maio 2020 - Página 2 de 2 - Primeira Mão

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Com  a  duplicação do Go -330 entre os Bairros Jardim Primavera ao Posto da Policia Rodoviária Estadual,agentes da Superintendência Municipal de Trânsito- SMTC,   estarão entre os dias 13 e 14 \05,no trevo do Bairro Evelina Nour.
Essa operação  será realizada com o intuito  de  realizar a contagem volumétrica de veículos.
Essa contagem  visa  verificar quais serão os dispositivos de acesso\ saída que serão instalados no local.
Vale ressaltar que essa obra vai beneficiar os bairros :  Jardim Primavera, Vila Cruzeiro, Ayrton Senna, Evelina Nour, Conquista e adjacências.

A Superintendência Municipal de Trânsito de Catalão -SMTC , no dia de hoje,  11,  realizou operação  para recolhimento de Caçambas irregulares, sendo que  as caçambas são  destinadas a coleta de entulhos .

Essas caçambas apreendidas não se adequaram  a Lei Municipal N º 3598  de dezembro/2018. com entrada em vigor  em 05/ 06/2019. Vale lembrar ainda,  que em 06 de fevereiro de 2019, todas as empresas foram notificadas do teor da Lei em 04 de março  do decorrente ano, reiterando da necessidade da necessidade do cumprimento do dispositivo da Lei.

O superintendente , Clayton César dos Santos, alertou aos proprietários, que as operações serão  realizadas semanalmente.

Por Sílvio Túlio e João Victor Guedes, G1 GO e TV Anhanguera

Secretário de Segurança estuda lockdown se taxa de isolamento não subir em Goiás

O secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP), Rodney Miranda, disse na manhã desta segunda-feira (11) que o governo não descarta implantar a medida conhecida como lockdown se a taxa de isolamento não superar 50%. Segundo ele, houve um “relaxamento perigoso” neste índice nos últimos dias, o que poderia aumentar a disseminação do coronavírus.

Miranda falou sobre a possibilidade após reunião no Paço Municipal, sede da Prefeitura de Goiânia, em entrevista à TV Anhanguera. O lockdown, embora não tenha uma definição única, é uma espécie de bloqueio total em que as pessoas devem, de modo geral, ficar em casa.

O secretário lembrou que Goiás já teve o maior índice de isolamento do país, acima de 60%. No entanto, conforme levantamento divulgado no domingo (10), agora o estado amarga o último lugar no quesito.

Miranda afirmou que o estado “está fazendo de tudo” para evitar o bloqueio geral, mas que ele pode ser instituído se não ocorrer uma mudança no comportamento da população.

“Nós estamos tentando de tudo para evitar o lockdown. Precisamos aumentar o rigor na fiscalização, precisamos da colaboração da população para entender que o momento ainda é difícil, ainda é grave, para que a gente possa evitar o lockdown. Agora, eu acredito que se essa taxa [de isolamento] não subir acima de 50%, o lockdown, definitivamente, não está descartado”, afirmou.

Na última terça-feira (5), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), disse que não pensava em lockdown, mas sim na restrição de alguns setores que estivessem gerando muita aglomeração e circulação de pessoas.

G1 questionou as assessorias do governo e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por e-mail, às 11h desta segunda-feira, sobre a declaração de Miranda e aguarda posicionamento.

Cena de ruas vazias em Goiânia foram vistas apenas nos primeiros dias do decreto; depois, isolamento caiu — Foto: André Martins/TV Anhanguera

Cena de ruas vazias em Goiânia foram vistas apenas nos primeiros dias do decreto; depois, isolamento caiu — Foto: André Martins/TV Anhanguera

O responsável pela SSP afirmou ainda que Caiado está se reunindo com vários prefeitos do estado para discutir novas medidas de isolamento. Ele afirmou que a situação de momento é de preocupação.

“A nossa avaliação é que nos últimos decretos, não só do governo do estado, mas, principalmente, dos governos municipais, houve um relaxamento perigoso nos índices de isolamento”, afirmou.

Por fim, Miranda disse que a SSP tem trabalhado no apoio às equipes de fiscalização e que vai atuar diretamente caso haja “reflexo criminal”. O intuito é evitar que as consequências sejam sentidas nos próximos dias.

“Hoje nós estamos preocupados para que daqui a 10, 15 dias, a gente não tenha que sofrer o que alguns estados infelizmente têm sofrido [com casos de coronavírus]”, destaca.

Passageiros reclamam de superlotação e demora de ônibus durante pandemia do coronavírus
Passageiros reclamam de superlotação e demora de ônibus durante pandemia do coronavírus

Escalonamento do comércio

Diante do cenário, a Prefeitura de Goiânia discute tornar obrigatória a recomendação contida em um decreto municipal que versa sobre o escalonamento do horário de abertura do comércio. A medida visa diminuir o fluxo nos terminais e ônibus e, consequentemente, as aglomerações.

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia, Walisson Moreira, disse que a ideia surgiu após o município constatar que os lojistas não estão aderindo à recomendação.

“Fizemos uma pesquisa sobre a efetividade do decreto e constatamos que não teve muita adesão dos empresários em relação ao escalonamento do horário de abertura. Estamos insistindo nesse escalonamento porque o transporte coletivo é um ambiente de alto risco de contágio. Não adianta a empresa ter cuidado no combate à pandemia se o funcionário dela frequenta o ônibus e o terminal lotados”, avalia.

“Se não endurecermos, o empresário não vai aderir. Recomendamos ao comitê de crise a mudança de recomendação para obrigatoriedade do escalonamento”, completa.

Goiás caiu para o último lugar no ranking de isolamento social — Foto: Reprodução/InlocoGoiás caiu para o último lugar no ranking de isolamento social — Foto: Reprodução/Inloco

Goiás caiu para o último lugar no ranking de isolamento social — Foto: Reprodução/Inloco

No dia em Governo do DF começa a multar, Bolsonaro sai do Alvorada com máscara
Bolsonaro usa máscara ao sair do Palácio da Alvorada para cumprimentar apoiadores e falar com a imprensa Foto: Reprodução
Bolsonaro usa máscara ao sair do Palácio da Alvorada para cumprimentar apoiadores e falar com a imprensa Foto: Reprodução

Apesar de já ter usado máscaras em outras oportunidades, Bolsonaro não havia adotado o utensílio na interação com simpatizantes na porta da residência oficial. Todos os integrantes do comboio também utilizavam a peça. O presidente não falou com os jornalistas que estavam no local.Após churrasco cancelado, presidente passeia de jet ski

Após cancelar churrasco, Bolsonaro passeia de moto aquática em lago de Brasília.

Depois de cancelar um churrasco que havia anunciado para este sábado, após a repercussão negativa, o presidente Jair Bolsonaro passou parte da tarde de domingo passeando em uma moto aquática no Lago Paranoá, em Brasília. Ele dirigiu a moto com um segurança na garupa, ambos sem máscara, que se tornou obrigatória no Distrito Federal. O Brasil registra 10.627 mortos por Covid-19, 730 confirmadas nas últimas 24 horas.

O passeio não foi confirmado oficialmente. O Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, é banhado pelo lago Paranoá e Bolsonaro saiu sem ser visto. No entanto, imagens de Bolsonaro durante o passeio foram publicadas pelo site Metrópoles.

— Se a gente não cuidar, vai entrar em caos o Brasil no desemprego— disse Bolsonaro, na gravação. — É uma neurose, 70% vai pegar o vírus, não tem como. É uma loucura — completou.

A Polícia Militar, Vigilância Sanitária e SMTC atuaram fiscalizando dezenas de bares e lanchonetes nesta noite, para resguardar o cumprimento do decreto estadual e municipal de emergência em função do coronavírus.                            Os estabelecimentos foram orientados, e os que não estavam cumprindo com as normas determinadas, foram notificados.
A partir de quarta-feira (29), a desobediência às normas do decreto, resultará na interdição do estabelecimento.

O Decreto nº 2089, de 29 de abril de 2020, dispõe sobre a adoção, no âmbito da Administração Pública direta e indireta, de medidas temporárias e emergenciais de prevenção de contágio pela COVID-19.
De acordo com o decreto ficam canceladas as comemorações da tradicional Festa Junina realizada pelo município de Catalão, no mês de junho, bem como, o desfile cívico em comemoração ao aniversário de emancipação política desta cidade, no dia 20 de agosto do ano corrente.

“Minha tia e eu estávamos andando de bicicleta. Quando chegamos à Praça dos Três Poderes, vi os jalecos e alguns dos enfermeiros se retirando do protesto pacífico por conta dos manifestantes. Fui perguntar o que estava acontecendo quando este senhor exaltado começou a gritar para não darmos ouvidos ao que estavam dizendo. Então, dissemos a ele que fazer a manifestação era um direito deles. Nesse momento, fomos tratadas com violência verbal, disseram que éramos imprestáveis e que não estavámos nem aí para o Brasil. Que o grupo e ele, sim, tinham o direito de fazer a manifestação, pois chegaram antes ao local”, afirmou Sabrina em entrevista à Marie Claire Brasil.

O homem foi identificado pela reportagem do UOL Notícias como Renan da Silva Sena, funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), comandado por Damares Alves, e estava lá pedindo o fim do isolamento. “Ele ganhou a companhia de duas mulheres que, novamente, gritavam palavras de baixo calão. Por três vezes, pedi para se afastarem, pois estavam chegando muito perto e já estavam me tocando. Fiquei com medo e, no meu terceiro pedido, o senhor cuspiu na minha cara. Não aceitei a agressão e parti para cima. Não acho que a violência seja a solução, mas não consegui. Ele me viu como uma menina que não teria reação, como as enfermeiras que continuaram silenciosas enquanto eram agredidas. Faria de novo”, disse.

“Parando para analisar, vejo que é um caso de machismo. Em momento algum ele foi se exaltar com os homens. Ele só gritava e se exaltava com as mulheres do grupo de saúde. Duvido que se fossem homens com o mesmo porte e estatura dele, faria da mesma forma. Viu ali uma chance de impor seu poder”, avalia.

Assim que seu amigo postou no Twitter o acontecido, Sabrina viralizou nas redes sociais. “Não imaginava a proporção que isso tomaria. Minhas contas estão bombando. Recebo muitas mensagens de apoio e não recebi ameaças. Muitas pessoas se sentiram representadas. No momento atual, não estamos vivendo apenas em uma pandemia, estamos vivendo também uma crise política. Juntando os dois, é um problemão”.

 G1 — Brasília

Bolsonaro manda jornalistas calarem a boca
Bolsonaro manda jornalistas calarem a boca

Após registros de agressões cometidas por apoiadores do governo em atos nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro negou que tenha havido violência, mas não especificou se falava de uma manifestação específica ou de todas.

As agressões foram registradas, primeiro, na sexta-feira (1º), em um protesto de enfermeiros em frente ao Palácio do Planalto. Um pequeno grupo, que se apresentou como apoiador de Bolsonaro, começou a hostilizar os enfermeiros, defensores do isolamento social (o presidente é contra).

O segundo episódio ocorreu no domingo (3), quando profissionais de imprensa foram agredidos por militantes bolsonaristas durante um ato pró-governo, também em Brasília. O ato defendia causas inconstitucionais e antidemocráticas, como fechamento

Bolsonaro abordou o tema na saída do Palácio da Alvorada, enquanto ouvia uma apoiadora que relatava ter estado no protesto de enfermeiros no dia 1º e afirmava não ter havido violência.

“Para vocês entenderem como é essa imprensa que está aí. Mandei levantar se houve corpo de delito. Ele não pediu corpo de delito. Tá certo? Não fez corpo de delito. Então, se houve agressão, verbal, o que eles fazem o tempo todo conosco. A gente não pega agressão nenhuma, zero, zero agressão. Mas houve um superdimensionamento daquilo por parte da mídia, porque o interesse deles é um só, é tirar a gente daqui”, afirmou Bolsonaro.

Mais tarde, nesta terça, o fotógrafo Orlando Brito, de 70 anos de idade, agredido na manifestação antidemocrática de domingo, foi convidado a almoçar com Bolsonaro e assessores no gabinete do presidente.

Segundo relato de Brito feito a jornalistas, o presidente alegou não ter como controlar a multidão.

“Ele [Bolsonaro] repetiu que ele não tem culpa, que a culpa é da multidão, que imagine se ele não vai recriminar uma história dessas”, disse Brito. “Ele disse que a multidão é incontrolável. Que ele jamais daria uma ordem para alguém agredir alguém”, acrescentou o fotógrafo.

Bolsonaro confirma que superintendente da PF no Rio vai deixar o cargo
Bolsonaro confirma que superintendente da PF no Rio vai deixar o cargo

‘Cala a boca’

Depois de ter falado com apoiadores na saída do palácio, Bolsonaro se dirigiu ao local onde ficam os profissionais de imprensa. Ele foi questionado pelos jornalistas se havia pedido a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Carlos Henrique Oliveira.

“Cala a boca, não perguntei nada!”, gritou Bolsonaro.

Ao deixar o cargo, o ex ministro da Justiça Sergio Moro denunciou que um dos motivos da insatisfação do presidente com o ex-diretor geral da PF, Maurício Valeixo, era a resistência dele em trocar o superintendente do Rio. Moro disse ainda quBolsonaro tenta interferir politicamente na PF.

Jornalistas tentaram fazer a pergunta sobre o superintendente outra vez. Bolsonaro, de novo, mandou que calassem a boca, aos berros. Ele afirmou que Oliveira vai ser diretor-executivo da PF. O presidente alegou que Oliveira está sendo promovido.

“Cala a boca! Cala a boca! Está saindo para ser diretor-executivo, a convite do atual diretor-geral. Não interfiro em nada. Se ele for desafeto meu e se eu tivesse ingerência na PF, não iria para lá. É a mensagem que vocês dão”, disse.

Bolsonaro afirmou ainda que não tem nada contra Oliveira e que não tenta interferir na PF.

“Não tenha nada contra o superintendente do Rio de Janeiro. E não interfiro na Polícia Federal. E ele está sendo convidado para ser diretor-executivo. É o zero dois.”

Nota de associação

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) disse em nota que a postura de Bolsonaro, ao mandar os jornalistas calarem a boca, mostra “incapacidade de compreender a atividade jornalística”. Segundo a associação, o gesto do presidente revela também um caráter “autoritário”.

“Mais uma vez, o presidente mostra sua incapacidade de compreender a atividade jornalística e externa seu caráter autoritário. Os jornalistas trabalham para levar os fatos de interesse público ao conhecimento da população e têm o direito e o dever de inquirir as autoridades públicas”, afirmou a ANJ.

Veja a íntegra da nota:

Nota à imprensa

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) protesta com veemência contra os termos desrespeitosos com que o presidente Jair Bolsonaro se dirigiu aos jornalistas na manhã desta terça-feira.

Mais uma vez, o presidente mostra sua incapacidade de compreender a atividade jornalística e externa seu caráter autoritário. Os jornalistas trabalham para levar os fatos de interesse público ao conhecimento da população e têm o direito e o dever de inquirir as autoridades públicas.

É lamentável e preocupante que o presidente faça dos ataques aos jornalistas e ao jornalismo uma rotina contra a civilidade e a convivência democrática.

Brasília, 5 de maio de 2020.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS – ANJi

Caso foi citado pelo ex-ministro como nova prova das interferências do presidente na Polícia Federal; ele depôs por 8 horas em Curitiba no sábado
Moro e Bolsonaro conversam durante cerimômia em agosto de 2019, em Brasília Foto: Evaristo Sá / AFP
Moro e Bolsonaro conversam durante cerimômia em agosto de 2019, em Brasília Foto: Evaristo Sá / AFP
BRASÍLIA – Em seu depoimento prestado neste sábado, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou aos investigadores que o presidente Jair Bolsonaro ameaçou demiti-lo em uma reunião do conselho de ministros do governo federal caso Moro não concordasse com uma nova substituição do superintendente da Polícia Federal no Rio. Segundo Moro, essa reunião ocorreu em 22 de abril e foi gravada em vídeo pela própria Presidência da República, o que poderia comprovar suas acusações de que Bolsonaro tentou realizar interferências indevidas na PF.

Bela Megale:Investigadores copiam dados do celular de Moro

Na mesma reunião, Bolsonaro teria manifestado sua insatisfação com a falta de acesso a informações de inteligência da PF. Em seu depoimento, Moro afirmou que o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) discordou do presidente e disse que esses relatórios não poderiam ser fornecidos. Após a demissão dele, o próprio Bolsonaro havia afirmado que divulgaria o vídeo de sua última reunião com Moro como forma de comprovar que ele estaria falando a verdade, mas o presidente ainda não divulgou esse vídeo.

Mais de 8 horas de depoimento

Moro foi ouvido durante oito horas neste sábado na Superintendência da PF do Paraná, por investigadores da PF e da Procuradoria-Geral da República (PGR) como parte do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar as acusações feitas por ele contra Bolsonaro –a investigação apura se o presidente e também se o ex-ministro cometeram crimes no episódio.                O  ex-ministro da Justiça também disse à PF que as reclamações do presidente não eram verdadeiras e que ele repassava informações não-sigilosas a Bolsonaro sobre a deflagração de operações da PF, mas apenas depois que as buscas e prisões eram cumpridas.

papa emérito Bento XVI, conhecido por sus posições tradicionalistas, afirma que seus opositores desejam calar sua voz e volta a criticar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, em uma biografia autorizada publicada nesta segunda-feira (4) na Alemanha.

Joseph Ratzinger, 93 anos, alega ser vítima de uma “distorção maligna da realidade” no livro que recebeu o título “Bento XVI – Uma Vida” e que inclui várias entrevistas, de acordo com os trechos publicados pela imprensa alemã e pela agência de notícias DPA.

“O espetáculo de reações vindas da teologia alemã é tão equivocado e mal-intencionado que eu prefiro não falar sobre isto”, afirma.

“Prefiro não analisar as razões reais pelas quais as pessoas desejam silenciar minha voz”, completa.

Casamento gay, aborto e criação da vida em laboratório

Na biografia publicada nesta segunda-feira, Bento XVI reitera a oposição ao casamento gay.

“Há um século seria considerado absurdo falar sobre casamento homossexual. Hoje, quem se opõe a ele é excomungado da sociedade”, afirma. “Acontece a mesma coisa com o aborto e a criação de vida humana em laboratório”, completa.

Ele afirma que, por isso, é “apenas natural” que as pessoas “temam o poder espiritual do anticristo”.

Críticas a Ratzinger

Na Alemanha, onde a Igreja Católica é comandada por clérigos considerados reformistas, Ratzinger é criticado com frequência por suas opiniões sobre o islã ou questões sociais.

Bento XVI, que foi papa entre 2005 e 2013, é acusado de tentar sabotar os esforços de modernização da Igreja de seu sucessor, o papa Francisco.

No livro, Ratzinger afirma, no entanto, que tem boas relações com o atual pontífice. “A amizade pessoal com o papa Francisco não apenas persistiu, como cresceu”, destaca.

Em fevereiro, Bento XVI se viu envolvido em uma polêmica no Vaticano quando seu secretário particular foi afastado do entorno do papa Francisco.

A decisão foi tomada após a publicação de um livro assinado pelo papa emérito e o cardeal guineano ultraconservador Robert Sarah, no qual defendiam o celibato dos padres, um tema polêmico na Igreja.

Alguns consideraram o livro uma tentativa de interferência no pontificado do papa Francisco e, inclusive, um manifesto da ala tradicionalista da Igreja.

Após 48 horas de polêmica, Bento XVI pediu a retirada de seu nome da capa do livro, da introdução e das conclusões.