com 3.463 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida nas modalidades Rural e Entidades. O resultado da seleção foi anunciado pelo Governo Federal na última quarta-feira, 10 de abril. Essas modalidades garantem moradia tanto para comunidades urbanas organizadas quanto para grupos específicos, como agricultores familiares, povos indígenas, comunidades remanescentes de quilombos rurais e povos tradicionais que residem em áreas rurais.
Na modalidade Entidades, 2.085 moradias foram selecionadas em 14 municípios goianos, Catalão, Davinópolis, Orizona e Ouvidor aparecem nas listas. Essa linha de atendimento concede financiamento subsidiado a pessoas físicas para produção de residências em áreas urbanas. As entidades devem estar organizadas por meio de instituições privadas sem fins lucrativos.
No âmbito Rural, foram 1.378 moradias selecionadas em 43 municípios. Essa modalidade subsidia a produção ou a melhoria de unidades habitacionais para agricultores familiares, trabalhadores rurais e famílias residentes em área rural.
Levando em conta as duas modalidades, Luziânia lidera a lista dos municípios com o maior número de unidades selecionadas. São 1.087 moradias, seguido por Planaltina, com 200, e Divinópolis de Goiás, com 150. Guarinos e Cidade Ocidental completam a lista dos cinco municípios goianos com mais residências previstas, com 140 e 120 unidades habitacionais, respectivamente.
NACIONAL — Em todo o Brasil, são mais de 112,5 mil moradias selecionadas pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV) nas modalidades Rural e Entidades. Elas vão beneficiar mais de 440 mil pessoas. O investimento total anunciado é de R$ 11,6 bilhões.
Na divisão por região, o Nordeste concentra o maior número de unidades habitacionais nas duas modalidades, com 64.488 distribuídas entre os nove estados. O Norte do país foi contemplado com 16.274 moradias. A região Sudeste aparece com 14.140 unidades, seguida pelo Sul, com 9.397, e pelo Centro-Oeste, com 9.054 moradias.
Entre os estados, na modalidade Entidades, São Paulo lidera com o maior número de unidades habitacionais, com 5.564. Bahia e Rio Grande do Sul aparecem na sequência, com 4.221 e 2.783 moradias, respectivamente. Já na linha Rural, o Maranhão lidera com 13.715, seguido pela Bahia, com 10.729 e pelo Pará, com 7.235.
ENTIDADES — Na modalidade Entidades, mais de 37 mil moradias foram selecionadas, distribuídas entre 269 municípios em 22 estados brasileiros. Com investimento de R$ 6 bilhões, a previsão é de que 148 mil pessoas sejam beneficiadas. O MCMV Entidades tem como objetivo conceder financiamento subsidiado a famílias organizadas por meio de entidades privadas sem fins lucrativos, visando a produção de unidades habitacionais urbanas. Esses recursos vêm do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).
Na seleção, iniciada em julho de 2023, foram avaliadas 443 propostas de 206 Entidades Organizadoras ligadas aos movimentos de luta por moradia. O público-alvo são famílias com renda mensal de até R$ 2.640, organizadas sob a forma associativa. A subvenção econômica concedida com recursos do FDS às famílias beneficiárias fica entre R$ 130 mil a R$ 164 mil para provisão subsidiada de unidades habitacionais novas em áreas urbanas, a depender da tipologia da construção (apartamento ou casa) e da região.
RURAL — Com mais de 75 mil moradias selecionadas e investimento de R$ 5,6 bilhões, a estimativa é de que mais de 300 mil pessoas em 1.274 municípios sejam beneficiadas para produção e melhorias de unidades habitacionais. No MCMV Rural, foram aprovadas 2.105 propostas de 1.137 Entidades Organizadoras, incluindo movimentos de luta por moradia, organizações de agricultores, trabalhadores rurais e entidades públicas locais.
A seleção será dedicada à subvenção econômica aos beneficiários/proponentes da Faixa Rural 1 (renda anual até R$ 31.680). Ficam isentas da contribuição de 1% do valor do custo da produção ou da melhoria da unidade habitacional as famílias que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o Bolsa Família ou que estejam sujeitas a situação de emergência ou calamidade. Nesses casos, o subsídio é integral do Orçamento Geral da União.
SELEÇÃO — As seleções para o Minha Casa, Minha Vida nas duas modalidades foram conduzidas por meio das portarias MCID Nº 743, de 20 de junho de 2023, e MCID nº 862, de 4 de julho de 2023. Organizações de movimentos sociais, prefeituras e governos estaduais submeteram propostas. Elas foram avaliadas e selecionadas com base nos critérios estabelecidos.
HISTÓRICO — Desde 2009, o MCMV Entidades contratou mais de 73,2 mil moradias e entregou mais de 34,7 mil. De 2023 para cá, foram entregues mais de 4,2 mil unidades habitacionais e autorizada a retomada de mais de 3,9 mil moradias. No âmbito Rural, o programa contratou mais de 212 mil moradias e entregou mais de 188 mil em todo Brasil desde 2009. A partir de 2023, foram entregues mais de 2,9 mil moradias e autorizadas as retomadas de mais de 1,4 mil habitações com aporte suplementar de recursos.
(Com informações, Secretaria de Comunicação Social – Governo Federal)
Agentes da Polícia Civil de Goiás (PCGO) erraram de endereço e arrombaram o portão de uma casa enquanto tentavam cumprir mandado de prisão e de busca e apreensão. O episódio ocorreu em Aparecida de Goiânia, nas primeiras horas da manhã de quinta-feira. O vídeo feito pela moradora da residência — que ficou sob a mira de uma policial que participou da operação — viralizou nas redes sociais. Mesmo depois que perceberam o erro, os investigadores ainda discutiram e ameaçaram o casal cuja casa fora invadida.
A equipe chegou à residência do empresário Thassio Silva pouco antes das 6h. Apesar de ele ter atendido os policiais e pedido para ver o mandado, teve o portão de casa aberto a marretadas.
“Só passava na minha cabeça de que era bandido. Queremos só justiça e que isso não aconteça mais. Uma hora acontece uma tragédia. Pensa se uma arma daquelas dispara?”, contou, em entrevista à TV Anhanguera.
O barulho chamou a atenção da mulher dele, a empresária Tainá Fontenele, que foi ver do que se tratava. Quando encontrou os policiais dentro da garagem, cobrou explicações e passou a gravar a invasão. Foi quando uma das agentes, de pistola em punho, determinou que ela se afastasse e parasse de registrar a ação — inclusive, quis tirar o aparelho das mãos de Tainá ao tentar segurá-la pelo pescoço.
“(A policial) está com o dedo no gatilho. Na hora da raiva, eu estava tão traumatizada, tão assustada com a arma com que ela entrou na minha casa, e minha filha estava atrás de mim com meu filho no colo, que poderia ter acontecido uma tragédia na minha casa. E quem iria arcar? Seria mais uma fatalidade do Estado? Ia ser mais um erro de operação?”, disse a empresária.
Nas imagens, a moradora fala aos policiais que tem dois filhos menores e que o mais novo estava chorando por causa do susto do arrombamento do portão. Tainá ainda tenta chamar uma advogada, moradora da casa da frente, para esclarecer a situação. Mas é impedida.
A empresária, então, passou a cobrar o nome que constava no mandado. Somente aí é que o erro foi descoberto. Tainá quis saber onde morava a pessoa procurada pela polícia, mas, ainda assim, os agentes se recusaram a mostrar o documento.
Sem identificação
Mesmo depois de percebido o engano, o bate-boca entre Thassio, Tainá e os policiais continuou. Os agentes não quiseram se identificar, menosprezaram o episódio e um deles, aos gritos, mandou o empresário “baixar a bola”.
Em nota, a Polícia Civil de Goiás afirmou que os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos “dentro da legalidade, conforme deferimento de ordem judicial, sendo o alvo da operação localizada e presa. Eventuais abusos cometidos durante a operação já estão sendo objeto de apuração pela Superintendência de Correições e Disciplina da PCGO”.
No Congresso, a deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) pediu que a Promotoria de Justiça investigue a Polícia Civil de Goiás. Solicitou, também, que seja apurado se o secretário estadual de Segurança Pública, Renato Brum dos Santos, foi omisso ao “não garantir a observância de protocolos de conduta de agentes de segurança pública em cumprimento de mandados judiciais e abordagem de cidadãos”.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Especialista aponta falhas na abordagem de policiais que invadiram casa errada em Aparecida de Goiânia | Goiás
Lidiane 14 de abril de 2024
Policiais arrombam portão e invadem casa por engano durante cumprimento de mandado
“A gente vê que eles estavam com armas em punho, apontando armas inclusive, e aos gritos. Só depois do emprego dessa força, mostraram o mandado e perceberam que não eram aqueles os alvos desse procedimento”, analisou Pimentel, que é presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB-GO).
Após o nome do alvo ser anunciado, a moradora ficou ainda mais indignada: “Quem é Jennifer Nayara? O mandado está na casa errada”, disse. A mulher procurada pela polícia mora na casa em frente a que foi invadida. Durante a confusão, ela se apresentou aos policiais e foi presa. Mas o casal registrou o boletim de ocorrência contra a equipe e procurou a corregedoria para denunciar abuso de autoridade.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que o mandado foi cumprido no endereço correto, que constava na ordem judicial. Detalhou que o local foi determinado por investigação técnica, que continha informações decorrentes de quebra de sigilo telemático e vigilância policial in loco.
Disse também que os policiais da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) bateram no portão e chamaram os moradores diversas vezes, mas não tiveram retorno e, por conta disso, decidiram arrombar o portão da casa. A decisão, segundo a corporação, está de acordo com o artigo 245, parágrafos 2º e 3º do Código de Processo Penal.
A nota diz também que que “havia uma ligação entre a casa objeto da busca e a pessoa que se buscava prender, tanto o é que, esta foi presa em frente à residência citada no mandado judicial”.
Jennifer Nayara Caetano de Souza é advogada e alvo de uma operação contra organização criminosa. Ela está presa após ter se apresentado aos policiais durante a confusão.
A defesa de Jennifer informou que não tem conhecimento de nenhuma ligação entre ela e a família da casa invadida por engano, além do fato de serem vizinhos. Informou também que, ao perceber a confusão na casa ao lado e ouvir que seu nome foi citado, a própria se entregou à polícia.
Em nota, a OAB-GO disse que acompanhou a operação de cumprimento de mandados judiciais realizados pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) em desfavor da advogada, e seguirá acompanhando o caso.
Policial denunciada por invadir casa errada apontou arma contra o rosto de moradora
A moradora da casa, Tainá Fontenele, diz ter ficado muito assustada durante a ação, já que uma das policiais apontou uma arma para ela.
“Foi aterrorizante. Minha filha estava atrás de mim e a policial com a arma em punho. Poderia acontecer uma fatalidade dentro da minha casa”, disse Tainá à TV Anhanguera.
Tainá afirma que nunca passou por essa situação. “Eles batiam tão forte que falei para o meu marido abrir o portão. Antes de abrir, a policial já estava com a arma em punho. Nunca passei por isso”, disse. Ela denuncia que, após perceberem o erro, os agentes foram mais agressivos e debocharam da situação.
“Fizeram sarcasmo. O policial jogou beijo, piscou para mim e disse: ‘vai lá na Corregedoria’. Eles falaram que não iria dar em nada”, lembra a empresária.
O casal registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na tarde do último dia 11 de abril e, segundo a moradora, eles vão entrar com um processo contra os policiais e contra o estado. “Isso não é um erro que podemos chamar de errinho. Isso está acontecendo muito e com vários erros”, finaliza.
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Saiba quem é Jennifer Nayara, procurada por policiais que invadiram casa errada
Lidiane 14 de abril de 2024
A pergunta “Quem é Jennifer Nayara” ocupou os primeiros lugares de assuntos do momento em sites de buscas e em redes sociais | Foto: Reprodução / TV Anhanguera
A pergunta “Quem é Jennifer Nayara” ocupou os primeiros lugares de assuntos do momento em sites de buscas e em redes sociais como o X, antigo Twitter, na última sexta-feira (12). A frase ficou nos trends após agentes da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) errarem o endereço durante o cumprimento de um mandado de prisão em Aparecida de Goiânia. Durante o episódio, uma policial chegou a apontar a arma para uma moradora e a segurou pelo pescoço.
Toda ação foi filmada pela empresária Tainá Fontenele, que teve a casa invadida erroneamente pelos agentes. A verdadeira Jennifer Nayara chega a aparecer rapidamente nesse vídeo que viralizou nas redes sociais. Ela é advogada e vizinha da família que se assustou com a operação policial. E, após o incidente, ela se entregou às autoridades e foi presa.
De acordo com a ordem judicial, Jennifer Nayara é suspeita pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa. Em entrevista à TV Anhanguera, a defesa da advogada disse que a cliente não tem nenhuma ligação com a família da casa invadida por engano, e que ao ouvir que seu nome foi citado na confusão da casa ao lado, ela se entregou aos agentes.
O advogado de Tainá Fontenele também garantiu que a mulher procurada não era próxima da família. “A mãe dela um dia informou à minha cliente que, caso precisasse de uma advogada, a filha dela era. A minha cliente lembrou disso na hora e gritou por ela, mas nunca tiveram qualquer contato”, disse Adriano Naves.
A Polícia Civil informou por meio de nota que a Superintendência de Correições e Disciplina apura os “supostos abusos” cometidos. Contudo, a corporação não admite que errou o endereço. “Inegavelmente, havia uma ligação entre a casa objeto da busca e a pessoa que se buscava prender, tanto o é que, esta foi presa em frente à residência citada no mandado judicial, conforme registro das imagens”.
Ainda segundo a nota, a PC-GO diz acreditar que “seguiu os parâmetros regulares de investigação, obtendo-se êxito no tocante aos alvos”. Também explica que por volta das seis horas da manhã da última quinta-feira (11), os policiais civis chegaram ao local, batendo no portão e chamando os moradores várias vezes. No entanto, eles se recusaram a abrir o portão.
“(…) claramente cientificados de que a polícia judiciária encontrava-se à frente para cumprirem ordem judicial. Após a desobediência reiterada dos moradores, houve a necessidade de entrada forçada na residência, sendo exigida, em seguida, a contenção dos ânimos, em obediência ao artigo 245, parágrafos 2º e 3º do Código de Processo Penal”.
Entenda
Uma família em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital de Goiás, foi acordada com cenas de violência na manhã de quinta-feira (11). Uma equipe de policiais civis arrombou o portão da casa por volta das 6h. A moradora, mãe de dois filhos, filmou o momento, que flagra uma policial apontando a arma para ela.
Na gravação, ela afirma que tem dois filhos, um de 9 anos e outra de 2 meses. O bebê teria acordado chorando após o barulho do arrombamento. “Quero a minha advogada, eu tenho direito. Ela meteu a mão no meu pescoço. Olha o que vocês fizeram no meu portão”, diz, no vídeo que viralizou nas redes sociais.
A discussão com os policiais prossegue, ainda com a agente de segurança apontando a arma para a moradora, até que eles leem qual é o nome do alvo do mandado. “Quem é? O mandado está na casa errada”, diz a moradora, em seguida. Os moradores registraram Boletim de Ocorrência.
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Uma ação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) está repercutindo nas redes sociais. Isso porque a corporação arrombou o portão de uma residência e a invadiu por engano durante o cumprimento de um mandado. Um vídeo, registrado na manhã de quinta-feira (11), mostra com detalhes o ocorrido. (Assista abaixo)
O episódio aconteceu em Aparecida de Goiânia. A moradora da casa, a empresária Tainá Fontenele, conversou com a imprensa e revelou que a ação da polícia foi violenta.
“Foi aterrorizante. Minha filha estava atrás de mim e a policial com a arma em punho. Poderia acontecer uma fatalidade dentro da minha casa”, disse Tainá à TV Anhanguera.
O fato ocorreu por volta das 06h. Os agentes de segurança chegaram ao local, arrombaram o portão e, na sequência, invadiram o imóvel.
– LEIA MAIS: Policiais invadem casa por engano durante cumprimento de mandado; veja
A ação da PC-GO assustou os moradores da residência, que acordaram ao escutar o portão sendo arrombado. Tainá decidiu gravar toda a situação.
Na filmagem feita pela empresária durante a confusão, ela afirma que o barulho dos policiais arrombando o portão da casa acordou os filhos dela, uma menina de 9 anos e um menino de 2 meses. No vídeo, é possível ouvir o choro do bebê, que, segundo a moradora, estava no colo da filha atrás dela.
A empresária afirma que nunca passou por essa situação. “Eles batiam tão forte que falei para o meu marido abrir o portão. Antes de abrir, a policial já estava com a arma em punho. Nunca passei por isso”, disse. Ela denuncia que, após perceberem o erro, os agente foram mais agressivo e debocharam da situação.
“Fizeram sarcasmo. O policial jogou beijo, piscou para mim e disse: ‘vai lá na Corregedoria’. Eles falaram que não iria dar em nada”, lembra a moradora.
Um boletim de ocorrência foi feito por parte dos moradores. Além disso, uma ação judicial será feita contra os policiais e contra o estado, segundo Tainá.
“Isso não é um erro que podemos chamar de errinho. Isso está acontecendo muito e com vários erros”, finaliza.
Em nota, a Polícia Civil (PC) informa que a Superintendência de Correições e Disciplina apura os “supostos abusos” cometidos. Além disso, afirma que os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos dentro da legalidade, conforme deferimento de ordem judicial.
Veja:
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Com informações do G1.




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