22 de setembro de 2025
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Francielly de Paiva, conhecida como Cielly Paiva, chegou a Goiás nesta sexta-feira (19/9) após ser extraditada de Portugal. Ela foi presa em maio pela Interpol e era foragida da Justiça goiana há mais de seis meses, período em que viajou por diversos países da Europa. A mulher é acusada de movimentar milhões de reais para uma facção criminosa.

A prisão ocorreu após intensa cooperação internacional entre a Polícia Civil de Goiás, a Polícia Federal e a Interpol. Francielly tinha um mandado de prisão expedido desde outubro do ano passado, no âmbito da Operação Portokali. A extradição foi deferida pelo Judiciário português.

Ela desembarcou no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, e foi transferida para a sede da Polícia Federal e depois para a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Francielly de Paiva é apontada como uma das principais peças da organização criminosa “Amigos do Estado” (ADE) em Goiás. A investigação policial aponta que contas em nome dela e de suas duas filhas menores, de 6 e 17 anos, eram usadas para movimentar o dinheiro do tráfico de drogas.

Conforme o delegado Tiago Torres, responsável pelas investigações, a participação dela se dava por meio de lavagem de dinheiro. A conta dela e das filhas eram utilizadas para que o dinheiro da facção do tráfico de drogas circulasse.

As movimentações financeiras sob investigação atingiram a cifra de R$ 30 milhões em um curto período. O dinheiro de origem ilícita passava por empresas laranjas e era usado para pagar carregamentos de drogas. Apenas em um ano, mais de R$ 20 milhões transitaram em sua conta bancária, no auge das atividades criminosas.

Em outubro do ano passado, Francielly negou as acusações em um vídeo postado nas redes sociais.

“Eu não sou criminosa. Eu não sou traficante. Eu não participo de organização. Essas pessoas que foram presas, eu nunca vi. Eu não sou essa pessoa”, disse a modelo.

Ela alegava trabalhar com venda de conteúdos adultos para justificar sua vida de luxo. No entanto, as provas coletadas pela polícia contradizem essa versão.

“As contas e a movimentação bancária dela mostram exatamente o contrário”, afirmou o delegado Torres.

A operação que resultou na prisão internacional teve início em 2017, a partir de investigações relacionadas a um indivíduo preso em Santa Catarina. A mulher era companheira de um dos investigados, que faleceu após um confronto policial. Mesmo após sua morte, ela teria continuado a operar as movimentações financeiras ilícitas.

Após desembarcar em Goiânia, Francielly foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Em seguida, foi encaminhada ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde permanecerá à disposição da Justiça.

O inquérito policial contra ela já foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário, onde tramitam ações penais em razão de denúncia oferecida pelo Ministério Público.

Autor Manoel Messias Rodrigues

Lidiane

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