
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), realizou nesta quinta-feira (22/5) a Operação Broker Phantom, com objetivo de desarticular uma organização criminosa que aplicava golpes pela internet e lavava dinheiro em todo o país. O grupo criminoso aplicava o golpe denominado de falso intermediário para enganar as vítimas.
Coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Gref), a operação contou com o apoio das Polícias Civis de Mato Grosso, Santa Catarina e São Paulo, além da Diretoria de Operações Integradas e do Ciberlab, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Cerca de 400 policiais civis foram mobilizados para cumprir 157 medidas cautelares, incluindo 59 mandados de prisão temporária, 18 de prisão preventiva e 78 de busca e apreensão. Também foram autorizadas quebras de sigilos telefônico e telemático, além do sequestro de bens no valor de R$ 2 milhões.
Segundo as investigações, a quadrilha aplicava o chamado “golpe do intermediário”, criando anúncios falsos em plataformas de compra e venda online. As vítimas eram induzidas a transferir dinheiro para contas de laranjas, acreditando estar negociando diretamente com os donos dos produtos.
De acordo com o delegado Thiago César, a organização agia de forma estruturada e há anos fazia vítimas em diversas regiões do Brasil. “É uma organização criminosa que atua há anos fazendo vítimas em todo o país”, afirmou.
O grupo utilizava pelo menos 40 perfis falsos e criou 144 anúncios fraudulentos. As ações foram realizadas simultaneamente em 13 cidades, com destaque para Aparecida de Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Várzea Grande (MT) e Ribeirão Preto (SP).
Até o momento, o número de prisões efetivadas não foi divulgado pelas autoridades.
As investigações continuam com a análise do material apreendido, o rastreamento de valores e a identificação de novos envolvidos.
A polícia também busca esclarecer o papel de cada integrante na estrutura do grupo e recuperar os recursos desviados das vítimas.
A operação representa uma das maiores ofensivas contra estelionatários virtuais nos últimos anos e reforça o alerta para que compradores redobrem a atenção ao negociar pela internet.
Entenda o golpe do falso intermediário
O golpe do falso intermediário começa com o criminoso se passando por comprador, geralmente de um veículo anunciado por um vendedor comum. Após obter fotos e detalhes do carro, ele cria um novo anúncio com preço abaixo do mercado, alegando motivos urgentes para a venda, como dívidas ou mudança. O golpista ainda convence o verdadeiro dono a tirar o anúncio do ar, alegando que fechará negócio, evitando assim que o comprador descubra a fraude.
Na segunda fase, o golpista marca um encontro entre o vendedor e o interessado, fingindo que um terceiro (como um parente ou amigo) irá representar cada lado. Ele instrui ambos a não conversarem sobre preço ou condições, mantendo-se como único responsável por essas informações. Dessa forma, o criminoso manipula toda a negociação sem precisar aparecer.
Com a confiança gerada pelo encontro, o comprador faz o pagamento direto ao fraudador, acreditando estar quitando o veículo. Só depois descobre que o verdadeiro dono não recebeu nenhum valor. Em alguns casos, o vendedor ainda transfere o carro sem receber. Ao final, tanto comprador quanto vendedor saem lesados, enquanto o golpista permanece invisível durante todo o processo.
Saiba como evitar
Para evitar o golpe do falso intermediário, é fundamental desconfiar de ofertas com preços muito abaixo do mercado e sempre comparar os valores com a tabela Fipe. Verifique o perfil do anunciante na plataforma — tempo de cadastro, verificação de identidade e contatos fornecidos — e prefira negociar diretamente com o proprietário do veículo. Evite usar aplicativos de mensagens e mantenha as conversas no chat da OLX, onde o histórico é registrado e você recebe orientações de segurança.
Também é essencial confirmar o recebimento do pagamento na conta bancária antes de transferir o veículo. Compradores devem fazer depósitos apenas na conta do dono do automóvel ou seu representante legal. Evite intermediários, negociações com sigilo e visitas feitas por terceiros. Se suspeitar de algum anúncio ou negociação, denuncie pelo botão “Denunciar” ou entre em contato com a plataforma, fornecendo o máximo de informações e provas possíveis.
Mulher é presa por venda de falsos consórcios
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), deflagrou nesta quinta-feira (22), em Aparecida de Goiânia, a Operação Protectio XXII, com o objetivo de combater golpes envolvendo falsos consórcios e cartas contempladas. Na ação, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão.
A Operação Protectio teve início em 2023 e já contabiliza mais de 20 fases. Até o momento, foram cumpridos mais de 60 mandados judiciais em residências e estabelecimentos comerciais ligados aos investigados, além da suspensão das atividades de mais de 30 empresas envolvidas nas fraudes.

No caso específico da etapa atual, a investigação identificou diversos consumidores lesados e há indícios da existência de outras vítimas. O inquérito policial encontra-se em fase final e busca apurar a responsabilidade criminal dos envolvidos, com base em crimes contra as relações de consumo, estelionato e delitos correlatos.
Entenda o golpe
O golpe começa com anúncios atrativos na internet, oferecendo veículos ou imóveis a preços acessíveis. Ao entrar em contato com a empresa, o consumidor é induzido, por meio de falsas promessas, a acreditar que conseguirá adquirir o bem de forma rápida e facilitada.
Convencido, o cliente realiza pagamentos iniciais sob a justificativa de “parcela de entrada”. Passado o prazo prometido para a liberação do crédito, sem obter o bem desejado, ele tenta cancelar o contrato — e só então descobre que firmou um documento fraudulento. Os valores pagos não são devolvidos, e o consumidor é lesado financeiramente.
A divulgação da identificação da presa e do estabelecimento comercial foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria n° 547/2021 – PC, e Despacho da Autoridade Policial responsável pelas investigações, justificada na possibilidade real de identificação de novas vítimas.
Autor Manoel Messias Rodrigues
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