5 de dezembro de 2025
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O deputado Mauro Rubem (PT) realizará uma audiência pública em apoio ao Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio. A reunião acontecerá na próxima segunda-feira, 2, às 9 horas, no Auditório 2 – Bloco B, na sede da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).

O parlamentar justifica que a audiência se faz importante por trazer à luz da opinião pública os desafios e perspectivas do tema da saúde mental e da prevenção contra o suicídio, bem como da necessidade de se fortalecer a rede de atendimento, garantindo que as demandas da população sejam atendidas de maneira eficaz com a participação de governos, profissionais da saúde e da sociedade.

Na oportunidade, haverá homenagem a profissionais e às entidades que atuam na defesa e valorização da vida, auxiliando, amparando e cuidando das pessoas que necessitam de atenção e cuidados em saúde mental.

De acordo com dados de 2022, da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que mais de 700 mil pessoas tirem suas próprias vidas todos os anos. O Ministério da Saúde alerta a população para os sinais que podem significar a necessidade de ajuda profissional como, por exemplo, mudanças de comportamento, isolamento e até diminuição do rendimento escolar. 

Participarão da audiência Jorge Antônio Monteiro Lima Analista, psicólogo e presidente do Instituto Olhos da Alma Sã; Lilian Morais, coordenadora do departamento de Psicologia da UEG; Pedro Adalberto Gomes, professor doutor do departamento de Psicologia e Filosofia da UFG; Fabiano José Ferreira Arantes, diretor de Assuntos Estudantis do IFG e Luzinéia Vieira, presidente do Sindsaúde.

Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás


Fachada do Tribunal de Justiça de Goiás — Foto: Divulgação/TJGO

“A adolescente também [disse] que, se não tivesse apoio na decisão da interrupção da gestação, ela iria “tomar outras medidas por parte dela””, explicou o Conselho Tutelar em documento à Justiça.

O g1 pediu um posicionamento ao pai da adolescente por mensagem na manhã deste sábado (13), mas não obteve retorno até a última atualização deste texto. A reportagem não localizou a defesa do suspeito do estupro para se posicionar.

O TJ-GO disse ao g1 que, como o caso tramita em segredo de Justiça, não pode se manifestar sobre ele. No entanto, reforçou que todas as providências determinadas pelo CNJ são cumpridas imediatamente pelo tribunal.

Depois da decisão do TJ-GO, a ministra Cida Gonçalves disse que o Ministério das Mulheres está acompanhando o caso. Pontuou ainda que que o Corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, já disse que “é inequívoca a urgência e a gravidade do caso”.

Em apoio à adolescente, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) fez uma reclamação disciplinar sobre a decisão do TJ-GO. No documento, a associação considera o pedido do pai da adolescente como fruto de uma atitude ‘irresponsável’, porque o pai teria explicado ao Conselho Tutelar que se trataria de um acordo entre ele e o estuprador, que teria se comprometido a “assumir toda responsabilidade acerca do bebê”.

A menina de 13 anos luta para conseguir uma autorização judicial para interromper a gravidez depois de ter sido vítima de um estupro. O pai da adolescente entrou com um pedido na Justiça para que a autorização fosse negada, e a solicitação do homem foi acolhida.

A gravidez da adolescente foi denunciada ao Conselho Tutelar depois que ela foi a uma unidade de saúde relatar a gestação. Segundo o conselho, a menina estaria se relacionando com esse homem adulto e eles teriam se encontrado quatro vezes no mês de janeiro. O artigo 217 do Código Penal diz que “aquele que tiver qualquer tipo de relacionamento amoroso com alguém que não tenha completado 14 anos, está sujeito a ser responsabilizado pelo crime de estupro”.

Depois que o pai da menina soube da gravidez, ele a proibiu de interrompê-la. A adolescente então chegou a pedir ajuda a uma conselheira para que a profissional conversasse com o pai dela. Na ocasião, sem a autorização dos responsáveis da adolescente e com a gestação se aproximando da 20ª semana, o Hospital Estadual da Mulher (Hemu) se viu legalmente impedido de realizar o procedimento desejado pela menina. A partir daí, iniciou-se uma batalha judicial.

O Conselho Tutelar entrou com pedido que o caso fosse avaliado com rapidez pela Justiça e pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Inicialmente, a menina conseguiu a autorização judicial, mas em uma nova decisão, a desembargadora Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade proibiu a interrupção da gravidez e acatou o pedido feito pelo pai da adolescente.

A desembargadora pontuou que, no documento em que pediu a proibição do aborto, o pai argumentou que “não há relatório médico que indique risco na continuidade da gestação”. Em seguida, a desembargadora proibiu a realização de qualquer procedimento para a interrupção da gravidez.

Após essa decisão, o CNJ disse em um documento emitido na sexta-feira (12) ter tomado conhecimento que a menina grávida de 28 semanas estaria sendo impedida pelo TJ-GO de realizar um aborto legal. Em seguida, o conselho determinou que sejam fornecidas explicações pela juíza e pela desembargadora acerca de suas respectivas decisões. Assim, elas devem prestar as informações que entenderem pertinentes. As providências solicitadas, segundo o TJ-GO, estão sendo feitas.

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Doações para instituições diminuem após caso de influenciador suspeito de maus-tratos

A presidente da Associação de Acolhimento à Pessoa com Paralisia Cerebral, Luciana Prudente, disse em entrevista à TV Anhanguera que muitas famílias que têm parentes com paralisia cerebral não têm condições de trabalhar e, por isso, acabam vivendo de doações.

“Infelizmente, é uma preocupação nossa. Essas vaquinhas e rifas são extremamente necessárias para muitas famílias que não têm de onde realmente tirar dinheiro para comprar uma cadeira de rodas, para fazer um exame”, afirmou.

“A gente se preocupa muito com as mães e as famílias que são acolhedoras, que são amorosas, que têm boa fé e realmente precisam. Muitas mães que, inclusive, precisam dar essa atenção 24 horas por dia e não tem tanta condição de trabalhar, né?”, reforçou.

Luciana afirma que a Associação de Acolhimento à Pessoa com Paralisia Cerebral orienta famílias a como fazer vaquinhas na internet de forma honesta e transparente. A instituição também atua como intermediária no repasse de doações às famílias mais necessitadas.

“É importante a comunidade goiana, a sociedade, procurar instituições que realmente fazem um trabalho, tem esse elo de ligação com essa família de criança com paralisia cerebral. E nós fazemos o papel também de orientar as próprias famílias que estão conosco em relação a como fazer a vaquinha, como agir para que seja de forma clara”, afirmou a presidente.

Entenda o caso do influenciador

Mais de 30 pessoas procuraram a Polícia Civil para denunciar o influenciador e a mãe da menina, Ana Vitória Alves dos Santos, de 22 anos. Ambos são suspeitos de maus-tratos, estelionato, desvio e apropriação de proventos de pessoa deficiente, incitação à discriminação de pessoa deficiente e constrangimento de criança, sendo o pai de forma direta e a mãe por omissão.

O influenciador soma mais de 18 mil seguidores na internet compartilhando a rotina da filha com paralisia cerebral. Em nota, a defesa dele informou que ele é inocente de todas as acusações, mas que por se tratar de um caso que tramita sob sigilo, não pode dar mais explicações e detalhes. (veja posicionamento completo ao final da reportagem).

Influenciador Igor Viana debocha sobre explorar filha com paralisia cerebral em mensagem — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Em mensagens enviadas em um grupo, Igor chegou a afirmar, em tom debochado, que ao invés de usar o dinheiro doado por seguidores em cuidados com a filha deficiente, gasta em benefício próprio, como com a compra de um carro.

“Comprei um carro com o dinheiro doado para o carrinho (…). Quem não tem filho deficiente para explorar, tem que trabalhar”, debochou.

O carrinho citado na mensagem é um equipamento de locomoção adaptado para pessoas deficientes, que Igor pediu ajuda dos seguidores para comprar para a filha. Depois que cerca de R$ 11 mil foram arrecadados, Igor fez um vídeo dizendo que tinha caído em um golpe na internet e perdido o dinheiro. Mas, em entrevista à TV Anhanguera, ele admitiu ter mentido sobre o golpe.

“O engajamento não vem com a verdade. A verdade não engaja e a verdade não vende” disse Igor à TV Anhanguera

Em outras mensagens enviadas por Igor, o influenciador afirma que vai usar o dinheiro das doações para contratar prostitutas no norte do país. Em seguida, diz que é brincadeira.

“E eu vou usar toda a grana para comer prostitutas no nortão…Brincadeira…Calma”, disse.

Ao g1, o influenciador argumentou que a filha não tem PIX e o dinheiro era enviado para a conta dele, portanto, ele não era obrigado a gastar apenas com a menina; ouça abaixo.

“Minha filha não tem PIX, então se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano”, falou Igor.

‘Vontade de largar no orfanato

ÁUDIO: Influencer suspeito de maus-tratos ironiza filha com paralisia cerebraL

Em um dos vídeos investigados, Igor chama a filha de inútil após pedir que ela vá ao mercado. Sobre isso, o influenciador alegou ao g1 que a criança “é chata” e que já deu muito trabalho para ele. Igor também disse que sua vontade às vezes “é de largar na porta do orfanato”.

“Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta”, finalizou.

A delegada afirma que os deboches do pai expõem a filha a uma situação constrangedora.

“Você não está fazendo uma brincadeira, você está expondo e causando constrangimento, não só a ela, mas a todas as crianças com deficiência, além da fala problemática no final. Tem outras postagens em que ele inferioriza a menina, causando constrangimento a ela pela condição de pessoa com deficiência”, explicou a delegada.

Segundo a Polícia Civil, Igor e a mãe da criança se separaram amigavelmente há cerca de 1 mês, mas fingiam ter uma relação conturbada nas redes sociais em prol da criação de conteúdo. Eles tinham um acordo verbal de que Igor moraria com a filha.

Os seguidores, sensibilizados com a situação, enviavam doações em dinheiro para ajudar nos cuidados com a criança.

“Eles estavam juntos até pouco tempo. Nesse último mês eles se separaram e essa separação se deu de forma amigável, mas eles estariam chamando uma briga pública entre os dois, de forma a gerar mais engajamento”, explicou a delegada do caso.

A investigação contra Igor e a mãe da menina teve início em 20 de junho, em Anápolis, após denúncias de que a criança estava sendo negligenciada e não possuía condições de higiene. Rapidamente, segundo a delegada Aline Lopes, as denúncias começaram a aumentar, relatando outros crimes.

Tanto Igor, como Ana Vitória já prestaram depoimento. Apesar de negarem terem desviado dinheiro da filha, ainda não apresentaram provas de como os valores em dinheiro doados foram usados. Por esse motivo, a polícia pediu a quebra do sigilo bancário dos dois.

“A gente pediu a quebra do sigilo bancário a fim de verificar o montante do valor que eles receberam. Então, todas essas ações que eles fizeram em nome e em prol da filha, as despesas que eles têm com a filha e ver se todo esse valor arrecadado em prol da filha foi, de fato, gasto com ela ou com despesas deles relacionadas a ela”, disse a delegada.

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Suspeitos de enviar brasileiros ilegalmente aos EUA atuavam há mais de 20 anos disfarçados de empresa de turismo e cobravam até R$ 100 mil por travessia, diz PF — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Charles Lemes declarou que ainda não é possível informar a forma como essas agências atuavam e nem se as pessoas interessadas em ingressar nos Estado Unidos eram enganadas por essas empresas ou se já pagavam pelo serviço sabendo que se tratava de travessia ilegal.

De acordo com o delegado, os criminosos também usavam outras pessoas e empresas para fazer a lavagem do dinheiro cobrado dos imigrantes.

“Eles contavam com braços operacionais para fazer a lavagem desse dinheiro. A PF faz um rastreamento desse dinheiro e consegue descobrir terceiros que tem contas utilizadas para confundir as investigações”, declarou Charles Lemes.

Na quinta-feira (6), a Polícia Federal prendeu um homem e uma mulher envolvidos na imigração ilegal de pessoas para os Estados Unidos. De acordo com a PF, a organização criminosa chefiada por eles atua há 20 anos em Goiás e é uma das mais conhecidas no Brasil pela prática de crime.

Delegado destaca que os migrantes são vítimas – Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Federal

A investigação, nomeada como Operação Dark Route, foi realizada em parceira com a polícia norte-americana e aponta que os criminosos cobravam cerca de R$ 100 mil por pessoas para fazer a travessia.

“Eles têm pessoas lá nos Estados Unidos para cobrar a dívida e, se a travessia não der certo, eles simplesmente não devolviam o dinheiro pago”, informou o delegado PF Charles Lemes.

A polícia indicou que 448 brasileiros que pagaram pela travessia ao grupo criminoso foram deportados. De acordo com a PF, quadrilha movimentou cerca de R$ 20 milhões com a promoção de migração ilegal.

Além desse crime, os suspeitos, presos em Goiânia e Anápolis, devem responder por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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Dois novos editais foram lançados para promover o empreendedorismo inovador e a pesquisa científica liderados por mulheres em Goiás. As duas oportunidades fazem parte do programa Goianas na Ciência e Inovação e contam com um investimento conjunto de quase R$ 1,3 milhão. O primeiro edital deve disponibilizar R$ 782 mil para bolsas de iniciação científica, enquanto o outro oferecerá suporte financeiro de até R$ 500 mil para até 10 startups lideradas por mulheres.

O primeiro edital tem como principal objetivo apoiar projetos de pesquisa desenvolvidos por estudantes do sexo feminino, sob orientação de professores doutores nas áreas prioritárias e estratégicas do Estado de Goiás. A iniciativa oferece bolsas de iniciação científica no valor mensal de R$ 800, além de uma reserva técnica para despesas relacionadas aos planos de trabalho dos bolsistas. As propostas de pesquisa podem ser submetidas a partir de abril no site goias.gov.br/fapeg.

A segunda oportunidade, denominada Eleve, é voltada para o apoio e fomento ao empreendedorismo inovador de mulheres goianas. As interessadas podem se inscrever até 5 de maio, submetendo suas propostas de negócio por meio do formulário disponível no site hubgoias.org. O programa irá selecionar até 50 novos negócios que atendam aos pré-requisitos estabelecidos, oferecendo capacitações, consultorias especializadas e eventos de conexão ao longo de três fases. Ao final, uma premiação total de R$ 500 mil será dividida entre as 10 startups que tiverem o melhor desempenho durante as fases de aceleração.

Os dois editais são parte do programa Goianas na Ciência e Inovação, realizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). “Acreditamos na ciência e queremos que todos estejam nela. Por isso, queremos corrigir as distorções que fazem com que mulheres sejam minoria na área”, afirma o titular da pasta, José Frederico Lyra Netto.

“Sem dúvidas, as duas oportunidades terão um impacto grande na vida de muitas mulheres. Ver esse esforço e preocupação, sobretudo com as meninas mais jovens, me deixou muito feliz”, avalia Heloisy Rodrigues, primeira mulher a se formar no curso superior de Inteligência Artificial no Brasil.

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