6 de novembro de 2025
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Deputado usa objeto para debochar de socióloga que afirmou que criminosos com fuzis podem ser “rendidos até com uma pedra na cabeça”

O líder do PL, Sóstenes Cavalcanti, levou uma pedra ao plenário da Câmara nesta 4ª feira (5.nov.2025) em reação à fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as operações policiais realizadas nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro, que deixou 121 mortos. 

A crítica de Sóstenes Cavalcanti faz referência a uma fala da socióloga Jacqueline Muniz, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), que sugeriu, de forma teórica, que criminosos com fuzis podem ser “rendidos até com uma pedra na cabeça”. O vídeo viralizou nas redes sociais e foi alvo de críticas e piadas entre os apoiadores da direita. 

Assista à trecho da fala da socióloga (16s):

Assista a trecho do discurso de Sóstenes (1min8s):

“Eu trouxe a nova arma que ela sugeriu para os agentes de segurança, para você ver o nível da petezada e da esquerdada, o que é que eles defendem para a segurança pública. A arma de vocês agora é uma pedra! Vocês vão enfrentar bandido no Brasil com isso? É muita cara de pau achar que você vai enfrentar um bandido com fuzil usando uma pedra. Daqui a pouco vão dizer que vocês têm que usar flores contra essas pessoas”, disse, durante a votação da urgência da PDL (projeto de decreto legislativo) que pretende derrubar uma resolução que permitia a interrupção da gravidez em menores de 14 anos. 

A oposição tem apoiado as ações conduzidas pelo governo do Rio de Janeiro em 28 de outubro, considerando a operação necessária para combater o crime organizado. O tema também repercutiu amplamente na opinião pública e reacendeu o debate sobre segurança pública e o uso da força policial.

Em entrevista à veículos de mídia estrangeiros na 3ª feira (4.nov.2025), o petista chamou a ação de “desastrosa” e de “matança”.

“O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, foi considerada um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, acho que foi desastrosa”, declarou o presidente a veículos como as agências de notícias Reuters e AFP.

Lula declarou que o governo deve enviar legistas da PF (Polícia Federal) para participar das investigações sobre as circunstâncias das mortes. A medida já havia sido anunciada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em 30 de outubro. 

“Estamos tentando ver se os legistas da PF participam da investigação do processo. Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação, porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança e houve a matança. Acho bom especificar em que condições se deu”, disse. 

CPI do Crime Organizado 

De acordo com o presidente da CPI, Fabiano Contarato (PT-ES), o requerimento para a convocação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, foi aprovado.

O colegiado vai investigar o avanço de facções criminosas, o envolvimento de agentes públicos e as falhas nas políticas de segurança. O tema ganhou ainda mais relevância depois da megaoperação que deixou 121 mortos no Rio. 

Segundo Contarato, o objetivo da CPI é “jogar luz sobre a segurança pública, ver quem tem responsabilidade e o que é necessário fazer para reduzir a criminalidade”. Ele afirmou que o país segue “alarmado –com razão– diante de operações que vitimaram dezenas de pessoas” sem que haja respostas efetivas. 

 



Autor Poder360 ·

Lidiane

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