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Catalão: camponeses protestam contra impactos causados por mineradoras
Entre as pautas o grupo pede o fim de judicialização contra as famílias, o pagamento de impostos devidos, garantia de emprego, destinação de recursos ao social

Camponeses impactados pelas mineradoras Cmoc do Brasil e Mosaic Fertilizantes realizam, nesta terça-feira (23), um protesto na GO-504, acesso pela BR-050, em Catalão, pelos problemas causados às famílias agricultoras pelas empresas. Eles relatam prejuízos econômicos, sociais e ambientais não só ao município já citado, mas também em Ouvidor e região.

Com o bloqueio, explica o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Marcelo Mendonça, as empresas ficaram sem acesso. Só são permitidas as saída de trabalhadores. “Não extração e beneficiamento neste momento”, diz o docente que participa do ato. De acordo com ele, a manifestação começou com 500 pessoas de manhã. Durante à tarde, como muitos tiveram que trabalhar, estão 350. “Mas eles vão retornar.”

Além de camponeses, também participam movimentos sociais e estudantis. Conforme nota à imprensa, o grupo argumenta que as mineradoras retiram minérios importantes e valiosos da região (como o Nióbio e o Fosfato), faturam milhões, mas não geram empregos para a população local. “Os empregos de ‘alto escalão’, de gerenciamento, com os maiores salários, são destinados à pessoas que vêm de outros países, como a China, os Estados Unidos por exemplo.”
Além disso, afirma que as companhias “tratam as famílias que vivem em seu entorno como obstáculos a serem removidos, não com o respeito necessário”. Segundo eles, a maioria é judicializadas por não aceitar as propostas de valores irrisórios por suas terras, que seriam muito abaixo do de mercado. O grupo, acusa, ainda as mineradoras de não recolherem os impostos devidos aos cofres públicos. “Somente no Município de Catalão os valores devidos de ITBI e CFEM aproximam-se de R$ 300 milhões, mas também há o mesmo problema no município de Ouvidor.”

Sobre as questões ambientais, eles apontam que as nascentes têm secado e que o ar “está com cheiro horrível”, além da alteração das paisagens e barragens de rejeitos. “Quando chove, é lama que escorre. Sem contar o alto nível de pessoas com graves problemas respiratórios.”

Dito isto, entre as pautas o grupo pede o fim de judicialização contra as famílias, o pagamento de impostos devidos, garantia de emprego, destinação de recursos ao social e mais. Conforme relatado por Marcelo, as duas companhias realizarão reuniões, ainda nesta tarde, com as lideranças.

Respostas
O Mais Goiás procurou as assessorias de imprensa das duas mineradoras para comentarem o protesto. A Cmoc informou que ainda não possui posicionamento, mas que encaminhará assim que houver. Já a Mosaic ressaltou respeitar o direito de manifestação, mas que não irá comentar os movimentos atuais. Disse, contudo, fez diversas negociações amigáveis nos últimos anos e que existe, apenas, uma aquisição judicializada por falta de acordo.

A Mosaic Fertilizantes informa que ao longo dos últimos anos realizou mais de uma dezena de negociações amigáveis para acesso a propriedades próximas de sua operação no município de Catalão. O processo de negociação segue a legislação vigente e critérios técnicos e sociais.

Existe apenas uma aquisição judicializada, pois a companhia e a família ainda não chegaram a um consenso, mas a Mosaic Fertilizantes permanece aberta ao diálogo e à negociação e segue envidando esforços para uma solução amigável.

Lidiane

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