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‘Denis Gigante’ morre após acidente em Goiás
Antes de morrer, Denis falou sobre a sua relação com carros em entrevista ao Auto Esporte, da Rede Globo. Ele afirma que comprou a Parati em 2015 e que este era o carro que mais tinha lhe dado certo conforto até então.
Segundo a reportagem, publicada em 2020, a Parati, que já tinha um comprimento maior, precisou ter o trilho do banco do motorista estendido em 10 cm para acomodar melhor o Gigante.
Após o acidente, fotos divulgadas pelo Corpo de Bombeiros mostraram que o carro ficou completamente destruído.
A reportagem também narrou a luta de Denis para conseguir tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), visto que precisava de uma autorização para usar o próprio veículo na prova. Conforme o boletim de ocorrência do acidente, Denis conseguiu tirar a carteira de motorista em novembro de 2023.
Denis teve um traumatismo craniano grave, foi reanimado por médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) várias vezes, mas não resistiu. Ele morreu a caminho do hospital.
Uma menina de 6 anos e uma mulher, de 47, que também estavam no carro, ficaram feridas. A menina teve somente um corte na boca e a mulher escoriações leves. A relação entre elas e Denis não foi informada por nenhuma das autoridades.
A causa do acidente ou o motivo que levou Denis a perder o controle da direção ainda não foram descobertos. O Instituto Médico Legal (IML) recolheu o corpo de Denis e uma perícia foi feita no local.
Os bombeiros isolaram a rodovia e a bateria do carro, a fim de evitar um possível incêndio.
Em seus perfis nas redes sociais, Denis contava que trabalhava como artista, participando de propagandas e eventos. Nascido em 3 de agosto de 1973, ele também participou de diversos programas de televisão desde a década de 1990.
O g1 entrou em contato com o Guinness Book para saber se Denis fez parte do livro ou quebrou algum recorde oficialmente, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem.
📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.
Uma menina de 13 anos que foi vítima de estupro está sendo impedida pela Justiça de Goiás de realizar um aborto legal. Grávida de 28 semanas, ela decidiu interromper a gravidez quando estava na 18ª semana de gestação. O caso foi divulgado pelo Intercept Brasil, e corre em segredo de Justiça.
Devido a demora para conseguir acessar o direito, a menina cogitou a fazer um aborto por conta própria, segundo o portal. A decisão teria sido emitida por uma desembargadora. Por lei, a menina se enquadra na definição da lei brasileira que permite que uma pessoa faça um aborto; ou seja, gestação decorrente de estupro (incluindo estupro de vulnerável, no caso em que a vítima tem menos de 14 anos), de feto anencéfalo e que cause risco de vida à pessoa gestante.
O autor do estupro é um homem de 24 anos, conhecido do pai da vítima, segundo pessoas ouvidas com a reportagem que estão em contato direto com as partes envolvidas do caso. A reportagem afirma que o Boletim de Ocorrência foi feito somente após intervenção externa, e tentou ser impedido pelo pai. A Polícia Civil investiga o caso.
O caso foi veiculado pouco tempo após grande mobilização popular favorável à manutenção dos serviços de aborto legal. Em maio, foi protocolado na Câmara dos Deputados o PL 1904/24, que equipara aborto após a 22ª semana a homicídio. Especialistas ouvidas por Marie Claire afirmam que o projeto impactaria, principalmente, meninas vítimas de estupro.
Em junho, a Câmara aprovou a urgência da tramitação do projeto em uma votação de 23 segundos, o que dispensa que o texto seja apreciado pelas Comissões do Plenário. Após grande mobilização social, inclusive nas ruas e com pedido de saída do presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), o projeto saiu de pauta. Há previsão de que ele seja retomado no segundo semestre deste ano.
O genitor também pediu à Justiça que o aborto fosse adiado até a 30ª semana de gestação preservar as chances de vida do feto, e estaria recebendo apoio de advogados. Um dos magistrados está ligado a um grupo antiaborto: Apoena Nascimento Veloso, que integra a Comissão de Defesa da Vida da Associação dos Juristas Católicos de Goiás. Além disso, o pai da vítima é apoiado por uma freira e um padre da Igreja Católica.
A vítima tentou buscar atendimento no Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia, e pediu autorização do pai da menina, que é quem detém a guarda dela (já que a mãe reside em outro estado). Mas o pai não permitiu, e a equipe do hospital afirma não ter se sentido segura de realizar o procedimento. Por isso, a Justiça foi acionada pelo pai da menina.
Em uma primeira decisão, o aborto foi autorizado. A vítima já estava com 20 semanas de gestação. Mas uma segunda decisão suspendeu a interrupção, em 27 de junho. A juíza Maria do Socorro de Sousa Afonso e Silva permitiu a interrupção de emergência, desde que fosse possível salvar a vida do feto.
Em casos como este, a reportagem apura que o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Conselho Tutelar devem representar a vítima para que tenha acesso ao serviço.
+ Cytotec: como a caça ao remédio do aborto seguro vitimiza brasileiras há 20 anos
A magistrada não permitiu que fosse realizado o método de assistolia fetal, método recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para interromper uma gravidez avançada com segurança. Trata-se de uma injeção com químicos que interrompe os batimentos cardíacos do feto antes de ser retirado do útero. Em março, o Conselho Federal de Medicina (CFM) buscou proibir que médicos realizassem o procedimento, mas a normativa foi indeferida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por isso, a menina deveria passar por um parto antecipado. “O nascituro encontra-se em avançado estágio temporal de vida intrauterina, com possibilidades de sobrevida”, diz um trecho do documento. A juíza afirma que a menina não teria de ser a responsável legal ou cuidar do feto.
No entanto, com 25 semanas de gestação, o pai afirmou que deveria ser preservado o “direito à vida do nascituro” e questionou que o estupro tenha acontecido. Com estes argumentos, a desembargadora Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade aceitou o pedido do pai em segunda instância. A decisão define que a gravidez não deve ser interrompida até que se marque o julgamento. Ela também alegou que não existisse laudos que comprovassem que a menina está em risco de vida.
Procurado pelo Intercept Brasil, o Tribunal de Justiça de Goiás afirmou que não comentaria o caso, mas que os magistrados “têm autonomia para decidir de acordo com seu convencimento”. Os advogados do pai da vítima não se pronunciaram devido ao sigilo do caso. Por meio da assessoria de imprensa, a Arquidiocese de Goiânia afirmou que não tem conhecimento do caso ou de envolvimento de padres ligados à Igreja Católica.
Nesta terça-feira (9), a menina passaria por uma consulta médica no Hospital da Mulher. A polícia estava no local. Organizações de defesa de direitos das mulheres afirmam que o pai esteve no hospital com os advogados porque queria acompanhar a consulta da filha. Eles conseguiram, mas testemunhas afirmam que não era do desejo da menina.
A reportagem apurou que, em 2022, a mesma juíza, Maria do Socorro de Sousa Afonso e Silva, impediu que uma segunda pessoa realizasse um aborto legal. Se tratava de uma menina de 11 anos, da periferia de uma cidade do interior de Goiás, que foi estuprada pelo padrasto, de 44 anos.
Uma reportagem do jornal O Popular da época afirmou que, enquanto a mãe e a menina assinaram o termo de consentimento para fazer a interrupção da gestação, a juíza voltou atrás após o pai da vítima expedir decisão judicial para suspender o aborto.
A decisão ocorreu mesmo após o Hospital Estadual da Mulher ter afirmado que ela teria direito ao aborto legal “tanto por seu direito diante de uma gravidez decorrente de violência sexual, quanto pelo risco que a gravidez impõe à sua saúde”.
Além disso, a reportagem afirma que a menina teria desistido da interrupção de gestação, após um padre mostrar um vídeo de como o procedimento supostamente seria realizado.
A justiça de Goiás está impedindo que uma menina de 13 anos, grávida após um estupro, realize um aborto legal e seguro. A menina decidiu interromper a gestação quando estava com 18 semanas. Agora, depois de uma recusa do hospital e duas da justiça, caminha para a 28ª. A demora já fez com que ela cogitasse fazer o aborto por conta própria, colocando sua vida em risco.
O processo corre em segredo de justiça, mas o Intercept Brasil teve acesso à decisão da desembargadora que impediu o aborto e outros documentos relacionados e ouviu pessoas familiarizadas com a situação. Nenhuma informação identificável será publicada para preservar a identidade da menina, que será chamada de “Júlia” nesta reportagem.
As evidências obtidas pelo Intercept mostram, mais uma vez, que apesar da legislação brasileira permitir o aborto em casos de estupro, prevaleceu na justiça a defesa da manutenção da gravidez e do parto antecipado para tentar, sem garantias, manter a vida do feto. Também mostram a influência de grupos religiosos antiaborto para dificultar o acesso a um direito garantido em lei.
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Em casos de estupro, segundo a lei, basta a palavra da mulher para que o serviço de saúde execute o aborto – e, no caso de incapazes, de autorização do responsável. Inicialmente, ao ser procurado, o Hospital Estadual da Mulher, o Hemu, de Goiânia, pediu autorização ao pai de Júlia, que tem a guarda da menina – a mãe mora em outro estado. O pai recusou. A equipe do hospital alegou que não se sentiu segura nem respaldada legalmente para o procedimento e, então, recorreu à justiça.
Uma primeira decisão, quando a menina já tinha mais de 20 semanas, autorizou a interrupção, mas usando técnicas para preservar a vida do feto – na prática, uma tentativa de parto antecipado. A segunda decisão, do dia 27 de junho, suspendeu qualquer interrupção.
Foi o pai de Júlia, com quem ela vive, que procurou a justiça para obrigar a filha a seguir com a gestação. Com ajuda de vários advogados, pelo menos um deles ligado a grupos pró-vida de Goiás, ele entrou com um pedido para que a menina segurasse a gravidez até a 30ª semana, quando o feto teria chances de sobreviver fora do útero.
Fontes com acesso direto ao caso relatam que o pai estaria recebendo auxílio de uma freira e um padre da Igreja Católica. Os advogados do pai afirmaram ao Intercept que não se pronunciariam porque o caso está em sigilo. Já a Arquidiocese de Goiânia disse, por meio de sua assessoria, não ter conhecimento do caso, tampouco do envolvimento de algum dos padres ligados à Igreja Católica.
Em casos como esse, em que os interesses da adolescente e de seu responsável legal divergem, a menor é representada pelo Ministério Público, com participação do Conselho Tutelar e Defensoria Pública. Cabe à justiça decidir. As instituições foram procuradas pelo Intercept, mas não se pronunciaram.
No Brasil, o aborto é permitido quando há risco de vida para a mãe, em caso de anencefalia do feto ou se a gravidez é resultante de violência sexual — como é qualquer caso em que a vítima tenha menos de 14 anos. O Ministério Público de Goiás havia ingressado com um pedido de alvará de interrupção de gravidez em junho.
‘A juíza autorizou um parto de prematuro extremo com todo o risco de mortalidade, morbidade e sofrimento’.
No final do mês, a juíza Maria do Socorro de Sousa Afonso e Silva concedeu uma medida de emergência em que autorizou a interrupção, mas só se a equipe médica adotasse métodos para preservar a vida do feto.
“Legalmente não existe prazo legal para interrupção da gestação oriunda de estupro”, reconheceu a juíza na sua decisão. Porém, Silva proibiu procedimentos abortivos como a assistolia – em que o feto é induzido ao óbito dentro do útero para evitar sofrimento –, recomendada pela Organização Mundial da Saúde em interrupções tardias.
Ou seja, a menina teria que, na prática, ser submetida a uma tentativa de parto antecipado. “O nascituro encontra-se em avançado estágio temporal de vida intrauterina, com possibilidades de sobrevida”, escreveu, fazendo a ressalva de que a menina não precisaria cuidar ou ver o feto, caso sobrevivesse.
“Nesse caso, a juíza autorizou um parto de prematuro extremo com todo o risco de mortalidade, morbidade e sofrimento”, disse ao Intercept Jefferson Drezett, obstetra e professor da faculdade de saúde pública da USP, um dos autores da Norma Técnica de atenção humanizada ao abortamento do Ministério da Saúde. “Está completamente fora da razoabilidade a decisão de algo tão importante e grave fora das evidências normativas e científicas”, critica.
A juíza concedeu uma tutela de urgência para a interrupção por reconhecer que “o perigo da demora” com o avançar da gestação, já que a menina poderia tomar medicação abortiva, sofria pressão do meio familiar e havia recomendações das equipes técnicas atuantes no processo.
Foi aí que o pai de Júlia entrou na justiça para adiar o procedimento, dificultando ainda mais o acesso ao aborto legal. Ele alegou que, com 25 semanas, o feto teria pouca chance de sobreviver e invocou o “direito à vida do nascituro”, pedindo que a menina aguardasse até 28 ou 30 semanas. Também relatou supostas pressões do Conselho Tutelar para que o procedimento fosse realizado.
O pai ainda questionou o próprio estupro – que, segundo ele, estava “pendente de apuração”. A lei brasileira, no entanto, considera estupro de vulnerável qualquer relação sexual com menores de 14 anos.
A desembargadora Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade, analisando o caso em segunda instância, aceitou o pedido do pai e proibiu a realização de qualquer procedimento até o julgamento definitivo.
Em sua decisão, a desembargadora ignorou o fato de a gravidez ter sido originada de um estupro e alegou que não havia nenhum laudo médico que comprovasse o risco à vida de Júlia. Disse, ainda, que a demora na decisão judicial era perigosa, pois a menina poderia realizar um aborto enquanto aguardava.
“Não é verdade dizer que é mais arriscado fazer o aborto do que manter a gestação”, diz Drezett. “O aborto, sendo feito de maneira legal, com técnicas seguras, em qualquer momento da idade gestacional, tem menos risco de morte do que manter a gestação, passar pelo parto e puerpério”.
O Tribunal de Justiça de Goiás afirmou ao Intercept por meio da assessoria de imprensa que o processo tramita em segredo de justiça e que não comentaria as decisões de seus magistrados. “Eles têm autonomia para decidir de acordo com seu convencimento”, disse a assessoria do judiciário goiano. O Ministério Público também informou que não é possível repassar nenhum tipo de informação.
O suspeito de estupro é um homem de 24 anos que seria conhecido do pai da vítima, segundo relatos de pessoas familiarizadas com o caso. O Boletim de Ocorrência só foi feito pelo pai após intervenção externa. A Polícia Civil confirma que há uma investigação em curso.
Segundo fontes familiarizadas com o caso, a própria Júlia é fruto de uma gravidez infantil. Quando nasceu, sua mãe tinha 12 anos de idade. Por isso, relatam, seu pai falou em mais de um momento que não vê a situação, que encarou como um “namoro”, como um problema. Júlia não frequentava a escola e não fez pré-natal.
“O pai não tem condições de pagar advogado. E o advogado estava fazendo pressão”, disse uma das fontes familiarizadas com o caso.
Um dos advogados do pai, Apoena Nascimento Veloso, faz parte da Comissão de Defesa da Vida da Associação dos Juristas Católicos de Goiás. A comissão tem uma atuação agressiva anti aborto, com uma nota técnica que chama a expressão “aborto legal” de falácia, alegando que o aborto provocado “é sempre um crime”. O Intercept tentou falar com ele, que não nos respondeu.
A advogada Fernanda Kátia Cardoso Alexandre, que também faz a defesa do pai, disse que nem ela, “nem o pai, nem o Dr. Apoena” iam se manifestar, porque o caso está sob sigilo. Ela disse também que não faz parte da Associação dos Juristas Católicos de Goiás.
‘Quanto mais avançada a gestação, maior o risco para essa menina’.
Nesta terça-feira, 9, houve um tumulto com a presença da polícia na porta do Hospital da Mulher, onde Júlia passaria por uma consulta médica. Segundo entidades de defesa de direitos das mulheres, o pai esteve no hospital com os advogados porque queria participar da consulta com a menina.
Ele e seus advogados, inclusive Apoena Nascimento Veloso, conseguiram acompanhar a consulta. Júlia não queria, segundo testemunhas.
O Hospital da Mulher disse ao Intercept que não se pronuncia sobre atendimentos de menores, principalmente quando envolvem processos em segredo de justiça.
“O aborto em casos como esse é uma luta contra o tempo. Quanto mais avançada a gestação, maior o risco para essa menina”, diz Mariana Prandini, professora adjunta da Universidade Federal de Goiás e co-fundadora do Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular.
“Não deveria haver uma disputa judicial em torno do direito ao aborto. E, se o caso chegou à justiça, seu papel deveria ser garantir esse direito de forma imediata, sem restrições”, diz.
O caso remete à discussão sobre o PL do Aborto, pautado para votação na Câmara dos Deputados em junho. O projeto, apoiado pela direita religiosa, tentou equiparar qualquer aborto após 22 semanas a um homicídio – mesmo em casos como esse, envolvendo violência contra crianças e adolescentes – mas perdeu força depois de uma forte reação.
O Intercept Brasil já denunciou casos em Santa Catarina e Piauí em que os juízes obstruíram o direito ao aborto de meninas vítimas de estupro e tentaram induzi-las a manter os fetos.
Os abortos tardios são exceção – e costumam acontecer justamente no caso de meninas muito novas estupradas. “Quanto mais jovens as garotas são, é mais comum que tenham dificuldade de perceber a gestação. Quando existe crime sexual, isso piora”, explica Drezett, que também foi coordenador do serviço de Aborto Legal do Hospital Pérola Byington, em São Paulo.
Essa é ao menos a segunda vez que a juíza Maria do Socorro de Sousa Afonso e Silva, titular do 1º Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia, se posicionou contrariamente ao aborto. Embora neste ano ela tenha autorizado a interrupção – com as ressalvas que dificultavam o procedimento –, em 2022, segundo o jornal O Popular noticiou, uma menina de 11 anos, da periferia do interior de Goiás, precisou levar adiante uma gestação fruto de um estupro. O suspeito era o padrasto, de 44 anos.
De acordo com a reportagem, o homem foi preso depois que a mãe da menina denunciou o caso à polícia. A criança estava com 22 semanas de gestação em 15 de março de 2022. Ela e a mãe assinaram o termo de consentimento para o aborto legal.
O relatório do Hospital Estadual da Mulher, segundo a reportagem, dizia que a interrupção da gestação da menina se justificava “tanto por seu direito diante de uma gravidez decorrente de violência sexual, quanto pelo risco que a gravidez impõe à sua saúde”.
Três dias depois, em 18 de março de 2022, a juíza Silva atendeu o pedido do pai biológico da menina vítima de estupro e expediu a decisão judicial determinando a suspensão da interrupção da gravidez, narra o jornal. Ainda segundo a reportagem, a menina também teria desistido do aborto depois que um padre lhe apresentou vídeos de como é feito o procedimento.
Gravidezes precoces aumentam risco de morte, anemia grave, pré-eclâmpsia, diabetes e problemas no parto.
Nos últimos 10 anos, em Goiás, houve quase 6 mil casos de nascimentos com mães entre 10 a 14 anos. O estado registra, em média, nove mulheres estupradas por dia, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. É o 9º estado que mais registra estupros de vulneráveis no país.
A gravidez nessa idade, além de ser fruto de crime sexual, já que menores de 14 anos são considerados vulneráveis pela justiça, também se enquadra em outra categoria de aborto legal no Brasil: risco de vida à mãe.
Na puberdade, meninas não concluíram processos de maturidade cognitiva, psicossocial e biológica. Segundo estudo publicado na American Journal of Obstetrics and Gynaecology, meninas de 10 a 15 anos têm quatro vezes mais chances de sofrer morte materna do que entre mulheres mais velhas.
A Organização Mundial da Saúde aponta que gravidezes precoces também aumentam risco de anemia grave, pré-eclâmpsia, diabetes e problemas no parto, além de complicações socioeconômicas.
Colaborou: Gabriela Sá Pessoa
Duas mulheres de 66 anos e 78 anos foram presas na quinta-feira (4), em Goiás, suspeitas de participarem de um grupo que usava documentos falsos para obter benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Leia também: Cenário da Previdência piora com população mais velha e valorização do salário mínimo
Uma mulher de 40 anos e um homem de 25 anos também foram presos. A Polícia Civil de Goiás não revelou os nomes e não disse se os suspeitos têm defesa constituída.
Na quinta-feira, a mulher de 66 anos foi até uma agência bancária de Orizona (a 137 km de Goiânia) e procurou atendimento para sacar o BPC (Benefício de Prestação Continuada). O BPC é o repasse de um salário mínimo mensal a pessoas de baixa renda que tenham 65 anos ou mais ou sejam pessoas com deficiência.
Durante a tentativa de sacar o BPC, a idosa apresentou a guia do INSS, carteira de trabalho e identidade, mas os atendentes do banco tiveram dúvida sobre a identidade.
O banco acionou a Polícia Civil e agentes abordaram a mulher dentro de um carro. Com ela havia outras três pessoas. Dentro do veículo havia documentos falsos, como carteiras de trabalho e documentos de identidade, além de R$ 4.469 em espécie. Segundo a polícia, R$ 2.824 deste montante haviam sido sacados pela mulher de 78 anos horas antes em uma outra agência bancária, usando documentos de terceiros.
As investigações apontaram que o grupo estava no município de Orizona há uma semana tentando realizar os golpes. Eles foram presos em flagrante por suspeita de estelionato e associação criminosa.
Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que a maior redução foi no número de roubos de carga; balanço é referente ao primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2018
A violência em Goiás registrou queda de até 97,6% entre os anos de 2018 e 2024, conforme balanço apresentado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) nesta segunda-feira (8/7), em Goiânia, com a presença do governador Ronaldo Caiado. Além da diminuição nos índices de todas as modalidades criminosas pesquisadas, houve aumento na produtividade da polícia. “De todas as áreas, a segurança pública é a que mais avançou no meu governo”, afirma o chefe do Executivo, que está em seu segundo mandato.
No caso do roubo de cargas, o número caiu de 248 casos no primeiro semestre de 2018 para 6 no mesmo período deste ano. Na sequência estão roubo de veículos, com queda de 93,7%, roubo a transeunte (88,5%), roubo a comércio (88,3%) e latrocínio, cujo índice caiu 84,7%. Em relação ao homicídio doloso, a redução foi de 57,2%. Mais da metade dos municípios goianos, 128, não registraram nenhum assassinato em 2024. Os dados estão disponíveis no site segurança.go.gov.br
Para Caiado, o resultado é um reflexo direto da política de responsabilidade fiscal, que permite o pagamento em dia dos servidores, assim como a garantia de isonomia e evolução na carreira, além da compra de equipamentos e armamentos. “Já investimos mais de R$ 17 bilhões em segurança”, ressalta. Por isso, acredita que a corporação demonstra “motivação, garra e determinação para trabalhar”. “Cada vez mais, tenho que reconhecer a eficiência das nossas forças”, complementa.
Como exemplo de combate ao crime, o Governo de Goiás apresentou os resultados do policiamento realizado durante a Romaria do Divino Pai Eterno, em Trindade, durante a qual não houve registro de ocorrências de vulto. Já o vice-governador, Daniel Vilela, lembrou que, em 2018, o estado tinha média de mil veículos roubados por mês. “Com trabalho inteligente e competente, conseguimos diminuir isso e hoje os seguros de carro são mais baixos”, acrescentou.
Avaliações
À frente da apresentação dos dados, o titular da Secretaria de Segurança Pública, Renato Brum, enfatiza que o controle da violência é “algo real, efetivo e pleno”. Entre os pontos de destaque, ele detalha o trabalho contra os feminicídios, que caíram 37,5% no estado, na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2023. “Nós praticamente triplicamos o acompanhamento das medidas protetivas. Um trabalho de prevenção muito bom que alcançou esse resultado”.
O combate a crimes em propriedades rurais também apresentou resposta positiva: -78,2% em roubo e -36,9% em furtos. A atuação envolve um trabalho inédito para cadastrar mais de 100 mil propriedades, efetuar prisões, recuperar bens furtados, entre outros. Comandante da Polícia Militar, o coronel Marcelo Granja avalia o cenário como um avanço. “O governo realiza investimentos principalmente na parte de inteligência e na integração das polícias. Esse é o segredo do sucesso de Goiás”.
Confira as maiores reduções de criminalidade em Goiás:
*Fonte: SSP-GO (1º semestre 2018 / 1º semestre 2024)
A Catedral das Artes, em Goiânia, preparou uma programação especial para comemorar seus 33 anos. As festividades começam nesta segunda-feira (8), com o Acampamentos das Artes, e segue até o próximo sábado (13). O local fica na Rua Campo Verde, número 291, setor Santa Genoveva.
Acampamento das artes – de 8/7 a 12/7, às 14h
Mostra Vagalume – Meninada – de 9/7 a 12/17, sempre às 16h
Mostra Vagalume – Lançamentos – dia 9/7 às 19h
Assoprando velinhas – dia 9/7 às 20h
Lab_Indi – A Onça [A jornada da direção com Emanuel Lavor] – dia 10/7 às 19h
Cinema independente – dia 13/7 das 14h às 18h
Mostra Catavento – de 11/7 a 13/7 às 19h
Lab_Indi – A Onça [A jornada da direção com Emanuel Lavor]
Emanoel vem do teatro e se destacou na codireção do curta As Miçangas. Ele tem trabalhado no desenvolvimento do seu primeiro longa de ficção: A Onça. Esse encontro será aberto ao público. Inscrições aqui!
Lab_Indi – Cinema de Encruzilhada [com Ale Gama]
Essa atividade também é aberta ao público. Ale vai apresentar sua pesquisa sore Cinema de Encruzilhada. Inscrições aqui!
Acampamento das Artes – O Coletivo Arapuá (de produção cultural em artes visuais) desenvolverá atividades formativas. Esse coletivo é formado por 6 mulheres das artes visuais e participa também do Conexões (Coletivo Centopeia).
Mais informações no Instagram da Catedral das Artes AQUI!
Janayna Matos de Sousa, de 35 anos, fez história em apenas quatro anos de competição como fisiculturista trans. Nascida no Maranhão, mas se mudou para Goiânia ainda como criança e então se filiou a Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás (Fegomff) para competir pelo estado e já acumula conquistas.
Janayna se tornou a primeira mulher trans fisiculturista premiada no estado de Goiás. A conquista inicial aconteceu em 2022 quando venceu no campeonato de Goiânia, recebendo o título de Top 1 Musa Trans Fitness. No último mês, a atleta ficou na terceira colocação na categoria Bikini Fitness, no campeonato estadual da Federação Goiana de Musculação, Fitness e Fisiculturismo de Goiás.
“Independente de classificação, a vitória foi dada a partir do momento que eu decidir passar por todo o deserto. Muita dedicação, abdicação, foco e controle psicológico! Levamos top 3, como feedback alguns pontos a melhorar e com certeza haverá uma nova versão MUSA TRANS, AGUARDEM”, disse Janayna em suas redes sociais, após o terceiro lugar.
A Fegomff confirmou que Janayna é a primeira mulher trans a competir pelo estado de Goiás. A atleta contou com o apoio para competir no Bikini Fitness e consequentemente conquistar o terceiro lugar no mês passado. Janayna agora pode se aventurar nas competições nacionais, após os torneios estaduais, no fim deste ano ou até mesmo em 2025.
A Polícia Federal prendeu uma mulher suspeita de produzir e vender fotos íntimas da filha, de 9 anos, para um esquema virtual de pornografia infantil. O Conselho Tutelar participou da prisão e garantiu o resgate da vítima e de outra criança, também filha da suspeita.
Os policiais não divulgaram o nome da mulher e nem a cidade, no interior de Goiás, onde ela foi presa, a fim de proteger as vítimas. Por esse motivo, o g1 não localizou a defesa da investigada para se manifestar sobre o caso até a última atualização.
Essa foi a segunda fase da operação Coruja das Torres. Na primeira, em maio deste ano, um dos alvos foi preso na cidade de Foz do Iguaçu (PR) após imagens de abuso infantil terem sido encontrados em aparelhos de uso pessoal dele. Mas, o suspeito conseguiu na Justiça um recurso e voltou à liberdade.
Ao longo das investigações, a PF descobriu que o homem atuava desde 2016 no esquema, compartilhando na internet imagens de menores de idade em situação de abuso.
Segundo a polícia, o homem mantinha contato com a mulher para garantir que ela produzisse fotos íntimas da filha, de 9 anos. Investigações comprovaram que a mãe não só produziu como enviou diversos registros de sua filha, menor de idade.
Com a constatação do crime e a situação de vulnerabilidade da vítima, a PF pediu à Justiça a expedição de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva contra o homem e a mulher. A 5º Vara Federal em Foz do Iguaçu expediu os mandados, que foram cumpridos na manhã de sexta-feira (5) em Foz do Iguaçu e também no interior de Goiás.
A mulher é mãe de outra criança, mas a PF não informou se fotos íntimas dessa segunda menor também foram produzidas e vendidas no esquema. Apesar disso, a criança também foi resgatada pelo Conselho Tutelar, por considerarem que ela corria risco.
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
A Polícia Federal prendeu uma mulher no interior de Goiás, suspeita de produzir e vender fotos íntimas de sua filha de 9 anos para um esquema virtual de pornografia infantil. A prisão contou com o apoio do Conselho Tutelar, que resgatou a vítima e uma outra criança, também filha da suspeita.
Por questões de segurança e para proteger as vítimas, a identidade da mulher e a cidade onde ocorreu a prisão não foram divulgadas.
A prisão faz parte da segunda fase da operação Coruja das Torres. Na primeira fase, realizada em maio, um homem foi preso em Foz do Iguaçu (PR) por possuir imagens de abuso infantil. Ele conseguiu um recurso na Justiça e foi solto, mas as investigações continuaram.
A Polícia Federal descobriu que o homem participava do esquema desde 2016, compartilhando imagens de abuso infantil na internet. Ele mantinha contato com a mulher presa em Goiás, instruindo-a a produzir e enviar fotos íntimas de sua filha.
Diante das provas e da vulnerabilidade das crianças, a PF solicitou à Justiça mandados de busca, apreensão e prisão preventiva contra os envolvidos. A 5ª Vara Federal em Foz do Iguaçu expediu os mandados, que foram cumpridos na manhã de sexta-feira (5) em Foz do Iguaçu e no interior de Goiás.
Embora não tenha sido confirmado se fotos íntimas da outra filha também foram produzidas, ela foi resgatada pelo Conselho Tutelar devido ao risco à sua segurança. As investigações continuam, buscando garantir a proteção das vítimas e a responsabilização dos envolvidos. A informação foi dada pelo portal G1.
Após 2 anos de fim da dupla, Simaria surpreende fãs e canta com Simone em show em Goiânia
O show de Simone Mendes no Jorge e Mateus Único, em Goiânia, foi mais que especial para todo os fãs da cantora. Isso porque, a irmã Simaria entrou de surpresa no palco. Evento aconteceu neste sábado (6). Assista vídeos da apresentação acima.
As duas, que tinham uma dupla juntas, se separaram profissionalmente há cerca de 2 anos. Apesar disso, mantém a relação afetuosa familiar. Além de Simaria, a filha caçula de Simone, Zaya, também se divertiu no palco.
Durante a apresentação, as “coleguinhas” se divertiram com brincadeiras e se abraçaram. Nas redes sociais, Simaria compartilhou vídeos e fotos de fãs, que mataram a saudade das irmãs juntas.
“Eu não estava pronto para ver as coleguinhas juntas de novo”, comentou um fã, feliz da vida.
O evento teve início por volta das 14h, no estacionamento do Estádio Serra Dourada. Além de Simone Mendes, também se apresentaram a dupla Jorge e Mateus, Luan Santana, Clayton e Romário, Fred e Fabrício.
📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.