16 de novembro de 2025
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O deputado estadual Paulo Cezar Martins (PL) deu um passo decisivo para deixar o Partido Liberal e retornar ao MDB, após movimento articulado pelo vice-governador Daniel Vilela como parte da sua estratégia para as eleições de 2026. A mudança foi discutida em um encontro no Palácio das Esmeraldas, na última quinta-feira (13/11), com a presença do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).

Durante a reunião, Paulo Cezar destacou que pretende contribuir diretamente para o projeto de Daniel Vilela, considerado por ele a liderança responsável por conduzir Goiás no próximo ciclo político:

“O vice-governador me fez enxergar a importância de uma gestão séria, com foco no trabalho. Quero ajudá-lo a ser governador”, afirmou.

O parlamentar reconheceu que, no passado, defendia que o MDB lançasse candidatura própria ao governo, posição que não prevaleceu à época. Ele afirmou ter adotado um discurso mais crítico, mas sem romper sua relação com Caiado. “Nunca houve desavença. Sempre respeitei o governador eleito e reeleito democraticamente pelos goianos”, disse.

Segundo Paulo Cezar, o próprio Daniel atuou para reaproximá-lo do grupo governista: “Eu não faço política com fígado, com radicalismo”, declarou. Ele destacou ainda sua antiga ligação com a família Vilela e o legado político de Maguito: “O Daniel herdou do pai muitas qualidades boas. É jovem, tem formação intelectual e desprendimento, mas, acima de tudo, tem pedigree”, pontuou.

Com seis mandatos na Assembleia Legislativa, o deputado reforçou que sua atuação política se orienta pelo diálogo. Citando Roberto Campos, afirmou: “Sobram construtores de muros. Precisamos urgentemente de construtores de pontes”. A filiação ao MDB deve ocorrer entre março e abril de 2026, durante a janela partidária autorizada pelo TSE.

Esvaziamento do PL em Goiás

A saída de Paulo Cezar Martins representa mais um revés para o PL, presidido no Estado pelo senador Wilder Morais. Em menos de um ano, a sigla perdeu metade dos 26 prefeitos eleitos em 2024, além de lideranças regionais e quadros estratégicos.

Internamente, dirigentes reconhecem que a indefinição do partido para 2026, especialmente sobre candidatura própria ao governo, tem ampliado a migração de filiados para grupos com maior alinhamento ao Palácio das Esmeraldas.

A provável ida de Paulo Cezar Martins ao MDB fortalece a base governista em torno de Daniel Vilela e aprofunda a reorganização partidária em Goiás às vésperas de 2026. O movimento reforça o capital político do vice-governador, ao mesmo tempo em que evidencia a dificuldade do PL em manter coesão interna e projetar um caminho eleitoral próprio no Estado. O período pré-janela partidário tende a intensificar esse reposicionamento entre legendas que buscam ampliar espaço no tabuleiro sucessório para o próximo pleito.

Autor Rogério Luiz Abreu

Lidiane

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