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A atuação integrada entre tecnologia e patrulhamento ostensivo permitiu que a Guarda Civil Municipal (GCM) de Aparecida de Goiânia impedisse uma tentativa de furto em uma escola da rede pública na madrugada desta quinta-feira (25/12). A ocorrência foi registrada após o sistema de videomonitoramento da cidade identificar movimentação suspeita na Escola Municipal Adelino Ariane, localizada no bairro Vila Maria, ao mesmo tempo em que o alarme da unidade foi acionado.
Assim que o alerta foi emitido, equipes da GCM se deslocaram para o local e realizaram uma varredura nas dependências do prédio. Ao perceber a chegada das viaturas, o suspeito tentou fugir, mas foi localizado nas imediações da escola. Os objetos que haviam sido retirados do interior da unidade foram recuperados e entregues à direção. O indivíduo foi conduzido à Central de Flagrantes, onde permaneceu à disposição da autoridade policial para os procedimentos legais.
O comandante da Guarda Civil Municipal, inspetor Milton Sobral, destacou que o resultado da operação reflete o fortalecimento do trabalho de inteligência e monitoramento desenvolvido pela corporação: “Esse resultado é fruto da integração entre o videomonitoramento e o patrulhamento ostensivo. A GCM atua de forma permanente para proteger as escolas e o patrimônio público, inclusive durante a madrugada e em datas comemorativas”, afirmou.
Ele ressaltou ainda que o investimento em tecnologia e vigilância contínua tem contribuído para ampliar a capacidade de resposta da Guarda: “A ação reforça o compromisso da gestão com a segurança da população, atuando com rapidez para proteger os espaços públicos, aliando tecnologia, vigilância contínua e resposta rápida para garantir mais tranquilidade à população e à comunidade escolar”, completou.
Com a operação bem-sucedida, as equipes de segurança pública reforçam que o sistema de videomonitoramento permanece em funcionamento 24 horas por dia, inclusive em feriados e períodos noturnos, permitindo o acompanhamento preventivo de áreas estratégicas em Aparecida de Goiânia.
Ex-presidente passa por cirurgia para correção de duas hérnias inguinais; redução será por meio de incisões nas virilhas
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fazem vigília em frente ao Hospital DF Star, em Brasília. O ex-chefe do Executivo passa, na manhã desta 5ª feira (25.dez.2025), por uma cirurgia para correção de duas hérnias inguinais
Os apoiadores cantaram louvores. Uma das mulheres que estava com o grupo estendeu bandeiras do Brasil e de Israel no gramado do prédio e ajoelhou enquanto orava pelo ex-presidente.
Assista (32s):
O grupo afirmou que a vigília é para orar pela saúde de Bolsonaro e pelo futuro do Brasil. Também manifestaram apoio a pré-candidatura do senador e filho 01 do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Assista (1min14s):
A cirurgia, que começou por volta das 9h, deve demorar de 3 a 4 horas. O procedimento é realizado por meio das incisões feitas nas virilhas para a redução de duas hérnias. Há também o reposicionamento das alças intestinais na cavidade abdominal.
Bolsonaro foi transferido na manhã de 4ª feira (24.dez) da Superintendência da PF, em Brasília, para o Hospital DF Star, onde passou por exames pré-operatórios. De acordo com o médico,“foi submetido a uma bateria de exames pré-operatório de rotina”, incluindo uma angiotomografia das coronárias. O médico afirmou que foram detectadas “pequenas placas de gordura que não comprometem a cirurgia”.
O ex-presidente tem duas hérnias, uma do lado direito e outra do lado esquerdo. Uma hérnia inguinal ocorre quando uma alça do intestino ou tecido abdominal se projeta através de um ponto fraco ou abertura que se forma na parede muscular do abdômen, perto da região da virilha. Ou seja, é um pequeno “buraco” que se abre. Essa passagem é operada e reparada em geral com a colocação de uma tela de polipropileno, um material sintético biocompatível que reforça a parede abdominal e fica integrado aos tecidos do corpo.
CIRURGIA DE BOLSONARO
O laudo da PF (Polícia Federal) e protocolos médicos para o caso indicam que o procedimento deve seguir a técnica convencional (aberta), que consiste nos seguintes passos:
- incisão e reposicionamento: o cirurgião realiza um corte na região da virilha (neste caso, em ambos os lados, por ser bilateral) para localizar a hérnia –que é quando uma parte do intestino ou gordura atravessa um ponto de fraqueza na musculatura. Esse conteúdo é empurrado de volta para dentro da cavidade abdominal;
- reforço com tela: o ponto central da cirurgia é a colocação de uma tela de polipropileno (uma rede sintética resistente). Essa tela é fixada sobre a falha muscular para reforçar a parede abdominal, agindo como um “remendo” que impede a saída de tecidos novamente.
Cairo Salim propõe que escolas e unidades de saúde alertem sobre o vício em internet
Lidiane 25 de dezembro de 2025
O deputado Cairo Salim (PSD) apresentou o projeto de lei nº 32039/2025, para que as unidades de saúde e escolas públicas e privadas do Estado informem aos usuários sobre os riscos de vício em internet. As informações serão fixadas em locais visíveis e nos quadros de avisos
das unidades de saúde e educacionais.
O processo prevê, ainda, que as secretarias de Educação e de Saúde capacitem professores e funcionários da saúde, respectivamente, para identificação de sinais de sobrecarga sensorial e estratégias de acolhimento. As entidades realizarão também campanhas educativas para conscientização sobre os efeitos do excesso do uso de internet na saúde e no aprendizado.
A proposta visa a enfrentar um problema crescente de saúde e comportamento social. Conhecida também como nomofobia ou dependência digital, a condição manifesta-se por sintomas psicológicos e físicos, especialmente entre crianças e adolescentes, público cada vez mais exposto ao uso excessivo de dispositivos e ambientes virtuais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso compulsivo da internet pode desencadear ansiedade, irritabilidade, isolamento social, dificuldade de concentração, alterações do sono, além de problemas físicos como fadiga visual, dores de cabeça e posturais.
Embora a dependência digital ainda não seja reconhecida como um transtorno mental oficial pela Classificação Internacional de Doenças (CID-11) ou pelo Manual de Diagnósticos e Estatísticos de Transtornos Mentais (DSM-5TR), é considerada como fator de prejuízo significativo à saúde e ao bem-estar.
Nesse contexto, a iniciativa destaca o papel estratégico das redes pública e privada de ensino e de saúde como parceiras fundamentais na orientação, na prevenção e na conscientização da população, especialmente no preparo de crianças e adolescentes para um uso mais saudável e responsável do ambiente virtual.
A matéria será encaminhada para a comissão pertinente, para ser analisada pelos parlamentares.
Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), informou como será o funcionamento da rede estadual de saúde durante os feriados de Natal e Ano Novo. As unidades hospitalares manterão o regime de plantão para atendimentos de urgência e emergência, enquanto serviços ambulatoriais e administrativos terão funcionamento parcial ou suspensão temporária em algumas datas.
Na capital, o Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) seguirá com atendimento normal de urgência e emergência nos dias 24 e 25 de dezembro, além de 31 de dezembro e 1º de janeiro. Já os atendimentos ambulatoriais, exames eletivos e atividades administrativas estarão suspensos nesses dias, com retomada em 26 de dezembro e 2 de janeiro.
O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) manterá o ambulatório em funcionamento nas vésperas dos feriados. O banco de sangue e o setor administrativo funcionarão até 12h nos dias 24 e 31, permanecendo fechados nos dias 25 e 1º.
No Hospital Estadual de Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), os atendimentos de urgência e emergência ocorrerão normalmente nos feriados. O setor administrativo funcionará até 12h nos dias 24 e 31, com atendimento normal também nos dias 26, 29 e 30.
O Hospital Estadual da Mulher – Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) suspenderá os serviços de ambulatório, banco de leite (atendimento externo) e CRIE nos dias 25 e 26 de dezembro e 1º e 2 de janeiro, enquanto os demais setores seguirão em funcionamento regular.
Já no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), o ambulatório médico ficará suspenso nos dias 24, 25, 31 e 1º, retomando nos dias 26 e 2. O ambulatório multiprofissional não funcionará apenas nos feriados de 25 e 1º, com atendimento normal nos demais dias. O pronto-socorro e a assistência aos pacientes internados não sofrerão interrupções.
O Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa) manterá os atendimentos de urgência e emergência normalmente. O setor administrativo funcionará até 12h nos dias 24 e 31, retornando em horário normal nos dias 26 e 2.
No Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), os atendimentos de emergência e internação seguirão normalmente nos dias 25 e 1º. Já o ambulatório e a farmácia ambulatorial funcionarão das 7h às 12h nos dias 24, 26, 31 e 2.
O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) manterá a internação em funcionamento integral, com suspensão do atendimento ambulatorial nos dias 25 e 1º. O Ceap-Sol também seguirá com internação ativa, suspendendo apenas os serviços ambulatoriais nos feriados.
Em Aparecida de Goiânia, o Complexo de Referência Estadual em Saúde Mental Prof. Jamil Issy (Cresm) manterá os atendimentos de urgência e emergência em regime de plantão, com atividades ambulatoriais em escala reduzida nos dias 25, 26, 1º e 2.
O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) não realizará atendimentos ambulatoriais entre os dias 24 e 26 e 31 de dezembro a 2 de janeiro. Permanecem normais os atendimentos a pacientes internados e regulados, além das cirurgias de urgência e transplantes renais e hepáticos.
Interior do estado
No interior, o Hospital Estadual de Formosa (HEF) suspenderá apenas os serviços administrativos e ambulatoriais nos dias 25 e 1º, mantendo as áreas assistenciais em funcionamento. O Hospital Estadual de Luziânia (HEL) também terá recesso administrativo nesses dias, com serviços de urgência, emergência e maternidade funcionando em plantão.
O Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho (HEJ) manterá os atendimentos de emergência e internação, enquanto o ambulatório e o Centro de Testagem e Aconselhamento estarão suspensos entre 24 e 2. O Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás (Herso) funcionará em caráter emergencial nos feriados, com retorno administrativo nos dias 26 e 2.
No Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), os serviços administrativos e ambulatoriais estarão suspensos nos dias 25 e 1º, com retomada nos dias 26 e 2. Já o Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás (Heal) manterá os atendimentos regulados de urgência e emergência, além da urgência obstétrica, com suspensão de consultas e exames eletivos em datas específicas.
O Hospital Estadual de Itumbiara São Marcos (HEI) funcionará normalmente, conforme agendamento.
Policlínicas, Hemo e outros serviços
As policlínicas estaduais terão funcionamento diferenciado conforme a unidade. O Hemocentro Estadual Coordenador (Hemogo) e a Rede Hemo funcionarão em horário reduzido, das 8h às 12h, nos dias 24 e 31, permanecendo fechados nos feriados de 25 e 1º.
O Centro Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac JB) não terá atendimento nos dias de ponto facultativo e feriados. Já o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox) seguirá em plantão 24 horas, oferecendo orientações à população e aos profissionais de saúde.
Intervenções na logística internacional são um caminho para conter o avanço do lixo plástico em países mais vulneráveis
O plástico cresceu mais rápido que qualquer outro material industrial nos últimos 65 anos. Sua durabilidade barata, inicialmente uma inovação, virou um problema ambiental e de saúde pública de proporções globais. Sem estratégia de fim de vida, o mundo faz um experimento sem controle, com plástico acumulando-se em países pobres, rios, e no Oceano todo.
O plástico não se fabrica em um bairro. Muitas vezes, nem dentro de um único país. Ele depende de uma cadeia internacional gigantesca. Os chamados plásticos primários —produtos químicos líquidos ou gasosos utilizados para fazer produtos plásticos— atravessam oceanos para abastecer fábricas pelo mundo.
Desde os anos 1950, quando os primeiros plásticos surgiram, a complexidade e dimensão dessa cadeia só cresceu. Hoje, o plástico é uma commodity global, tão presente que quase tudo à nossa volta contém algum pedaço dele. Olhe a sua volta: é possível visualizar porque a demanda mundial por plásticos mais que triplicou entre 1991 e 2021.
Um crescimento tão grande de moléculas sintetizadas em laboratório – que não existem na natureza – certamente traria desafios. Entre eles, o desafio da contaminação dos nossos próprios corpos e ecossistemas.
Em locais com regulações e/ou capacidades institucionais mais fracas – especialmente em países do Sul Global – esses desafios se transformam em crises visíveis: plásticos no solo, na água, nas ruas, nos peixes, no leite materno.
Avaliações tecnológicas e análises de ciclo de vida mostram que, a todo e qualquer custo, ainda não dispomos de um sistema de gestão de resíduos realmente eficiente quando o assunto é plástico —não na escala em que o temos produzido, consumido e descartado; nem mesmo considerando cenários amplos de reciclagem e incineração.
As veias abertas do plástico
O comércio internacional teve (e tem) papel central na cadeia de valor do plástico em todo o mundo. A própria indústria do plástico reflete essa complexidade e escala: empresas líderes do setor muitas vezes não possuem fábricas próprias —elas dependem de amplas redes de fabricantes terceirizados, geralmente localizados em países com mão de obra mais barata. O resultado é uma cadeia longa, complexa e difícil de rastrear. Por décadas, o comércio internacional e o lobby do petróleo sustentaram a dependência econômica de 140 plásticos-commodities.
Considerando a alta ramificação dessa cadeia, um estudo brasileiro elaborado por nós, autores deste artigo, começou a destacar o papel de alguns portos —territórios restritos e delimitados do comércio internacional— nessa cadeia.
Muitas cadeias de valor globais — não só a do plástico — passam por poucos portos espalhados pelo mundo. Isso significa que uma grande parte do poder e do controle dessas cadeias está concentrada em poucas empresas portuárias nessas passagens fronteiriças.
Mesmo quando essas empresas assumem alguma responsabilidade socioambiental, elas raramente cobrem toda a extensão e a complexidade dos impactos gerados. Afinal, as cadeias entram e saem pelos portos, mas se espalham pelo mundo.
Na maioria dos casos, são multinacionais sem qualquer vínculo comercial com os produtores e consumidores da parte doméstica da cadeia do plástico. O estudo propõe investigar quais portos, ao funcionarem como funis dessa cadeia, são pontos estratégicos para a implementação de políticas públicas para iniciar o gerenciamento dessa crise.
Por isso, pensar na redução gradual —e realmente intencional— da cadeia do plástico como política ambiental é também pensar em políticas de planejamento econômico que incidam sobre fluxos de sua cadeia de valor.
É uma orquestração necessária (o planejamento de políticas ambientais junto às macroeconômicas) e em uma escala necessária (internacional), às políticas que visem buscar com seriedade, nos dados, soluções para as crises climática e do plástico.
O crescimento prejudicial da produção de plástico não aconteceu sozinho. Ele teve —e segue tendo— acordos comerciais favoráveis e incentivos de governos de todo o mundo.
Por ser um produto refinado do petróleo, as cadeias de suprimento do plástico confluem no seu início para a extração de petróleo. Ou seja, o lobby do petróleo, com suas atividades fortemente subsidiadas, também desestimula o desenvolvimento de produtos e modelos de negócio mais circulares.
Redirecionar esses incentivos poderia mudar o jogo
Investimentos em inovação e transferência de tecnologia para materiais alternativos, substitutos, compostáveis e biodegradáveis, em sistemas varejistas baseados em reuso das embalagens, podem guiar economias para a saída dessa crise. Junto a tarifas sobre produtos descartáveis ou não recicláveis, e taxas sobre aterros e incineração, intervir no “meio da cadeia” — o midstream — é um ponto de virada que vem sendo esquecido, e é onde políticas podem agir muito antes que o plástico chegue ao consumidor.
Diante da urgência, mas também diante da complexidade da crise plástica, a questão não dá pra ser participar ou não do comércio global da cadeia do petróleo. Não conseguimos deixar de comprar plástico nas nossas escolhas diárias. A questão na escala coletiva é como participar de uma transição para novas cadeias de substitutos do plástico, que também promovam menor disparidade entre economias.
No estudo desse como, chamamos para a mesa as agências portuárias. Para que, antes de chegarmos à fixação de metas operacionais mais refinadas, possamos trabalhar com algo aplicável e testável hoje nos principais portos da cadeia.
O midstream dos portos é estratégico: é territorialmente limitado, informatizado e monitorado. Por que não começar por eles então?
Começando pelos portos do Sul
Para minimamente planejar uma saída da dependência do plástico, no entanto, a visão de duas dimensões são essenciais — tanto para evitar uma abordagem simplista e que desconsidere históricas assimetrias de poder em curso.
Primeiro, a visão estratégica. Alguns portos, muitas vezes, influenciam economias de regiões e países inteiros. E, portanto, também são atores-chaves para políticas ambientais. Com essa visão, as agências portuárias assumem o papel de parceiras estratégicas para intervenções em determinadas cadeias e determinadas regiões.
Hoje falamos muito de soluções no começo da cadeia (upstream) ou no fim (downstream). Mas pouco sobre o meio —o midstream— onde decisões realmente podem ter impacto. A dimensão estratégica coloca a territorialização da política no centro da análise, e se baseia antes nos dados dos volumes e valores movimentados, do que em bandeiras de amplos ou desconexos territórios nacionais.
Segundo, a visão de justiça. Justiça, seja distributiva, ambiental, ou climática, tem uma direção comum: a para o mais pobre, vulnerável, e exposto a risco. A mera tarifação de certos plásticos em portos do Norte simplesmente reduzirá mais o poder de compra e de acesso a serviços no Sul e, portanto, da qualidade de vida dessa população de forma generalizada.
Nesse sentido, políticas ambientais atuando sobre cadeias de valor devem destacar múltiplas formas de intervenção possíveis e direcionadas a economias diversas, tomando a dicotomia Norte e Sul apenas como um pano de fundo histórico a ser considerado, mas não generalizável.
Outros resultados iniciais da pesquisa no Porto de Santos destrincham esses fluxos totais nos códigos de cargas mais representativos e estratégicos, também considerando os processos químicos envolvidos na fabricação dos diferentes tipos de plásticos e conexões com outros setores.
Mais que apresentar uma seleção padronizada para todas as economias dentre os 140 tipos de insumos da cadeia do plástico e os plásticos em si, a evidência científica provoca a discussão política sobre metas de redução gradual a esses plásticos-commodities, cujos dados são facilmente acessíveis no portal ‘World Integrated Trade Solution’, que opera com dados do UNCOMTRADE – United Nations Commodity Trade Statistics Database.
Dados sobre como os plásticos são comercializados internacionalmente sob 140 nomes diferentes (incluindo como resíduo) estão na seção 39, para todos os países. A complexidade dessa análise é um desafio imenso. No entanto, apresentar um pacote inicial de indicadores do comércio internacional no timing das negociações do GPT também é uma estratégia de diplomacia científica. E visibilizar esse midstream da cadeia ajuda a tirar o foco corrente na culpabilização do consumidor final, ou da ineficiência dos sistemas de coleta e separação e reciclagem.
Sem perder de vista essas duas dimensões —a estratégica e a em favor da justiça— a experimentação coordenada dessa tarifação de transição pode (e deve) começar.
O rápido e volumoso aporte de recursos provenientes dela, aplicada em portos selecionados pelo mundo todo, pode abastecer fundos específicos destinados ao financiamento de inovação para: novos sistemas distributivos com menos descarte e mais reuso; desenvolvimento de materiais substitutos no setor de embalagem; ou ainda ao financiamento da recuperação de zonas de sacrifício já cobertas de plástico ou emitindo dioxinas e furanos.
Plásticos nascem do petróleo, um lobby poderoso que bloqueia mudanças. O “ato final” do lobby do petróleo só acontecerá com políticas internacionais fortes. A pesquisa brasileira, iniciada no Porto de Santos, mostra um caminho em caráter experimental: começar pelos portos —poucos, centrais e poderosos. Podem ser eles os pontos de virada de algumas de nossas crises tecnológicas.
Este texto foi republicado de The Conversation sob licença Creative Commons. Leia o texto original aqui.
Aguarda sanção governamental projeto de lei que disciplina a utilização de som automotivo
Lidiane 25 de dezembro de 2025
Foi aprovado na última sessão deliberativa do ano, na segunda-feira, 22, o projeto de lei nº 32019/25, de autoria conjunta dos deputados Amilton Filho (MDB), Bruno Peixoto (UB) e Coronel Adailton (SD). A matéria, que agora só depende de sanção da Governadoria para virar lei, disciplina a utilização de som automotivo no Estado. O objetivo da proposta é assegurar a proteção ao sossego público, à saúde humana, ao meio ambiente e ao bem-estar coletivo.
A iniciativa surgiu diante do aumento de reclamações relacionadas a ruídos excessivos, especialmente em áreas residenciais, o que reforça a necessidade de normas claras e eficazes.
O texto incrementa os parâmetros gerais de proteção ambiental e saúde pública de competência do Estado e, ao mesmo tempo, harmoniza o uso responsável do som automotivo sob a autoridade dos municípios, titulares da expedição de autorizações para eventos e controle do uso do solo, respeitando os direitos fundamentais da coletividade.
O projeto prevê a exigência de alvará de autorização para eventos ou licença provisória municipal a fim de evitar eventos improvisados que geram conflitos comunitários, além de garantir maior segurança jurídica aos organizadores. As penalidades são graduadas e proporcionais, visando coibir irregularidades sem inviabilizar atividades lícitas, equilibrando o direito ao lazer com a preservação do interesse público.
Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás
A Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) aprovou, nesta terça-feira (23/12), a Deliberação nº 21/2025, que promove a reestruturação do modelo de governança do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (RMG). A iniciativa fortalece o papel do Estado de Goiás na coordenação do sistema, ajusta a estrutura institucional e regulariza aspectos financeiros relacionados à revisão tarifária.
A proposta foi analisada durante a 3ª reunião extraordinária da CDTC e aprovada após votação que registrou quatro votos contrários do município de Goiânia e um de Senador Canedo, além de quatro votos favoráveis do Estado de Goiás e um de Aparecida de Goiânia. Com o empate, a decisão coube ao presidente da câmara, que votou pela aprovação da matéria.
A deliberação estabelece bases mais sólidas para a sustentabilidade financeira do transporte coletivo e para a melhoria contínua dos serviços, reforçando o protagonismo estadual na gestão metropolitana do sistema.
Projeto aprovado na Alego
Em consonância com a decisão da CDTC, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, em segunda e última votação, o projeto de lei complementar que reestrutura a própria CDTC e a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). O texto altera a Lei Complementar nº 169/2021, que instituiu a gestão compartilhada do transporte coletivo, e a Lei nº 21.792, que trata da organização administrativa do Poder Executivo estadual.
A CDTC é o órgão normativo e estratégico responsável por definir diretrizes, aprovar planos e fiscalizar o transporte coletivo metropolitano. Já a CMTC atua na esfera administrativa e operacional, sendo responsável pela gestão, fiscalização dos serviços e execução das deliberações do colegiado.
Com a nova legislação, a composição da CDTC passa de 10 para 15 conselheiros, com ampliação da participação do Estado de Goiás e dos municípios. O Estado ganha dois novos assentos, Goiânia e Aparecida de Goiânia passam a ter um assento adicional cada, e Senador Canedo passa a contar com assento permanente, em reconhecimento à sua relevância demográfica e estratégica. Goianira e Trindade permanecem no sistema de rodízio.
Mudanças na CMTC
O texto aprovado também redefine a natureza institucional da CMTC, que passa a ser uma empresa pública metropolitana integrante da administração pública estadual, vinculada diretamente à Secretaria-Geral de Governo (SGG). Com isso, a companhia deixa de integrar a estrutura administrativa do município de Goiânia.
A indicação do diretor-presidente da CMTC passa a ser de competência exclusiva do Governo de Goiás, encerrando o modelo de rodízio anteriormente adotado com a Prefeitura de Goiânia. Já o município de Senador Canedo ficará responsável pela nomeação do diretor de fiscalização.
Outra inovação é a autorização para criação da Superintendência de Operações Metropolitana, no âmbito da CMTC, vinculada à Diretoria de Operações Intermunicipais. A função será exercida em sistema de rodízio entre Trindade e Goianira, com mandato de dois anos, assegurando participação técnica municipal e maior eficiência operacional.
Sustentabilidade e investimentos
A reestruturação fortalece o alinhamento estratégico à política estadual de mobilidade urbana, considerando o papel central do Estado na gestão do transporte coletivo e na manutenção do subsídio tarifário, que permitiu o congelamento da tarifa em R$ 4,30 por sete anos.
Somente em 2025, o Governo de Goiás destinou cerca de R$ 500 milhões em subsídios ao sistema, viabilizando investimentos do Projeto Nova Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (Nova RMTC). Entre as ações estão a reconstrução dos terminais do BRT Leste-Oeste, a conclusão de 10 das 19 estações do corredor exclusivo e a entrega de aproximadamente 400 novos ônibus, equipados com ar-condicionado, câmeras de segurança e wi-fi.
Redefinição de participação no custeio
Atualmente, o Estado e o município de Goiânia possuem participação paritária de 41,2% cada no custeio do sistema, seguidos por Aparecida de Goiânia (9,4%), Senador Canedo (4,8%), Trindade (2,13%) e Goianira (1,26%).
Com a aprovação do projeto, os percentuais serão redefinidos, condicionados à manutenção do subsídio do Programa Passe Livre Estudantil (PLE). A nova composição passa a ser de 47,6% para o Estado de Goiás, 36,7% para Goiânia, 8,4% para Aparecida de Goiânia, 4,3% para Senador Canedo, 1,9% para Trindade e 1,1% para Goianira, garantindo o custeio proporcional do sistema e a continuidade do programa estudantil.
Com a aprovação em segunda votação, o projeto segue para sanção do governador Ronaldo Caiado. Após a sanção e publicação da lei, as novas regras passam a vigorar.
Marcio Rea acompanha equipes de plantão no Centro de Operação da ONS, em Brasília; medida visa reconhecer o trabalho e garantir a segurança do sistema
O diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Marcio Rea, acompanhará presencialmente os trabalhos no Centro de Operação do órgão, em Brasília, durante o Natal, ao lado das equipes responsáveis pelo monitoramento do sistema elétrico nacional.
A visita tem como objetivo reconhecer o trabalho dos operadores que permanecem de plantão no feriado para garantir a segurança e a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica em todo o país. Durante a permanência no centro, Rea acompanhará em tempo real a evolução da carga e as condições de operação do sistema.
Além da presença de Rea, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), fará uma chamada remota com os operadores para transmitir uma mensagem de Feliz Natal e agradecer pelo trabalho realizado durante o feriado.
De acordo com o ONS, a iniciativa busca reforçar o reconhecimento institucional aos profissionais que atuam de forma contínua, inclusive em datas comemorativas, para assegurar o equilíbrio do sistema elétrico brasileiro e a normalidade do atendimento à população.
Leia mais:
Lei de combate à evasão escolar de adolescentes com filhos está no Diário Oficial
Lidiane 24 de dezembro de 2025
Recebeu sanção do governador Ronaldo Caiado (UB) a Lei Estadual nº 23.948/2025, que cria a Política Estadual de Combate à Evasão Escolar de Mães e Pais Adolescentes. A iniciativa passou pelo crivo da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) com assinatura da deputada petista Bia de Lima.
“É uma pauta fundamental para garantirmos a permanência da juventude nas escolas”, afirma Lima ao justificar a medida. “Sabemos das dificuldades enfrentadas por muitos jovens que precisam conciliar a maternidade e a paternidade com os estudos. Nosso objetivo é criar mecanismos de acolhimento e apoio a essas famílias para que não abandonem o processo educacional.”
De acordo com o texto, a política será implementada por meio de ações articuladas entre as secretarias de Estado da Educação, Saúde, Assistência Social e demais órgãos competentes, em consonância com os municípios.
As ações previstas incluem capacitação de professores e profissionais da educação para lidar com a realidade específica dos adolescentes pais e mães; implementação de programas de apoio psicossocial e orientação familiar para os adolescentes que possuem filhos; e criação de programas de incentivo à permanência escolar, como bolsas de estudo, auxílio-creche, transporte escolar acessível e flexibilização de horários.
Autor Assembleia Legislativa do Estado de Goiás
A Prefeitura de Goiânia antecipou para esta terça-feira (23/12) o pagamento da folha salarial dos servidores municipais, promovendo a injeção de aproximadamente R$ 500 milhões na economia da capital às vésperas do Natal. A medida beneficia servidores da administração direta, da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Goiânia (GoiâniaPrev), garantindo que os valores estejam disponíveis antes do feriado.
A antecipação ocorre em um contexto de desafios fiscais enfrentados pelo município ao longo de 2025, marcado pelo reconhecimento de situação de calamidade. Ainda assim, a atual gestão manteve a regularidade do pagamento dos salários durante todo o ano, tratando a quitação da folha como prioridade administrativa. Com a liberação antecipada, servidores ativos e inativos receberam os valores antes do encerramento do mês, incluindo o 13º salário dos aniversariantes de dezembro.
De acordo com a prefeitura, a medida reflete uma condução baseada em planejamento financeiro, controle de despesas e equilíbrio fiscal, pilares adotados para assegurar previsibilidade aos trabalhadores e estabilidade às contas públicas. A quitação antecipada da folha também reduz riscos operacionais e reforça a confiança dos servidores na administração municipal.
O prefeito Sandro Mabel destacou o impacto econômico da iniciativa, sobretudo em um período tradicionalmente marcado pelo aquecimento do comércio e do setor de serviços. “É dinheiro na conta antes do Natal. São quase meio bilhão de reais que estamos injetando na economia da nossa cidade, fortalecendo o comércio e ajudando milhares de famílias neste momento especial. Isso é respeito aos nossos servidores e compromisso com quem trabalha por Goiânia”, afirmou.
Além do efeito direto na renda dos trabalhadores, a antecipação contribui para ampliar a circulação de recursos no mercado local, favorecendo pequenos e médios comerciantes, prestadores de serviços e cadeias produtivas ligadas ao consumo de fim de ano. Economistas apontam que esse tipo de medida tende a gerar efeito multiplicador, com impacto positivo na arrecadação e na manutenção de empregos temporários.
Ao final, o prefeito reforçou que a gestão seguirá priorizando responsabilidade fiscal e valorização do funcionalismo público. “Seguimos trabalhando com responsabilidade, cuidando da nossa cidade e de quem faz Goiânia acontecer todos os dias”, completou.







