12 de setembro de 2025
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A Polícia Civil de Goiás prendeu em flagrante, na quinta-feira (11/9), um homem de 60 anos por aplicar um golpe de estelionato que causou um prejuízo de quase R$ 300 mil a uma idosa de 74 anos. A vítima possui dupla cidadania, holandesa e brasileira, e reside na Holanda.

O esquema criminoso investigado pelo Grupo de Repressão a Estelionato (Gref) explorou a boa-fé e o altruísmo da idosa, que é conhecida por seu engajamento em trabalhos sociais. O golpe se estendeu por aproximadamente três anos, até ser descoberto por familiares.

O suspeito foi localizado e preso em Aparecida de Goiânia. Ele utilizou uma identidade fictícia chamada “Nabu Badona”, apresentando-se como um pecuarista bem-sucedido de Palmas (TO) com residências em Goiânia e Anápolis.

Para conquistar a confiança da vítima, ele se fazia passar por grande benfeitor.

“Ele alegou que era proprietário de fazendas, tanto em Goiás quanto no Tocantins, estava vendendo alguns imóveis no Tocantins com o intuito de vir para Goiânia e que aqui ele queria montar uma ONG para ajudar pessoas. Inclusive ele falou que tinha o hábito de todos os anos fazer doações de caminhão, de arroz, de feijão para Vila São Cottolengo”, relatou o delegado Thiago César Oliveira.

O contato começou em uma rede social e migrou para aplicativos de mensagem. O golpista criou diversas histórias para obter vantagens financeiras, incluindo falsa promessa de trocar um imóvel que dizia possuir em Palmas por outro em Goiânia, sem nunca fornecer endereços ou comprovações.

Pedia pequenos valores para não levantar suspeita

A estratégia para não levantar suspeitas consistia em pedir quantias baixas com alta frequência.

“Eram pequenos valores, de 50 euros, 100 euros, mas com uma frequência que foi aumentando ao longo desses três anos e isso inicialmente não chamou atenção”, disse o delegado.

As conversas de WhatsApp revelaram sofisticada manipulação emocional, com o golpista usando promessas não cumpridas, justificativas evasivas e menções religiosas para induzir a idosa a realizar inúmeras transferências em euros por meio de empresas de câmbio.

O esquema foi descoberto quando o filho da vítima percebeu as inconsistências.

Polícia divulgou imagem do suspeito por acreditar que ele tenha feito outras vítimas

“À medida que foi aumentando essa frequência, esses valores realmente foram chamando a atenção de familiares, o que fez com que realmente fosse descoberto pelo filho da vítima, que estranhou a frequência de transferências de pequenos valores para uma única pessoa”, finalizou Oliveira.

A PCGO apurou que o suspeito possui histórico criminal no Tocantins, incluindo uma ocorrência por infração ao Estatuto do Idoso em Gurupi, onde utilizou método semelhante. Durante interrogatório, o investigado confessou ter se apropriado do dinheiro da idosa.

Autor Manoel Messias Rodrigues

Lidiane

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